COMO O PACOTE DE MEDIDAS MICROECONÔMICAS DO GOVERNO PODE AFETAR O SEU NEGÓCIO

O professor do Insper João Luiz Mascolo comentou algumas das mudanças anunciadas por Michel Temer e sua equipe

Medidas anunciadas pelo governo poderiam impactar e muito os negócios no Brasil (Foto: Pexels)
Na última quinta-feira, o presidente Michel Temer e sua equipe econômica anunciaram uma série de medidas microeconômicas para impulsionar a economia do país, gerar empregos e combater a inadimplência. Se forem oficializadas, algumas delas teriam poder de impactar consideravelmente a vida do empreendedor, como a redução dos juros do cartão de crédito, a diminuição do prazo de pagamento aos lojistas pelas operadoras de cartão e a eliminação de parte da multa em demissões sem justa causa.Para João Luiz Mascolo, professor do MBA Executivo do Insper, apesar de parecerem importantes, alguns anúncios feitos pelo governo são muito mais para “mostrar serviço” do que, de fato, trazerem algum alívio à população e aos empreendedores. “Vivemos um momento difícil na política do país, com a quantidade de políticos envolvidos em denúncias de corrupção e a baixa popularidade do presidente, e esse anúncio parece ter vindo para acalmar o ânimo da população."Parte da descrença do professor – e também de boa parte do mercado – em relação às medidas prometidas pelo governo vem do fato de que algumas delas não são decisões que podem ser tomadas pelo poder público. É o caso da redução de juros do cartão de crédito. “O governo não tem influência para determinar quanto os grandes bancos privados devem cobrar pelos juros. O que foi esse anúncio, então? Um apelo às instituições?”. Outro ponto é que algumas das mudanças poderiam afetar a receita do governo federal, que já está bastante endividado. "Eliminar alguns impostos e taxas agora deve implicar na criação de novos mais para a frente, quando a poeira tiver baixado em Brasília."Em entrevista exclusiva à Pequenas Empresas & Grandes Negócios, ele falou sobre algumas das medidas prometidas pelo governo de Michel Temer e quais seriam seus impactos na vida dos donos de negócios e na economia do país. Veja a seguir:Redução dos juros do cartão de crédito Para Mascolo, a única maneira possível de reduzir os juros do cartão de crédito seria aumentar a oferta de instituições financeiras no país. “Temos três bancos privados e dois públicos atuando no Brasil hoje. É claro que eles vão cobrar mais caro porque os consumidores não têm para onde correr. Para a comparar, os Estados Unidos possuem oito mil bancos”, diz o professor. Ele explica: o juro é o preço do crédito. “Se o juro está caro, o problema é de oferta e demanda. A oferta de bancos é pequena e a demanda por crédito é alta.” Com as recentes aquisições de Citybank pelo Itaú Unibanco e HSBC pelo Bradesco, o setor financeiro brasileiro ficou ainda menor. “Como o governo anuncia a redução dos juros do cartão se ele não tem influência nessa decisão? Não adianta fazer um apelo aos bancos. O que precisamos são de mais deles operando, estimulando a competitividade.”Redução de no mínimo 40% dos tributos para importação e exportação Para o professor, apesar de a medida ser plausível e possivelmente boa para os negócios brasileiros, ela também implicaria numa perda de receita por parte do governo. “Brasília receberia menos dinheiro, num momento em que a relação entre dívida pública e PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas de um país) está enorme”, afirma Mascolo. “O governo não tem dinheiro e estaria reduzindo uma de suas fontes de receita.”Eliminação de parte da multa por demissão sem justa causa Para o professor, apesar de a medida fazer sentido para os empreendedores, ela também mostra certo desespero do governo em termos de receita. É como um cobertor curto demais: de um lado, a proposta ajudaria o empresário fazendo com que ele gaste menos em demissões, em um momento em que muitos funcionários estão sendo desligados das operações por conta da crise. De outro, existe um governo afogado em dívidas que está extinguindo parte de suas fontes de receita. “Eu acredito que, por isso, outras receitas deverão ser criadas”, diz Mascolo. “Eu não descarto que, assim que o cenário político permitir, ele [Michel Temer] terá de aumentar as fontes de receita criando outros impostos.”Diminuição do prazo de pagamento aos lojistas pelas operadoras de cartão de crédito “Ou essa medida é para tirar os pequenos [negócios] do mercado de cartão de crédito ou é para estimular os bancos a dar mais crédito”, diz o professor. De fato, o Nubank anunciou nesta segunda-feira que pode fechar caso o prazo de pagamento aos lojistas mude de 30 para dois dias. “Qual a operadora que teria condições fluxo de caixa para repassar aos lojistas o valor das compras em até dois dias? Apenas os grandes bancos tem estrutura para isso.”Pagamento de dívidas com o FGTS Para o professor esta é outra medida que beneficia as grandes instituições financeiras. “Irá aliviar a vida dos bancos, que estão com muita inadimplência”, diz. “Agora, você acha que o banco dará crédito novamente ao sujeito que estava inadimplente com ele até agora? Eu duvido.” Da mesma maneira, Mascolo cita o problema do endividamento das famílias. “A pessoa que acabou de usar o FGTS, a aposentadoria dela, para pagar uma dívida não quer voltar a ficar endividada. Não faz sentido ela pegar mais crédito". A grande questão aqui é que, se as famílias pegassem mais crédito, teriam mais dinheiro para gastar - o que estimularia a economia e os negócios. Porém, se elas irão apenas usar o FGTS para pagar dívidas e não voltarão a gastar - por medo de ficarem endividadas novamente - essa injeção de capital não acontecerá.Fonte: PEGN

