Quando se abre uma empresa, um dos maiores cuidados que se deve tomar é conhecer muito bem todos os impostos que necessitam ser pagos.
Sendo macro ou microempreendedor, as taxas são um dos fatores mais importantes na administração de uma empresa.Devido a esse fato, é importante que todos esses impostos sejam conhecidos e estejam claros na mente do empreendedor.O sistema de obrigações fiscais (pagamento de impostos, taxas e contribuições) brasileiro é conduzido por:
Constituição Federal;
Código Fiscal Brasileiro;
Leis complementares;
Leis ordinárias;
Resoluções do senado e;
Leis estaduais e municipais.
Sistemas tributários: qual escolher?
Simples Nacional
O sistema tributário simples nacional reúne em uma única guia a DAS – Declaração Anual do Simples Nacional -, os tributos federais, estaduais e municipais. Aplica-se a microempresas e empresas de pequeno porte, cujo faturamento anual é no máximo de R$ 3.600.000,00.No sistema simples, existe a probabilidade de uma tributação menor em relação aos outros modelos de arrecadação, além de que, pelo fato de os impostos serem reunidos em uma única guia, a organização da empresa se torna mais fácil.O regime de tributação simplificada é facultativo, com exceção do MEI, destinado ao microempreendedor individual.
• Microempreendedor individual (MEI)
O MEI ajuda as pessoas que trabalham por conta própria a legalizarem suas atividades. O MEI também pode ter um empregado que recebe um salário mínimo ou o piso de sua categoria.A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008 foi criada para dar condições especiais ao trabalhador informal, podendo este legalizar sua empresa e se tornar um MEI.Dentre as vantagens que são oferecidas por essa lei está o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). Este registro facilita a abertura da conta bancária, pedidos de empréstimos e a emissão de notas fiscais.Com o pagamento de impostos, o MEI tem acesso a direitos como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.O MEI se enquadra no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais.
Diferença entre microempresa e pequena empresa:
Micro Empresa: Faturamento de R$ 60 mil a R$ 360 mil por ano.
Pequena Empresa: Faturamento de R$ 360 mil e até R$ 3,6 milhões por ano.
Impostos federais, estaduais e municipais
Impostos Federais
IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas: É recolhido pela Receita Federal e incide sobre a arrecadação das empresas. O IRPJ é calculado baseado no regime tributário da escolha do empreendedor. A apuração e o prazo de recolhimento dos impostos podem ser trimestrais ou mensais.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: Imposto federal sobre produtos industrializados sejam eles nacionais ou estrangeiros.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro: Neste imposto, o pagamento é definido pela opção de tributação. Ele também é administrado e fiscalizado pela Receita Federal e tem o mesmo prazo de recolhimento.
Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social: Reflete sobre o faturamento mensal das empresas, sendo apurado mensalmente; o periodo de recolhimento é até o último dia útil da quinzena do mês seguinte.
PIS/Pasep – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público: Apurada mensalmente sobre o valor do que é faturado mensalmente por empresas privadas, públicas e de economia mista ou da folha de pagamento das entidades sem fins lucrativos.
Imposto Estadual
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações: Pelo fato de o imposto ser estadual, as alíquotas* variam de acordo com o local. São Paulo é o estado cujo ICMS sobre circulação de mercadorias é o mais caro do Brasil, enquanto as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentam os menores índices.
* percentual com que um tributo incide sobre o valor de algo tributado.
Imposto Municipal
ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza: Todo prestador de serviço, empresa ou autônomo é obrigado a recolher este imposto. O valor da alíquota varia conforme a legislação de cada município, e não pode passar de 5% por instituição do Governo Federal. A base do cálculo é o valor do serviço prestado.
INSS – Previdência Social: Todas as empresas com folha de pagamento devem recolher o INSS. A alíquota oscila de 25,8 a 28,8% e é calculada com base na folha salarial.
Fique atento às datas
Empresas em início de atividade: Com menos de 180 dias de atividade e após a obtenção do CNPJ e das inscrições Estadual e Municipal, a empresa tem até 30 dias para optar pelo Simples Nacional, contados desde a última inscrição deferida. *Só é válido se não tiver passado 180 dias corridos de registrado o CNPJ.
