Presidente da empresa, Maria Regina Loyola Rodrigues, acredita na reversão do quadro de crise e até projeta expansão com a construção de um centro comercial

Loetz: Os planos da Lepper para 2017 Maykon Lammerhirt/Agência RBS

Fundada há 109 anos em Joinville, a Companhia Fabril Lepper vive a expectativa de dobrar o faturamento no próximo ano. Conforme a presidente da empresa, Maria Regina Loyola Rodrigues, houve um recuo significativo dos resultados neste ano devido à grave crise econômica. Nesta entrevista, Maria Regina fala também sobre imóveis grandes que a empresa tem na zona Leste de Joinville e no município de Araquari e a possibilidade de empreender nestas áreas. Confira:

A Notícia – Qual é o cenário dos negócios da empresa?
Maria Regina Loyola Rodrigues –
No ano que vem, esperamos dobrar o faturamento em relação a 2016. Que foi um ano terrível. Pior do que se esperava. Significa que o resultado é de retração em comparação ao alcançado em 2015. O recuo é de 20% de um ano para outro.

AN – A Lepper trabalha para atender as classes C e D da população. Essa estratégia é adequada para o momento econômico atual?
Maria Regina –
Nós estamos adaptando o produto ao bolso do consumidor. Sim, fazemos produtos mais baratos. Efeito das dificuldades financeiras dos consumidores provocou recuo de 18% no nível de produção. Tivemos, em 2016, que promover redução de salários com jornada de trabalho menor.

AN – Quais são seus principais mercados?
Maria Regina –
Naturalmente, por sua própria dimensão, São Paulo representa 30% dos nossas vendas. Santa Catarina entra com 9,2%.

AN – A Lepper possui imóveis grandes na região Leste de Joinville e em Araquari. Que planos a senhora tem para lá?
Maria Regina –
A dona destes espaços é a Lepper Empreendimentos Imobiliários. No bairro Aventureiro, temos área de 160 mil metros quadrados. Para lá, na rua Tuiuti, há um projeto de construção de um centro comercial, um mall, com lojas âncoras.

AN – Tipo um shopping center?
Maria Regina –
A intenção é, dos 100 mil metros quadrados aproveitáveis, utilizarmos 22 mil de área construída. O mall terá duas lojas âncoras, espaços de lazer, cinemas, lojas de bairro, praça de alimentação. O foco será em lazer e compras.

AN – O projeto está aprovado pela Prefeitura?
Maria Regina –
Está em fase final de licenciamento.

AN – Quem será o parceiro do setor de shoppings?
Maria Regina –
O parceiro é um operador paulista de shoppings centers, que ainda não atua em Santa Catarina. Os espaços serão alugados. O projeto começou a ser desenhado há três anos e, desde então, foi modificado. Antes, em 2010, a Lepper pensou em construir a nova fábrica lá. Depois, desistimos.

AN – Obtido o licenciamento, quando devem começar as obras?
Maria Regina –
Não sei ainda quando vamos começar. Isso depende do mercado.

AN – A futura fábrica será instalada em Araquari?
Maria Regina –
Possuímos uma área grande, de 1.070.000 metros quadrados, totalmente desmatada e já licenciada. Fica, sim, em Araquari. A área total ocupa 5 milhões de metros quadrados.

AN – Havia o plano de erguer centro logístico?
Maria Regina –
Não faremos mais centro logístico. Vamos construir um condomínio industrial em 847 mil metros quadrados com 1.100 lotes residenciais. O valor do metro quadrado do lote industrial é menor do que o residencial, mas a ideia é lançarmos o projeto daqui um ano e meio ou dois anos.

AN – Quando a Lepper vai mudar sua fábrica para Araquari? Há algum termo de ajustamento de conduta para sair da região central, em algum prazo definido?
Maria Regina –
A transferência da fábrica depende de fatores de mercado. Fazer uma nova fábrica custa R$ 600 mil. A Lepper obteve as licenças e autorizações para permanecer no endereço atual por mais quatro anos.

AN – Qual é o tamanho dos negócios da empresa hoje?
Maria Regina –
A Lepper tem hoje 700 funcionários. Vendemos para 8 mil pontos de venda ativos em todos os Estados. Em 2015, o faturamento foi de R$ 126 milhões, e em 2016, a previsão é de R$ 110 milhões. Não haverá lucro neste ano. Para 2017, a nossa expectativa é empatar no zero a zero. Os negócios de produtos licenciados representam 45% do nosso faturamento. Somos reconhecidos no mercado infantil.

Fonte: A Notícia

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