Mercadinhos e empórios voltam a fidelizar clientes

O charme e a proximidade proporcionados pelos mercadinhos de antigamente, mas com a eficiência da arquitetura moderna. Assim são os empórios, estabelecimentos que são tendência no mercado
A arquiteta Simone Rocha executou um projeto exatamente neste molde. A profissional planejou e decorou o Empório Du Carmo, onde o proprietário buscava uma atmosfera acolhedora e amigável para o seu estabelecimento. “O pedido principal do cliente era também nosso maior desafio: o aproveitamento do espaço. Como a loja possui dimensões bem reduzidas e um pé direito extremamente baixo, tivemos que buscar soluções para conseguir expor um número significativo de produtos, tornando a loja viável do ponto de vista comercial, e ao mesmo tempo, garantir uma circulação confortável, para propiciar sensação de bem-estar dentro da loja, e evitar a impressão de confinamento”, explica.Para conduzir o projeto, a arquiteta trabalhou com três pontos principais: ambiente aconchegante, tratamento personalizado e oferta de produtos diferenciados. Desta forma, o empreendimento ganhou ares de mercadinho do interior e conseguiu se destacar no comércio local. “Uma decoração isolada, seguindo determinado ‘estilo’ que não seja condizente com o público ou com o produto oferecido, terá sido feita em vão e não conseguirá alcançar a meta do sucesso comercial. Da mesma forma, trabalhar corretamente o atendimento e a gama de produtos, deixando de lado a aparência e funcionalidade da loja – intrínsecas a um projeto arquitetônico bem feito – é sinônimo de montar uma loja com baixo movimento, uma vez que ela não consegue atrair os clientes que passam pela rua. O visual da loja é o primeiro aspecto capaz de convidar um cliente a entrar e deve ser complementado por uma boa experiência no momento da compra, para garantir o sucesso da venda e o retorno do cliente”, avalia.O administrador de empresas Marcelo Jácome, proprietário do Empório Du Carmo, ratifica a importância da presença de um profissional para conseguir concretizar o que desejava para o seu comércio. “O Empório está aberto há quatro meses e decidi fazer o investimento há sete meses. Foram três meses de análise de mercado, desenvolvimento do projeto e obra. Tudo o que eu faço, faço bem feito e então contratei a Simone Rocha para fazer o projeto e discutimos bastante sobre ele. Focamos em um estilo vintage e no melhor aproveitamento do espaço, pois a loja tem somente 25m2. O projeto foi tão bem feito, que eu consegui aproveitar um espaço mínimo e, hoje, para se ter uma ideia, estou com 960 itens diferentes na loja, ativos”, conta.Para Marcelo, esta forma de voltar ao estilo dos mercados antigos, onde se vende biscoito a granel, por exemplo, é, certamente, um atrativo a mais para a clientela, o que vem sendo motivo de elogios ao seu empreendimento. “A comunicação visual e o mobiliário do Empório, indiscutivelmente, são um diferencial da loja. O atendimento também, claro, pois criamos uma maneira de cativar o cliente onde ele se sente bem recebido, apesar do espaço físico ser pequeno, porém, é aconchegante. Até o dia de hoje, nunca recebi uma crítica sequer que desabonasse a loja”, exalta.De acordo com a arquiteta Estela Netto, existem serviços e produtos que resgatam outras épocas e, portanto, estimulam a criação de estabelecimentos como os empórios e as barbearias, que também voltaram com tudo. “Quando fazemos este tipo de projeto, de alguma maneira, fazemos uma alusão a outra época para que as pessoas reconheçam com mais rapidez. E, por mais que a gente não tenha vivido na época dos empórios, das compras a granel, que aconteceu com nossos pais e nossos avós, nós temos a referência no nosso imaginário. Quando vemos um saco de farinha, com uma canequinha, vamos imediatamente compreender que aquilo veio do artesanal e faço uma leitura, inconsciente, pois aquilo é um ícone do sentido imagético, um ícone que conheço como antigo, do universo artesanal e, que possui qualidade”, afirma.A arquiteta, porém, ressalta a importância de se adequar este arquétipo do passado aos dias de hoje. “Nossas demandas hoje são diferentes das que tínhamos nas décadas de 40, 50. Inclusive, o tempo que temos para fazer a compra, o tipo de iluminação, o concorrente ao lado. Temos, na verdade, uma lógica totalmente contemporânea de projeto que se apropria de alguns elementos estéticos daquele universo que a gente está reprisando”, esclarece.Para Estela, este tipo de comércio é uma tendência devido ao momento em que estamos. “As pessoas voltaram a cozinhar e receber em casa e o anfitrião quer ter uma experiência de compra mais agradável do que apenas encher o carrinho de coisas. Ele quer produtos mais exclusivos, marcas melhores para poder testar as receitas. Vemos isso acontecendo com azeite, cerveja, vinho. As pessoas querem comprar produtos melhores e os empórios podem te vender produtos mais exclusivos e de um jeito que possibilita o comprador a curtir mais o momento, descobrindo outras possibilidades. Você se distrai, se envolve com a compra”, afirma.Simone Rocha concorda que os empórios têm tudo a ver com o que os consumidores vêm buscando atualmente. “A atmosfera de mercadinho faz toda a diferença. Uma decoração que remete aos antigos armazéns e uma abordagem pessoal totalmente distinta, propicia uma experiência de compra muito mais agradável. Os biscoitos vendidos a granel, a possibilidade de degustar um café enquanto faz suas compras e o bom papo com o proprietário da loja – muitas vezes presente e recebendo pessoalmente os clientes – são detalhes que conquistam”, encerra.Fonte: Empreendedor

Sistemas gratuitos de gestão auxiliam no crescimento de pequenas empresas

Softwares como o ERP Lite Free Plus integram operações de estoque, vendas, faturamento e finanças

Para microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais, nem sempre é viável aplicar uma verba em informatização, mesmo que ela seja essencial no dia a dia de trabalho. Porém, a solução pode ser encontrada gratuitamente na internet. Recentemente, a WK Sistemas, empresa de desenvolvimento em softwares de gestão, lançou o ERP Lite Free Plus, uma atualização do software ERP Lite Free, desenvolvido em 2007, que conta com mais de 70 mil empresas registradas. Em poucos meses, a nova versão já atingiu cerca de dois mil cadastros.O sistema foi projetado para apoiar o crescimento dos pequenos negócios. Ele é gratuito e atende empresas de qualquer tipo de tributação. Além disso, foi desenvolvido com a mesma tecnologia dos softwares pagos. “O ERP Lite Free Plus é completo. Integra operações de estoque, vendas, faturamento e finanças. Não existe prazo de validade para sua utilização”, explica o gestor de Canais da WK Sistemas, Marcio Tomelin. Para instalar, basta acessar o site e clicar no link “comece agora”. No canal da WK no Youtube, os usuários também podem assistir tutoriais sobre a instalação e funcionamento do software.Segundo o diretor de Marketing, Estanislau Mário Balzan, a decisão de desenvolver uma solução eficiente e econômica para a gestão de pequenos negócios tem como base a estratégia da empresa catarinense em atuar como parceiros dos microempresários. “O ERP Lite Free Plus veio pra ser o primeiro sistema de gestão integrado de uma pequena empresa, sem necessidade de investimentos. Queremos que elas cresçam e se tornem competitivas no mercado”, afirma.Fonte: Empreendedor

Quer empreender nos EUA? Veja os passos e histórias de sucesso

EXAME.com conversou com especialistas e seis brasileiros que foram abrir negócios nos Estados Unidos para formular um guia de como empreender no país.

Você provavelmente ouviu esta história há alguns anos: um conhecido comprou um imóvel nos Estados Unidos, talvez no estado da Flórida, como uma forma de investimento para o futuro. O ano era 2011; uma época de dólar valia pouco mais do que o real. Com o passar dos anos, você viu a moeda americana se valorizar cada vez mais – e aquele conhecido lucrou muito ao vender o imóvel de antes.Agora, a situação é diferente. Não só a alta do dólar freia o investimento imobiliário, mas o perfil de brasileiro que coloca dinheiro nos Estados Unidos mudou: esse empreendedor não quer apenas investir, mas sim fazer as malas e se mudar, junto com o negócio, para os EUA.Segundo dados do consulado americano em São Paulo, o investimento brasileiro nos Estados Unidos aumentou 89% nos últimos cinco anos – e a tendência é que os aportes continuem a crescer.
Nos últimos anos, o aporte dos criadores de negócios brasileiros cresceu especialmente por conta do quadro de crise econômica: eles perceberam que precisam diversificar seus mercados.
“É fundamental para qualquer governo fomentar a produtividade econômica – e uma parte importante de tal fomento é atrair investimentos internacionais, sejam eles simplesmente capital ou boas ideias de negócio”, afirma Ricardo Zuniga, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, em entrevista para EXAME.com na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).Nos últimos anos, o aporte dos criadores de negócios brasileiros cresceu especialmente por conta do quadro de crise econômica: eles perceberam que precisam diversificar seus mercados. “Ao entrar nos Estados Unidos, eles ganham tanto um enorme mercado quanto uma receita em dólares – o que é um hedge natural para a recessão brasileira”, analisa Pedro Drummond, da consultoria Drummond Advisors.Mas só a fuga da crise não justifica a decisão de se mudar completamente – incluindo todo o processo de imigração do Brasil. Manuel Mendes, especialista em estratégia pela Universidade Harvard e executivo da consultoria Boston Innovation Gateway, elenca diversos outros motivos empresariais para apostar no país.“Do ponto de vista da empresa, temos o fato de os Estados Unidos serem um país claro e estável quanto à legislação de investidores e negócios. Também são um polo de atração de mentes brilhantes e de transferência tecnológica, o que é uma vantagem na hora de contratar”, explica Mendes.“Além disso, os EUA são um país com grande potencial de mercado: investir em um nicho pode significar atender praticamente um país, pensando em números de consumo. Quando o negócio consegue vencer nessas condições, ele automaticamente valoriza sua marca no Brasil. Isso é especialmente notado em alguns setores, como moda.”Não há como descartar também fatores ligados à própria vida do empreendedor: é comum ouvir histórias de quem se mudou buscando uma melhor educação profissional ou melhores condições de vida para sua família. Ou, simplesmente, identifica-se mais com a cultura dos Estados Unidos, inclusive ao fazer negócios.