Empresas já atuantes: A opção pelo Simples Nacional ocorre no período do mês de janeiro.
Na hora de escolher o que é mais vantajoso para sua empresa, é necessário estudo prévio e conhecimento do momento econômico em que se encontra a empresa, sempre acompanhando os gastos e analisando as opções. Assim, você tem o perfeito controle de tudo o que acontece dentro das finanças da sua empresa e tem mais chance de acertar.Espero que tenha gostado de mais este artigo, continue acompanhando ao nosso blog ou visite o nosso site https://www.simplificado.com.br e fique sempre bem informado das novidades, até a próxima e bom trabalho.
O longa estrelado por Michael Keaton relata a história do nascimento e ascensão do McDonald's
A rede de lanchonetes McDonald's é quase uma entidade. A rede está presente em mais de 120 países e tem quase 37 mil lojas.Porém, nem sempre o McDonald's foi uma enorme rede de franquias. Seu começo foi simples e o filme Fome de Poder, estrelado por Michael Keaton, conta a história da empresa. Passando pela sua origem na cidade de San Bernardino, Califórnia, até alcançar milhares de unidades.
O filme não fala somente sobre a rede. Ele tem em seu roteiro o empreendedorismo como fio condutor. Confira as seis lições que você pode aprender com o filme (CONTÉM SPOILERS).
1. Você precisa ser corajoso
Durante o filme, os irmãos Richard e Maurice McDonald, fundadores do primeiro restaurante da marca, tiveram várias oportunidades para expandir o seu negócio. Eles não tiveram coragem de dar o próximo passo sozinhos. No final, Ray Kroc, que foi o responsável pela enorme expansão da rede, teve a coragem que faltou aos irmãos e acabou comprando a marca deles. Ele chegou a hipotecar a sua casa para poder financiar o seu sonho.2. Se você tem uma ideia inovadora, aproveite-a ao máximo
A primeira coisa que chamou a atenção de Ray Kroc foi o sistema de atendimento chamado Speedee. Ele consistia em um modelo de serviço extremamente rápido, que atualmente é padrão nos restaurantes fast-food, mas em 1948 era uma grande inovação. Os irmãos McDonald limitaram o seu inovador sistema a apenas dois restaurantes. Ray Kroc viu o potencial do sistema e foi capaz de expandir a rede de franquias.3. Se cerque de pessoas capacitadas e peça ajuda
Em seu caminho para chegar a ser dono do McDonald's, Ray Kroc passou por diversos problemas. Ele pediu ajuda para sua esposa, amigos e funcionários para transpor as barreiras que iam aparecendo pelo caminho. Com a ajuda de outras pessoas, Kroc conseguiu estabelecer o modelo de negócio que permitiu que ele ganhasse muito dinheiro.4. Seja persistenteRay Kroc é um exemplo de persistência. Você pode não concordar com todas as atitudes que ele toma no filme, mas é inegável a sua vontade de ter sucesso. Ele já havia tentado empreender com diversas invenções e viu no restaurante dos irmão McDonald a oportunidade de chegar ao topo. Ele insistiu até conseguir ser o dono da marca e se tornou um bilionário.5. Esteja preparado para fazer alguns sacrifícios
Tanto os irmãos McDonald como Ray Kroc precisaram abrir mão de muitas coisas para fazer as franquias comecarem a funcionar. Kroc acabou se divorciando e criando vários inimigos no caminho, além de quase ter perdido a sua casa. Empreender não significa perder todas essas coisas, mas o preço do sucesso pode causar danos na sua vida pessoal e você precisa estar pronto para lidar com isso.6. Idade é apenas um número
Ray Kroc já tinha passado dos 50 anos quando conseguiu construir um império do fast-food. Não fique pensando que você está velho demais para correr atrás dos seus sonhos. Clique aqui e assista o filme completo.
Veja os principais itens necessários para que o empreendedor se prepare financeiramente antes de abrir formalmente sua empresa.