CHINA FINANCIARÁ ÔNIBUS ELÉTRICOS NO BRASIL

Banco de Fomento do país asiático abrirá uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para construir veículos e painéis solares

5 - Campinas (SP), quinta colocada com 6,83 (Foto: Reprodução/Mediacommons)
Banco de Fomento da China vai abrir em 2017 uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no Brasil na construção de ônibus elétricos e painéis solares. A linha será aberta para a BYD, chinesa líder do setor e que mantém uma fábrica de ônibus elétricos em Campinas, no interior de São Paulo.Em fevereiro, a companhia asiática vai abrir na região uma planta de painéis solares. Com essa linha, a BYD vai oferecer aos empresários de transporte público um contrato de leasing. Cada ônibus elétrico custa R$ 1 milhão, enquanto um modelo comum (movido a combustível) sai por R$ 400 mil. Segundo Adalberto Maluf, vice-presidente de vendas da BYD no Brasil, essa diferença será financiada no prazo de dez anos. As parcelas, segundo ele, serão pagas com o dinheiro que será economizado com combustível e manutenção.De acordo com técnicos da BYD, cada ônibus elétrico tem vida útil de pelo menos 20 anos. Dessa forma, segundo eles, seria possível até reduzir as tarifas depois de pago o empréstimo. O assunto foi tratado em uma reunião em Shenzhen, cidade onde está a sede da BYD, entre o presidente da empresa, Wang Chuan Fu, e o prefeito reeleito de Campinas, Jonas Donizete (PSB).Donizete disse no encontro que, diante da iniciativa dos chineses, vai incluir na licitação do transporte público de Campinas em 2017 a exigência da aquisição de uma cota mínima de ônibus elétricos para as companhias que forem operar na cidade.Atualmente, já circulam em Campinas 11 ônibus elétricos da BYD, que foram comprados pela Itajaí Transporte. Além disso, cinco táxis elétricos operam na cidade do interior paulista. O ônibus tem autonomia para rodar 300 km por dia usando uma bateria de ferro-lítio, enquanto os carros andam 400 km sem precisar reabastecer.A BYD também espera, com essa linha de crédito, entrar no mercado da capital paulista, onde há a perspectiva que se aprove, em 2018, um cota semelhante à de Campinas no momento da renovação dos contratos de transporte público. Além de Campinas, Curitiba e o Distrito Federal já operam com ônibus elétricos.Considerada o Vale do Silício da China, Shenzhen será em 2017 a primeira cidade do mundo a ter 100% da frota de ônibus e táxis movida a energia elétrica.Com 20 milhões de habitantes, Shenzhen espera também inaugurar em 2017 um trem monotrilho elétrico. Executivos da BYD disseram ao Estado esperar que o governo de Michel Temer retome o Programa de Incentivo à Indústria de Nanocondutores (Padis), que foi derrubado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. No dia 20, a BYD estará no 4.° leilão de energia solar.Fonte: Empreendedor