O passo a passo para abrir um negócio nos Estados Unidos

1 — Procure ajuda especializadaAssim como existem casos de brasileiros que fizeram sucesso em terras estadunidenses, existem casos de fracasso retumbante. Se você realmente quer empreender nos Estados Unidos, o primeiro passo é procurar programas especializados de apoio à imigração.Felizmente, há diversas iniciativas federais, estaduais e municipais de apoio a quem quer abrir um negócio no país. O SelectUSA, por exemplo, é o maior programa nesse sentido: feito por iniciativa governamental, é um agregador de consultorias e contatos de mercado de diversas regiões e setores estadunidenses, públicos e privados.“O SelectUSA é o primeiro ponto de contato para que os empresários identifiquem em qual mercado irão atuar. A partir daí, indicamos programas, agências e câmaras de comércio correspondentes ao tipo de negócio”, diz o cônsul-geral Ricardo Zuniga.As legislações de cada estado variam muito: algum deles pode ser um polo de atração do seu futuro mercado ou, por outro lado, pode oferecer incentivos fiscais para que você seja pioneiro na região.Enquanto os Estados Unidos oferecem programas de atração de investimentos, o governo brasileiro possui programas de expansão internacional. Segundo Drummond, o principal órgão nesse sentido é a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).2 — Tenha a ideia de negócioO primeiro cuidado que o futuro empreendedor deve ter é justamente identificar uma ideia de negócio e ter uma estratégia clara de como será sua entrada no mercado. Isso envolve entender claramente quais são suas vantagens competitivas, em relação aos negócios já estabelecidos nos Estados Unidos.“Lembre-se de que um diferencial no curto prazo, como preços baixos por conta de a matéria-prima ser cotada em reais, é algo de curto prazo. Invista em outros aspectos, como um bom pós-venda, capacidade de inovação ou produto de qualidade”, ressalta Mendes.Segundo o consultor, muitos recorrem a empreendimentos já testados, como as franquias, para reduzir o tempo dessa curva de aprendizagem.3 — Faça um plano de negócios convincenteSegundo o cônsul-geral Ricardo Zuniga, é importante ter um plano de negócios estruturado antes de começar negociações e fazer as malas para os Estados Unidos. É preciso mostrar que você possui a capacidade, estrutural e financeira, de arcar com essa operação internacional.“O primeiro passo é fazer um planejamento tributário: entenda qual o custo de fazer negócios lá. O sistema de impostos dos Estados Unidos pode, por exemplo, alterar a margem de lucratividade que você possui hoje no Brasil”, explica Drummond.Depois, vem o planejamento societário: um gestor será responsável apenas pela operação americana ou todos irão administrá-la? Como será a divisão das participações?4 — Entenda as especificações de vistoNo aspecto migratório, entra uma questão que costuma gerar dúvidas: dá para empreendedor com o mesmo visto que se usa para viajar para negócios ou para lazer?Antes, é preciso saber que os vistos americanos se dividem por categorias. Os vistos mais importantes para empreendedores são os de categoria B, que servem para visitas de negócio e de lazer; e os de categoria L, para transferência de executivos com conhecimento especializado.O principal visto das empresas que expandem é o L1, que é o de transferência de empresário – é preciso que ele esteja na empresa brasileira há mais de um ano, alerta Drummond.Mas dá para empreender com o mesmo visto que você usa para viajar ou para fazer reuniões executivas, por exemplo? Apenas se o seu negócio estiver no plano das ideias.“Há atividades que se podem ser feitas através de um visto comum, o B1 ou o B2, como reuniões. Mas, para estabelecer a presença de uma pessoa física nos Estados Unidos e levar à cabo o negócio, é preciso obter outros vistos. Temos várias formas de fazer isso, então é importante consultar especialistas. Essa é a parte inicial para o estabelecimento de uma empresa”, diz Zuniga.Essas formas podem ir desde o visto L1 até a obtenção do desejado “green card”: a residência permanente em solo americano. Além de familiares, pedidos de asilo e sorteios aleatórios entre solicitantes, é possível consegui-lo por meio da comprovação de trabalho ou atividade produtiva nos Estados Unidos.Para essa categoria, chamada de EB-5, é necessário investir 500 mil dólares (cerca de 1,5 milhão de reais, pela cotação atual) em áreas prioritárias pré-estabelecidas ou 1 milhão de dólares (cerca de 3 milhões de reais) em qualquer região, além de criar ao menos 10 empregos diretos no prazo de dois anos. Segundo Mendes, esse é um dos vistos menos buscados – compreensivelmente, diante do tamanho do investimento necessário.5 — Vá ao mercado!Uma dica simples: depois de todo esse processo, que pode levar vários meses, é a hora do famoso “go to Market”.Caso você ainda não tenha feito seu mínimo produto viável na etapa do plano de negócio, contate seu público-alvo e faça uma pesquisa prévia de aceitação do produto ou serviço.Então, fale com parceiros comerciais e lance o MVP. Caso a aceitação seja novamente positiva, é hora de investir na implantação do empreendimento nos Estados Unidos (o que pode incluir aportes vultosos, como a construção de uma fábrica, por exemplo).Achou tudo isso muito complicado? Então, inspire-se com as histórias de quem está no caminho ou já conseguiu ser bem sucedido em solos estadunidenses:

Franquias e licenciamentos made in Brazil

Como comentamos anteriormente, apostar em negócios franqueados ou licenciados pode ser uma forma de empreender nos Estados Unidos com maior segurança, por ter incluída a experiência de um sucesso anterior – o do franqueador ou licenciador da marca.Mas e quando empreendedores brasileiros fazem tanto sucesso que fundam tais modelos para outros aspirantes – inclusive americanos? Veja alguns casos:Adapte-se (de verdade) ao mercado estadunidensePillar Desouza conhece bem os Estados Unidos: sua família foi ao país quando ela tinha seis anos de idade, nos anos 2000. Seus pais eram empreendedores e queriam dar mais oportunidades e segurança para a família.Na hora de criar um negócio, inspirou-se nos sabores das frutas europeias (e, depois, brasileiras).“Fiz uma viagem com meus pais para a Europa em 2010, e sempre fui apaixonada por milk-shakes. Provamos muitos deles lá, especialmente na Itália. Já de volta, tomei um milkshake em Nova York e percebi como os sabores eram ruins e sem variedade, em comparação. Então, abri minha própria loja, em Boston”, conta.A I Love Milkshakes abriu em novembro de 2013, enquanto Desouza estava no segundo ano da faculdade de administração. Ela investiu entre 80 e 100 mil dólares, com a ajuda dos pais empreendedores (entre 240 mil e 300 mil reais, aproximadamente).O diferencial do empreendimento, segundo Desouza, é o foco na qualidade de vida e nos sabores únicos: o cliente pode customizar o milkshake do jeito que quiser, com as frutas batidas na hora. “Isso veio muito do Brasil. Lá, os sucos e sorvetes costumam ser feitos com a polpa. Aqui é tudo muito à base de caldas industrializadas”, explica.O maior desafio da empreendedora foi a elaboração de um cardápio adaptado aos estadunidenses – manter seu diferencial, mas sem simplesmente copiar o que ela viu em outros países.“A marca e o produto passarão por um procedimento demorado de adaptação: é preciso entender exatamente quais as demandas e oferecer itens condizentes. Nessa hora, é importante contatar uma empresa de consultoria do estado em que você vai atuar”, recomenda.Na I Love Milkshakes, há hoje sabores típicos do Brasil, como açaí e maracujá. Outros são misturas brasileiras e estadunidenses, como o milkshake de banana com Nutella.O sucesso foi tanto que Desouza abriu uma unidade da I Love Milkshakes em Vitória, no Espírito Santo. A filial brasileira é administrada pelo tio da empreendedora.O negócio também começou a planejar a expansão por franqueamento, no ano de 2015. “Eu vi que tinha um grande potencial de crescimento na área de milkshakes, além de a operação ser simples.”O primeiro quiosque irá abrir este mês, também em Boston. “Iremos avaliar os resultados da primeira unidade antes de atender os outros pedidos de franqueamento. Talvez, no meio do ano, comecemos a vender outras franquias”, diz Desouza.O investimento de uma unidade franqueada fica entre 150 e 250 mil dólares (entre 450 mil e 750 mil reais), variando entre os formatos quiosque e loja, e o prazo de retorno é de 24 meses.A I Love Milkshakes faturou 400 mil dólares (cerca de 1,2 milhão de reais) em 2016. Para 2017, o empreendimento pretende atingir um faturamento de 500 mil dólares (1,5 milhão de reais), no mínimo.
I Love Milkshakes

