O município subiu cinco colocações do ranking do Índice Cidades Empreendedoras da Endeavor Brasil
Joinville avançou cinco posições de 2015 para 2016 e agora é considerado o quarto município mais empreendedor do Brasil, segundo estudo detalhado preparado pela Endeavor, que analisou sete pilares relacionados a aspectos que determinam o grau de empreendedorismo das cidades brasileiras. O prefeito Udo Döhler recebeu o prêmio em São Paulo ontem e falou sobre as características que diferenciam Joinville entre as 23 cidades avaliadas. No Estado, surge depois de Florianópolis, que figura em segundo lugar, mas à frente de Blumenau, que está na 13ª colocação geral.
– Este resultado nos surpreendeu positivamente. Esperávamos ficar em sétimo lugar. Chegar em quarto demonstra que estamos no caminho correto para tornar o município modelo nacional – diz o secretário de Integração e Desenvolvimento Econômico (Side), Danilo Conti. Nos sete indicadores avaliados, Joinville aparece com destaque em dois deles: ambiente regulatório e em infraestrutura.
Ambiente regulatório
Joinville está em terceiro lugar neste quesito, com nota 7,21. Em relação a 2015, subiu 20 posições neste ponto. A explicação para este desempenho – apesar de muitas críticas de empresários que querem iniciar negócios – está em dois aspectos: 1) o novo processo de abertura de empresas implementado pela Prefeitura; e 2) a digitalização nos documentos de licenciamento ambiental, na Secretaria de Meio Ambiente.
Claro que, no próximo ano, a Endeavor fará uma apreciação mais rigorosa das práticas de Joinville. Vai querer ver resultados práticos. A Side vai iniciar, nas próximas semanas, conversas com lideranças de empresas de ponta, e com instituições, universidades, vereadores em busca de subsídios para formatar o Programa de Competitividade do município de Joinville.
Infraestrutura
No elemento composto por tópicos como transporte interurbano e condições urbanas, a Endeavor coloca Joinville em sétimo lugar, com nota 6,83. Neste quesito, enquadram-se corredor de rodovias; distância ao porto mais próximo; número de pessoas com acesso à internet; custo médio de energia e número total de passageiros de voos por ano.
Mercado
Joinville surge na 13ª colocação, com índice 5,84, quando se considera a formação da riqueza, com PIB total; o crescimento médio real do PIB nos últimos três anos e a proporção de empresas exportadoras com sede na cidade.
Capital humano
Em nono lugar neste item, a cidade conseguiu nota 6,55, subindo 12 posições. Isso se deve à qualidade da mão de obra básica (nota do Ideb nos quinto e nono anos; média do Enem; proporção de alunos com curso superior; número de concluintes em cursos superiores de alta qualidade; custo médio dos salários dos dirigentes, entre outros itens.
Inovação
É mais um dado relevante esmiuçado pelos técnicos da Endeavor para determinar o ranking geral. No décimo lugar, Joinville perdeu três posições e obtém nota 6,76. Nesta categoria estão em jogo nove itens. Dois deles são a proporção de mestres e doutores em Ciência e Tecnologia para cada cem empresas; a proporção de funcionários nas áreas de ciência e tecnologia em relação ao total de trabalhadores. Também são verificados o índice de infraestrutura tecnológica e os contratos de concessões para cada mil empresas. Outros quatro ingredientes que compõem a análise apontam para a proporção de empresas com patentes para cada mil empresas; o tamanho da indústria inovadora em relação ao total de empresas; o tamanho da economia criativa em relação ao total de empresas e, ainda, o tamanho das empresas de tecnologia da informação em relação ao total de empresas.
Acesso a capital
A 11ª colocação coloca a cidade uma posição acima da de 2015 neste quesito. São considerados subitens o capital disponível via dívida, traduzidos por operações de crédito feitas pelo município em relação ao PIB e acesso ao capital de risco. Este fator ainda se desdobra em três pontos: proporção relativa de investimentos em venture capital; proporção relativa de investimentos em private equity; e o capital poupado
per capita.
Cultura empreendedora
O pior desempenho de Joinville aparece neste item. Em 22º lugar, e nota 5,78, a Endeavor avaliou o potencial de empreender em alto impacto, avaliando expectativas de sonhar grande; criatividade potencial; visão de oportunidades e imagem empreendedora que a cidade transmite a partir do comportamento e sentimento em relação a si mesma e de como seus agentes agem ou incorporam a noção empreendedora no seu cotidiano.
O ranking
1 São Paulo 8,493
2 Florianópolis 8,324
3 Campinas 7,300
4 Joinville 6,962
5 Vitória 6,937
6 São José dos Campos 6,864
7 Porto Alegre 6,751
8 Sorocaba 6,751
9 Maringá 6,440
10 Ribeirão Preto 6,434
Fonte: A Notícia