A mulher que comprou a empresa dos chefes aos 18 anos e se tornou a 'rainha dos cereais matinais'

Quando, aos 18 anos, Carolyn Creswell ouviu que poderia perder o emprego, decidiu apostar dar um passo arrojado.A jovem então trabalhava em uma fábrica que produzia musli, um mix de aveia com frutas secas para lojas pequenas e cafeterias. Dessa forma, ela ganhava um dinheiro enquanto estudava na universidade de sua cidade, Melbourne, na Austrália.O ano era 1992 e os proprietários da pequena empresa disseram que tinham de vender o negócio, o que significava que talvez não houvesse trabalho para ela no futuro. Mas Creswell gostava do emprego e decidiu se arriscar sem pensar muito: comprou o negócio falido de seus chefes.Ela reuniu todas as suas economias e convenceu sua colega de trabalho, Manya van Aker, a se juntar à empresa. Elas conseguiram fazer uma oferta de mil dólares australianos (US$ 735), que foi aceita.Como primeiro passo, decidiram mudar o nome da empresa: se chamaria Carman, usando as três primeiras letras de seus nomes.No entanto, apesar do entusiasmo juvenil, as vendas não foram boas e Manya deixou a empresa depois de dois anos.Creswell insistiu e, em 1997, a segunda maior cadeia de supermercados na Austrália começou a comprar o cereal que ela produzia.Hoje, a Carman's Fine Food vale cerca de US$ 60 milhões, enquanto Creswell ganhou o título de "Rainha dos Cereais Matinais" nos meios de comunicação do país.O que começou com produtos para cafeterias é agora uma enorme cadeia que vende para mais de 3 mil lojas na Austrália e exporta para 32 países."Não tinha medo de trabalhar duro, mas os primeiros anos foram muito difíceis. Se pudesse desistir, eu teria desistido", disse Creswell à BBC.

Falência

Durante os três primeiros anos de atividade, ela continuou seus estudos de arte na Universidade de Monash. Entregava os pedidos de manhã, antes de assistir às aulas, e fazia a contabilidade e as vendas no período da tarde.
Divulgação
Os negócios da Carman vão além dos cereais matinais e incluem também granola
Depois de se formar, Carman ainda não era um negócio rentável para sustentar-se sozinho, por isso a empresária teve que ter empregos de meio período, incluindo um como caixa de supermercado.Foram dias difíceis. Creswell lembrou que, às vezes, pedia a seu irmão que tirasse gasolina do carro de sua mãe para poder colocar no seu."Eu estava falida. Lembro que não podia ver saída para o meu negócio", disse.No entanto, aos poucos as vendas começaram a crescer graças ao boca a boca. Sem dinheiro para a publicidade, sua mãe começou a ajudá-la de uma forma incomum, mas eficaz, fazendo uma espécie de marketing: ela ficava na entrada de lanchonetes e dizia em voz alta, de modo que as pessoas ouvissem, quão delicioso e nutritivo era o cereal de sua filha.Sua sorte mudou quando começou a vender seus produtos para Coles, uma enorme cadeia australiana de supermercados.Creswell não tinha empregados e sua única ajuda era a de seu marido, Pete.A empresa tem atualmente 25 funcionários em seu escritório em Melbourne, enquanto outros 160 são responsáveis pela fabricação do produtoAlém de criar seis tipos de cereal à base de aveia, a empresa produz granola e barras de cereais.

'Imatura'

Embora Creswell não se arrependa da decisão de levar adiante a empresa, diz que teria gostado de aproveitar experiências divertidas durante a sua juventude como ir a uma festa ou viajar com amigos.Mas, ao mesmo tempo, ela se pergunta se sua juventude poderia ter jogado contra o seu sucesso quando começou este projeto: "Talvez tivesse acontecido mais rápido se eu fosse mais madura"Ela também acredita que ser uma mulher jovem em frente a um negócio tornou os desafios mais difíceis.
Carolyn Creswell
Carolyn Creswell, dona da Carman, tem quatro filhos
"Ter 20 anos e ser mulher era um problema para que os bancos me emprestassem dinheiro. Sem contar às vezes em que fui sexualmente assediada por alguns fornecedores ou simplesmente não levada a sério.""Agora só digo 'você deve estar brincando, isso é tão inapropriado'. Mas há 20 anos ficava muito nervosa para dizer 'ei, isso não é certo'."Mas nem tudo foi rápido e fácil após a primeira entrega de Carman para a rede de supermercados Coles. Por um curto período de tempo, há oito anos, ela perdeu um contrato com o supermercado por uma queda nas vendas.Para ela, depois de recuperar o contrato, o abalo foi uma das maiores experiências de aprenziado de sua vida."Eu percebi que não poderia viver com paranoia. Eu não iria volta a isso."Nathan Coutland, analista da indústria de alimentos, disse que Carman pode cobrar preços mais elevados do que outros produtores pela qualidade de sua marca."Os consumidores veem Carman como promotora de um estilo de vida saudável, rústico, para o qual as pessoas estão se voltando", disse.Para o analista, os dois principais desafios enfrentados pela empresa no futuro são lidar com os grandes produtores de cereais - que querem fazer o que ela já faz - e expandir sem sacrificar o lado artesanal e o espírito local de seus produtos.Com um plano para entrar no mercado chinês, Creswell baseia sua estratégia em regras para testar seus produtos e medir suas chances de sucesso com grande cuidado."É como escalar o Everest: o que é necessário para chegar ao acampamento base?"Fonte: UOL

Dono da Havan anuncia megaloja com cinema

O investimento deve ficar entre R$ 30 e R$ 40 milhões.Serão oito mil metros quadrados de área aproximadamente, com previsão para salas de cinema e praça de alimentação, além da loja de departamentos.É para 2017.Hang também anunciou que planeja abrir mais 22 lojas em todo o estado, uma delas em Blumenau.Neste ano a rede deve chegar a 100 lojas em todo país e, segundo o empresário, a meta até 2022 é ter 200 lojas e 25 mil funcionários.As informações foram repassadas pela equipe de jornalismo da Radio Nereu Ramos, de Blumenau, que entrevistou o empresário na manhã desta terça-feira, 10/01/16, durante o programa Preto no Branco.A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Paulo César da Silva e Cristiano Silva.Fonte: Noticenter

10 ideias erradas sobre empreender que só levam ao fracasso

Muitas vezes, o sonho de empreender vem atrelado a ideias erradas. Se não corrigidas a tempo, elas podem até mesmo causar o fim de um negócio promissor.

São Paulo – Muita gente sonha em empreender. O problema é que, muitas vezes, esse sonho vem atrelado a concepções erradas sobre como é o dia a dia do empreendedor.Se não corrigidas a tempo, essas ilusões podem gerar muito estresse e até mesmo o fim de um negócio promissor.Por isso, consultamos especialistas para levantar quais as ideias erradas mais comuns entre aqueles que desejam ter o seu próprio negócio. Será que você acredita em alguma delas?

1 – Síndrome de super-homem

Achar que você, empreendedor, precisa dar conta de todas as necessidades do negócio é um erro bem comum entre os principiantes, e que pode levar à estafa e à falta de eficiência.“O empreendedor não tem que fazer tudo. Ele deve pensar o negócio, mas tem que contar com parceiros, sócios, investidores, funcionários. É preciso distribuir a responsabilidade, caso contrário ele fica sobrecarregado, e o negócio centralizado, muito dependente de sua figura”, explica Marcus Cordeiro, sócio-diretor da consultoria Ba}Stockler.

2 – Empreender para ter sossego

Quem nunca ouviu alguém dizer que vai abrir o próprio negócio para “ser o próprio chefe”, ou “ter mais tempo livre”. Se você pensa assim, saiba que está redondamente enganado – e que há grandes chances de se frustrar com a vida real de um empreendedor.“Isso é totalmente falso. Primeiro porque ele vai continuar respondendo para alguém, seja um sócio, um investidor ou mesmo seus funcionários. Portanto, a vida sem chefe não é como se imagina. Depois, ele precisa saber que vai trabalhar muito mais do que quando era empregado, mesmo que tenha mais flexibilidade de horário”, explica Cordeiro.Na visão do especialista, essa falsa imagem de que o empreendedor trabalha menos vem da ideia de que “a empresa trabalha para o empresário e por isso ele tem mais tempo livre para outras atividades”. Segundo ele, essa ideia só se aplica a empresas maiores. “Numa empresa maior, se o negócio se desenvolver, passa a ser mais fácil ter mais tempo. Mas isso só acontece se ele souber delegar e envolver a equipe e os sócios.”

