A conta.MOBI recebeu apoio do Sebrae e da Universidade de Stanford para ser criado
A startup mineira conta.MOBI nasceu com uma missão tão nobre quanto necessária: aumentar a longevidade das demais empresas e impedir que elas fechem as portas precocemente. Para se integrar ao mercado (e ela própria manter-se firmemente em atividade), a conta.MOBI criou um aplicativo homônimo e, para tal, teve o auxílio precioso do Programa de Inovação e Empreendedorismo para empresas mineiras de Tecnologia da Informação da Universidade de Stanford (EUA), com apoio do Sebrae e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SEDE).
Os 10 anos de convivência com os programas de treinamento, missões empresariais, congressos, cursos e oficinas do Sebrae com certeza deram aos sócios da conta.MOBI, Ricardo Capucio e Túlio Ianini, o devido respaldo para o que a empresa se propõe: ajudar outras micro e pequenas empresas (MPEs) a conquistarem, e se manterem, no mercado. O desafio torna-se ainda mais grandioso quando se observa a atual conjuntura socioeconômica do país, onde a grande pergunta do momento é: porque tantas empresas fecham no Brasil? De acordo com as pesquisas, mais da metade dos pequenos e médios negócios encerram suas atividades com menos de quatro anos de existência. As respostas podem vir de questões como erros da administração, excesso de burocracia e planos de negócios insuficientes.
O aplicativo conta.MOBI atua como uma espécie de mentor das MPEs, já que promete fornecer assistência empresarial e contábil e um serviço de gestão financeira customizado com oferta de facilidades no pagamento de contas e na realização de cobranças. O objetivo é profissionalizar os microempreendedores, reduzir custos, economizar tempo e aumentar a produtividade. Em parceria com a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), o conta.MOBI pretende eliminar barreiras históricas para o bom funcionamento das microempresas.
É bom lembrar que o cipoal de dificuldades para o bom funcionamento de empresas no Brasil convive, nos dias de hoje, com um cenário sociopolítico e econômico nada favorável, o que torna o desafio do conta.MOBI ainda maior. Segundo informações do Banco Mundial, o prazo para se abrir um negócio no país chega a 119 dias, contra uma média de 20 dias nos demais países do G20. Por aqui, o período gasto para a resolução de questões tributárias é de 2.600 horas, tempo que cai para 347 horas nos demais países. No ranking do G20, o Brasil está na 17ª posição. E mais: ainda conforme o Relatório Global de Competitividade, divulgado no último dia 29 de abril pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), em parceria com a Fundação Dom Cabral, o Brasil perdeu 18 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 75ª colocação (em 2014, ocupava a 57ª posição).
Há, portanto, muito campo de ação para a conta.MOBI e o seu aplicativo. Menos mal que um dos trunfos da startup repousa na eficiente estrutura tecnológica, que lhe permitirá solucionar dúvidas e problemas dos microempreendedores por meio de vários canais de comunicação, como telefone, chat online ou e-mail. “Focamos em um atendimento ágil e preciso. Este é um dos itens mais elogiados pelos usuários”, garante Capucio, CEO da empresa. O conta.MOBI também oferece serviços para os profissionais que ainda não se registraram como MEI e presta auxílio no processo de abertura da empresa.
Fonte: PEGN