Livraria Cultura, uma das mais tradicionais do mercado, anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa vem sofrendo nos últimos anos com a crise que abateu o mercado editorial brasileiro, que encolheu 40% desde 2014.

“Com essa medida visamos normalizar, em curto espaço de tempo, compromissos firmados com nossos fornecedores, preservando a saúde da empresa criada por Eva Herz em 1947, a manutenção de empregos e gerando mais estímulo para crescer”, informa.

O cenário de crise, segundo a empresa, fez com que a livraria “passasse a enfrentar dificuldades”. “Infelizmente, após quatro anos de recessão, o cenário geral no país não apresenta sinais claros de melhoria.”

Em nota, a Livraria Cultura informa que iniciou há três meses um “duro programa de ajustes”, que inclui fechamento de lojas, demissão de funcionários e redução de custos.

A livraria não informa o montante da dívida, mas há relatos de atrasos no pagamento das verbas rescisórias dos funcionários demitidos da Fnac, rede comprada pela Cultura no ano passado. Hoje, a rede conta apenas com 15 lojas físicas. Todas as unidades da Fnac foram fechadas.

Em nota, a empresa informa que já é hoje uma empresa mais eficiente para enfrentar os desafios do varejo na era do e-commerce. “Queremos atuar de forma agressiva nos canais digitais e, ao mesmo tempo, iremos manter poucas, mas ótimas lojas físicas pelo país.”

O plano da empresa é contar com lojas que ofereçam mais que produtos e serviços. “(Que) Vendem experiências que transformam a vida do cliente. Estamos confiantes: acreditamos que a Livraria Cultura deu a largada para os próximos 70 anos.”

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