3 – Esperando a ideia genial

Achar que só é possível empreender se você tiver uma ideia genial. Ou ainda que, como você teve uma ideia genial, seu negócio está garantido. Esses dois equívocos levam muita gente para o buraco.“A ideia representa apenas de 5% a 10% do valor agregado do negócio. O que importante mesmo é como você executa essa ideia e a coloca no mercado. Você pode ter uma grande ideia, mas não saber traduzi-la para os clientes”, explica Cordeiro.O melhor caminho, segundo o especialista, é olhar em primeiro lugar para o cliente, e para quais necessidades dele o empreendedor deseja atender. “Só então ele deve olhar para a ideia. E não precisa ser uma ideia que vai mudar o mundo, pode ser algo que resolve pequenos problemas.”

4 – Rios de dinheiro

Quem nunca teve uma ideia de negócio, mas desistiu antes mesmo de começar porque não tinha dinheiro para investir? “É um equivoco clássico, achar que precisa de muito dinheiro para começar”, afirma Cordeiro.O especialista explica que o empreendedor deve, em primeiro lugar, testar a sua ideia em pequena escala (portanto, gastando pouco). “O empreendedor pode não ter recurso nenhum no começo. O que ele precisa é testar sua ideia. Uma vez que ele faz isso de forma estruturada, fica fácil conseguir dinheiro”, diz.Isso porque, com um teste da sua ideia em mãos, fica muito mais fácil convencer investidores a colocar dinheiro no negócio, conclui o consultor.

5 – Quero ser rico

Empreender para ficar rico é uma ideia bem errada que pode frustrar muita gente. “Muitos empreendedores de sucesso erram duas ou três vezes antes de acertar. Essa é a realidade e o futuro empreendedor tem que ter esse espírito. Ele precisa estar atento para corrigir rotas, e isso pode significar falir um negócio e começar outro”, afirma Cordeiro.Sendo assim, se você já começa um negócio esperando o dia em que ele vai te deixar rico, talvez seja melhor rever esses planos.

6 – Intuição sem preparo

Confiar na intuição pode ajudar a tomar decisões importantes na vida. Mas você não pode depender apenas dela para ter um negócio de sucesso.“A intuição é um ponto de partida, mas não resolve todas as questões que surgem no empreendedorismo”, afirma Gilberto Braga, professor de empreendedorismo do Ibmec-RJ.Na prática, isso quer dizer que não basta você achar que seu negócio vai dar certo. É preciso testar, conversar com possíveis clientes, estudar a região em que você deseja atuar. Ou seja, fazer a lição de casa e o plano de negócios.

7 – O detalhe das contas

Você entende de um setor de mercado e decide iniciar um negócio naquele ramo. Seu produto é bom, elogiado pelos clientes, e você vai bem nos primeiros meses. Até que descobre que terá de fechar as portas.“Acompanhei um caso de uma pessoa que resolveu montar uma butique. O negócio deu muito certo no início, mas quebrou logo. Isso porque ela não sabia fazer controle de estoque e tirava mais dinheiro do que o negócio suportava. Faltava conhecimento de gestão financeira e administrativa”, conta o professor.Portanto, não adianta achar que o seu conhecimento de um setor será suficiente para manter o negócio de pé. É preciso saber gerir as finanças da empresa. Caso contrário, não há negócio que resista.

8 – Barato que sai caro

Outro erro comum de empreendedores de primeira viagem é querer economizar do jeito errado, improvisando serviços que deveriam ser feitos por profissionais.“Isso é muito comum. O empreendedor não procura uma ajuda técnica e recorre a amigos e conhecidos, pois acha que eles farão de graça ou cobrarão um preço simbólico pelo serviço. Porém, às vezes alguns dos improvisos são responsáveis pelo fracasso ou pela redução da margem de ganhos”, alerta Braga.O professor cita outro caso que conheceu. Uma família que decidiu abrir um bar, mas resolveu não contratar um arquiteto para desenhar o espaço. “Eles mesmos fizeram o projeto do lugar. O resultado foi que a saída dos pratos ficou de frente para o banheiro, gerando transtornos e prejuízos”, conta.

9 – Sonho X Realidade

Muitas vezes, o empreendedor tem um sonho antigo em relação ao seu negócio e faz de tudo para transformar aquilo em realidade quando tem a chance. Porém, é necessário, antes de mais nada, verificar na ponta do lápis se aquele sonho condiz com a realidade do empreendimento que você vai montar.O professor do Ibmec traz mais um exemplo: “Conheci uma moça que montou uma loja de quinquilharias, daquelas que vendem tudo barato. E ela contratou um marceneiro para fazer todas as prateleiras da loja de madeira com pátina. Ficou lindo, mas o custo era muito alto para o retorno que aquele tipo de negócio dava. Resultado: ela demorou muito mais para reaver seu investimento”.Para saber se o seu sonho se encaixa com a realidade do negócio que você escolheu, o segredo é ter um plano de negócios bem feito, indica Braga.

10 – Fórmula mágica da franquia

É comum a pessoa ter o sonho de empreender e decidir comprar uma franquia. Porém, muitas vezes, o empreendedor acha que, ao optar por uma marca que já existe, seus problemas acabaram e o sucesso está garantido. Obviamente, não é bem assim. As franquias não são fórmulas mágicas de sucesso.“É sempre importante o franqueado rever o contrato apresentado pelo franqueador, tanto do ponto de vista jurídico quanto financeiro. Não dá para achar que a franquia é garantia de sucesso”, alerta o professor do Ibmec.Fonte: Exame

O que separa um empreendedor inteligente de todos os outros

Autor de “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” dá dicas para pessoas que querem empreender - mas não sabem nada de finanças.