PROMOÇÕES FAZEM BRASILEIRO VOLTAR A COMER MELHOR

Alimentos impulsionaram o consumo de bens não duráveis entre julho e setembro

Alimentos em promoção estão atraindo mais pessoas para dentro das lojas (Foto: Stokpic / Pexels)
Na crise, o brasileiro voltou a comer um pouco melhor por causa das promoções, que vão de embalagens econômicas, dias especiais de desconto e até ofertas nas quais dois itens são vendidos pelo preço de um. No terceiro trimestre deste ano, o consumo de uma cesta de 96 categorias de produtos, entre alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza cresceu 3,6% em unidades e 4,9% em valor, já descontada a inflação, na comparação com os mesmos meses de 2015, puxado pelos alimentos e pelas promoções.A constatação é da consultoria Kantar Worldpanel que visita semanalmente 11 mil domicílios em todo o país para radiografar o consumo da população. "Estamos menos piores e as promoções em alimentos estão atraindo mais pessoas para dentro das lojas, até mesmo para a compra de produtos básicos", afirma a diretora comercial da consultoria e responsável pela pesquisa Christine Pereira.Entre julho e setembro, os alimentos impulsionaram o consumo de bens não duráveis e essa foi a única cesta de produtos em que houve aumento na frequência de compras, de 2,9%, em comparação com o terceiro trimestre de 2015.Christine explica que 55,5% das famílias aumentaram o número de idas às lojas, visitando os estabelecimentos mais de cinco vezes na semana, atraídos pelas promoções. Em três viagens às lojas, os consumidores declararam que compraram produtos que estavam em oferta, aponta a pesquisa.Um resultado que chama atenção e revela o estrago que a crise provoca no orçamento das famílias é que na lista de ofertas que atraiu o brasileiro para as compras estão muitos produtos que são básicos e cujo consumo está consolidado, como óleo de soja, papel higiênico, biscoito, por exemplo.No óleo de soja, a pesquisa aponta que cresceu 5,4% o número de famílias que compraram o produto porque ele estava em promoção no terceiro trimestre.Movimento com proporções semelhantes se repetiu no biscoito, papel higiênico, iogurte e sabonete. Em contrapartida, o consumo de itens mais supérfluos, que vinha avançando, como suco pronto, antisséptico bucal, por exemplo, recuou porque esses produtos não foram alvo de promoções."As promoções estão dando um respiro, mas isso não significa que a crise já tenha passado. É uma alternativa para que as famílias comprem o que precisam", diz Christine.A força da promoção, especialmente para itens de primeira necessidade, ficou nítida na semana passada quando os supermercados lotaram no dia da Black Friday, com os consumidores em busca de ofertas em miudezas, como cerveja e refrigerante.Falta A corrida do consumidor para encher o carrinho, especialmente de alimentos em oferta por causa da crise, provocou a falta de muitos itens nas prateleiras dos supermercados.Em outubro, de uma lista de cem itens, entre alimentos, bebidas, higiene e limpeza doméstica, mais de dez (10,5) estavam faltando nas lojas, segundo levantamento feito pela consultoria Neogrid/Nielsen em 10 mil lojas de supermercados espalhadas pelo país."Uma possível razão para a falta de produtos é o aumento nas promoções do tipo leve três pague dois realizadas pelos supermercados", diz Robson Munhoz, diretor da consultoria e responsável pelo relacionamento com o varejo. Ele argumenta que, com as promoções, houve uma saída maior de produtos nas lojas, o que provocou a falta de mercadorias.O índice de falta de produtos nas prateleiras, conhecido no jargão do setor como de ruptura, começou o ano em 13%, bem acima da média histórica de 8%. Caiu até julho, quando fechou o mês em 9,5%. De lá para cá veio gradativamente aumentando.Fonte: PEGN