Loja da I Love Milkshakes, nos Estados Unidos

Inove ou feche as portasÉ o caso do italiano naturalizado brasileiro Federico di Franco, por exemplo. Em 2014, ele se mudou com a família para os Estados Unidos. “Fomos de São Paulo para Miami e montamos um negócio em cerca de cinco meses: a Bianco Gelato, que produz sorvetes artesanais tanto para lojas próprias quanto outros pontos de venda”, explica di Franco.O empresário conta que queria dar uma experiência diferente da vivida no Brasil para sua família. Mesmo assim, houve também uma razão empresarial para entrar no mercado americano.“Entendi que o mercado de sorvetes saudáveis estava em expansão lá. Também não havia no Brasil a matéria-prima para o meu negócio em quantidades escaláveis e preços viáveis, como o leite de amêndoa orgânico, por exemplo. Aqui, nosso negócio consegue ser democrático e não de elite, como seria no Brasil.”80% dos produtos da Bianco Gelato estão no ramo de sorvetes orgânicos, enquanto os outros 20% são produtos panificados orgânicos, veganos e sem transgênicos. A esposa de di Franco, Carla, inventa as receitas e cuida da marca. Ele gerencia os aspectos administrativos do negócio.O empreendedor conta que empreender nos Estados Unidos é mais divertido – e, mesmo assim, mais difícil. “O americano está acostumado a ver de tudo, enquanto tudo parece novidade no brasil. Aqui, você deve fazer algo realmente inovativo; se fizer o de sempre, fechará as portas. Nesses dois anos e meio, vi dez sorveterias encerrarem as atividades.”O esforço se reflete na rotina da Bianco Gelato: di Franco afirma que trabalha das 7h da manhã até a meia-noite, vendendo sorvetes na loja e fora delas. “A produção começa às 8h. A loja fica aberta entre 11h da manhã e 11h da noite. Depois disso, ainda tem o fechamento da sorveteria.”Agora, a Bianco Gelato está começando seu franqueamento e irá aumentar sua capacidade de produção, com a inauguração de um laboratório maior na metade de 2017. Quatro unidades franqueadas estão em fase de abertura e irão inaugurar este ano, também no estado da Flórida. O investimento inicial de uma loja é de 150 mil dólares (cerca de 450 mil reais).Com tudo isso, a expectativa é que o faturamento total da Bianco Gelato passe de 550 mil dólares (cerca de 1,7 milhão de reais) para cerca de 700 mil dólares (cerca de 2,1 milhões de reais), em comparação anual.
Federico e Carla di Franco, da Bianco Gelato

Federico e Carla di Franco, da Bianco Gelato (Divulgação)

Não tente dar um jeitinho nos contratos (mesmo)Gina Alencar possui anos de experiência no mundo do empreendedorismo. Seu negócio, a Boxmania, foi criado em 1998 no Brasil. A empresa tentou expandir para a Colômbia e para o México – mas não obteve sucesso, e aprendeu com a lição.“A gente percebeu que, especialmente no começo da expansão, precisamos morar algum tempo no país de destino e ficar em cima da implantação”, conta.Segundo Alencar, a expansão é uma opção de investimento internacional, diante de momentos complicados no país-sede. “Não podíamos ficar esperando para ver como iria ficar a situação econômica do Brasil. Eu tinha interesse no mercado dos Estados Unidos e resolvemos expandir.”A empreendedora ressalta como o processo de obter um visto não é simples – ela possui um de categoria L. “Não é apenas chegar e fazer. É preciso mostrar como seu projeto está empregando americanos, qual o seu vínculo com o país. Eles pedem muitos documentos e comprovações do que você está fazendo, separando quem é empresário de quem apenas quer morar nos Estados Unidos”, conta.No fim, ela conseguiu fundar a Boxmania USA. Enquanto a empresa brasileira foca mais em itens de organização para residências, a americana resolveu focar em um mercado que está em ascensão lá, segundo Alencar: as malas.“Criamos uma marca de licenciamento, chamada Perfect Travel Bag, como um novo conceito de organização para viagens. Dentro das malas você encontra diversas soluções – nécessaires e sacos plásticos para roupas íntimas e molhadas, por exemplo. Parece frescura, mas você percebe a diferença ao montar e desmontar a mala”, afirma.A Perfect Travel Bag foi idealizada em 2014, mas só começou a operar em fevereiro de 2016, na Flórida. O investimento inicial foi de 400 mil dólares (cerca de 1,2 milhão de reais) e, hoje, há uma loja e um quiosque próprios.No meio do caminho, Alencar conta que teve novamente de se adaptar aos processos do país. “O fechamento de aluguéis, contratos, negócios e seguros são feitos de forma diferente: são acordos mais frios, sem muita amizade e jeitinho. São aspectos que só se aprendem com adaptação e experiência prática, e isso leva pode levar de seis meses a um ano de vivência local sobre como os sistemas funcionam”, diz Alencar.A Perfect Travel Bag trabalha por meio de licenciamento, com pontos de venda que comercializam os produtos da marca. “Nosso plano é trabalhar também com a venda dentro de grandes redes, mas mantendo a ideia de que a mala possa ser divulgada como conceito e marca, e não no meio de outros vários produtos.”Hoje, são três licenciados, sendo que um é brasileiro. “Estamos lançando novos itens para 2017 e negociando algumas expansões, inclusive para interessados em licenciamento no Panamá e no Equador.”Um quiosque licenciado da Perfect Travel Bag custa cerca de 50 mil dólares (cerca de 150 mil reais), enquanto uma loja pequena sai por 100 mil dólares (cerca de 300 mil reais). A perspectiva de retorno do investimento fica entre 18 e 24 meses. O negócio espera chegar a 20 licenciados este ano.
Gina Alencar, da marca Pefect Travel Bag

Gina Alencar, da marca Pefect Travel Bag

Startups brasileiras competindo com as do Vale

Mas nem só de negócios em setores mais tradicionais vivem os brasileiros que foram empreender nos EUA: alguns estão querendo competir com as famosas startups do Vale do Silício.EXAME.com entrevistou três startups brasileiras, cada uma com sua história: uma startup que expandiu para os EUA após anos de atuação; uma startup relativamente nova, que entrou no país há poucos meses; e, por fim, uma startup que ainda planeja sua chegada a solo americano.Abandone um pouco a idealização e coloque os pés na realidadeÉ o caso da UPX Technologies, uma startup brasileira de soluções de segurança e performance na internet. O negócio surgiu em 2002 e atende desde grandes empresas, como o Bradesco, até pequenas emissoras de rádio.A chegada aos Estados Unidos só ocorreu 12 anos depois, em janeiro de 2014.“A expansão se deu a partir do momento que detectamos que o que fazíamos no Brasil já estava sofisticado o suficiente para nos tornarmos globais”, explica Bruno Prado, CEO da UPX. “Nós pensamos que o nosso produto pode ser vendido em qualquer parte do mundo, por ser uma solução tecnológica. Se a economia de um país está ruim, outro pode colaborar com nossos resultados.”A UPX começou seu planejamento com um teste de mercado, por meio da venda terceirizada em um marketplace americano: o negócio anunciava em um site que reúne vários serviços, e os clientes poderiam optar pela solução da UPX. Isso provou que havia demanda, e a startup brasileira resolveu investir mais pesado em 2014.Esse foi o início de um longo processo de estruturação, que levou um ano e meio. Primeiro, a UPX adaptou sua plataforma para espanhol e inglês e contratou pessoas fluentes no idioma. Depois, falou com um advogado local e com uma consultoria para entender como funcionam os contratos de contabilidade, de contratação de funcionários e do mundo jurídico dos Estados Unidos.“Com isso, reestruturamos nosso plano de negócios para estabelecer toda a operação fora do Brasil. Também contratamos um profissional local de canais de venda, que conhece bem o mercado e tem aberto diversos canais de negociação abertos”, diz Prado.A UPX assinará seu primeiro canal de vendas próprio neste mês, e pretende captar 50 clientes americanos até o fim de 2017. O negócio fechou 2016 com um faturamento de 36 milhões, e pretende recuperar o valor investido na expansão internacional em até seis meses.Como conselho a quem também que chegar aos Estados Unidos, Prado recomenda não se deixar levar apenas pelos sonhos. “Quando você tem uma startup e recebe um aporte de capital, o seu aspecto emocional costuma ficar na frente do racional. Eu já vi vários negócios que foram aos EUA e alugaram o melhor escritório da cidade, investiram em mobília e contrataram profissionais caros. Todo o dinheiro foi embora, e eles não duraram nem um ano. É preciso agir com cautela.”
Bruno Prado, CEO da UPX Technologies

Bruno Prado, CEO da UPX Technologies

Construa um produto realmente de qualidade, sabendo ouvirO negócio dos empreendedores Fernando Pavani e Stefano Milo também começou com perspectivas globais: em 2014, eles inauguraram uma plataforma de compra de moeda estrangeira online, chamada BeeCâmbio.Hoje, a BeeTech se transformou em uma startup de soluções financeiras tecnológicas – incluindo tanto a BeeCâmbio quanto a Remessa Online, um serviço para mandar dinheiro a outros países.Segundo os empreendedores, a startup pratica um spread (diferença entre taxa cobrada e taxa de captação do valor) menor do que os bancos tradicionais para esse tipo de transferência, além de oferecer uma plataforma mais fácil de se usar. O spread médio da plataforma é de 1,6% ao mês.Hoje, a BeeTech possui 20 mil clientes, sendo que 5 mil usam a Remessa Online. A maioria dos consumidores é de classe alta, e envia dinheiro para contas no exterior e para pagar a educação internacional dos filhos, por exemplo.“Como somos um serviço que atravessa fronteiras, ter um alcance global é fundamental. Vemos que muito do capital que entra no Brasil vem dos Estados Unidos, e lá há muitas corretas tecnológicas com as quais podemos fazer integrações e parcerias”, explica Milo.A BeeTech chegou aos EUA há dois meses, e está justamente procurando parceiros americanos que possam indicar a startup aos seus clientes que enviam dinheiro internacionalmente.Há atualmente duas corretoras parceiras da BeeTech em solo americano. “A opção de mandar e receber dinheiro pelos Estados Unidos, no site dessas corretoras, funciona com a Remessa Online. Os clientes delas já fazem um cadastro simplificado na nossa plataforma, com dados preenchidos automaticamente.”A BeeTech, hoje, está desenvolvendo uma ferramenta para centralização não apenas o envio de dinheiro, mas o recebimento – hoje, o recebimento é vinculado a corretoras parceiras.Como dica a futuros empreendedores nos Estados Unidos, Milo recomenda ter uma abordagem muito profissional, com foco em detalhes. “A diferença entre o regular e o excepcional é a atenção dada ao produto. Você tem que mostrar que realmente algo de qualidade. Pode parecer besteira, mas assim seus clientes e parceiros percebem que você tem um time de qualidade por trás do negócio, e isso faz toda a diferença para um imigrante.”
Fernando Pavani e Stefano Milo, da BeeTech