Papelada: entenda o que é preciso para formalizar o seu negócio (Foto/Divulgação)
Certamente todo empreendedor se pergunta quanto realmente terá que investir para formalizar a abertura de sua tão sonhada empresa, principalmente quando ele se dá conta de que sua ideia realmente tem potencial de sucesso e precisa organizar as questões burocráticas antes de buscar clientes.O fato é que a resposta é mais complexa do que parece. Mas, calma, vamos explicar neste artigo os principais itens necessários para que o empreendedor se prepare financeiramente antes de abrir formalmente sua empresa.Quando se trata de uma empresa, o principal documento necessário para formalizar a sociedade é o Contrato Social ou Estatuto Social caso seja uma sociedade anônima. Este documento se assemelha à certidão de nascimento, mas trata dos aspectos da sociedade em questão, pois nele estará descrito todos os detalhes da empresa, tais como:· Constituição e finalidade da sociedade;· Distribuição de capital;· Nome e qualificação dos sócios;· Administradores da empresa;· Valores a serem pagos aos sócios e como será pago;· Endereço da empresa.Recomenda-se que o contrato social seja elaborado por um advogado ou contador, por se tratar de um documento jurídico e serão exigidos dos sócios os seguintes documentos básicos:· RG;· CPF;· Carteira profissional da categoria (Caso houver, exemplo CRC);· Comprovante de endereço;· Profissão; e· Estado Civil.O registro do Contrato Social se dará na Junta Comercial do Estado, ou nos Cartórios de Registro de Pessoas Jurídicas, conforme a natureza jurídica da sociedade. No caso da Junta Comercial o valor é de aproximadamente R$ 200 (duzentos reais). No caso de sociedade de advogados o registro deverá ser feito na OAB.A abertura da empresa implica ainda na obtenção de registros na Receita Federal, que resultará na inclusão da empresa no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, Inscrição Estadual se for empresa comercial, Inscrição Municipal, no INSS e FGTS. Algumas atividades exigem registros específicos, mas vamos deixar esses para o contador lhe explicar.O custo para elaboração do contrato social e obtenção de todos registros cobrados por escritórios de advocacia ou de contadores varia muito, pois depende da complexidade de seu contrato e de outros fatores. Uma sociedade simples pode lhe custar de R$ 3.000 a R$ 5.000.Lembre-se, ao iniciar um negócio, comece literalmente com o “pé direito”: Formalize tudo direitinho conforme exige a lei. Boa Sorte.Fonte: ExameNa Âncora Offices® Escritórios Virtuais o seu custo é zero. Ligue (47) 3028-8808 e saiba como.
A previsão é de que, em 15 anos, o Brasil será o sexto país no mundo em número de idosos
Segundo o IBGE, nos últimos 10 anos, o volume de pessoas de 60 anos ou mais, foi de 9,8% para quase 15%. A previsão é de que, em 15 anos, o Brasil será o sexto país no mundo em número de idosos.Por esse motivo, cresce a procura por cuidadores especializados no setor. A Home Angels foi criada em 2009, a partir de uma necessidade pessoal do empresário Marco Imperador, por não conseguir encontrar uma pessoa ou um local adequado para cuidar de sua avó materna, então com 93 anos.O empresário identificou essa brecha nesse nicho de mercado de cuidadores de pessoas/idosos e viu a oportunidade de investir em um negócio pouco explorado. Hoje, a rede conta com 160 unidades distribuídas por todo o território nacional e fatura R$172 milhões por ano.“Quando necessitei desse trabalho, não era somente uma questão de capacitação profissional. Eu queria uma companhia acolhedora, alguém que estivesse ao lado de minha avó, auxiliando nos cuidados com conhecimento técnico, mas também oferecendo conforto. Era essencial que fosse uma cuidadora supervisionada e orientada constantemente. Por fim, queria segurança, caso a cuidadora faltasse, eu não queria me preocupar, pois alguém com o mesmo preparo teriam que cobrir a ausência”, conta Marco.