NA CRISE, MARCOPOLO BUSCA MERCADO EXTERNO

Crise no Brasil fez fabricante de ônibus focar nas vendas internacionais

Ônibus da Marcopolo. Empresa focava no mercado interno, mas crise fez a empresa mirar o exterior (Foto: Divulgação)
Depois de um período de dez anos com o foco de suas operações no Brasil, a fabricante de ônibus Marcopolo mudou de rumo e voltou a priorizar o mercado externo.A maior parte da receita líquida da empresa vinha sendo gerada internamente desde 2006. Agora, houve uma inversão, fazendo com que as exportações a partir do Brasil e as vendas de veículos produzidos e negociados fora do País passassem a ser 68% da receita.Já havia sinais dessa mudança em 2015, principalmente em decorrência da queda das vendas domésticas, e o movimento se acentuou neste ano, com um salto nas operações internacionais – entre janeiro e setembro, as exportações a partir do Brasil avançaram 43,8% ante o mesmo período de 2015.Além da desvalorização do real e da relativa perda de competitividade chinesa, uma estratégia montada pela companhia impulsionou as vendas para fora.Em outubro de 2015, uma equipe de 30 funcionários fixou um mapa-múndi na parede e começou a marcar os países em que a Marcopolo havia perdido mercado nos últimos dez anos e que poderiam ser retomados, além de possíveis novas conquistas. "Conhecendo o histórico de exportações da Marcopolo, criamos uma força-tarefa", conta o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto.Nos 12 meses seguintes, as equipes viajaram 60 países na tentativa de vender seus produtos e amenizar os efeitos da crise econômica brasileira, que devastou o setor automotivo.Desde o auge da empresa, em 2013, até 2015, a Marcopolo viu sua receita líquida recuar 25% e o número de unidades fabricadas cair 46%. "Aumentar as exportações foi a única saída. Aprendemos que não podemos descuidar do mercado externo, mesmo quando o câmbio é desfavorável (como no início da década de 2010), porque a retomada não é fácil."O descuido com as vendas internacionais foi consequência do bom momento vivido pelo setor no Brasil até 2013. Os juros a 2,5% ao ano para empresas de transporte e o programa federal Caminho da Escola (que facilitou a compra de veículos por prefeituras) resultaram na explosão das vendas domésticas de ônibus no período.Para Antônio Jorge Martins, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), especialista no setor, a Marcopolo conseguiu recuperar suas exportações por ter alto nível de internacionalização - são 12 plantas fora do País.Martins afirma, ainda, que as multinacionais instaladas no Brasil não puderam ampliar suas exportações a partir do território brasileiro em igual ritmo, porque precisam negociar com as matrizes para não comprometerem unidades produtivas de outros países.Sem milagre Apesar de amenizarem as perdas, as vendas internacionais não chegam a salvar a Marcopolo. Em 2016, ano para o qual se previa um alívio, houve queda de 10% nas receitas de janeiro a setembro. A companhia acabou fechando uma fábrica no interior do Rio de Janeiro, adquirida no fim do ano passado, quando comprou a concorrente Neobus.Também precisou se desfazer de 7,5% do capital da canadense New Flyer, permanecendo com 10,8% do negócio. Ainda há a intenção de usar a New Flyer para entrar no mercado americano, onde poderia explorar os segmentos rodoviário e de micro-ônibus. Os veículos seriam enviados para os EUA a partir do Brasil ou do México.Gomes Neto admite que não será possível manter o ritmo de crescimento internacional em 2017. "Neste ano, retomamos mercados onde a Marcopolo era forte, o que não vai se repetir." O foco, entretanto, continuará lá fora, já que não há sinais de recuperação interna.Fonte: PEGN

FMI avalia que economia brasileira está perto de sair da recessão

Para 2017, o FMI projeta crescimento de 0,5% para a economia e queda de -3,3% para 2016

recuperaçao
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que a economia brasileira dá sinais de que está perto de deixar o período de recessão, no entanto, as perspectivas dependem da aprovação de reformas fiscais pelo governo brasileiro. A conclusão está no relatório anual do FMI sobre o Brasil, divulgado na terça-feira (15).
De acordo com o fundo, a economia brasileira deve começar a se recuperar gradualmente a partir do segundo semestre deste ano com a aprovação de reformas. Para 2017, o FMI projeta crescimento de 0,5% para a economia e queda de -3,3% para 2016.No relatório, o FMI também elogiou a intenção do governo brasileiro de limitar a despesa fiscal e de reformar o sistema de Previdência Social.Para o fundo, há riscos internos para a perspectivas da economia, como a não aprovação das medidas, além de riscos externos, que levam em conta o crescimento lento das economias de países emergentes e baixa no preço das commodities de exportação.Fonte: Empreendedor

Saiba como os escritórios virtuais podem ajudar a reduzir gastos

 

Escritórios virtuais são espaços compartilhados que oferecem uma estrutura diferenciada para funcionar, incluindo serviços que facilitam a administração

Escritórios virtuais também oferecem a possibilidade de locação de sala de reuniões
Reprodução
Escritórios virtuais também oferecem a possibilidade de locação de sala de reuniões

Por conta da crise econômica que afeta o Brasil, muitos empreendedores estão enfrentando dificuldades para equilibrar as contas da empresa. Dessa forma, é indispensável encontrar maneiras de reduzir gastos e aumentar a rentabilidade. Entre essas alternativas, estão os escritórios virtuais.

