O número de escritórios compartilhados no Brasil cresceu 50% entre 2015 e 2016
O número de escritórios compartilhados que se definem como coworking somam quase 400 no Brasil, um crescimento de mais de 50% entre 2015 e 2016, de acordo com o último censo feito pelo CoWorking Brasil, projeto que reúne informações do setor.
Para além da infraestrutura, da comodidade e do custo (geralmente mais baixo do que manter um escritório próprio), outras grandes forças impulsionam esses lugares como o ambiente ideal para multiplicar ideias, contatos e novos negócios: os eventos formais e informais (que estimulam a troca de aprendizado em sessões de mentorias) e o espírito de colaboração entre os residentes (é comum que um futuro parceiro de negócios esteja sentado na mesa ao lado).
Para se ter uma ideia do dinamismo encontrado em um ambiente desses, 780 eventos foram feitos durante o primeiro ano de operação do Cubo (um dos maiores do país, em São Paulo, capitaneado pelo banco Itaú e o fundo Redpoint eventures). No Google Campus São Paulo, a lanchonete instalada no local serve mais de 1270 cafés expressos e 700 pães de queijo por mês.
VEJA ABAIXO OS DADOS DIVULGADOS PELO CENSO 2016.
EVOLUÇÃO DE COWORKINGS NO PAÍS
Embora o crescimento deste tipo de espaço esteja crescendo, boa parte ainda está concentrado em grandes cidades das regiões Sudeste e Sul. Faz algum sentindo. Os coworkings tendem a ficar localizados em áreas centrais, onde a diversidade e a densidade de pessoas são naturalmente mais altas, ao contrários de outros clusters que agrupam empresas em zonas industriais ou áreas suburbanas. Por outro lado, o dado mostra uma enorme possibilidade de empreender com esse tipo de negócio em outras regiões do Brasil.
13.800 é o número total de coworkings em todo o mundo
30% foi quanto cresceu o número de coworkings no mundo entre 2015 e 2016
52% foi quanto cresceu o número de coworkings no Brasil entre 2015 e 2016
R$800 por pessoa/mês. É o preço médio do aluguel nas capitais
VEJA ABAIXO OS DADOS DIVULGADOS PELO CENSO 2016 – POR ESTADO
2015 (AZUL) 20116 (LARANJA)
+10.000 posições de trabalho / 57 usuários, em média, por escritório /494 salas de reuniões
840 salas privadas / 53 Espaços funcionam 24 h por dia / 26% são pet friendly
FONTES DE RECEITA
A maioria dos coworkings ganha dinheiro alugando salas e mesas de trabalho para empreendedores, profissionais liberais, freelances e empresas que precisam de espaço flexível. O preço médio cobrado por pessoa nas capitais, fica em R$800 mensais. Em geral, o valor varia conforme o período de contrato (12 meses, seis meses, três meses ou diário). Outros serviços podem estar inclusos, como secretária, limpeza e estacionamento. Alguns ambientes dispõem de salas de reuniões alugadas por hora e de anfiteatro para eventos.
PERFIL DE QUEM TRABALHA NO COWORKING
Os escritórios compartilhados inicialmente foram ocupados por startups e profissionais ligados às áreas de internet, tecnologia e indústria criativa (consultorias, agências de marketing e negócios sociais). Porém, o mercado vem criando nichos de todos os tipos. Já existem coworkings específicos para advogados, dentistas, empresas de moda e negócios que demandam estoque físico de mercadorias (storage).
PERFIL DE QUEM TRABALHA NO COWORKING
ELES VEEM VANTAGENS NO FORMATO…
82% acreditam que o ambiente compartilhado oferece ótimas oportunidades de networking
76% acreditam que o coworking é o ambiente ideal para o crescimento
…MAS TAMBÉM TÊM QUEIXAS
66% acredita que os ambientes não são formais o suficiente para receber clientes
52% acreditam que o ambiente não é adequado para reuniões com a equipe
64% reclama da pouca privacidade no ambiente compartilhado
60% diz que a velocidade da internet é um obstáculo para os negócios
51% temem que documentos sensíveis e confidenciais possam ser lidos por outras empresas que trabalham no mesmo ambiente
Fontes: https://coworkingbrasil.org
Fonte: PEGN