Estudo da Endeavor levantou dados de 50 negócios sociais da capital paulista

O lançamento da pesquisa contou com a presença de Leonardo Figueiredo, co-fundador do Instituto Quintessa e da corretora Hedging Griffo (Foto: Valdir Ribeiro Jr)

A ONG de apoio ao empreendedorismo Endeavor lançou um estudo sobre o ecossistema empreendedor dos negócios sociais em São Paulo. Mais de 50 empresas foram avaliadas, assim como a interação delas com mentores e investidores.

Os resultados da pesquisa apontaram que empresas sociais nas áreas de saúde e desenvolvimento de mão de obra têm, em média, mais sucesso em seus negócios. Também foi indicado que os empreendedores sociais precisam de mais suporte para definir melhor as metas da empresa, o que pode ser conseguido, segunda a Endeavor, com parcerias estratégicas e mentoria especializada.

Empresas sociais são definidas como instituições com fins lucrativos que possuem um objetivo social explícito além do lucro. Das empresas que se candidataram à pesquisa, pouco mais de 50 foram identificadas como negócios sociais. Entre maio e setembro de 2015, os fundadores e diretores foram entrevistados e o estudo completo pode ser conferido neste link.

A pesquisa foi realizado com apoio da fundação J.P. Morgan Chase e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A escolha da capital paulista se deu em função dos resultados que a cidade teve no Índice de Cidades Empreendedores 2015, ocupando o lugar de melhor cidade para se empreender no Brasil.

Lucro não é vilão

O lançamento da pesquisa contou com a presença de Leonardo Figueiredo, co-fundador do Instituto Quintessa e da corretora Hedging Griffo. Figueiredo falou da difícil relação entre os negócios sociais com o lucro, além de como teve que superar seus próprios preconceitos para ter sucesso. “Nós não podemos ver o lucro como um vilão, pois o benefício da causa social acaba quando não há recursos disponíveis para continuar o trabalho. É preciso entender o propósito do lucro. Quanto melhor for a finalidade dele, mais legítimo ele será para a empresa”, diz.

O especialista em negócios sociais ainda comentou o problema de comportamento de alguns empreendedores sociais, que se vêem protetores do bem-estar público. “Essa visão do empreendedor faz com que ele crie, na sua cabeça, um monopólio do bem, como se tudo que ele faz fosse o correto e qualquer coisa que não leve à ação social fosse ruim. Não é bem assim. A busca de resultados exagerada e materialista é mesmo prejudicial, mas. quando se utiliza esses meios para ter a excelência do negócio social, é que se consegue potencializar os melhores resultados na sociedade”, afirma.

Fonte: PEGN

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