 De acordo com Fernando Bottura, presidente da Gowork, os escritórios virtuais são "espaços compartilhados nos quais as pessoas podem encontrar uma estrutura diferenciada para funcionar, que inclui como serviços o atendimento telefônico personalizado, transferência de ligações, gerenciamento de recados, gerenciamento de correspondências e utilização de um endereço comercial e endereço fiscal”. Bottura acredita que este modelo de trabalho seja ideal tanto para empresas quanto para consultores e profissionais liberais.
Dessa forma, o profissional que contrata este serviço não precisa estar fisicamente no escritório todos os dias. É possível trabalhar de casa ou, se necessário, até mesmo durante eventuais viagens de negócios. Caso seja preciso, existem estações de trabalho disponíveis, bem como a possibilidade de alugar salas para reuniões e treinamentos. Neste modelo, os preços serão amplamente inferiores quando comparados com locais comuns, sem compartilhamento.O final da preocupação com o atendimento telefônico da empresa, possibilitado pela contratação deste serviço de escritório, garante maior mobilidade profissional, permitindo maior liberdade para que os empreendedores e funcionários trabalharem de outros locias. Além disso, neste caso, também é eliminada a necessidade de contar com um colaborador apenas para realizar este atendimento, de forma a reduzir os custos.“A ideia é uma evolução natural do modelo de homework, pois esse apresentava problemas como necessidade de grande disciplina e dificuldade de atendimento presencial aos clientes. Contudo, um dos benefícios mais relevantes é a possibilidade de trabalhar sem que se tenha a preocupação constante com a administração e manutenção de um espaço”, afirma Bottura.Estes motivos fazem com que os escritórios virtuais se tornem opções interessantes para os empreendedores, que devem levar esta alternativa em consideração, caso estejam procurando cortas gastos para melhorar as condições da empresa no médio e curto prazo.Fonte: IG

Mercado espera redução da taxa de juros para 13,5% ao final de 2016, aponta relatório Focus

Expectativa dos economistas é pela diminuição de 0,25% da Selic na quarta-feira, após a reunião do Comitê de Política Monetária

Mercado espera redução da taxa de juros para 13,5% ao final de 2016, aponta relatório Focus Ronald Mendes/Agencia RBS
Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS
À espera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) intensificaram as apostas para o início de um ciclo de cortes da taxa básica de juros — a Selic — possivelmente já nesta semana. O relatório Focus divulgado nesta segunda-feira aponta que a mediana das projeções para a Selic no fim de 2016 caiu de 13,75% ao ano para 13,5% ao ano. Na prática, se confirmado, a mudança significará um corte de 0,75 ponto porcentual da taxa básica, atualmente em 14,25% ao ano. Há um mês, a perspectiva era que o juro fosse cortado para 13,75% ao ano.Para o fim de 2017, a projeção permaneceu em 11% ao ano, mesmo nível de um mês atrás. Na próxima quarta-feira, o BC decide o novo nível da Selic e os ativos negociados no Brasil vêm precificando corte entre 0,25 e 0,50 ponto na taxa básica.A Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.Inflação menorO boletim Focus também reduziu a projeção para a inflação em 2016, de 7,04% para 7,01%. Há um mês, os economistas previam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que indica a inflação oficial, encerrasse o ano em 7,34%.Para 2017, as instituições financeiras estimam a inflação em 5,04%. A expectativa anterior era de 5,04%. Há quatro semanas, a projeção apontava uma variação do IPCA em 5,12%.Câmbio estávelO relatório divulgado pelo Banco Central mostrou estabilidade nas estimativas para o câmbio deste e do próximo ano. O documento indica que a cotação da moeda estará em R$ 3,25 no encerramento de 2016, mesmo patamar apontado de uma semana antes. Há um mês, estava em R$ 3,30. O câmbio médio de 2016 passou de R$ 3,44 para R$ 3,43, ante R$ 3,45 de um mês antes.Para o fim de 2017, a mediana para o câmbio seguiu em R$ 3,40 de uma divulgação para a outra, ante os R$ 3,45 de quatro semanas atrás. Já o câmbio médio de 2017 permaneceu em R$ 3,36 — estava em R$ 3,39 um mês atrás.Retração maior do PIBO boletim Focus desta semana trouxe mudança, para pior, na projeção de atividade no país em 2016. As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passaram de retração de 3,15% para queda de 3,19%. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,15%.Para 2017, o cenário é mais favorável, com perspectiva de PIB positivo. O mercado continuou prevendo para o país, conforme o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, um crescimento de 1,30% no próximo ano — mesmo valor projetado há um mês.No segundo trimestre de 2016, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro recuou 0,6% ante o primeiro trimestre do ano e teve retração de 3,8% ante o segundo trimestre de 2015. No ano, o PIB acumula baixa de 4,6% e, em 12 meses, recuo de 4,9%.Fonte: Zero Hora