São Paulo – Qual é a parte mais complicada dentro de um negócio, para a maioria dos empreendedores brasileiros? Não é preciso pensar muito para descobrir que são as finanças: afinal, uma das grandes causas de mortalidade das empresas brasileiras jovens é não acompanhar rigorosamente as despesas e receitas do negócio.Diferente da área de finanças pessoais, não há muitos materiais simples para entender como elaborar um bom orçamento empresarial. Por isso, o consultor financeiro Gustavo Cerbasi resolveu lançar uma nova obra, voltada a quem administra seu próprio negócio: “Empreendedores inteligentes enriquecem mais” (Editora Sextante).Cerbasi é mais conhecido por ser o autor do best-seller de orçamento familiar “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, que inspirou o filme “Até que a Sorte nos Separe” (ambos de 2012). Em entrevista a EXAME.com, ele falou mais sobre o que é ser um “empreendedor inteligente” – e quais são os erros mais comuns de quem abre um negócio sem saber de números.“As finanças costumam ser uma parte complicada para os empreendedores. Você pode ter um negócio de sucesso do ponto de vista não-financeiro e, mesmo assim, acabar fechando as portas”, alerta o consultor.“Isso vale até para a empresa mais básica: mesmo um camelô precisa saber se aquilo que vende trará resultado.”Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:EXAME.com – O que significa ser um “empreendedor inteligente”, pensando no título do seu livro?Gustavo Cerbasi – O bom empreendedor une dois tipos de conhecimento: ele entende tanto do negócio (ter experiência no mercado, saber quais produtos ou serviços são bons e ruins) quanto de negócios (aprimorar técnicas de finanças, de marketing e de negociação).Imagine que eu tenha desenvolvido um produto – uma torta, por exemplo. Eu posso ter a melhor torta do mundo, mas, se eu não souber comercializar, formar um preço adequado e posicionar-me quanto à marca, essa melhor torta do mundo só será consumida na minha família e eu não vou obter nenhum resultado financeiro com isso.
É a combinação entre entender do negócio e de negócios que cria o empreendedor inteligente.Gustavo Cerbasi
Por isso, é fundamental entender minhas fraquezas: se eu venho do setor de alimentação e não sei administrar um negócio, precisarei me associar a alguém especializado em gestão ou então estudar muito sobre o tema.Por outro lado, se eu sou uma pessoa da administração e quero montar um restaurante, ou me associo a quem entende muito de alimentação ou me envolvo muito com esse mercado, para aprender aquilo que pessoas com experiência na área já dominam. É a combinação entre entender do negócio e de negócios que cria o empreendedor inteligente.EXAME.com – Por que você decidiu focar mais no aspecto financeiro dos pequenos e médios negócios no seu livro?Gustavo Cerbasi – As finanças costumam ser uma parte complicada para os empreendedores. Você pode ter um negócio de sucesso do ponto de vista não-financeiro e, mesmo assim, acabar fechando as portas.Isso porque sua empresa pode agradar consumidores e desagradar concorrentes, pode estar vendendo, pode ter reconhecimento público e, ao mesmo tempo, pode não ver o lucro aparecer por conta de cálculos financeiros inadequados.A proposta do livro é justamente fazer o novo empreendedor ou o microempresário com mais experiência entender por que o lucro não aparece no seu negócio, mostrando caminhos de organização para obter os resultados que o empreendedor espera e, assim, expandir-se.
Ter inteligência financeira empresarial é justamente isso: saber investir no que é essencial ao seu negócio.Gustavo Cerbasi
O objetivo que eu tenho com o livro não é transformar o leitor em um auditor, em um contador ou em um profissional de finanças; e sim que ele continue a tocar seu negócio sem gastar mais de quatro ou cinco horas por mês no controle dos números.O empreendedor deve direcionar seu tempo para controlar a qualidade do seu produto ou serviço; para conversar com seu cliente; e para negociar com seu fornecedor. Ter inteligência financeira empresarial é justamente isso: saber investir no que é essencial ao seu negócio.EXAME.com – Quais são os erros financeiros mais cometidos por quem tem um negócio, e que acabam fazendo com que ele tenha de fechar as portas?Gustavo Cerbasi – Tipicamente, os erros financeiros já nascem com a empresa, e não no meio do caminho. Essas falhas costumam aparecer logo no planejamento do negócio, por conta de uma falta de clareza sobre os meses que virão – e, claro, a falta de um orçamento correspondente. Isso vale até para a empresa mais básica: mesmo um camelô precisa saber se aquilo que vende trará resultado.Outra falha tem a ver com o superdimensionamento. Por exemplo, imagine que eu tenha uma empresa e queira comprar um carro mais econômico, um ar condicionado eficiente e um smartphone melhor. Muitas vezes, estou pagando por uma estrutura que pode até fazer sentido em termos de benefícios marginais, mas que irá pesar quando faltar capital de giro na empresa. Eu terei de pegar um empréstimo e isso irá corroer qualquer vantagem que eu tive ao comprar um produto mais eficiente.Em resumo, o superdimensionamento é você pagar mais caro visando um lucro que nunca irá aparecer, porque você irá cair em problemas financeiros. Principalmente no começo da empresa, é preciso dar fôlego financeiro e começar com equipamentos mais simples para ter bens de capital super eficientes só em um segundo momento.O terceiro problema é a dificuldade que o empreendedor brasileiro tem em diferenciar empréstimo e financiamento. Como dissemos, quando ele tem dinheiro, compra equipamentos para sua empresa e faz reformas. Aí, no fim do mês, recorre a um empréstimo para pagar contas de energia, funcionários e impostos, por exemplo. Esse empréstimo que ele toma tem taxas muito maiores do que teria um financiamento dos equipamentos e das reformas, claro.
(…) o consumidor brasileiro costuma estar sempre afogado em cheque especial e faturas de cartões de crédito. Esse comportamento se espalha para a empresa.Gustavo Cerbasi
Lembre-se: a hora de negociar com o banco é a hora em que você menos precisa do dinheiro. Quando sua empresa tiver bons números, chegue ao banco e diga ao gerente “agora eu não preciso do seu crédito, a não ser que você ofereça condições melhores”. Assim, é possível obter uma linha de crédito a juros mais baixos para financiar seus bens empresariais. Você é o lado forte da negociação; já quando o dinheiro falta, a solução acaba sendo muitas vezes pegar a primeira oferta de crédito que tiver pela frente.Saber negociar a condição de crédito ainda está muito longe da realidade brasileira. É algo que vem da pessoa física: o consumidor brasileiro costuma estar sempre afogado em cheque especial e faturas de cartões de crédito. Esse comportamento se espalha para a empresa.Esses três erros, mesmo que não mostrem sua gravidade no início da empresa, ficam mais aparentes com o crescimento do negócio e o esgotamento do caixa. Podem, inclusive, inviabilizar o negócio e fazer a empresa fechar as portas precocemente.EXAME.com – Qual é a grande lição que futuros empreendedores e pessoas que já empreendem devem aprender para realmente enriquecer, então?Gustavo Cerbasi – Na verdade, a pessoa que já pensa em riqueza ao criar uma empresa tem que diminuir um pouco sua pressa: quem tem menos ansiedade irá alcançar resultados de forma mais rápida, mesmo que não pareça.
Não importa se o negócio é pouco ou muito rentável: se você depender muito dos lucros dele no começo, você o matará aos poucos.Gustavo Cerbasi
Se você monta um negócio e ele dá resultados, a última atitude que você deve tomar é embolsar o lucro para aumentar seu padrão de vida. Isso porque sua empresa será logo percebida por um concorrente como algo rentável, e este irá abrir algo igual ou próximo. Quando esse concorrente reinvestir os lucros em posicionamento de marca, tecnologia, treinamento de funcionários, logo atrairá mais consumidores, crescerá e irá fazer seu empreendimento deixar de existir – já que você não pensou em expansão.Não importa se o negócio é pouco ou muito rentável: se você depender muito dos lucros dele no começo, você o matará aos poucos. É fundamental trabalhar para desenvolver seu empreendimento. Quando a concorrência chegar, verá quão distante ela está de você e irá desistir da disputa.Por isso que se diz que qualquer negócio novo não deve suscitar expectativas de ganho no curto prazo: é preciso reinvestir os lucros para que o empreendimento ganhe musculatura e distância de competidores. Conseguir sustentar o sacrifício por alguns meses é necessário para alcançar o sucesso do seu negócio.Fonte: Exame

Dois em cada três jovens brasileiros planejam empreender nos próximos anos

O estudo apontou que, no Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países