“Temos hoje mais de 50 treinamentos específicos para que nossas cuidadoras estejam preparadas tecnicamente para prestar os cuidados exatos que o assistido precisa. Nosso grande diferencial é a supervisão in loco semanal, por parte de uma supervisora treinada por nós, que a partir de um checklist, confere a satisfação do cliente e da família, a qualidade do atendimento e passa orientações a cuidadora,” afirma o sócio Artur Hipólito.O objetivo da rede é oferecer para essa nova realidade do Brasil, uma gama de profissionais altamente qualificados, que sejam capazes de prestar um atendimento tecnicamente impecável e humanizado. Além de cuidar, os profissionais são instruídos em como respeitar as necessidades emocionais e culturais dos assistidos e suas famílias.A rede de franquias iniciou sua expansão através do modelo de franchising visando multiplicar seu know-how e modelo de negócio. O faturamento médio mensal de uma franquia Home Angels, após 1 ano de operação, é superior a R$ 100 mil por mês.Fonte: Empreendedor
E-books são indicados para quem está começando um negócio e precisa de crowdfunding para empreender
Para empreender, é preciso aprender conceitos teóricos, entender a prática e se inspirar em histórias de sucesso – e os livros são ótimos aliados na trajetória de quem busca o sucesso profissional.O preço dos livros no Brasil é um tanto salgado. Quando os produtos vêm do exterior, pior ainda. Mas felizmente, alguns autores não escrevem por dinheiro, mas para transmitir uma mensagem, e oferecem seus trabalhos para os leitores sem cobrar um centavo. Pequenas Empresas & Grandes Negócios fez uma seleção de livros, que orientam quem está começando um negócio, precisa de crowdfunding, planeja usar as redes sociais para crescer ou quer apenas se inspirar com histórias de sucesso. Tudo grátis.Alguns dos livros estão disponíveis em formato PDF e podem ser visualizados e salvos em qualquer computador ou tablet. Outros, são disponibilizados pela Amazon para o Kindle, e-reader da empresa, mas podem ser vistos em um leitor para PCs, Macs, Android e iOS, e que pode ser encontrado aqui.Confira os livros:1- Amenina do vale: Nascida em São Paulo, Bel Pesce estudou no Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, e hoje mora na região norte-americana do Vale do Silício. Lá, ela coordena a equipe do Lemon, aplicativo que funciona como uma "carteira eletrônica". No livro, Bel conta o que tem aprendido em sua jornada e como o empreendedorismo pode mudar vidas. O livro pode ser visto e baixado neste link.2- Manual para jovens sonhadores: Nathalie Trutmann, a autora do livro, nasceu na Guatemala, mas hoje trabalha como diretora na faculdade Fiap e na Zyngamedia. Em seu livro, ela quer incentivar jovens a desenvolver práticas empreendedoras. O livro pode ser acessado aqui.3- O gerente de projeto preguiçoso: No livro, Peter Taylor explora o conceito da “preguiça criativa”, ilustrando como podemos crescer, mas sem gastar tempo e energia demais. O livro pode ser baixado no site da Amazon.4- Viagem ao mundo do empreendedorismo: Organizada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA), em parceria com o Instituto Friedrich Naumann, a publicação mostra como começar e manter um negócio como se a trajetória fosse uma viagem. O livro pode ser visto e baixado aqui.5- Ferramentas visuais para estrategistas: O trabalho é de autoria do BMGen, núcleo de negócios inovadores da ESPM. O livro mostra o poder dos recursos visuais para planejar, decidir e cocriar. A visualização e o download podem ser feitos nesta página.6- The crowdfunding bible Os autores Scott Steinberg e Rusel DeMaria reúnem dicas sobre como conseguir financiamentos para bancar projetos. O trabalho, escrito em inglês, é gratuito no site da Amazon e está no site da empresa.7- How to work for yourself: Este livro, de autoria de Bryan Cohen, também em inglês, lista 100 formas de conseguir tempo e energia para começar o próprio negócio e como escolher prioridades para conseguir o sucesso. O trabalho de Cohen também está na Amazon.
