“Embora a economia mundial apresente indicadores de crescimento ainda muito frágeis, a exportação tornou-se estratégica para a retomada do crescimento econômico do Brasil devido à conjuntura doméstica desafiadora”, completa Côrte, salientando que a entidade, em parceria com o Sebrae, oferece um programa de internacionalização para micro, pequenas e médias. Ele lembra também que o Encontro Econômico Brasil−Alemanha, que ocorre de 20 a 22 de setembro, é uma oportunidade para que as pequenas e médias estabeleçam contatos internacionais.
Levando-se em consideração o total de empresas pesquisadas, quando perguntadas sobre a projeção das exportações para 2015 em relação ao ano passado, 61% delas apontam perspectivas de incremento − 34% esperam que os embarques cresçam de 11% a 30%, enquanto 18% acreditam que vão crescer até 10%. Somente 9% das empresas estimam que aumentarão as exportações em mais de 30% comparativamente a 2014. Por outro lado, 29% das empresas projetam estabilidade nos valores exportados e 10% estimam que suas exportações sofrerão queda em 2015.
Ao apresentar a análise, a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, disse que as pequenas e médias empresas têm maior flexibilidade para construir alianças estratégicas com empresas concorrentes em outros mercados, e assim, podem tornar-se fornecedores que complementam um produto maior fabricado em outro país.
“Hoje temos startups no Brasil que agregam valor por tecnologia e inteligência”, disse ela, lembrando que as oportunidades para as companhias estão não só nos embarques de produtos acabados, mas nos processos que envolvem inteligência na fabricação. “Efetivamente, as pequenas e médias poderão se constituir na grande sacada das exportações. Elas têm menos custos de operacionalização e facilidade de adaptação dos produtos às exigências dos clientes externos”, concluiu Maria Teresa.
O trabalho informa ainda que quase um terço buscará novos mercados, principalmente em países da África. A América do Sul e a América Central foram citadas na sequência, respectivamente com 19% e 12% das respostas.
Quanto aos critérios que deverão guiar as empresas, a maioria das respostas foi associada à proximidade geográfica e cultural, a benefícios oriundos de acordos comerciais e a indicadores do potencial de mercado nos países selecionados, tais como crescimento econômico, evolução positiva de determinados setores, aumento do consumo e ampliação do mercado consumidor.
Fonte: Pequenas empresas estão preparadas para exportar, aponta estudo – Empreendedor