jovennnnns
Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) traçou o perfil de jovens empreendedores em nove cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo Jovens Empresários Empreendedores apontou que se tornar empreendedor nos próximos anos está nos planos de dois em cada três jovens brasileiros. As principais motivações são realização de um sonho (76,4%), qualidade de vida (75,6%), altos ganhos financeiros (70%), mercado promissor (66,1%) e não ter chefe (64,5%).
Para o estudo, foram realizadas 5.681 entrevistas com homens e mulheres na faixa etária dos 25 a 35 anos, das classes A B e C, com ensino superior completo ou em andamento. Metade dos consultados já era empreendedor.O estudo apontou que, no Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países. No Brasil, esse índice alcança 68,3%, contra média de 49% das demais sete cidades pesquisadas, que incluem Nova York (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Berlim (Alemanha), Madri (Espanha), Xangai (China), Bombaim (Índia) e Moscou (Rússia). Em Nova York e Londres, por exemplo, a preocupação com o cenário ético é bem menor que no Brasil, atingindo 22%, apontou o gerente de Pesquisa e Estatística da Firjan, Cesar Kayat Bedran.“É uma questão que chama atenção. A gente categorizou esses jovens empreendedores brasileiros como uma geração híbrida. Isso porque eles têm a criatividade do empreendedor e a inquietude do jovem, mas carregam um senso de responsabilidade de gerações anteriores, de pais e avós. Ou seja, eles têm uma preocupação mais considerável com questões socioambientais do que em outros países que, em alguns casos, são mais individualistas, mais preocupados em ganhar dinheiro, sem se preocupar muito até com o material que usam na confecção do seu produto”, explicou.Os resultados  que se aproximam mais do Brasil são os de Moscou e Madri, disse Cesar Bedran. “Nenhum deles é igual ao do Brasil. Mas se eu for olhar uma questão de proximidade, eu tenho a Rússia e a Espanha, com maior correlação”. Questões como ética, apego à família, otimismo, organização para montagem do negócio, gosto pela liderança, objetividade no negócio são algumas delas. Já na área socioambiental, os russos não se preocupam como os brasileiros: são mais individualistas e querem ser os primeiros sempre.Empreender por escolhaO jovem empresário empreendedor brasileiro usa muito tecnologia para fazer networking, ou construir uma rede relacionamentos (57,2%). Esse percentual só é maior em Xangai (69,1%). Em contrapartida, Londres e Nova York têm jovens com perfis mais inovadores e que se arriscam muito em novos negócios. No Brasil, 82% já passaram por um primeiro emprego formal antes de empreender e estão montando seu primeiro negócio. “Não é uma opção para desempregados. Eles escolhem empreender”, destacou o gerente da Firjan.O dado contrasta com outras cidades, como Bombaim, onde a maior parte dos jovens apenas estudava (67%) antes de abrir o próprio negócio. A jornada dupla, isto é, o empreendedor que tem também uma ocupação formal, está presente nas cidades do Brasil e também em Nova York e Berlim. Em Londres, ocorre o contrário: há mais empreendedores sem emprego formal.Em relação à lucratividade do negócio, 40% dos jovens empreendedores no Brasil têm pouco ou nenhum lucro. Já em Berlim, por exemplo, mais da metade dos negócios já dão lucro (55%). Outro dado relevante diz respeito ao endividamento. No Brasil, o jovem empreendedor não contrai empréstimos para abrir o próprio negócio. Somente 18% recorrem a financiamento; 60% afirmaram já ter o dinheiro para investir; e 29% captaram os recursos com amigos ou familiares. Juros altos e burocracia foram os motivos alegados para não se endividar. Além disso, os brasileiros são os que mais citam o cenário econômico e político como um limitador da atividade (67,3%).DesafiosNo Brasil, 81% afirmaram ter montado seu próprio negócio. A situação é similar no resto do mundo, variando entre 72%, em Madri, e 88%, em Londres. A maior parte dos jovens (85%) está no seu primeiro empreendimento e 15% já tiveram uma empresa anteriormente. A maioria dos jovens brasileiros abriu o negócio por motivação própria (44%) ou foi estimulada pela família (35%).Entre os jovens brasileiros não empreendedores, a estabilidade e segurança financeira foram apontadas como principais razões para não abrir o negócio (73,3%) e 69,3% citam a busca por qualidade de vida para não empreender. Curiosamente, disse Bedran, esses são os motivos alegados pelos jovens empreendedores como estimulantes para os novos empreendimentos.Fonte: Empreendedor

Negócio fatura alto e ajuda o ambiente cuidando de lixo tóxico

Químico virou empreendedor com negócio que cuida de resíduos perigosos para empresas. Ele já fatura 650 mil reais e tem margem de lucro de até 70%

Quando funcionário de uma companhia de grande porte especializada em  resíduos perigosos, o químico e gestor ambiental Flávio Bragante era sempre consultado por pequenas empresas interessadas no serviço para o descarte correto de seus rejeitos, devido ao risco da fiscalização. Mas nada podia ser feito, porque o mercado só recebia esses materiais para destinação final em quantidades bem maiores.Até que um dia o químico se viu inspirado a imaginar uma solução capaz de virar negócio e começou a desenhar um caminho. Os anos se passaram e, já trabalhando em uma fábrica de cimento adquirindo resíduos para combustão nos fornos, voltou a ser questionado sobre o assunto. “Foi quando decidi arrendar o galpão de um cliente e me desligar da cimenteira, iniciando uma nova atividade para oferecer alternativa ao lixo tóxico de indústrias menores, diante do grande potencial do segmento”, conta Bragante.Formatada para micros, pequenas e médias empresas, a solução permite um fim mais nobre e ambientalmente correto para materiais poluentes que muitas vezes vinham sendo descartados sem critérios em terrenos baldios, porque não havia quem os recebesse. Em 2010, o negócio finalmente começou a operar, após investimento inicial de R$ 100 mil na compra de equipamentos e nas licenças ambientais, que demoraram três anos para serem expedidas.
Com galpão localizado em São Roque e escritório administrativo em São Bernardo do Campo, ambos na Região Metropolitana de São Paulo, a Faex tem como base um processo que abrange desde o recebimento de resíduos perigosos e sua segregação e armazenamento até o envio para o destino final, principalmente blendeiras que abastecem fornos de cimenteiras. O galpão recebe óleos contaminados, lodos industriais, pós, solventes, lâmpadas fluorescentes e outros produtos tóxicos, com destaque para os líquidos – um diferencial da empresa. Atualmente, são recebidos por mês 40 tambores de 200 litros, vindos de 50 indústrias de menor porte.A capacidade de processamento, no entanto, é dez vezes maior. Apesar do menor ritmo no último ano em consequência da queda da atividade econômica do País, o segmento apresenta expressivo potencial, devido ao impulso da lei que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a obrigação do registro no Cadastro Técnico Federal (CTF), em que o lixo das empresas e sua destinação são especificados. “A tendência é de crescimento do emprego de soluções à medida que a adesão ao cadastro aumenta”, analisa Bragante. Para ele, a maior responsabilidade ambiental e social das corporações, que disseminam regras em suas cadeias produtivas, ajuda a mobilizar pequenos fornecedores e prestadores de serviço para o tema.Além disso, a chegada de uma pequena empresa especializada na gestão de resíduos perigosos é bem-vinda para os gigantes do setor, que “precisam da gente para receber e encaminhar os resíduos, disseminando o tratamento final adequado, que é o principal serviço prestado por eles, na ponta do processo”.O negócio é atraente, com margem de lucro de 50%, podendo chegar a 70%, segundo o empreendedor, animado com a resposta do mercado à estratégia centrada nas empresas de menor porte. Entre 2010 e 2016, a Faex registrou crescimento anual médio de 20% a 30%, com faturamento de R$ 650 mil em 2015.Para melhorar a logística e ampliar a escala, o plano é instalar mais bases no ABC e outras regiões no interior paulista, além da compra de frota própria de caminhões, com investimento de R$ 2 milhões. O modelo de franquia poderá ser o caminho para atingir o restante do País, em polos econômicos de alta demanda, também pressionados pela fiscalização. Mas qualquer expansão, de acordo com Bragante, deverá priorizar a qualificação profissional, porque “a credibilidade é o principal segredo do negócio com resíduos perigosos”.FICHA: FAEX SOLUÇÕES AMBIENTAISMicroempresa Setor: Resíduos Faturamento em 2015: R$ 626 mil Funcionários: 3 Fundação: 2011Principais clientes: Fábrica de Artefatos de Latex Blowtex, Aquapolo Ambiental, Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Wika do Brasil, Anchieta Serviços Educacionais, Ata Indústria e Comércio de Tensoativos.O que faz: Coleta e destinação correta de resíduos sólidos perigosos industriais, voltadas para o atendimento de pequenos volumes. O material é recebido no centro de estocagem e posteriormente enviado para o descarte final.Inovação para a sustentabilidade: Viabiliza a gestão desses resíduos para micros, pequenas e médias empresas industriais e prestadoras de serviço que têm dificuldades em destinar corretamente tais materiais, que geralmente são coletados somente a partir de uma quantidade mínima de 5 toneladas. A empresa atende também grandes corporações que geram um determinado resíduo em pequenas quantidades.Potencial: A empresa atua em nicho com alta demanda e uma escassez de empresas preparadas para o seu atendimento. Para ganhar escala, o negócio prevê a contratação de pessoal qualificado e novas sedes na Região Metropolitana de São Paulo e no interior paulista, além de maior esforço de divulgação junto aos diferentes setores produtivos.Destaques da gestão: Possui sistema de gestão de desempenho baseado em indicadores relacionados a objetivos e metas corporativas, incluindo temas socioambientais em seu planejamento estratégico. O centro de estocagem da empresa segue todas as normas legais. O consumo de energia elétrica é menor com o uso de telhas translúcidas que permitem realizar o trabalho em até 90% do período diurno apenas com luz natural. Possui, também, um sistema de captação de água pluvial.Texto publicado originalmente no Página22, no Guia de Inovação para a Sustentabilidade em MPE 2016.Fonte: EXAME

