Felipe Hansen conta detalhes das experiências vividas com a família e em quem se inspira para desempenhar suas atividades profissionais
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Felipe é neto de João Hansen Júnior, fundador do Grupo HansenFoto: André Kopsch / Divulgação
Claudio LoetzFelipe Hansen é natural de Joinville, filho de Carlos Roberto e Rosane Maria Fausto Hansen, neto de João Hansen Júnior, fundador do Grupo Hansen. É casado com Danielle Hoorn Hansen, com quem tem dois filhos: Matheus e Isadora. Começou como estagiário na Tigre, em 1998, paralelamente ao período acadêmico.

Formado em 2003 pela Universidade da Região de Joinville (Univille) em administração de empresas – além de cursos complementares de gestão, governança corporativa e empresas familiares –, no mesmo ano assumiu o cargo de diretor da CRH Indústria e Empreendimentos (holding da Tigre).

Atualmente, além de ser presidente do conselho de administração da companhia, acumula os cargos de presidente do Instituto Carlos Roberto Hansen e de diretor da CRH Indústria e Empreendimentos Ltda. e da Blue Ocean Administração de Bens e Participações.

Em entrevista exclusiva à coluna, o empresário relembra a infância, fala de suas vivências e aprendizados e da maneira como se inspira para o exercício de suas atividades profissionais. Ele explica também como se preparou para o cargo que ocupa e da importância da família na construção de sua trajetória pessoal.

A Notícia – O senhor carrega um sobrenome de peso, muito importante em Joinville, em Santa Catarina e no Brasil. Qual é a sensação a respeito? Isso o incomoda?
Felipe Hansen – Tenho muito orgulho do meu sobrenome, por toda história de inovação, trabalho, respeito às pessoas e dedicação que a família Hansen vem desenvolvendo nos países onde a Tigre atua.

AN – Quando criança, seus familiares o levavam à fábrica da Tigre nos fins de semana. Qual sua lembrança deste período? Tinha quantos anos? Fazia o que nas instalações?
Hansen – Foi uma época muito especial de minha vida, especialmente por ter meu pai, minha mãe e minhas irmãs nesses programas de domingo. Eu tinha aproximadamente oito anos quando isso começou. Passeávamos geralmente de buggy pelas instalações da Tigre. Aprendíamos sobre o processo de produção e brincávamos com os big bags de matérias-primas que existiam na fábrica.

AN – Esta fase durou quanto tempo? O senhor sente saudades dessa fase da sua vida?
Hansen – Foi praticamente minha infância inteira. Sinto muitas saudades dessa época. Nossa família é muito unida, mesmo que hoje estejamos morando distantes uns dos outros.

AN – O tipo de lazer muda de acordo com a idade. Hoje, como busca relaxar para se contrapor às exigências do cargo que ocupa?
Hansen – Meus pais sempre estimularam programas a céu aberto. Fui criado muito perto do mar. Hoje, o meu lazer preferido é o barco. Gosto de navegar nas águas tranquilas da nossa baía da Babitonga.

AN – Quais os legados vindos de de seus pais e avós?
Hansen – Amor à família, respeito ao próximo, honestidade, transparência, apetite para tomar riscos e dedicação ao que faz.

AN – Quando o senhor decidiu ir para a vida executiva dentro do grupo empresarial de sua família?
Hansen – Isso aconteceu de uma forma muito natural, vindo de uma família essencialmente empresária. Comecei a trabalhar no grupo em 1998, como estagiário, assumindo o cargo de diretor da CRH Indústria e Empreendimentos (holding da Tigre) em 2003.

AN – Houve um processo de coaching, naturalmente. Como se deu esse processo?
Hansen – À medida que os anos foram passando, eu fui amadurecendo para a vida executiva, e as responsabilidades foram crescendo dentro do negócio. Para cada etapa desta evolução, contei com o apoio dos profissionais que estão e que estiveram na Tigre. Essa troca de experiência se deu em todos os níveis da companhia, desde o conselho de administração até o chão de fábrica. Acredito muito na observação como aprendizado contínuo.

AN – Quais são suas influências intelectuais?
Hansen – As influências são a minha família e as pessoas que contribuíram, e contribuem até hoje, no nosso conselho e na parte executiva do grupo.

AN – Quem são suas referências empresariais para além da Tigre?
Hansen – John Mackey e Steve Jobs são pessoas que me inspiram bastante. O primeiro traz a visão de futuro e do capitalismo consciente; e o segundo, pela resiliência e história de inovação.

AN – Quais são as características que definem o executivo Felipe Hansen?
Hansen – Sou uma pessoa tranquila, determinada nos meus objetivos. Me considero dedicado às metas e busco resultados que nos levem para acima da média.

AN – Qual foi sua primeira decisão à frente do conselho de administração da Tigre?
Hansen – Não houve mudanças significativas. Estamos focados no nosso plano 2020.

AN – O senhor se imagina, ser diretor-presidente executivo da Tigre em algum momento?
Hansen – Acredito muito no modelo que adotamos já há muitos anos: uma gestão compartilhada entre conselho e equipe executiva de gestão. Hoje, cabe a mim representar os interesses da família na empresa, e acredito que a maior contribuição que posso dar à empresa é atuando no conselho de administração.

AN – Como atravessa as dificuldades do cotidiano de empresário?
Hansen – Sou otimista por natureza. Apesar de estarmos atravessando um período muito desafiador, tenho meu foco no longo prazo e acredito na disciplina para superar os obstáculos do dia a dia.

AN – O que angustia Felipe Hansen?
Hansen – O que me angustia é a perda da capacidade de se indignar das pessoas.

AN – Qual é frase que o inspira como empresário e como pessoa?
Hansen – Não deixe que o medo atrapalhe o caminho dos seus sonhos.

AN – O que o tira do sério?
Hansen – Corrupção e descaso com a população brasileira.

Fonte: ANotícia

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