Fernando Pavani e Stefano Milo, da BeeTech

Não queira dominar os Estados Unidos de uma vez: ataque nichosA MidiaMobi, plataforma brasileira de gestão de conteúdo para o marketing e para as redes sociais de empresas, foi criada em 2014 pelos empreendedores João Gonzalez e Martius Haberfeld.O negócio atende 100 clientes hoje: desde pequenas empresas até grandes clientes, como o grupo Hypermarcas. Ao todo, cerca de mil usuários usam a plataforma.Assim como a UPX, a MidiaMobi também tinha pretensões globais em seu planejamento. “Já na nossa pesquisa de mercado, pensamos em como nossa solução se encaixaria em outros países. Olhamos para empresas que fizeram sucesso lá fora sem terem surgido de grandes potências econômicas, como Mercado Livre [argentina] e Spotify [Suécia]. Como a gente é uma empresa de software, nosso foco é o mercado global”, explica Gonzalez.No momento, a MidiaMobi está estudando a burocracia para se estabelecer nos Estados Unidos e em países da América Latina e procurando parceiros locais para a venda online do serviço. “Buscamos empreendimentos complementares, porque assim podemos distribuir melhor nossa solução em um mercado tão grande quanto o dos Estados Unidos. Por exemplo: empresas como MailChimp e Zendesk atendem o mesmo público que nós, mas possuem serviços que não competem com o nosso.”O empreendimento ainda está estruturando sua expansão para os EUA: a ideia é ter o planejamento pronto no fim de 2017, para começar a operar as parcerias em 2018.É algo que leva tempo. “Temos de buscar contatos no mercado, ainda que já tenhamos alguns, e elaborar um plano de negócios contundente. A maior dificuldade é elaborar uma estratégia diante de variáveis tão específicas em cada estado americano, como o perfil de consumidor. Antes de tomar ações específicas, estudaremos bastante”, diz Gonzalez.As regiões desejadas são Nova York, por ter um forte mercado de comunicação; Califórnia, por concentrar fundos de investimento, uma opção de alavancagem futura; e Boston, por também ser um hub de startups.Mesmo atuando em locais tão conhecidos, a estratégia que a MidiaMobi tomará é achar pequenos nichos para se tornar relevante. “Por exemplo, queremos ser relevantes para os designers de Los Angeles, e então tentar expandir. É um trabalho de formiguinha mesmo: ter como meta dominar metade do mercado americano é uma loucura, por exemplo.”Para este ano, a MidiaMobi pretende aumentar sua base de clientes para 400 empresas e 3000 usuários ativos.
João Gonzalez e Martius Haberfeld, da MidiaMobi

João Gonzalez e Martius Haberfeld, da MidiaMobi

Futuro: Donald Trump pode mudar seus sonhos de empreender?

Donald Trump provocou muitas polêmicas durante o processo das eleições americanas. Uma das mais conhecidas diz respeito à imigração: ele afirmou que retomaria os projetos de construção de um muro que separaria os Estados Unidos do México. Há poucas semanas, assinou o projeto e oficializou sua promessa.Com tal posicionamento, surgem muitas dúvidas sobre como será a relação de Trump com os imigrantes ao país. Será que os brasileiros que querem abrir negócios nos Estados Unidos serão afetados?Os empreendedores consultados por EXAME.com deram análises mistas: há quem diga que Donald Trump será melhor para a economia americana do que o último governo. Também há aqueles que afirmam não ter visto grandes alterações no seu mercado de atuação.Por fim, há os que defendem que o maior controle sobre os imigrantes pode afetar a operação de muitos negócios para pior – pode haver menor diversidade na hora de contratar funcionários brilhantes e em atrair consumidores, como ressalta o governador do estado de Delaware, por exemplo.“Quais CEOs responsáveis e inovadores alienariam grandes fontes de talentos e consumidores? Nenhum, porque seus quadros administrativos os demitiriam na hora. Mas Trump alienou latinos (o poder de compra deles nos Estados Unidos: mais de um trilhão de dólares) e muçulmanos (mais de 125 bilhões de dólares”, analisou Jack Markell, que também é empresário, à Forbes.Já segundo os especialistas ouvidos por EXAME.com, o brasileiro pessoa física que entra nos Estados Unidos pode enfrentar agora mais problemas do que antigamente – o que é um obstáculo para quem ainda está na fase de ideação do empreendimento.“O governo americano é muito bem aparelhado, e já estamos vendo mais fiscalização e prazos mais longos na hora de conceder os vistos. Vários clientes têm sido parados e questionados na imigração, o que antes não acontecia. Os EUA sabem que o volume de pedidos brasileiros já cresceu muito e vai crescer ainda mais, o que acende um alerta”, afirma o especialista Manual Mendes.Donald Trump assinou recentemente algumas mudanças no controle migratório que reforçam tal fiscalização. A concessão de vistos para brasileiros mudou: agora, todos os solicitantes deverão passar por entrevista pessoal. Antes, quem renovasse seu visto na mesma categoria, em até 48 meses após o vencimento, não precisaria refazer essa etapa.Mesmo com esse obstáculo na pessoa física, Pedro Drummond analisa que os empreendedores já legalizados não sofrerão o mesmo impacto.“As mudanças imigratórias mais significativas, até o momento, estão voltadas para estrangeiros de outros países, não o Brasil. Não há nada que indique que, no futuro, teremos maior dificuldade para o processo de visto de executivos brasileiros transferidos para cuidar do empreendimento a ser estabelecido nos Estados Unidos.”
“A empresa que quer realmente criar raízes vai ser beneficiada”, explica o consultor Manuel Mendes. “Agora, quem quer somente exportar seus produtos para os Estados Unidos pode enfrentar obstáculos, como mudanças tarifárias e protecionismo.”
Mendes concorda com a análise: para quem já se preparou para abrir um empreendimento que traga investimentos para os Estados Unidos, a tendência é que as portas estejam abertas.“Baseado no que existe no plano de governo e no que a gente escuta, há uma política de incentivo forte à captação de investimento e do fortalecimento do pequeno negócio americano. A empresa que quer realmente criar raízes vai ser beneficiada”, explica. “Agora, quem quer somente exportar seus produtos para os Estados Unidos pode enfrentar obstáculos, como mudanças tarifárias e protecionismo.”Fonte: Exame

Com modelo de negócio tido como ultrapassado, Havan fatura R$4 bi

Quem mora em grandes centros urbanos talvez nunca tenha ouvido falar na Havan. E há um bom motivo para isso.