8- The myth of the garage: Empresas como a Microsoft surgiram dentro de uma garagem. Para os irmãos Chip e Dan Heath, os autores deste livro, a chance de que negócios cresçam da mesma forma, nos tempos de hoje, é improvável. Esse e outros mitos são abordados no trabalho, escrito em inglês e disponível aqui.9- From dust to diamonds: Nesta biografia, o norte-americano David Oreck, dono de uma fabricante de aspiradores que leva o seu sobrenome, mostra que é possível transformar poeira em diamante e prosperar em qualquer lugar. O link para a leitura do livro é este.10- Social media marketing unleashed: O autor do livro, John Elder, é um dos pioneiros no estudo de redes sociais nos EUA. Neste trabalho, também disponível pela Amazon, John Elder mostra aos leitores como fazer para alavancar seus negócios com a força das redes sociais. O livro pode ser visto neste link.Fonte: PEGN
Feijão, pão de queijo, café e tapioca são alguns produtos dos quais muitos brasileiros sentem falta quando se mudam para outro país. Diante dessa demanda saudosa, alguns conterrâneos transformam a oportunidade em negócio.
De acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores divulgado nesta sexta-feira (7), há cerca de 20 mil micro e pequenos empreendimentos formais de brasileiros no mundo. Os Estados Unidos concentram a maior parte deles, com 9 mil. Em seguida estã o Japão, com 1,5 mil, e a França, com 1.320.O chamado mercado da saudade é o segmento mais tradicional, especializado em comercializar produtos nacionais para as comunidades brasileiras no exterior. Além de alimentos, vestuário e outros bens de consumo, os empreendimentos englobam também serviços como salões de beleza, academias de musculação, de dança e de capoeira.“Esses segmentos estão indo muito bem e têm conquistado também a clientela estrangeira. Temos japoneses em aula de samba, temos americanos em aula de zumba, capoeiristas estrangeiros”, disse a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, ministra Luiza Lopes. “Começamos com mercados seguros dos produtos brasileiros e começamos a expandir bastante.”O Ministério das Relações Exteriores lança os primeiros guias de série Como empreender no exterior, junto com o livro Brasileiros nos Estados Unidos – Meio Século Refazendo a América (1960-2010)O levantamento do Itamaraty levou em conta os micro e pequenos empreendedores formais, mas há muitos outros que não entraram na estimativa. Apenas nos Estados Unidos, a estimativa é que 48,3 mil brasileiros desenvolvam atividades autônomas informais. “Há campos ainda para serem conquistados pelos brasileiros, vemos pelo perfil deles, que há potencial muito grande”, acrescentou a diplomata.Por causa da expansão desse mercado, o Itamaraty terá ações para fomentar e apoiar os micro e pequenos empreendedores no exterior. Hoje, como parte dessas medidas, foram lançados 16 guias, de 13 países, com orientações específicas de como empreender em cada localidade.“Ao fazer o mapeamento, nós nos demos conta que grande parte dos empreendedores brasileiros têm muita dificuldade em conseguir as informações sobre a legislação pertinente”, disse Luiza Lopes. Os guias trazem informações sobre questões como impostos que devem ser pagos, quais são as regras trabalhistas, quais são os benefícios aos quais os empreendedores têm direito em cada localidade, entre outras.“Dá muito trabalho ir atrás dessa informação, ela está disponível em idioma local, dependendo do país, em idioma que os brasileiros ainda não dominam. É difícil buscar essa informação. Temos ainda poucas associações, de modo que cada um, quando decide abrir um empreendimento, tem que trilhar esse caminho inteiro", acrescentou a diretora. Segundo ela, além dos guias, os consulados, que antes não prestavam esse tipo de atendimento, agora poderão dar orientações sobre esses temas.Ao todo, o Brasil tem cerca de 3,1 milhões de cidadãos vivendo em outros lugares do mundo. Os guias têm como foco as localidades onde há mais empreendedores com esse perfil: América, Europa Ocidental e Ásia. Ao todo, devem ser produzidos cerca de 30 guias, não apenas de países, mas de estados e regiões com legislações específicas.As publicações lançadas nesta sexta abrangem informações sobre Alemanha, Bélgica, Chile, Holanda, Luxemburgo, Irlanda, Itália, Japão, Reino Unido, Suíça e Suriname, além de guias específicos para as regiões da Nova Inglaterra e da Flórida, nos Estados Unidos; e do Québec, no Canadá.Fonte: Jornal do Brasil
