Para 40% dos respondentes, conectar as jornadas de compra on e off-line será a prioridade em 2017
O estudo aponta que as marcas se moverão de um modelo de simples coleta de dados para um modelo de dados estratégicos. Isso significa identificar dados confiáveis e relevantes para o negócio e organizá-los continuamente e com agilidade por meio de ferramentas adequadas, retroalimentando o negócio. “Nenhum dado específico responde a todas as perguntas. O valor real é extraído quando, justamente, se faz as conecções corretas entre os dados disponíveis”, afirma Rodrigo Turra.
Nesse sentido, o principal desafio é monitorar as interconecções entre a jornada de compra on-line e off-line. O Google, por exemplo, fez grandes progressos nesta área monitorando essa conexão nos últimos 18 meses. A empresa afirma ter medido mais de 1 bilhão de visitas a lojas que agora podem ser ligadas ao Google Adwords para dar uma estimativa de conversões e proporcionar insights sobre o comportamento do consumidor. “Notas digitais e cartões de fidelidade também são soluções úteis para monitorar a interrelação entre meios digitais e compras off-line”, completa o presidente da iProspect Brasil.
O Future Focus apontou também que a tecnologia de dispositivos conectados móveis é a que mais estimula as empresas (32%), enquanto que integrar as jornadas de consumo on-line e off-line é a prioridade de negócios para 40% dos respondentes. Em termos de investimento de marketing por canais, os focos serão buscas pagas (22%) e redes sociais (18%).
Novas e criativas soluções
Outra tendência identificada é que veremos mais e mais empresas investindo em ações ou metodologias de coleta de dados primários do consumidor para além dos tradicionais sistemas de CRM e o tracking de navegação de sites e aplicativos. A própria produção de conteúdo dirigido pode ajudar as empresas a realizar a coleta de informações importantes.
O comércio conversacional promete ser a nova “onda” com empresas desenvolvendo aplicações para venda de produtos em aplicativos de conversa como o Whats’Up. “No exterior, já temos exemplos de empresas com plataformas funcionais de venda em aplicativos de conversa. Já é possível comprar roupas, pedir um taxi ou delivery de comida”, afirma Rodrigo Turra.
Na mesma linha, há uma tendência de integrar ainda mais mídias com links diretos para compras. Por exemplo, o Pinterest desenvolveu uma aplicação que permite comprar a partir de um clique na foto de um produto desejado. O Facebook e o Google estão desenvolvendo aplicações nesta linha também. Isso é importante, pois de acordo com um relatório da eMarketer, até o fim de 2016, 43% da população mundial já terá realizado alguma compra online. Com um faturamento global em 2020 de até US$ 4 trilhões, o e-commerce continuará sendo um dos segmentos com crescimento mais rápido na economia digital. Outra característica importante do e-commerce, é que ele será cada vez mais sem fronteiras, com consumidores adquirindo produtos de fornecedores em todo o mundo.
O estudo apontou, por fim, a emergência da busca por voz – logo as estratégias de busca paga devem se adaptar a essa realidade –, o uso mais amplo da inteligência artificial para agilizar respostas para consumidores e uma maior integração dos pontos de contato das empresas com seus públicos, facilitando assim o relacionamento.
Fonte: Empreendedor