As duas primeiras semanas do ano — aquelas meio mortas, em que quem pode viaja de férias e quem não pode trabalha entorpecido — foram particularmente agitadas para o empresário Luciano Hang. Aos 54 anos, Hang é um daqueles personagens que volta e meia aparecem na cena econômica brasileira: pouca gente sabe que ele existe, mas pode-se dizer que é um dos maiores empresários do país. Hang é dono da rede de lojas de departamentos Havan, que fatura 4 bilhões de reais. No início do ano, ele cruzou o país em seu avião particular para acompanhar a abertura de seis novas lojas. Uma delas, a ser inaugurada em Rio Branco, no Acre, será a 100ª unidade.Quem mora em grandes centros urbanos talvez nunca tenha ouvido falar na Havan. Há um bom motivo para isso: a rede está toda espalhada pelo interior ou por cidades de médio porte. Mas as pessoas que andam pelas estradas brasileiras podem ter notado a bizarra existência de uma réplica da Estátua da Liberdade à frente de uma loja em forma de Casa Branca. Essa é a Havan. Fundada nos anos 80 na cidade catarinense de Brusque, a empresa sempre foi cercada por uma aura de mistério.É comum ouvir que as lojas pertencem a coreanos, chineses, americanos ou ao bispo Edir Macedo. Segundo o último boato que circulou, a Havan pertencia a um dos filhos do ex-presidente Lula. Foi aí que Hang decidiu sair da toca. Pela primeira vez em 30 anos, ele estampou a campanha de Natal da rede no ano passado e participou de alguns poucos programas de TV.Filho de operários do setor têxtil, Luciano Hang começou a carreira com uma loja de 45 metros quadrados especializada em tecidos importados em Brusque, a 100 quilômetros de Florianópolis. A abertura econômica no governo Collor impulsionou o negócio: em suas viagens ao exterior, além de tecido, Hang começou a comprar bugigangas para revender a lojas de 1,99 real na cidade. Tinha, na época, um sócio, Vanderlei de Limas (o nome Havan vem da junção das iniciais do sobrenome de um e do nome do outro).Em 1991, o sócio deixou a empresa. Mas ele mantém, até hoje, uma pequena loja de tecidos em Brusque. Livre do freio causado pelas desavenças, Hang decidiu abrir lojas fora de Santa Catarina. Foi quando começou a desenvolver o modelo de negócios um tanto esquisito que levou a empresa à frente.Poucos negócios são tão “anos 90” quanto as lojas de departamentos. Elas ficaram no passado, destruídas por erros de gestão e pela ascensão de outras opções de compra nas grandes cidades. A Havan tem tudo o que levou Mappin e Mesbla à lona. Vende mais de 100 000 itens, número altíssimo que torna a operação da loja extremamente complexa. Encontra-se de tudo por lá. Nas capitais do Sudeste, com shoppings de todas as categorias, esse tipo de loja seria inviável.Mas Hang descobriu que, no interior do país, o jogo é completamente diferente. Os preços baixos, a decoração curiosa (para não dizer esdrúxula) e o espaço para alimentação e lazer conquistam os clientes, que muitas vezes chegam em ônibus intermunicipais. A proximidade de rodovias, o amplo estacionamento e a facilidade de acesso a transporte público também ajudam. Segundo a consultoria Boston Consulting Group, mais de 80% das cidades em que a Havan está presente têm menos de 500 000 habitantes. Uma das lojas está instalada em Porto União, em Santa Catarina, um município com apenas 30 000 habitantes.O dono toca a Havan com um jeitão de PME. A empresa tem apenas cinco diretores, e Hang administra o negócio praticamente sozinho. A família quase não participa do dia a dia da empresa, e sucessão, por enquanto, é assunto proibido. “Tenho 54 anos, posso trabalhar tranquilamente até os 100”, diz Hang. Apesar desse tamanho todo, a Havan não divulga balanços. Segundo funcionários, um dos grandes prazeres que o empresário tem na vida é levar visitantes em seu helicóptero para conhecer o centro de distribuição da empresa em Barra Velha, no litoral de Santa Catarina.A loja da cidade tem uma Estátua da Liberdade de 57 metros de altura, 10 a mais do que a original americana. A obsessão pelos Estados Unidos começou ainda na década de 80, em suas primeiras visitas como importador de mercadorias. A primeira estátua foi instalada em 1995 em Brusque. “Sou fã dos Estados Unidos porque admiro o ambiente livre de negócios”, diz Hang, entusiasmado. Há quem deteste a decoração americanófila da rede.Em Bauru, no interior paulista, um protesto de moradores quase impediu a instalação da estátua. A prefeitura não viu problema e a estátua está lá. Hang gosta de dizer que se orgulha de pagar cerca de 1 bilhão de reais ao ano em impostos e encargos trabalhistas. Talvez a explicação para isso seja o desejo de deixar para trás uma condenação por crimes contra o sistema financeiro nacional (como sonegação e evasão de divisas) e lavagem de dinheiro na década de 90. A condenação a 13 anos de prisão acabou prescrevendo.Hang descobriu o potencial de consumo do interior do país antes de muita gente, mas é claro que a concorrência acordaria um dia. As empresas de shoppings, por exemplo, estão fugindo das capitais e migrando para as cidades médias. Apesar de abaladas pela crise, pretendem inaugurar 41 shoppings no país até 2018. Enquanto a concorrência não aumenta, a Havan  anunciou um investimento de 300 milhões de reais para abrir dez lojas em 2017. Com isso, estima-se que o faturamento pule para 5 bilhões de reais. Hang quer chegar à 200a loja em cinco anos. Se conseguir, será bom para ele — e para os fabricantes de estátuas da Liberdade também.Fonte: Exame

HAVAN - A estátua, a loja e os bilhões

 A Havan é destaque da edição da Exame que chega às bancas nesta semana.A revista afirma que a rede é impulsionada por um modelo de negócios tido como ultrapassado e chama de “bizarras” as estátuas da Liberdade e o design das próprias lojas: “As pessoas que andam pelas estradas brasileiras podem ter notado a bizarra réplica da Estátua da Liberdade em frente a uma loja em forma de Casa Branca”.Exame narra a história da Havan e fala dos boatos sobre quem seriam seus verdadeiros donos.
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As duas primeiras semanas do ano aquelas meio mortas, em que quem pode viaja de férias e quem não pode trabalha entorpecido — foram particularmente agitadas para o empresário Luciano Hang. Aos 54 anos, Hang é um daqueles personagens que volta e meia aparecem na cena econômica brasileira: pouca gente sabe que ele existe, mas pode-se dizer que é um dos maiores empresários do país. Hang é dono da rede de lojas de departamentos Havan, que fatura 4 bilhões de reais.
No início do ano, ele cruzou o país em seu avião particular para acompanhar a abertura de seis novas lojas. Uma delas, a ser inaugurada em Rio Branco, no Acre, será a 100a unidade.Quem mora em grandes centros urbanos talvez nunca tenha ouvido falar na Havan. Há um bom motivo para isso: a rede está toda espalhada pelo interior ou por cidades de médio porte. Mas as pessoas que andam pelas estradas brasileiras podem ter notado a bizarra existência de uma réplica da Estátua da Liberdade à frente de uma loja em forma de Casa Branca. Essa é a Havan.Fundada nos anos 80 na cidade catarinense de Brusque, a empresa sempre foi cercada por uma aura de mistério. E comum ouvir que as lojas pertencem a coreanos, chineses, americanos ou ao bispo Edir Macedo. Segundo o último boato que circulou, a Havan pertencia a um dos filhos do ex-presidente Lula. Foi aí que Hang decidiu sair da toca. Pela primeira vez em 30 anos, ele estampou a campanha de Natal da rede no ano passado e participou de alguns poucos programas de TV.Filho de operários do setor têxtil, Luciano Hang começou a carreira com uma loja de 45 metros quadrados especializada em tecidos importados em Brusque, a 100 quilômetros de Florianópolis. A abertura econômica no governo Collor impulsionou o negócio: em suas viagens ao exterior, além de tecido, Hang começou a comprar bugigangas para revender a lojas de 1,99 real na cidade. Tinha, na época, um sócio, Vanderlei de Limas (o nome Havan vem da junção das iniciais do sobrenome de um e do nome do outro).Em 1991, o sócio deixou a empresa. Mas ele mantém, até hoje, uma pequena loja de tecidos em Brusque. Livre do freio causado pelas desavenças, Hang decidiu abrir lojas fora de Santa Catarina. Foi quando começou a desenvolver o modelo de negócios um tanto esquisito que levou a empresa à frente.Poucos negócios são tão “anos 90” quanto as lojas de departamentos. Elas ficaram no passado, destruídas por erros de gestão e pela ascensão de outras opções de compra nas grandes cidades. A Havan tem tudo o que levou Mappin e Mesbla à lona.EXAME - NEGÓCIOS / VAREJO - São Paulo - SP - 01/02/2017- Nº:1130 - Pág. 34 a 36Fonte: Fenabrave

Criação de empresas no Brasil desacelera no fim de 2016

Apesar da queda no fim do ano, no acumulado de 2016, de janeiro a novembro, a quantidade de empresas criadas é 0,2% superior que a registrada no mesmo período de 2015

A criação de empresas no país apresentou desaceleração no fim de 2016. Em novembro do ano passado, foram abertos 152.943 empreendimentos, 4,4% a menos que em outubro. Os dados foram divulgados hoje (31) pela Serasa Experian.
Apesar da queda no fim do ano, no acumulado de 2016, de janeiro a novembro, a quantidade de empresas criadas (1.855.901) é 0,2% superior que a registrada no mesmo período de 2015, e a maior desde 2010 considerando o mesmo período.“Apesar de o período entre janeiro e novembro de 2016 apresentar um número recorde de empresas criadas no país, já é possível observar tendência de desaceleração na criação de novos negócios”, disse a Serasa em nota. A tendência de desaceleração, segundo a entidade, começou em setembro.De acordo com o levantamento, o aumento do número de empresas criadas em 2016 foi determinado pelo chamado empreendedorismo de necessidade. “Com a destruição de vagas no mercado formal de trabalho, pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas visando a geração de alguma renda, por conta das dificuldades econômicas atuais.”SetoresA maioria das empresas criadas entre janeiro e novembro de 2016 é do setor de serviços (62,6% do total). Em seguida, aparecem as empresas comerciais (28,8% do total) e o setor industrial (8,3% do total).A Região Sudeste lidera o ranking de criação de empresas, com 963.782 empreendimentos, 51,9% do total de negócios abertos entre janeiro e novembro de 2016. A Região Sul vem em seguida, com 16,8% de participação e 312.109 novas empresas. O Nordeste ocupa a terceira posição, com 16,7% (309.631 empresas) e o Centro-Oeste registrou a abertura de 160.796 empresas (8,7%) e a Região Norte, 88.526 ou 4,8% do total.Fonte: Empreendedor

Irmãs fazem sucesso vendendo feijoada em balde de até 10 litros em Manaus

A feijoada é vendida em baldes descartáveis de 900 ml (para duas pessoas), de 1,8 litro (para quatro a cinco pessoas), de 3,6 litros (para oito a dez pessoas) e de 10 litros (para 25 a 30 pessoas); os preços vão de R$ 69,90 a R$ 489,90

A tradicional feijoada ganhou nova apresentação nas mãos das irmãs Louise Lauschner, 31, e Indianara Lauchsner, 43, em Manaus (AM). O prato típico brasileiro é vendido em baldes descartáveis de 900 ml (para duas pessoas), de 1,8 litro (para quatro a cinco pessoas), de 3,6 litros (para oito a dez pessoas) e de 10 litros (para 25 a 30 pessoas). Os preços vão de R$ 69,90 a R$ 489,90.Além da farta feijoada com pé, rabo, joelho, paio, calabresa, bacon, costelinha e outras carnes de porco, como pernil e sobrepaleta, acompanha arroz branco, farofa, couve à mineira, molho de pimenta e laranja. Também é possível pedir à parte porção de torresmo (R$ 18, 150g) e caipirinha (R$ 20 o litro).Batizada de Feijoada no Balde, a empresa atua apenas com entregas em domicílio ou retirada no local. Não há restaurante com salão. Funciona aos sábados, domingos e feriados, com pronta entrega (o prazo é de até uma hora) e atende a uma média de 30 pedidos por dia. O faturamento e o lucro não foram divulgados."Nosso principal público são famílias das classes A, B e C+, muitos moradores de condomínios. Com a crise, passamos a vender mais, pois as pessoas estão substituindo o almoço no restaurante por reunir a família e os amigos em casa", declara Louise Lauschner.

