Joanir Zonta concedeu entrevista ao colunista sobre a chegada de uma unidade a Joinville

Claudio Loetz: presidente da rede Condor é um otimista Maykon Lammerhirt/Agencia RBS
Joanir Zonta é o presidente da rede Condor Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Claudio Loetz

A Noticia – A rede Condor chegou a Joinville com algum atraso em relação ao previsto pelo senhor?


Joanir Zonta
– É verdade. Queríamos inaugurar a loja em 2014. Não foi possível porque, mesmo com o terreno comprado em 2012, precisamos fazer demorada análise de solo. Assim, fizemos tudo o que era necessário. Construímos uma laje de um metro na área do estacionamento, sobre a qual o prédio está apoiado.

AN – Por que vir para Joinville?

Zonta – A cidade está crescendo muito. Pesquisa de mercado demonstrou a viabilidade econômica de abrirmos uma unidade aqui.

AN – A escolha do local obedeceu a que critério?

Zonta – A logística foi decisiva. O tempo que as pessoas demoram para chegar ao endereço da rua São Paulo com rua Florianópolis é de dez minutos, vindo de qualquer ponto da cidade. Locais com muitos semáforos a transpor são inadequados.

AN – O consumidor mudou de comportamento nos últimos anos. Como a crise econômica afeta o teu negócio?

Zonta – O consumidor mudou, sim. Mas em dois setores ele não mudou. Nem nas compras de itens de beleza, nem no ramo de alimentação. O que mudou foi o comportamento na hora de optar por produtos de limpeza. Aí, sim, as pessoas procuram marcas mais baratas.

AN – A Condor planeja abrir novas lojas, além da de Joinville?

Zonta – Inauguramos uma loja na Grande Curitiba em março; e outra será aberta em Curitiba, no segundo semestre. O Brasil tem potencial enorme. Temos três projetos para 2017. Nenhum para outras cidades catarinenses. A intenção para expandir no Estado existe, mas vai demorar mais um pouco.

AN – Qual seu sentimento em relação a macroeconômica do Brasil?

Zonta – Estou otimista. Vivemos antes de Temer e, agora, com Temer. Temer vai adquirir confiança dos investidores internacionais e isso vai melhorar o ambiente geral para a atividade econômica. Acredito que o presidente interino e seu ministério vão conquistar credibilidade.

AN – A Condor chegou a Joinville. Preocupa possível vinda do grupo Carrefour, já que o Walmart está presente com a marca Big?

Zonta – O Walmart fechou mais de 130 lojas nesse ano. O Carrefour está investindo em lojas do modelo atacarejo. Não compete conosco. O mercado da região Sul é super competitivo. Por isso, é mais difícil atingir os consumidores. Nós sempre gostamos de trabalhar com o consumidor final.

AN – O senhor atua há 42 anos no negócio de alimentação. Quais principais mudanças vivenciou?

Zonta – Vivi várias transformações. A mais radical aconteceu no governo de Fernando Collor (1990-92). Foi quando houve a abertura do mercado nacional aos produtos de fora do país. Isso possibilitou a entrada de mercadorias como eletrodomésticos, produtos de beleza, higiene. O impacto foi muito grande. Tivemos – como todos os outros – de nos adaptarmos à situação.

AN – E hoje, como enxerga o consumidor?

Zonta – Atualmente, em vez dele trocar de carro a cada ano, espera uns três anos. Também fica um tempo maior com a televisão. O mesmo é com o celular. Estas são mudanças de hábitos já notados.

AN – Também está trocando de marca.

Zonta – Sim. Esse já nem é um fato tão recente. O consumidor está deixando de fazer propaganda da indústria. Ele já não compra porque a marca
é famosa.

AN – O consumo de itens alimentares se mantém estável.

Zonta – A venda de itens de alimentação não cai. O povo etá comendo mais em casa. Reunir amigos em casa é mais barato do que ir a restaurante. E tem o fator da insegurança, que afasta as pessoas das ruas.

Fonte: A Notícia

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