As 17 promessas de 2017 para ser um empreendedor melhor

Quer empreender neste ano? Então, veja o que outros empreendedores estão fazendo para seus negócios decolarem:
São Paulo – Toda virada de ano é um momento cheio de promessas. No mundo do empreendedorismo não é diferente: tanto quem quer abrir uma empresa quanto quem já possui um negócio já colocou no papel algumas metas para ter mais sucesso em 2017.Mas será que você está se esquecendo de algum objetivo importante? Ou será que suas metas atuais são as mais adequadas?Para responder tais dúvidas, EXAME.com falou com diversos empreendedores e perguntou quais são as suas principais promessas para cumprir em 2017: desde objetivos exclusivamente empresariais até atitudes para melhorar a qualidade de vida.Quer ter mais inspiração para suas metas de 2017, baseando-se em quem já conhece do riscado? Confira, a seguir, 17 promessas para seu um empreendedor melhor:

1. Focar no que você faz de melhor

2 — Pratique mais a análise e menos o impulso

(demaerre/Thinkstock)

Um momento de virada para toda empresa é definir o seu foco de atuação: muitos negócios querem realizar diversos serviços, o que pode comprometer e qualidade geral do atendimento. Nesse caso, a empresa precisa manter o foco se quiser sobreviver.“Uma de minhas promessas é abraçar menos o mundo para abraçar aquilo que realmente importa”, conta Rodrigo Azevedo, fundador do Grupo Comunique-se. “Queremos focar naquilo em que realmente somos bons, e desacelerar com coisas que não são nosso forte, ainda que sejam lucrativas.”

2. Aprender a organizar seu tempo e suas tarefas

Produtividade; trabalho; tarefas; multitarefas; profissional multitarefa

(SIphotography/Thinkstock)

Para cumprir as promessas feitas para este ano, é preciso antes cumprir uma grande tarefa, que também pode virar promessa: organizar o tempo da melhor maneira possível. Assim, o dono de negócio não fica perdido em tarefas operacionais e pode dedicar-se mais ao pensamento estratégico sobre o empreendimento.Essa é a meta de Vitor de Araújo, diretor de marketing da empresa de arquivamento de notas fiscais Arquivei. “Conforme a empresa vai crescendo, vamos tendo de lidar com novos desafios, que também são cada vez maiores. Conseguir organizar o tempo para enfrentá-los e simultaneamente continuar me desenvolvendo profissionalmente é essencial”, afirma.Vera Kopp, fundadora do marketplace de empregos inCast, tem uma meta específica dentro da organização do tempo: organizar seus documentos.“Com a correria do dia a dia, as pastas no computador vão se desorganizando e os papéis, acumulando. Uma meta profissional para 2017 é ser mais organizada, pois, com menos coisas dentro da cabeça, você se sente mais leve para pensar e lidar com coisas novas.”

3. Ouvir mais o que seu cliente tem a dizer

Pessoas conversam em loja (vendas, comércio)

(Thinkstock)

Prestar mais atenção no que seu próprio consumidor diz é essencial para que sua empresa cresça – especialmente se você ainda está formatando seu produto ou serviço. Essa é a promessa que Eduardo Abramovici, cofundador da startup do setor de saúde Mundo dos Exames, fez para este ano.“Em 2017, pretendo ouvir ainda mais os usuários para adaptar o produto com agilidade e atender ao máximo as necessidades das pessoas. O plano de desenvolvimento de um produto nem sempre se mostra idêntico à realidade, quando o colocamos em contato com o mundo real. O empreendedor precisa ser flexível e estar sempre aberto às respostas do público, para aperfeiçoar seu produto de maneira rápida”, defende.“Gerando experiências valorosas, com ações que realmente melhorem os dias das pessoas, conseguimos trazer emoção”, completa Wilton Bezerra, da rede de cafeterias Cheirin Bão. “É essencial que nos dediquemos a conhecer o que realmente importa para eles, e assim somos capazes de criar ações e promover atitudes que façam com que todos se sintam especiais e tratados de maneira única.”

4. Conversar com seus empregados (de verdade)

Como ter sempre funcionários motivados no seu negócio

(Thinkstock)

Além de falar mais com seus clientes, retomar as relações mais próximas com seus próprios empregados é a meta de alguns empreendedores consultados por EXAME.com para este ano. Diante de tantos meios de comunicação disponíveis, a velha conversa olho no olho pode se tornar um diferencial para quem trabalha na sua empresa.“Em 2017, tenho como meta conversar mais pessoalmente com meus funcionários”, diz Stella Kochen Susskind, presidente e fundadora da Shopper Experience, empresa que faz pesquisas de avaliação do atendimento ao consumidor. “Na era digital, sentar para conversar, olhar no olho e sentir o que o cliente e as pessoas que trabalham ao seu redor sentem é uma raridade. É essencial lembrar que por trás de um ‘funcionário’ há um indivíduo.”Essa também é a promessa de Wagner Oliveira, da empresa de tecnologia em gestão de RH Woli. “Na correria do dia a dia, acabamos automatizando tudo, inclusive nossa comunicação com quem está ao nosso lado todos os dias. Eu mesmo acabo enviando um e-mail no lugar de comunicar verbalmente a quem está na mesma sala. Este é um dos exemplos que pretendo não repetir em 2017.”Por fim, Rafaella Giraldi, fundadora da rede de cursos profissionalizantes MacPoli, tem como meta elogiar mais seus funcionários. “Às vezes, na correria do dia a dia, ficamos muito focadas em cobrar metas e resultados. O elogio é importantíssimo para o desempenho do time.”

5. Investir mais na capacitação sua equipe

mulher em computador estudando

(Thinkstock)

Investir mais no desenvolvimento dos funcionários é algo essencial para o sucesso de uma empresa. Ainda mais durante anos difíceis, nos quais a competição é mais acirrada e é preciso mostrar diferenciais aos consumidores.Por isso, esse é um dos planos de Alfredo Soares, CEO e fundador da plataforma de lojas virtuais Xtech Commerce. “Vamos formar uma equipe de mentores e conselheiros mais experientes para trocar ideias e dicas. Outra ação importante é realizar o intercâmbio de funcionários da Xtech e de outras empresas, para que também haja a troca de experiências e conhecimentos. Por fim, investiremos em cursos online”, afirma.Fábio Nadruz, da franquia Mercadão dos Óculos, irá incentivar seus funcionários por meio da leitura. “Nosso objetivo é promover mudanças de hábito na equipe, incentivando a leitura de livros específicos em vendas, administração do tempo e relacionamento interpessoal. Essa meta é importante para incentivar os sonhos individuais dos colaboradores e gestores.”A capacitação da equipe também inclui dar coaching e feedbacks práticos aos funcionários, ressalta Maximiliano Bavaresco, CEO da SONNE Consultoria. “Isso é muito importante para desenvolver o máximo potencial de cada um. Assim, posso elevar ainda mais os níveis excelência no negócio.”

6. Desafiar seus funcionários a inovarem

executivo de cabelo azul pensando dúvida

(Thinkstock)

Além de se desenvolver, outra boa meta para ter sucesso empreendendo em 2017 é lançar desafios para que seus funcionários cresçam – e, assim, também tragam melhores resultados ao seu negócio.“Quero melhorar a integração com minha equipe, dando mais oportunidades e autonomia para meus funcionários e gerentes. Assim, eles podem aprender, crescer e até terem sua própria unidade franqueada”, afirma Mill Dellatore, sócio do Khea Thai, rede de franquias especializada em culinária tailandesa. “É muito importante mostrar para nossa equipe que eles podem ser donos de um restaurante. Assim, criamos novos empreendedores, transmitindo a paixão da culinária tailandesa.”Fazer a equipe pensar diferente também é a meta de Fernando Saddi, fundador do marketplace Easy Carros. “Em 2017, vamos focar em criar um ambiente onde aprendemos muito, tanto entre nós quanto trazendo as pessoas que são referência no mercado. Iremos dar desafios gigantes para as pessoas inteligentes do time usarem o aprendizado adquirido. Pessoas ambiciosas gostam de desafios e atraem mais pessoas ambiciosas.”