Divulgação e vendas nas redes sociais

Os pedidos são feitos por telefone, WhatsApp e até por mensagem direta no Facebook e no Instagram. Também é nas redes sociais que é feita boa parte da divulgação da empresa."Usamos fotos bonitas, do balde ou da feijoada já servida, para despertar desejo nas pessoas. Fazemos anúncios segmentados para pessoas que se interessam por comida delivery e também por regiões", afirma.

Também há feijoada vegana, de lentilha e bovina

Além da feijoada tradicional, também há outras opções: vegana, que leva feijão preto, carne de soja, salsicha vegetariana, macaxeira, abóbora, abobrinha e especiarias; a feijoada de lentilha; e a bovina, sem carne de porco, que inclui ingredientes como charque e mocotó. Elas precisam ser encomendadas com pelo menos 24 horas de antecedência.A empresa foi lançada em novembro de 2014. Louise, que é formada em relações públicas, pretendia empreender com uma agência de marketing digital, área em que já possuía experiência profissional, e Indianara buscava alternativas para salvar o restaurante self-service da família, que ia mal.As duas resolveram unir suas competências e apostar na feijoada no balde, aproveitando os utensílios do restaurante. Indianara cuida da cozinha e da produção e Louise, do marketing e da administração da empresa.Em 2017, as irmãs pretendem mudar o nome da empresa para "No Balde Comida de Verdade", e passar a vender também churrasco. "A expressão 'no balde' é muito usada em Manaus para se referir à fartura, grandes quantidades", diz Louise. Elas já fizeram testes com outros pratos, como a caldeirada de peixe, mas a saída do produto não foi tão boa.

Nas redes sociais, é preciso variar a estratégia

Segundo a especialista em marketing digital Camila Porto, é possível vender qualquer coisa pelo Facebook. "É uma boa ferramenta de marketing para as pequenas empresas, pois não exige muito investimento e permite alcançar o público-alvo com eficiência."Ela diz que o formato inovador da apresentação do produto chama a atenção, assim como as fotos bonitas postadas nas redes sociais. Porém, o ideal é diversificar os conteúdos postados. "Variar os formatos, usando vídeos e gifs por exemplo, mostrar os bastidores, como é preparado, como é feita a entrega. São formas de não cansar a audiência, já que eles trabalham basicamente com um único produto", afirma.

Onde encontrar:

Feijoada no Balde: www.feijoadanobalde.com.brFonte: UOL

20 eventos que acontecem em fevereiro para quem quer empreender

Confira cursos, eventos e palestras que ocorrem no próximo mês e são voltadas para quem quer abrir (ou já possui) seu próprio negócio.