ARGENTINA SERÁ O PRIMEIRO PARCEIRO DO BRASIL NO SIMPLES INTERNACIONAL

Sistema de Moeda Local será importante aliado nas exportações de pequenas empresas

 
Buenos Aires não é apenas uma cidade bonita, mas também muito oportuna para empreendedores (Foto: Thinkstockphotos)
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, esteve reunido, na tarde dessa terça-feira (30), com o futuro embaixador do Brasil na Argentina, Sérgio Danese, para tratar da criação do Simples Internacional, que permitirá a ampliação das exportações de micro e pequenas empresas brasileiras, o aumento do intercâmbio comercial e a redução de custos e de tempo das operações.A intenção é que o primeiro país parceiro nesse projeto seja a Argentina.
“A globalização ainda não chegou nos pequenos negócios. Eles têm uma enorme barreira de custos de exportações que são intransponíveis. O Simples Internacional irá derrubar essas barreiras. Queremos começar pela Argentina. Somos países com economias complementares”, afirmou o presidente do Sebrae.
Ele ressaltou que exportar para a Argentina deve ser tão fácil quanto vender para um estado brasileiro e que o Simples Internacional permitirá isso.O futuro embaixador Sérgio Danese destacou que a adoção do Sistema de Moeda Local (SML) será um importante mecanismo para derrubar as barreiras que dificultam as exportações e que esse deve ser um dos pilares desse sistema.De acordo com ele, o Sebrae terá um importante papel na divulgação desse sistema. “O Sebrae tem uma capilaridade que pouca gente tem. Para o pequeno, essa pode ser a chave para ele resolver os problemas que têm para exportar”, disse.O SML é um sistema de pagamentos que permite que remetentes e destinatários, nos países que integram o sistema, façam e recebam pagamentos de transações comerciais em suas respectivas moedas. O Sistema já pode ser utilizado para operações comerciais realizadas entre o Brasil e a Argentina, por exemplo.O Simples Internacional quer simplificar todos os procedimentos necessários para exportar, sejam eles burocráticos, tarifários, logísticos e de meio de pagamentos.Ele será o responsável por realizar toda a tramitação burocrática para a exportação do pequeno empresário, como licenciamento, despacho aduaneiro, consolidação de carga, seguro, câmbio, transporte e armazenagem.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios

Lista de pessoas que pode sacar o abono do PIS

O ministério do Trabalho disponibilizou a lista dos nomes de trabalhadores de cada estado que têm direito ao abono salarial do PIS/PASEP. Consulte abaixo na Caixa Federal ou Banco do Brasil