7. Aprender a dividir suas responsabilidades e delegar

Pessoas unem as mãos: trabalho em equipe, sucesso, colaboração

(Thinkstock)

Bernard de Luna, da plataforma de contratação Bunee, prometeu que, em 2017, aprenderia a confiar e delegar – um desafio que muitos empreendedores enfrentam quando sua empresa começa a tomar corpo.“Muitos empreendedores acreditam que o maior risco está em abrir um negócio. Mas eu acredito que o maior risco está em crescer e em conseguir diminuir os chapéus de fundador – e, para isso, encontrar, treinar e confiar nos talentos contratados para efetuarem essas missões ainda melhor do que você”, diz de Luna.Está também é a promessa de Miguel Andorffy, fundador da plataforma de ensino Me Salva!. “É preciso delegar mais. Para fazer acontecer, é preciso selecionar só gente boa, que sonha grande que e está comprometida com o propósito da empresa.”

8. Visitar seus franqueados com mais frequência

networking

(Kenishirotie/Thinkstock)

Se o seu empreendimento é uma rede franqueadora, uma boa meta para 2017 é ficar mais de olho em quem investiu na sua ideia: os franqueados.Adotar tal hábito é importante principalmente em tempos de recessão, que pedem maior planejamento estratégico. “Em 2016, nós visitamos praticamente todas as unidades franqueadas, para orientar os nossos parceiros em relação ao negócio. Por conta disso, a empresa atingiu um faturamento de quase R$40 milhões em plena crise”, afirma Marcos Mendes, CEO da franquia de lavagem automotiva AcquaZero. “A ideia para 2017 é intensificar esse suporte aos franqueados.A crise econômica também fez Guilherme Carvalho, presidente da rede de alimentação QG Jeitinho Caseiro, repensar a relação com os franqueados.“Passamos por um período de reestruturação dentro do QG, por conta da crise, e isso acabou me afastando um pouco dos franqueados”, diz Carvalho. “Quero focar no relacionamento com os franqueados no próximo ano – a minha meta é visitar seis lojas por mês. Acreditamos que, por meio de um relacionamento pautado pela transparência e confiabilidade, os franqueados vão tornar-se parceiros muito mais engajados. Isso gera negócios, o que é bom para os dois lados.”

9. Fazer mais networking

pessoas-conversando

(Rawpixel Ltd/Thinkstock)

Fazer networking é fundamental para todo empreendedor: por meio de uma formação de uma rede de contatos mais ampla não apenas amplia seus conhecimentos, mas pode gerar mais negociações.Por isso, Alessadro Fontes, co-fundador da plataforma de descontos Reduza, colocou como meta do ano se conectar mais outros empreendedores e trocar aprendizados, experiências e oportunidades de negócios. “Como estamos fora do eixo Rio-São Paulo o networking fica um pouco mais difícil, e sabemos da importância do relacionamento. Além de poder ajudar outros empreendedores, também poderemos aprender muito.”

10. Ser um leitor mais assíduo

Livros

(Vimvertigo/Thinkstock)

Não é mistério que ler faz você ser um empreendedor melhor: é possível não só aprender conceitos técnicos, mas também receber lições inspiradoras. Por isso, ler mais entrou como promessa de 2017 de muitos empreendedores.Um exemplo é Tallis Gomes, ex-Easy Taxi e fundador do aplicativo de beleza Singu. “Em 2017 eu pretendo colocar em prática dois aspectos que ajudarão a me desenvolver: ler dois livros por mês e fazer cursos em Harvard e Stanford”, enumera.Essa também é a meta de Cristiano Soares, CEO da Vaniday. “Sempre li de um a dois livros por mês, mas no último ano não consegui manter essa média. Quero me dedicar mais, porque acredito que a leitura ajuda a enxergar outros horizontes, desenvolver novos pontos de vista e aprimorar conhecimentos técnicos em determinados assuntos. Todas essas são habilidades essenciais para o que faço.”

11. Ou, então, escrever seu próprio livro

homem de terno e gravata escrevendo e o sol ao fundo

(Choreograph/Thinkstock)

Se você já é um empreendedor mais experiente, escrever um livro pode ser uma boa pedida: com isso, você compartilha seus conhecimentos e pode trocar experiências com seus leitores.Essa é a meta de Jeane Moura, fundadora do negócio de alimentação saudável DNA Natural. “Minha ideia é que a publicação conte a minha trajetória empreendedora e ajude outras mulheres que desejam empreender também. Acho importante cumprir essa promessa porque eu sei quais foram as dificuldades que tive no começo da minha empresa”, conta.Mesmo que você não escreva um livro, pode ter como meta compartilhar seu conhecimento por outras maneiras. É o que fará Thiago Régis, diretor de novos negócios da Pílula Criativa, agência de marketing digital: ele publicará textos soltos na internet sobre o que estudou.“Minha promessa é concentrar os aprendizados de 2016 e transformá-los em conteúdos inovadores para meus funcionários e para novos empreendedores que estejam iniciando sua caminhada. Compartilhar conhecimento é fundamental para termos melhores profissionais em nosso país, para entregarmos os melhores produtos e serviços e gerarmos qualidade no que fazemos.”

12. Entrar para um curso de teatro

Ator em teatro (estrela, celebridade, sucesso)

(Thinkstock)

Fazer teatro traz vários benefícios. Por isso, o empreendedor Tomaz Chaves, da plataforma de resolução de problemas jurídicos Dubbio, resolveu colocar como meta para 2017 se formar em um curso de teatro.“Ele é uma importante ferramenta de desenvolvimento pessoal: ajuda a falar em público e a conversar com a minha equipe e com investidores”, conta. “O teatro também promove um intenso processo de autoconhecimento, uma vez que trabalha com toda a complexidade do que é ser humano.”

13. Fazer mais exercícios físicos

Mulher correndo

(Thinkstock)

Rafael Arb, fundador do VocêQpad, aplicativo para pedir e pagar refeições, tem como meta para 2017 correr uma maratona de 21 quilômetros.“Conseguir dar atenção para a saúde e para o esporte ajuda a limpar a mente e o corpo, contribuindo significativamente na melhora de performance e na chance de se ter novas ideias ou soluções para seus negócios”, diz o empreendedor.“Para não impedirmos que as inúmeras tarefas que temos que executar no dia a dia não permitam a prática regular da corrida, é preciso colocar um desafio grande, como completar uma meia maratona. Isso não nos dá opção: se é para terminar, temos que treinar muito.”A meta foi sugerida para toda a empresa, como uma confraternização de fim de 2017. Muitos funcionários já colocaram o projeto em suas resoluções, conta Arb.Rodrigo Batista, CEO da plataforma MercadoBitcoin, também quer pegar mais pesado nos exercícios: ele pretende voltar a nadar e fazer corridas curtas.“Por conta do ritmo de trabalho nos últimos anos, abdiquei de atividades físicas e minha saúde ficou em segundo plano. Agora, até o desempenho profissional ficou comprometido por conta de dores causadas pela postura incorreta e pela falta de exercícios físicos.”

14. Praticar meditação

Meditação

(Getty Images)

Já falamos por aqui sobre como meditar ajuda a ter sucesso nos negócios. Pierre Matos, dono da marca de roupas para yoga Calça Thai, concorda com os benefícios dessa prática.“Alguns benefícios são especialmente interessantes para empreendedores, como aprender a reagir com calma em períodos de estresse, focar melhor nas atividades e controlar melhor sua relação emocional com o negócio. No meu caso, tenho a sorte de passar boa parte do ano na Tailândia, o que deve facilitar o cumprimento da promessa!”

15. Pensar mais sobre capitalismo consciente no seu negócio

globo terrestre

(BrianAJackson/Thinkstock)

“Capitalismo consciente” é uma expressão que tomou conta de muitos negócios nos últimos tempos: a ideia é criar uma empresa não apenas para gerar dinheiro, mas também para cumprir uma missão maior.Barbara Mattivy, dona da marca de calçados ecológicos e veganos Insecta Shoes, tem como meta para 2017 estudar ainda mais sobre esse conceito.“Assim, posso enxergar como minha empresa pode fazer a sua parte na tentativa de ajudar não só em problemas ambientais, mas em sociais também”, conta. “Acredito que os negócios que sejam um híbrido entre o segundo e o terceiro setor são os que têm mais poder de transformação o mundo em um lugar mais colaborativo, empático e justo.”

