Até 2020, empresa quer ser líder global em todos os mercados nos quais atua

Presidente da Embraco fala sobre o futuro da empresa em Joinville Divulgação/Divulgação
Luís Felipe Dau diz que empresa investe 3% a 4% da receita líquida anual em pesquisaFoto: Divulgação / Divulgação
Claudio Loetz

Até 2020, a Embraco quer ser líder global em todos os mercados nos quais atua. A meta foi apresentada pelo presidente Luís Felipe Dau, que assumiu o comando da joinvilense em 1º de março. Ele diz que a companhia olha oportunidades de negócios para além da fabricação de compressores. Há dez anos na empresa, o executivo já trabalhou em lugares como Ambev e consultoria McKinsey. Na Embraco, atuou em várias plantas. A seguir, o resumo de sua fala a empresários de Joinville na semana passada durante evento realizado na Acij.

Relevância

– A Embraco tem 45 anos. Desde o começo, inovação está no nosso DNA, no nosso propósito. Estamos, constantemente, em busca de soluções com o objetivo de melhorar a qualidade de vida. Um quinto (20%) dos alimentos do mundo é refrigerado por compressores da Embraco. Somos 11 mil funcionários, com negócios em 80 países e temos oito plantas. A Embraco fabrica 40 milhões de compressores por ano para atender necessidades em quatro segmentos: residencial, comercial, de distribuição e reposição e
de novos negócios relacionados à refrigeração.

Metas

– A nossa estratégica mira para, em 2020, sermos líderes em todos os mercados. Nosso modelo de trabalho tem várias frentes: sermos simples, inovadores, com foco no cliente, termos crescimento e apurar indicadores econômico-financeiros saudáveis que satisfaçam os acionistas. Todos os nossos colaboradores têm de entender como suas funções estão vinculadas a esta página de governança.

US$ 10 milhões

– A área de pesquisa e desenvolvimento é fundamental e está superligada aos nossos objetivos. Em 2016, estão sendo investidos aproximadamente US$ 10 milhões em revitalização, melhora da linha de produção e expansão do centro de inovação (laboratórios e oficinas de protótipos) na planta Brasil, em Joinville. A Embraco aplica de 3% a 4% da receita líquida anual em pesquisa e desenvolvimento.

Gestão 1

– Fazemos reuniões mensais com diretores e gerentes. A cada semestre viajo para cada uma das unidades. Os vice-presidentes vão a cada trimestre. E, semanalmente, às terças-feiras, temos reunião, quando se faz a revisão dos indicadores para acompanhamento semanal. É necessário ter um olhar de médio e longo prazos, mas se deve ter atenção ao dia-a-dia. Dá muito resultado. Coloca todos em sintonia. Ainda temos agenda de reunião mensal com as lideranças.

Gestão 2

– Queremos garantir qualidade e segurança. Ambos são fatores absolutamente centrais na nossa organização. Claro que finanças em ordem e saudáveis e a constante busca pela transformação também. Evoluir. A transformação é a palavra-chave. Há dez anos, a indústria era totalmente diferente. E não só a de refrigeração. Em geral. Daí estarmos sempre prontos a nos transformarmos. É imperioso. Trabalhamos a partir de três pilares: a arquitetura estratégica, a estratégia de longo prazo e a valorização de pessoas sintonizadas com a cultura da organização.

Joinville

– Os modelos mais recentes de compressores da Embraco são desenvolvidos em Joinville pela equipe daqui. O desenvolvimento é local. Nos casos do compressor sem óleo,a produção ocorre no México. Já o compressor supersilencioso é feito na China. Isso ocorre porque na China o cliente já pede isso, um compressor no refrigerador totalmente inaudível aos ouvidos. Os custos de produção contam na escolha da unidade que produz, mas o determinante é a exigência do mercado.

Mundo

– A China cresce de 6,5% a 7% ao ano, sim. Mas no segmento de refrigeração há recuo de 5% neste ano; tendo já havido queda semelhante no ano passado. A China é supercompetitiva. Várias companhias chinesas avançam internacionalmente.
A Índia se expande 7%, mas lá o consumidor é muito sensível a preço. Os Estados Unidos, com potencial grande, cresce mais do que a Europa. A Inglaterra, fora da União Europeia, exige um olhar atento para compreendermos melhor o que vai acontecer. A Argentina e o Equador estão com redução de demanda. Aqui no Brasil, há retração de 10% a 15%. O ano será difícil.

Fonte: ANotícia

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