Dinheiro na mão: fim do prazo para sacar o abono do PIS está chegando
O período de resgate foi estendido numa decisão inédia do ministro Ronaldo Nogueira, no dia primeiro de julho, já que 1,2 milhão de trabalhadores deixaram de sacar o abono dentro do prazo original, que se encerrou em 30 de junho deste ano.Segundo o último balanço divulgado pelo ministério do Trabalho na semana passada, 900 mil brasileiros ainda não tinham retirado o benefício de 880 reais.A página do ministério com a lista dos nomes de trabalhadores que têm direito ao abono pode apresentar lentidão para carregar, mas uma outra ferramenta, lançada em julho, permite ao trabalhador checar se ele tem direito ou não ao benefício através do número de CPF
Quem pode sacar? Quem exerceu atividade remunerada durante pelo menos 30 dias em 2014 e recebeu até dois salários mínimos por mês nesse período tem direito de sacar o abono salarial do PIS/PASEP referente aquele ano. Tire aqui suas dúvidas sobre o benefício.O valor do abono é de 880 reais e, para ter direito a ele, o trabalhador também deve estar cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).O PIS é o Programa de Integração Social e o PASEP é o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Eles são contribuições sociais feitas pelas empresas para financiar os benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial.O PIS é destinado aos funcionários de empresas privadas, regidos pelaConsolidação das Leis do Trabalho (CLT) . Já o PASEP é destinado aos servidores públicos. Os recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).Como sacar CLIQUE EM CAIXA FEDERAL ou BANCO DO BRASILPara sacar o abono do PIS, o trabalhador que possuir Cartão Cidadão e senha cadastrada pode retirar o valor nos terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal ou em uma Casa Lotérica.Se a pessoa não tiver o Cartão Cidadão, ela poderá receber o abono em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de documento de identificação.Já os servidores públicos que desejam sacar o abono do Pasep precisam verificar se houve depósito na conta. Caso isso não tenha ocorrido, devem procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação. Quem tiver dúvidas pode procurar mais informações no site do Ministério do Trabalho.

Veja respostas para suas dúvidas sobre o abono

1) Se eu não sacar o abono do PIS/PASEP referente ao ano de 2014 até o dia 31 de agosto de 2016, o que acontece com o meu dinheiro? Nunca mais vou conseguir sacá-lo?Caso o beneficiário não saque o abono salarial dentro do calendário anual de pagamentos, o valor é devolvido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e o mesmo só poderá ser sacado posteriormente por meio de ação judicial.2) Não saquei o abono referente a anos anteriores, como 2013 e 2012, por exemplo. Posso fazer isso agora?Abonos disponibilizados em exercícios anteriores dependem de autorização judicial para serem disponibilizados novamente.3) Quando será pago o abono referente a 2015 e 2016? Onde consigo encontrar o calendário oficial?O abono referente a RAIS ano base 2015 tem seu exercício de pagamentos iniciado em 1º de julho de 2016 e término em 30 de junho de 2017. Os pagamentos referentes ao ano base 2016 só serão definidos em 2017.4) Trabalhador rural também tem direito ao abono?Os trabalhadores que têm direito ao abono salarial são aqueles vinculados a empregadores contribuintes do PIS/PASEP —funcionários de empresas privadas, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e servidores públicos.5) O que é o Cartão do Cidadão? Como posso tê-lo?O Cartão do Cidadão facilita o acesso a benefícios sociais e trabalhistas. Ele pode ser usado em todos os canais de pagamento autorizados pela Caixa, em todo o país. O Cartão é para quem possui FGTS provisionado, rendimentos do PIS, abono salarial ou quem ainda esteja recebendo parcelas do seguro-desemprego.Com ele, é possível agilizar e garantir mais segurança no processo de pagamento dos benefícios sociais. Todas as pessoas que possuem algum benefício social ou trabalhista para receber podem solicitar o Cartão do Cidadão pelo telefone 0800-726-0207 ou em qualquer agência da Caixa Econômica Federal.6) Não tenho o Cartão do Cidadão. Consigo sacar o abono mesmo assim?Sim, consegue. Se você não tiver o Cartão do Cidadão e for funcionário de uma empresa privada (PIS), poderá receber o abono em qualquer agência da Caixa Econômica Federal mediante apresentação de documento de identificação.Se você for um servidor público (PASEP), deverá primeiro verificar sua conta para checar se o valor já foi depositado automaticamente.7) Sou funcionário público, mas o abono não caiu automaticamente na minha conta. O que eu faço?Se você for servidor público e o valor do abono salarial não tiver caído automaticamente na sua conta, será preciso procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação para receber o benefício.8) O mês que eu nasci interfere na data que eu posso sacar o meu benefício do abono?Sim, para os beneficiários do PIS que recebem pela Caixa Econômica Federal. No caso dos beneficiários do PASEP, o número final do cadastro PASEP é o que influencia na data do pagamento.9) Eu tenho direito ao abono, mas minha empresa não informou corretamente essas informações na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). O que fazer?Você deve procurar o departamento de recursos humanos da empresa em que trabalha para que as informações sejam retificadas o mais rápido possível.10) Trabalho com carteira assinada e sei que sou cadastrado no PIS/PASEP, mas não sei meu número de cadastro. Preciso disso para sacar o benefício ou apenas meu documento de identificação é suficiente?Não é preciso saber essa informação. Você deve comparecer às agências da Caixa (PIS) ou do Banco do Brasil (PASEP) portando um documento de identificação. É possível se informar do número do PIS/PASEP na própria agência.