16. Fazer uma viagem

Passaporte, aviões, dinheiro e a bandeira dos Estados Unidos (viagem, imigração)

(Thinkstock)

Sair da rotina é essencial para quem vive da criação de inovações, como os empreendedores. Por isso, ir para um lugar nunca antes visitado pode ser uma boa promessa para 2017.Ivan Zafalon, da rede de locação de equipamentos para construção civil Gênio da Locação, colocou como objetivo do ano viajar o máximo possível.“O empreendedor é como um artista: precisa de inspiração para criar. Aquele empreendedor que não delega e fica muito tempo preso dentro do escritório, preso a rotinas chatas, raramente empreende. Falta tempo e inspiração”, afirma Zafalon.“Quando vivenciamos o momento presente nos sentimos mais felizes, damos mais atenção às pessoas que nos cercam, ficamos mais atentos a detalhes, as ideias fluem naturalmente e os momentos de inspiração aparecem com muito mais frequência.”Alexandre Borges, presidente da rede de customização Conserta Express, também quer viajar em 2017. Porém, seu objetivo é conhecer mais sobre seu setor de atuação. “Conhecendo melhor o mercado fora do país, é mais fácil de estruturar a expansão da franqueadora.”

17. Controlar bem suas horas de sono

Mulher dormindo

(Getty Images)

Controlar a qualidade e o tempo de sono é fundamental para manter a produtividade em alta.“É normal encontrar empreendedores que estão trabalhando por toda a madrugada, mesmo com uma reunião pela manhã no outro dia. O problema é que o impacto disso vem em longo prazo, com cansaço mental e problemas de saúde, gerando um desempenho prejudicado”, afirma Rafael Milagre, CEO da imobiliária Benvenuto.Por isso, o empreendedor prometeu controlar mais suas horas de sono neste ano.Fonte: PEGN

7 DICAS PARA QUEM QUER MONTAR UM E-COMMERCE

Setor terá espaço-modelo na Feira do Empreendedor; Sebrae-SP espera receber 15 mil visitantes somente nessa área

E-commerce brasileiro cresceu 8% em 2016 (Foto: Pexels)
O último ano foi bom para o comércio eletrônico brasileiro. Enquanto o varejo em geral amargou retrações, as vendas nas lojas online tiveram crescimento de 8% em 2016, segundo dados da Ebit. Para Diego Smorigo, consultor do Sebrae-SP, 2017 deve ser ainda melhor. “O e-commerce é um mercado sem fronteiras. Cada vez mais, as empresas estão adotando o serviço como uma alternativa de canal de vendas”, afirma. De olho nesta tendência, o Sebrae-SP estreia na Feira do Empreendedor deste ano, que acontece entre os dias 18 e 21 de fevereiro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, um espaço-modelo para o e-commerce. A área será voltada para todos os visitantes que estão pensando em investir neste tipo de negócio.O ambiente funcionará como um “grande notebook aberto”, onde empreendedores que atuam com e-commerce contarão suas histórias por meio de videoconferências, enquanto interagem com os consultores do Sebrae-SP. A proposta é detalhar toda a trajetória empreendedora, desde a concepção da ideia até as principais dificuldades enfrentadas pelo negócio. As apresentações devem durar de 20 a 30 minutos e o espaço tem capacidade para receber 150 visitantes por sessão. São esperadas 15 mil pessoas ao todo, durante os quatro dias de evento.A estimativa é quase quatro vezes maior do que a dos outros espaços-modelo, que esperam receber até 4 mil visitantes ao longo do evento. Para o consultor do Sebrae-SP, a novidade deve atrair mais pessoas porque o e-commerce é o único capaz de alavancar diretamente todos os setores representados na feira. “O comércio eletrônico serve para qualquer tipo de negócio, desde as oficinas mecânicas, que podem agendar serviços, até os salões de beleza, que vendem produtos por meio do seu site”, diz Smorigo.O consultor listou uma série de dicas e recomendações para quem está pensando em investir e se destacar no segmento.1. É preciso convencer o cliente Quem está pensando em investir em um e-commerce precisa entender que o modelo de venda, se comparado ao da loja física, é muito diferente. No ponto tradicional, o processo todo é auxiliado pelo vendedor, que é responsável por influenciar os consumidores no momento de decisão. Já no mundo virtual, o empreendedor não pode contar com essa “força” na hora da venda. Por isso, Smorigo indica: a plataforma deve ser montada para agradar o público-alvo, com layout e linguagem que tenham a ver com essas pessoas. Dessa forma, fica mais fácil conquistar quem compra online – mesmo quem usa as lojas físicas para testar os produtos. “Há quem teste o produto na loja e realize a compra na hora, pelo celular. Se a sua plataforma oferecer uma boa experiência, as chances de você conquistar aquela compra aumentam.”2. Entrega rápida faz diferença Outro fator que pesa contra os comércios eletrônicos é o imediatismo. Para alguns clientes, a conveniência de levar o produto para casa na hora conta mais que os descontos do e-commerce. Por isso, o consultor do Sebrae-SP indica que o site ofereça modelos de entrega rápida. Assim, será mais competitivo em relação às lojas físicas.3. Força na capacitação Escolher o produto, definir o cliente e desenvolver um modelo de negócio. Quem quer abrir um e-commerce precisa ter esses fatores delimitados. Além disso, não basta ter expertise somente na área de marketing, por exemplo. “O empreendedor deve identificar com antecedência as áreas em que mais falha”, diz o consultor. Por isso, ele indica que o empreendedor procure o Sebrae-SP na Feira do Empreendedor. Além do espaço-modelo, os visitantes poderão se reunir com consultores e obter capacitação em outras áreas. “A ideia é dar todo o suporte possível para quem está pensando em abrir um e-commerce”, afirma.4. Não é tão simples quanto parece Existem no mercado plataformas prontas de comércio eletrônico. No entanto, fazer esse tipo de negócio dar certo está longe de ser uma missão simples. “Quem começa um e-commerce sem o planejamento necessário fatalmente vai fechar em pouco tempo”, diz o consultor do Sebrae-SP. Segundo o especialista, empresários que já têm lojas físicas costumam cometer esse erro. “Ele precisa saber que o mundo virtual possui suas próprias nuances. É uma operação completamente diferente, que exige muito estudo e planejamento”, diz.5. Cuidado na transição Se o empreendedor possui um negócio tradicional, ele já deve ter desenvolvido uma operação logística. Talvez tenha também um software de gestão e um bom conhecimento de mercado. Essa estrutura será útil na transição da empresa para o comércio eletrônico. Segundo Smorigo, nessa hora, o empreendedor terá de investir no site, incluindo conteúdo e boas fotos dos produtos. O consultor também faz um alerta: cuidado com a gestão de estoque. Como há duas operações para o empresário gerenciar – a física e a online –, o acompanhamento do inventário fica mais complexo. Se o item acaba no estoque, não pode continuar disponível no e-commerce.6. Procure se destacar Os grandes players são pouco especializados. Muitos têm se transformado em grandes marketplaces, contando com a operação de diversas lojas dentro de um grande agregador. Por isso, a empresa menor ou iniciante pode focar em nichos. Quando o negócio se identifica com um público específico e o fideliza, ganha destaque no mercado. “Há quem possa achar a segmentação um limitador, mas essa estratégia se mostra mais assertiva”, diz Smorigo. Outra dica é investir em marketing digital, como AdWords do Google e Facebook. Essas ações geram engajamento entre os clientes e a sua loja. “É um esforço de mídia que, no meio online, traz muito retorno.”7. É um setor em alta Com o aumento da confiança das pessoas em realizar transações online, o e-commerce vem ganhando cada vez mais força. Para Diego Smorigo, é um mercado sem fronteiras, com muito a crescer no país ainda. “Antes a pessoa tinha receio de colocar os dados do seu cartão de crédito em um e-commerce, por exemplo. Isso está mudando porque as empresas têm passado segurança.” Outro fator que ajuda o comércio eletrônico é o desenvolvimento de plataformas para os smartphones. “Dessa forma, todo mundo pode andar com seu produto no bolso. Teremos um crescimento exponencial nos próximos anos”, afirma o consultor.Fonte: PEGN

QUAL DEVE SER O SALÁRIO DE UM EMPREENDEDOR?