Se você colocou como meta para este ano abrir seu próprio negócio, saiba que é preciso se capacitar antes de colocar o sonho em prática. E, se você já tem uma empresa, deve saber que mais conhecimento sempre é necessário para se diferenciar dos concorrentes.Por isso, EXAME.com selecionou algumas atividades voltadas para empreendedores que ou ocorrem ou encerram suas inscrições no mês de fevereiro. Há cursos, eventos, palestras e seleções para aceleração, por exemplo. Algumas das atividades são, inclusive, gratuitas.Confira 20 atividades de fevereiro para quem quer ser ou já é um empreendedor:1. Aprenda a negociar com tubarõesInscrições: pelo site Custo: R$ 691 Data da atividade: variável Onde: onlineO curso de 26 horas, organizado pelo CERS Corporativo, tem como objetivo colaborar para o aprimoramento das competências do negociador, apresentando técnicas, táticas e estratégias para elevar o nível de desempenho na mesa de negociação. Para isso, pretende ampliar a visão dos participantes sobre o processo da negociação e suas variáveis mais importantes, oferecendo uma percepção integrada de cada ferramenta apresentada durante o treinamento.2. BioStartup Lab (3ª edição)Inscrições: até 5 de fevereiro, pelo site Custo: gratuito Data da atividade: 9 e 16 de novembro Onde: online e presencial (Belo Horizonte)O BioStartup Lab é um programa de pré-aceleração de startups em ciências da vida, impulsionando projetos nas áreas de agronegócios, digital health, meio ambiente, saúde humana e saúde animal.A pré-aceleração dura 10 semanas com atividades presenciais e online. Durante este período, as equipes seguem a metodologia elaborada pela Biominas Brasil, que inclui mentorias, networking, sessões de validação (com a participação de grandes empresas), treinamentos e workshops.Ao longo do processo, as equipes participam de bancas de avaliação que geram pontuação e feedback. As mais bem pontuadas apresentam sua solução para potenciais parceiros e investidores no Demo Day, um evento que elegerá a equipe vencedora.3. Café com Empreendedoras de Recife (2ª edição)Inscrições: até a véspera, pelo site Custo: gratuito (doações opcionais) Data da atividade: 16 de fevereiro, das 9h às 12h Onde: PernambucoA Rede Mulher Empreendedora (RME) organiza mais um de seus cafés – desta vez, em Recife. Segundo a organização, os encontros são uma oportunidade de conhecer outras empreendedoras, divulgar sua empresa, fazer networking e ainda contar com conteúdo rico e histórias inspiradoras de mulheres que possuem o próprio negócio.4. Curso Online em Negócios de Impacto SocialInscrições: até 27 de fevereiro, pelo site Custo: R$ 350 Data da atividade: variável Onde: onlineA Artemisia, aceleradora de negócios de impacto social, está com inscrições abertas para sua primeira turma de 2017 no curso online sobre tais empreendimentos. As aulas têm por foco as áreas de Educação, Habitação, Saúde e Serviços Financeiros. São quatro horas de atividade, subdivididas nos módulos temáticos: “O que é pobreza?”; “Por que negócios?”; “Negócios de Impacto Social”; e “Como negócios geram impacto?”. As horas de curso podem ser completadas no horário desejado pelo participante.5. Desenvolvimento de liderançaInscrições: pelo site Custo: R$ 349 Data da atividade: variável Onde: onlineO curso, organizado pelo CERS Corporativo, ajuda a ampliar as habilidades e competências de gestores, com respaldo em novos paradigmas de liderança. As aulas apresentam dão ênfase aos efeitos práticos da aprendizagem coletiva. Ao todo, são 15h de conteúdo, com temas como “gestão e humanização do ambiente de trabalho”, “gestão participativa” e “lidando com os conflitos na equipe.”6. Empreendendo em TI – Programa de Canais TOTVS para Micro e Pequenos NegóciosInscrições: até a véspera de cada dia, pelo e-mail [email protected] Custo: gratuito Data da atividade: 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 22, 23 e 24 de fevereiro, em diversos horários ao longo dos dias Onde: onlineA TOTVS realizará eventos online com o intuito de apresentar e levar conteúdo a quem quer empreender, ou já está atuando por conta própria, no mercado de tecnologia da informação (TI). Através do Programa de Canais voltado às empresas de micro e pequeno porte, o empreendedor terá treinamentos e capacitações contínuas para se manter sempre atualizado nas novas tecnologias do setor.7. Feira do Empreendedor (6ª edição)Inscrições: até a véspera, pelo site Custo: sob consulta no ato da inscrição Data da atividade: 18 a 21 de fevereiro Onde: São PauloOrganizada pelo Sebrae, a feira reúne expositores e consultores. Segundo a instituição, é uma oportunidade única de fazer novos negócios e se atualizar empresarialmente. Haverá 440 expositores, e a expectativa é que 150 mil pessoas visitem e 20 milhões de reais sejam movimentados em negócios.8. Fórum da Rede de Investidores Anjo (RIA)Inscrições: até 22 de fevereiro, pelo site Custo: gratuito Data da atividade: 13 de março Onde: Santa CatarinaO 1º Fórum de 2017 da Rede de Investidores Anjo de Santa Catarina é uma iniciativa da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), em parceria com a Anjos do Brasil. Empreendedores devem encaminhar seus projetos pelo site, e apenas participarão do encontro os que tiverem sua ideia de negócio ou produto/serviço selecionado. No fórum, haverá a oportunidade de apresentar-se a investidores da rede e convidados estratégicos, como fundos.9. Gestão de pessoas em tempo de criseInscrições: até a véspera, pelo site Custo: 1 kg de alimento não-perecível Data da atividade: 8 de fevereiro, 19h30 Onde: São PauloA palestra, organizada pela escola de negócios Trevisan, tem como objetivo nortear gestores de diversas áreas sobre os principais desafios do cenário atual: como enfrentar as dificuldades do presente e do futuro? Como preparar as empresas e as pessoas nas organizações? Como envolver a todos, mantendo-os motivados e comprometidos com os resultados das empresas?  Qual o papel do líder e quais competências ele precisa ter?10. Gestão do tempo e produtividadeInscrições: pelo site Custo: R$ 102 Data da atividade: variável Onde: onlineCom uma boa organização da agenda, é possível estabelecer prioridades, aumentar a produtividade e o rendimento no trabalho. O CERS Corporativo oferece o curso de Gestão do Tempo e Produtividade em que o profissional terá a oportunidade de evoluir suas habilidades na gestão de seu tempo, ajudando-o a conquistar suas metas pessoais e profissionais. São duas horas de aula.11. InnovatorsRace50Inscrições: até 28 de fevereiro, pelo site Custo: gratuito Data da atividade: de março a outubro Onde: qualquer lugar do paísA Capgemini, empresa glboal de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização, lança a InnovatorsRace50, uma competição global para startups em estágio inicial mostrarem o potencial de seus produtos e serviços disruptivos para seus mercados.Cinquenta startups, distribuídas em cinco categorias (Consumidores & Bem-Estar; Dados & Segurança; Fintech & Mobilidade; Govtech & Empresas Sociais; Processos Digitais & Transformação), serão escolhidas para participar de reuniões presenciais com um painel de especialistas, que nomeará dois finalistas por categoria. É possível inscrever empresas de qualquer estado do paísEntre abril e maio, os dez finalistas terão a oportunidade de interagir pessoalmente com especialistas em tecnologia e de seu ramo em centros da Capgemini localizados em Londres, Mumbai, Munique, Paris e São Francisco.As cinco startups vencedoras a podem receber apoio empresarial, por meio de investimento equity-free (sem participação acionária devido ao aporte) de 50 mil dólares para cada uma.12. InovAtiva BrasilInscrições: até 20 de fevereiro, pelo site Custo: gratuito Data da atividade: de fevereiro a julho Onde: qualquer lugar do paísO InovAtiva Brasil vai selecionar 300 startups de todo o país para o primeiro ciclo de aceleração de 2017. O programa é elaborado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e pelo Sebrae e oferece mentorias e capacitação gratuita para negócios inovadores. O processo oferece cursos, mentorias individuais, webminars e experiências de campo (bootcamp), além de uma apresentação final a investidor (Demo Day).13. Meeting: Empreender é fazerInscrições: até a véspera de cada palestra, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 2246 2897 Custo: R$ 599 Data da atividade: 6, 9, 13 e 15 de fevereiro Onde: São PauloA Academia Brasileira de Vendas (ABV) oferece uma série de palestras voltadas a quem quer empreendedor ou já possui um negócio. Neste mês, serão quatro: “Prioridade número 1 de um negócio: ‘Lucro’” (dia 6); “O poder da decisão no mundo dos negócios” (dia 9); “O nome do jogo é resultado” (dia 13); e “Empreendedor é um vendedor de sonhos ‘Napoleão Bonaparte’” (dia 15). Os discursos sempre ocorrem das 19h às 23h.14. Mudanças do Simples Nacional em 2017Inscrições: até a véspera, pelo site Custo: gratuito Data da atividade: 1° de fevereiro, 16h Onde: onlineA Sage, multinacional de softwares de contabilidade e gestão, oferece uma palestra gratuita e online sobre as mudanças no regime de tributação Simples Nacional. Entre as alterações estão o estabelecimento de novos limites de faturamento para as empresas, redução no número de tabelas a serem preenchidas e mudanças nos prazos para negociação de dívidas.15. Open Innovation Week (9ª edição)Inscrições: até a véspera, pelo site Custo: a partir de R$ 600 Data da atividade: 21 e 22 de fevereiro Onde: São PauloO evento, realizado pelo movimento global 100 Open Statups, pretende mostrar ao ecossistema a importância da inserção de empresas de base científica e tecnológicas, em conjunto com as digitais, para a colaboração aberta com companhias de diferentes setores da indústria. A Open Innovation Week irá reunir mais de 180 startups, 20 investidores e mais de 80 médias e grandes empresas e instituições. Entre estas, 3M, Accenture, AES Brasil, BRF, Catho, FGV, Grupo Algar, HP, IBM, Johnson&Johnson, Microsoft, Natura, Roche, Senai, Votorantim, Whirpool.16. Prêmio Citi Jovens Microempreendedores 2016Inscrições: até 5 de fevereiro, pelo site Custo: gratuito Data da atividade: de fevereiro a abril Onde: qualquer lugar do paísA Aliança Empreendedora, com patrocínio da Citi Foundation e apoio do Citi, abre as inscrições do Prêmio Citi Jovens Microempreendedores 2016. Jovens de 18 a 35 anos que estejam empreendendo em negócios, formalizados ou não, ou que tenham uma ideia de negócio que gostariam de colocar em prática para impactarem suas comunidades podem se inscrever.Na primeira etapa, serão escolhidos 20 finalistas, que serão premiados com um vale-presente no valor de R$ 1 mil e capacitação presencial em São Paulo/SP (custos pagos de viagem). A segunda etapa acontece em São Paulo, onde os 20 microempreendedores finalistas irão apresentar seus negócios e ideias de negócio para uma banca de especialistas.A partir disso, os jurados selecionarão quatro vencedores finais: dois na categoria negócio e dois na categoria ideia de negócio. Os primeiros lugares de cada categoria levam um prêmio de R$ 6,5 mil e os segundos lugares uma premiação de R$ 4,5 mil.17. Prevenção e gestão de criseInscrições: pelo site Custo: R$ 450 Data da atividade: variável Onde: onlineUma crise coloca em risco a reputação, a credibilidade e a lucratividade de uma empresa, por isso, a prevenção e a gestão de crise deve fazer parte do planejamento de todas as empresas. O curso Prevenção e gestão de crise, do CERS Corporativo, mostra como é possível prever e estudar determinados fatos para evitar ou minimizar riscos. Ao final do curso, deseja-se que o aluno tenha ampliado suas habilidades comunicacionais, ajudando-o na obtenção de ferramentas para o gerenciamento de crise. São 30 horas de conteúdo.18. Seminário PÓS-NRF E PÓS-IFA – ABF 2017Inscrições: até a véspera apenas para associados, pelo site. Para não-associados, haverá transmissão online Custo: gratuito Data da atividade: 16 de fevereiro Onde: São Paulo (associados) e online (não-associados)O Pós NRF e Pós IFA apresenta aos associados da ABF e interessados no assunto os principais temas que foram abordados nos dois eventos internacionais.A NRF Retail’s Big Show 2017 ocorreu entre os dias 13 e 20 de janeiro, em Nova York. A delegação brasileira da ABF, que participou do evento, irá apresentar insights e destaques extraídos da missão do franchising brasileiro ao maior evento do varejo mundial.Já a Convenção Anual da IFA – International Franchising Association acontece de 24 de janeiro a 2 de fevereiro, em Miami e Las Vegas. O maior evento mundial do setor reúne grandes especialistas em redes de negócios, economia, varejo, shoppings e diversos outros segmentos, para falar sobre as principais tendências e oportunidade para o franchising através de cases e insights dos melhores nomes empresariais do mundo.19. Startup Weekend Joinville Internet of ThingsInscrições: até 16 de fevereiro, pelo site Custo: a partir de R$ 70 Data da atividade: 17 a 19 de fevereiro Onde: Santa CatarinaO Startup Weekend é um evento que dura 54 horas, ao longo de um fim de semana, no qual empreendedores, desenvolvedores, designers e entusiastas se unem para compartilhar ideias, formar equipes e criar startups – desta vez, o foco está em negócios que usam o conceito de “Internet das Coisas”. Durante a maior parte do tempo haverá mentores convidados à disposição dos participantes. No domingo, os times apresentam o que construíram e recebem feedbacks valiosos de jurados experts. Os melhores são premiados.20. Workshop Criatividade e InovaçãoInscrições: pelo site Custo: R$ 199 Data da atividade: variável Onde: onlineOrganizado pela CERS Corporativo, o workshop de Criatividade e Inovação dá ao estudante o acesso ao 19º Congresso Brasileiro de Criatividade & Gestão Com Pessoas, realizado pela CriaRH. Além disso, ele irá conferir 19 especialistas compartilhando métodos, táticas e muito conteúdo sobre gestão criativa e inovativa. O curso pode ser feito de acordo com a agenda do aluno.19º Congresso Brasileiro de Criatividade & Gestão Com Pessoas, realizado pela CriaRH e irá conferir 19 especialistas compartilhando métodos, táticas e muito conteúdo sobre o universo de Gestão.Fonte: Exame

Conheça o negócio de beleza que nasceu da venda de um Fusca

Lisabeth Braun queria novos ares profissionais e criou a primeira farmácia de manipulação do Brasil, nos anos 70: a Dermage.

O fusca era verde abacate, carro da moda no final dos anos 70. A motorista era farmacêutica e funcionária pública, mas sonhava com novos horizontes profissionais.
Se o fusca de Lisabeth Braun falasse, ele contaria uma história bem inusitada para uma jovem daquele tempo, quando era incomum ver mulheres empresárias, menos ainda de um negócio novo e praticamente desconhecido no mercado nacional.Mas o carro só saberia o começo de tudo, porque a primeira coisa que ela fez foi vender seu carro para investir na primeira farmácia de manipulação do país, no Rio de Janeiro. Lá se foi o fusca em busca de outras histórias para contar, e então começou o que seria uma jornada de grande sucesso, que resultou na criação da Dermage.