Produtores artesanais de vinho poderão optar pelo Simples

Votação do Crescer sem Medo foi destaque em evento que debateu temas relacionados ao mercado da vitivinicultura

PROJETO AUMENTA VENDA DE VINHOS BRASILEIROS EM BARES E RESTAURANTES
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destacou a votação no Senado do Crescer sem Medo, prevista para a próxima semana, a qual inclui produtores de vinhos artesanais no Supersimples. O tema foi apresentado durante o Seminário Brasil Vitivinícola, realizado pelo Sebrae, pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pela Frente Parlamentar de Defesa e Valorização da Produção Nacional de Uvas, Vinhos, Espumantes e Derivados na Câmara dos Deputados, quarta-feira (17), em Brasília.Afif comentou o excesso de tributos enfrentado pelos produtores e proprietários de vinícolas e revelou que o Sebrae segue lutando para garantir melhorias ao setor. “Essa é uma luta que acompanho há muitos anos. Agora, conseguimos o tratamento diferenciado garantido pela Constituição para as empresas de pequeno porte que optarem pelo Simples.”A inclusão, feita no Crescer sem Medo, é um avanço para o setor que tem 1,1 mil vinícolas e cerca de 90% delas são micro e pequenas empresas. O presidente convocou os representantes da vitivinicultura a acompanharem a votação e a sanção da lei pelo presidente Michel Temer. “Temos sido parceiros em diversos projetos, e, enfim, estaremos oficialmente juntos com a entrada do setor no Simples. A alteração, infelizmente, só vai vigorar em janeiro de 2018, mas precisamos comemorar juntos”, convocou.A diretora-técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, também ressaltou a inclusão no Simples e enfatizou a importância das Indicações Geográficas concedidas às vinícolas. “São um diferencial competitivo e podem levar ao aumento do consumo de vinhos nacionais no Brasil e no exterior.” O presidente do Ibravin, Dirceu Scottá, revelou que os pequenos negócios da vitivinicultura hoje geram cerca de cem mil postos de trabalho entre a área agrícola e o enoturismo. “São, na maioria, micro e pequenas empresas, que têm sido atendidas em parcerias com o Sebrae, e nada mais justo do que nos beneficiarmos dessa tributação diferenciada”, afirmou.Ao falar sobre o setor, o deputado Mauro Pereira, presidente da Frente Parlamentar de Defesa e Valorização da Produção Nacional de Uvas, Vinhos, Espumantes e Derivados na Câmara dos Deputados, lembrou que o produto brasileiro custa mais caro do que os importados. “A carga tributária que temos no setor é a mais criticada, mas trabalhar contra ela é muito difícil. Mesmo concorrendo de igual para igual com os vinhos europeus, temos um produto mais caro que o de fora por culpa desses impostos”, criticou.Para o gerente de Agronegócios do Sebrae, Augusto Togni, a economia com a diminuição de impostos trazida pela inclusão do setor entre os optantes do Simples pode ser revertida em inovação e tecnologia de produção. Além disso, atender o setor em todos os elos da cadeia trará um grande diferencial. “O olhar pela cadeia produtiva nos permite atender do produtor rural aos prestadores de serviços. Da gestão da propriedade, da produção do vinho, até a distribuição e o atendimento. Isso tudo repercute no produto final e na sensibilização do consumidor para a qualidade do produto brasileiro”, defendeu.O diretor de Relações Institucionais do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, apresentou um panorama setorial e falou sobre os avanços alcançados em programas e projetos feitos em parceria com o Sebrae como o Qualidade na Taça, que qualifica a cadeia de alimentação fora do lar, e o Programa Alimento Seguro (PAS) – Uva para Processamento, que garante a melhoria na qualidade do produto e boas práticas agrícolas. Pedro Hoffman e Paulo Solmucci Jr., da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Lanchonetes (Abrasel), criticaram a tributação do setor e explicaram como a alimentação fora do lar pode ajudar na ampliação do consumo dos produtos brasileiros.Fonte: Empreendedor

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