Sem disciplina, as retiradas podem comprometer as finanças da empresa

dinheiro_real_notas_reais_moeda (Foto: Shutterstock)
Misturar contas pessoais com as da empresa é um dos erros mais comuns e graves que os empreendedores cometem. Usar o dinheiro de uma venda para pagar as compras do mês pode consumir as finanças da empresa e deixar o negócio no vermelho. “Brinco que 99,9% dos empreendedores misturam contas pessoas com profissionais. Isso prejudica a empresa que acaba entrando no cheque especial e cartão de crédito sem limites”, diz João Carlos Natal, consultor do Sebrae/SP.Entender que o faturamento é igual o holerite pode levar a empresa à falência. “Acontece muito de colocar um percentual da receita como salário e isso é errado”, afirma Natal.Para Paulo Guilherme Lopes Wyss, professor da BSP – Business School São Paulo, a falta de disciplina na hora de administrar o negócio atrapalha as finanças pessoais também. “Tirar dinheiro da empresa quando precisar é a forma mais comum de pró-labore. Infelizmente, os empreendedores não tem disciplina”, diz Wyss.Para Natal e Wyss, a maneira mais correta de realizar retiradas na empresa é ter um valor de “salário”. A primeira pergunta que o empreendedor deve responder é quanto ele pagaria a um funcionário que executasse as mesmas tarefas dele. “Se ele é diretor comercial, por exemplo, tem que consultar pesquisas de salários e ver quanto ganharia um profissional na mesma área em empresas de porte semelhante. O mais correto é atribuir a si próprio o mesmo valor”, diz Wyss. E se o valor não for suficiente? “Algo que ele precise a mais deve ser pago por dividendo”, afirma o professor.A distribuição dos lucros depende, primeiro, da empresa estar no caminho certo, gerando resultados positivos. Depois, é preciso ter regras bem definidas para que os lucros sejam divididos, como periodicidade, valor de cada sócio e reserva de caixa. Se um sócio não exerce uma atividade operacional na empresa, ele deve receber apenas neste momento.Outra forma comum de calcular o pró-labore é com base na necessidade. “É montar um orçamento doméstico e ver qual a necessidade dele. Normalmente, a empresa pode pagar isso. É o que os empreendedores já retiram”, diz Natal.E se ele quiser um aumento? Existem algumas regras básicas, segundo o consultor. Hoje, as despesas fixas não podem ultrapassar um percentual na formação do preço: 20% para a indústria, 25% para o comércio e 33,3% para serviços.Logo, se o empreendedor quiser aumentar seus rendimentos, precisa fazer entrar mais dinheiro. “Por exemplo, no comércio, para cada R$ 1 de despesa, ele precisa trazer R$ 4 de receita. Por isso, se tem pró-labore de R$ 2000 e gostaria de aumentar para R$ 3000, ele precisa trazer mais R$ 4000 de receita”, afirma Natal.Não tem fórmula mágica: é preciso aumentar as vendas para conseguir aumentar também o valor da retirada sem quebrar a estrutura financeira da empresa.Fonte: PEGN

Conheça o ex-dentista que fatura R$ 37 mi com quadros e molduras

Antônio Viegas era bem sucedido como dentista, mas infeliz. Após querer emoldurar um quadro, teve uma ideia de negócio que mudaria sua vida.

São Paulo – Quando se fala em inovação, muitos pensam em ideias de negócio mirabolantes, que mudam o funcionamento da sociedade. Mas, na verdade, é possível inovar em um negócio por meio de pequenas mudanças: assumindo um atendimento mais personalizado ou otimizando alguma etapa da produção, por exemplo.A Moldura Minuto, por exemplo, atua em um setor bem tradicional – o de quadros. Porém, sua inovação em processos fez com que o negócio caísse no gosto do público. Isso rendeu não só uma rede de franquias com 60 lojas operando, mas também um faturamento de 37 milhões de reais em 2016, pleno ano de crise econômica.Para inovar, não é nem mesmo preciso ser um grande especialista no seu ramo de atuação: Antônio Viegas, fundador da rede e ex-dentista, conseguiu perceber as falhas no processo tradicional justamente porque era apenas um consumidor de molduras.

Primeiros passos

O futuro empreendedor Antônio Viegas já estava infeliz com a carreira de dentista desde a faculdade – mas, como já estava no terceiro ano do curso, decidiu completá-lo.Recém-formado, soube que havia muitas oportunidades de emprego em odontologia em Portugal. Ele e a esposa se mudaram para o país, com a ideia de voltar após cinco anos de acumulação provisória de patrimônio. Porém, uma oportunidade de negócio mudaria esse plano.“Eu queria emoldurar alguns quadros para meu escritório e o processo demorou 15 dias. Fiquei pensando em como era possível demorar tanto, e minha necessidade se transformou em oportunidade de negócio”, conta Viegas.O empreendedor sempre teve o plano de voltar ao Brasil após levantar algum dinheiro e, com essa ideia de negócio, resolveu antecipá-lo. De volta ao país após três anos em Portugal, montou um negócio focado em moldura rápida, com um investimento inicial de 250 mil reais.“Eu nem imaginava como funcionava um negócio do ramo: só vi uma oportunidade de mercado por ter sido um cliente insatisfeito mesmo”, conta Viegas. “Aí fui estudar e criei o processo de moldura rápida”.

Diferenciais e expansão por franquias

A Moldura Minuto surgiu em 1999 como uma pequena molduraria, de 35 m². Seu diferencial estava na rapidez da linha de produção – todos os equipamentos estão ao alcance da mão, por exemplo. Enquanto Viegas cuidava das molduras, sua esposa fazia a venda no balcão.Segundo o empreendedor, até nos dias de hoje, as empresas de moldura não são pensadas e estruturadas como um negócio – são algo mais familiar, que passa de geração para geração, sem muita preocupação com aspectos técnicos de gestão. “Como dentista, aprendi que o estoque de produtos é essencial e que todas as ferramentas precisam estar à mão”, afirma Viegas.A marca promete emoldurar um quadro em até uma hora, mas geralmente o processo demora alguns minutos, diz o empreendedor. Além disso, as lojas possuem entre 250 e 600 referências de molduras (das lojas tradicionais às lojas-conceito).“Temos um software logístico que identifica quando um material está acabando e já realiza o pedido correspondente. Assim, também não perdemos tempo com a gestão do estoque, focando apenas no trabalho de moldura.”
Loja da Moldura Minuto, modelo tradicional

Loja da Moldura Minuto, modelo tradicional

Com esse diferencial de rapidez no processo, a Moldura Minuto cresceu – e, no segundo ano de negócio, já abriu sua primeira unidade franqueada, a partir do pedido de um interessado na loja própria de Viegas.Depois dessa experiência, o empreendedor desenhou um plano de franqueamento. Hoje, a Moldura Minuto é uma rede de 60 lojas.

Novos posicionamentos

Segundo Viegas, a Moldura Minuto conseguiu se destacar nos primeiros dez anos de negócio apenas por sua eficiência em emoldurar, por um preço adequado. Mas, por volta do ano 2009, resolveu focar também no segmento de decoração.“Uma hora, eu sabia que essa rapidez de moldura ou viraria um commodity, algo já tomado como obrigação, ou surgiriam concorrentes. Eu sempre faço um planejamento para os próximos cinco anos, e por isso resolvi alterar o posicionamento já naquela época.”Hoje, o negócio faz composições e montagens de quadros, além da molduraria em si. “É como se um arquiteto fizesse não só projetos de casas padrão, mas também construções ícones do mundo da arquitetura”, explica o empreendedor. “O cliente agora pensa na Moldura Minuto não só pelas molduras, mas também pelos quadros.”
Quadros montados pela Moldura Minuto

Quadros montados pela Moldura Minuto

A receita parece ter funcionado: no acumulado de 2016, a rede Moldura Minuto faturou 37 milhões de reais. Em 2017, o negócio quer crescer esse faturamento em 35%.O plano do próximo ano envolve a superação da recessão econômica, por meio do lançamento de um modelo mais enxuto, chamado “Express”. A primeira loja desse formato será inaugurada em fevereiro de 2017.“É uma loja menor, colocada em shoppings e supermercados, focada na oficina de molduras. Já o modelo tradicional oferece o serviço adicional de composição de quadros”, explica o empreendedor. Em 2017, a Moldura Minuto quer abrir 30 unidades, contando com os dois modelos.Express Investimento inicial: 110 mil reais Prazo de retorno: 18 mesesTradicional Investimento inicial: 250 mil reais Prazo de retorno: 24 mesesFonte: Exame

CANAIS DE VENDA ONLINE