A atividade da Sipat foi organizada durante dois meses e feita sob quase absoluto sigilo

Mais de 4 mil funcionários participam de simulado de emergência na Embraco Claudia Baartsch/Especial

Helicóptero resgatou vítima que simulou intoxicação por gás Nitrogênio

Houve um vazamento vindo de três carretas onde são armazenados nitrogênio e um funcionário da Embraco ficou desacordado nesta quinta-feira. Duas sirenes tocaram, a primeira contínua sinalizava o alerta e a segunda intermitente conduzia para o momento de evacuação. Mais de 4 mil funcionários se dirigiram para o ponto de encontro do lado de fora do prédio no pátio da empresa, enquanto o helicóptero Águia da Polícia Militar fazia o resgate da vítima.

Os funcionários só ficaram sabendo que se tratava de uma simulação que fez parte daSemana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat), depois que a atividade já tinha acabado.

Foram necessários dois meses de organização e sigilo quase absoluto para colocar em prática, pela primeira vez, uma simulação que fosse a mais realista possível. A atividade organizada pela Equipe de Segurança no Trabalho envolveu também 120 brigadistas, 9 bombeiros industriais que fazem parte do quadro de funcionários da empresa e quatro equipes de bombeiros voluntários que montaram um centro de comando dentro da empresa, como fariam se fosse uma emergência real.

O silêncio dos envolvidos na ação, inclusive da vítima do gás que teve uma atuação digna de Oscar e de encaminhamento ao hospital fez com que o gerente global de procurement Daniel Campos não desconfiasse de nada.

— Foi bom pra ver se todo mundo está preparado — qualifica o gerente, que completa a avaliação sobre a simulação — É importante para o pessoal testar realmente todos os recursos.

Segundo o gerente, todos agiram de forma calma. Não houve correria. Um dos poucos que assistiu à atividade sabendo e avaliando tudo foi Emerson Zappone, o diretor de operações.

Daniel caminha entre outros funcionários depois de revelada a simulação

— “É simulação?”, eles perguntavam. Mas eu dizia que não, que não estava sabendo de nada — conta o diretor sobre a desconfiança dos funcionários.

O procedimento serviu para testar tanto a reação das pessoas quando a eficiência dos equipamentos. Um dos funcionários veio informar que algumas sirenes não foram ouvidas dentro dos setores, somente do lado de fora. Por esse e por outros motivos, ao final da atividade, o diretor se reuniu com os bombeiros com a finalidade de avaliar todo o processo. O mais importante, de acordo com Zappone, como tudo correu bem, é que todos estariam salvos.

Fonte: Mais de 4 mil funcionários participam de simulado de emergência na Embraco – A Notícia

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