De farmacêutica a empreendedora

Lisabeth trabalhava em um hospital público no Rio de Janeiro. O emprego parecia perfeito, com jornada reduzida em um ambiente de ponta. Mas ela começou a sentir um grande desânimo quando percebeu que as pessoas, com vinte anos de formadas, continuavam a fazer as mesmas coisas.Foi quando ela viajou para Buenos Aires e conheceu uma farmácia de manipulação, coisa inédita no Brasil, e a visão empreendedora da família se manifestou.Lisabeth e Walter Braun, seu marido, são descendestes de imigrantes que chegaram ao Brasil sem recursos, fugidos da 2ª Guerra Mundial e também empreenderam e montaram seus negócios.Empolgada com as novas perspectivas e com total apoio do marido, a farmacêutica bioquímica Lisabeth pediu demissão e alugou uma pequena sala comercial, onde, com uma sócia, deu seus primeiros passos como empreendedora. Fase em que ela fazia literalmente um pouco de tudo: do plano de negócios ao atendimento no balcão, do contato com os médicos à manipulação das fórmulas.Da pequena sala, onde ela via as pessoas chegarem, sem acreditar em quantos pedidos recebia, o negócio foi crescendo e logo a farmácia teve que mudar para uma casa maior. Em seguida, vieram outras três lojas.Ao mesmo tempo, Lisabeth vivia o cotidiano agitado de toda mulher que trabalha: “Era a idade em que eu queria ter filhos, ter minha família, tudo acontecendo ao mesmo tempo, tinha que me dividir para que tudo desse certo”.E deu certo, tão certo que ela começou a sonhar cada vez mais alto.  Depois de alguns anos, Lisa, como é chamada, e sua sócia resolveram se separar para seguir com novos planos.

Duas vezes empreendedora

Começou então uma nova jornada empreendedora para Lisa. O ano era 1990, e o mundo empresarial já era mais familiar e menos inóspito para mulheres.Difícil mesmo foi explicar a novidade para o mercado, porque a proposta era realmente começar tudo de novo, com um novo nome (Dermage), um novo logotipo… Enfim, uma nova empresa. Ela fez questão inovar e fazer diferente, mas sempre seguindo os valores que sempre nortearam seu trabalho, marcado pela dedicação, honestidade e credibilidade junto à classe médica. Por isso, “acabou sendo mais fácil do que eu imaginava”, diz ela.E aí surgiu uma grande ideia: por que não industrializar as fórmulas de sucesso e transformar a empresa em uma marca de dermocosmético? Esse foi o grande diferencial da Dermage, que logo foi reconhecido pela classe médica.Outra escolha acertada foi cercar-se de pessoas com habilidades complementares e de profissionais das áreas administrativa e financeira muito qualificados, que se dedicaram à gestão de um negócio preparado para realizar os sonhos grandes de sua idealizadora.Mesmo assim foram – e ainda são – muitos os percalços enfrentados num país que atravessou várias crises e planos econômicos. Nessa jornada, foram muitas noites sem dormir, pensando em como seria o dia seguinte e muita resiliência também para atravessar tantos obstáculos.Mas, desde o início, Lisa mantém a mesma garra e otimismo: “Você tem que ter um estofo emocional muito grande para conseguir, você tem que estar sempre bem, porque a sua motivação, o seu trabalho, é modelo para os outros que estão à sua volta”.Apesar desse cenário de dificuldades de toda ordem, que para muitos seria desanimador, Lisabeth sempre investiu na Dermage. A empresa cresceu; o marido, Walter, engenheiro, assumiu a diretoria de produção; e, juntos, eles criaram uma empresa inovadora no mercado de dermocosméticos.

Sucessão familiar

Depois de passar as férias trabalhando na empresa da família, Ilana Braun, filha de Lisa, se empolgou com as oportunidades de fazer algo muito maior, largou o emprego no mercado financeiro e passou a empreender junto com seus pais. Logo no início, aproximou-se da Endeavor e se cercou de mentores que mostraram novas frentes de atuação.“Foi muito importante porque abriu um leque de pessoas que podiam nos apoiar e mostrar os caminhos. O empreendedor às vezes se sente muito solitário, tem que tomar as decisões, mas está muito sozinho, sem saber o que fazer”, conta Lisabeth Braun.Com formação e experiência em finanças, Ilana assumiu, trazendo novas perspectivas de crescimento e desenvolvimento. Algum tempo depois, assumiu o cargo de CEO.Com esse suporte essencial na gestão da empresa, Lisabeth pôde manter o foco na inovação e desenvolvimento de produtos, uma área estratégica para os planos futuros.Unida, a família aumentou o portfólio da marca – que conta com mais de 300 itens, entre produtos para cabelo, rosto, corpo, maquiagem, spa e nutricosméticos; aumentou os canais de distribuição (entre lojas próprias, franquias e drogarias, espalhados por diversos pontos do Brasil); ganhou credibilidade na classe médica; prêmios em congressos internacionais; e é respeitada por consumidores.Enfim, o legado para a próxima geração já está definido em uma cultura enraizada na transparência e, como Lisabeth faz questão de enfatizar, “fazer dermocosméticos com alta eficácia e resultados verdadeiros, desenvolvidos por brasileiros e para o clima e a pele dos consumidores (também) brasileiros.”

Universo feminino

As mulheres são o público-alvo da Dermage, e elas também compõem 90% da equipe de colaboradores da empresa. Lisabeth conta que gosta de trabalhar com mulheres porque elas sabem, como usuárias, o que as outras querem.Ela também valoriza as habilidades femininas em todos os campos: “Existe muito preconceito, mas a gente é tão capaz, tão capaz que consegue levar uma vida dupla e tomar conta de uma família, de casa e trabalhar e ser efetiva em todos.”Texto publicado originalmente na Endeavor.Fonte: Exame

Empresa de energia solar vira franquia e promete faturamento de R$ 150 mil

Conheça a franquia que vende e instala projetos de energia solar

A Blue Sol é uma empresa de projetos e treinamentos em energia solar fundada em 2010, que virou franquia no final de 2016; a meta é chegar a 200 franqueados até 2020; clique nas fotos acima para ver maisImagem: Divulgação
Antes mesmo de a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) permitir que os consumidores gerassem e consumissem a própria energia elétrica, com a resolução 482, de 2012, o administrador de empresas Nelson Colaferro, 56, identificou oportunidades de negócio com a energia solar. Em 2010, ele fundou a Blue Sol, empresa de projetos de geração de energia solar, que acaba de virar franquia.Confira os dados da franquia, fornecidos pela empresa:
  • Investimento inicial: a partir de R$ 280 mil, com custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro
  • Faturamento médio mensal: R$ 150 mil
  • Lucro médio mensal: R$ 25 mil
  • Prazo de retorno do investimento: a partir de 18 meses
"Gerar energia elétrica no ponto de consumo é algo que faz muito sentido. Desde 2008 eu me interessava por energias renováveis, foram dois anos de pesquisas no Brasil e no exterior", afirma o empresário.

Também oferece treinamentos

Inicialmente, a empresa trabalhava com projetos de energia solar desconectados da rede elétrica, ou seja, onde ainda não havia luz, atendendo, principalmente empresas do agronegócio, de telecomunicações e escolas em regiões remotas. Também oferecia treinamentos em todo o Brasil para interessados em trabalhar no setor."Desde 2011, identificamos que havia uma forte demanda por conhecimento. Recebíamos muitos contatos de interessados na área. Já treinamos mais de 7.000 pessoas em todas as regiões e estabelecemos parcerias com elas, fornecendo insumos para que possam desenvolver o negócio nos locais onde estão. Daí nasceu a ideia das franquias", afirma o empresário.Após a resolução de 2012, passou a fazer projetos conectados à rede elétrica e ampliou a gama de clientes. Hoje, 70% da clientela está em residências. Os outros 30% são empresas. "Além de diminuir custos com a conta de luz, a energia elétrica valoriza o imóvel, e a sustentabilidade pode ser usada como marketing para as empresas", diz Colaferro.

Franqueado vende e instala

O franqueado é responsável pelas vendas e instalação dos sistemas. A franqueadora cuida da elaboração do projeto, fornecimento dos equipamentos, logística e conexão às distribuidoras.O cliente gera e consome a própria energia, o excesso vai para a distribuidora e vira crédito na conta de luz. Se a energia solar for insuficiente, o sistema automaticamente passa a consumir a energia da distribuidora. Os projetos são elaborados seguindo o padrão de consumo dos últimos 12 meses.

Projetos custam a partir de R$ 25 mil

Um projeto pequeno, com 10 placas que captam a luz solar, é capaz de gerar energia para uma casa com até quatro pessoas e custa cerca de R$ 25 mil. "O sistema é construído para gerar energia por, no mínimo 25 anos, e praticamente não exige manutenção, pois não há atrito mecânico", diz Colaferro.Por causa dos custos altos, existem empresas que vendem energia solar por assinatura, como a Renova Green, de Curitiba (PR). Em vez de comprar os equipamentos, os clientes podem alugá-los.Mesmo com o preço alto, Colaferro diz que o mercado é promissor. "São 75 milhões de consumidores de energia elétrica no Brasil. Hoje, são 7.000 sistemas conectados à rede elétrica, a previsão oficial é que, em 2024, sejam 1,2 milhão. Nossa meta é chegar a 200 franqueados até 2020, com maior potencial em cidades com residências horizontais", declara.A instalação em prédios também é possível, porém, a luz captada pode não ser suficiente para suprir o consumo. Uma revisão da norma 482 da Aneel já autoriza a geração remota, ou seja, o sistema é instalado em outro local. Segundo Colaferro, o mercado está se estruturando para oferecer essa solução.

Apesar do potencial, setor ainda é específico

Para a consultora especializada em franquias Ana Vecchi, da Vecchi Ancona, é crescente o interesse por energia solar, tanto por parte dos consumidores quanto por profissionais como engenheiros e arquitetos.Ela diz que o setor tem suas peculiaridades e que é recomendado que o franqueado possua algum conhecimento técnico e de vendas. "Pelo preço dos projetos, vai atender um nicho específico de mercado. Porém, existe um mercado grande, principalmente se forem feitas parcerias com construtoras de condomínios, por exemplo."Ela diz que fazer parte de uma rede de franquia, nesse caso, ajuda a ter ganhos de escala, com a compra de equipamentos por menor custo.

Onde encontrar:

Blue Sol: www.bluesol.com.brFonte: UOL

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