STARTUP BRASILEIRA CRIA APARELHO PARA FAZER "EXAME DE SANGUE" PELA INTERNET
O Hilab consegue fazer testes de dengue, glicose, gripe e zika, entre outras doenças
“Nossa intenção é democratizar a saúde no Brasil”. É assim que o CEO da Hi Technologies, Marcus Figueredo, de 33 anos, define o objetivo de sua empresa.O negócio vem trazendo ao mercado brasileiro produtos inovadores na área de telemedicina desde 2004 e, agora, lança o primeiro aparelho portátil capaz de realizar exames de sangue a distância.O Hilab, como é chamado, funciona de forma simples. Primeiro, um profissional de saúde coleta algumas gotas de sangue do paciente e as coloca em uma pequena cápsula, que é depositada dentro da máquina.O aparelho, então, cria uma "versão digital" da amostra e a envia para um laboratório físico, localizado em Curitiba (PR), onde especialistas vão emitir um laudo em questão de minutos.Depois, o resultado é mandado de volta para que o médico determine o diagnóstico mais apropriado. O Hilab é capaz de fazer testes para análise de glicose, dengue, chikungunya, vitamina B, entre outros.“Toda nossa tecnologia já foi regulamentada junto à Anvisa[Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e vários médicos já testaram o aparelho antes do seu lançamento. A gente vem se preparando para isso há um bom tempo”, diz Figueredo.A Hi Technologies já possui uma longa história na área de saúde. Figueredo fundou a empresa há quase 13 anos, com apenas R$ 2,5 mil, quando ainda era aluno do curso de engenharia da computação e estagiário em uma laboratório de telemedicina da PUC do Paraná.Ele e seu amigo, o sócio Sérgio Rogal Júnior, de 34 anos, perceberam desde àquela época como a tecnologia podia revolucionar a área de saúde. Os dois tentaram, primeiro, desenvolver software para hospitais. Depois, passaram para a criação de hardware.“No início queríamos desenvolver uma aparelhagem grande para laboratórios, mas depois percebemos que talvez fosse mais proveitoso construir aparelhos que atendessem um paciente por vez”, afirma Figueredo.A empresa já desenvolveu aplicativos de monitoração de sono, medidores de oxigênio e outros sensores. Com o Hilab, porém, a companhia parece estar tomando o maior impulso de sua história. Segundo Figueredo, há pouco mais de um ano atrás a empresa tinha 15 funcionários. Hoje, ela já possui 50. A empresa não revela dados de faturamento.“Queremos revolucionar o modo de entrega do exame laboratorial e acreditamos que com o Hilab temos essa chance. Não há nada de novo na parte bioquímica da coisa, mas a logística é muito mais prática.”Os aparelhos estão sendo entregues de forma gratuita para médicos e clínicas dos estados de São Paulo e Curitiba. Segundo Figueredo, o dinheiro recebido provém unicamente dos laudos feitos pelo aparelho.“Os exames são mais baratos que os principais laboratórios do país. A nossa análise de zika, por exemplo, custa de quatro a cinco vezes menos que o padrão do mercado. Nós estamos mirando ter preços mais baixos porque nosso maior objetivo agora é democratizar esse serviço”, diz o empreendedor.Para ele, o Hilab pode ser um dos grandes responsáveis pela agilização do sistema de saúde não só do Brasil como do mundo. "Nesses primeiros seis meses, vamos mandar pilotos para serem instalados em todo o Brasil; e nossa meta é ter, em um ano, 10 mil Hilabs instalados em todo território nacional", ele afirma."Depois, mais pra frente, temos o sonho de sermos o primeiro laboratório internacional baseado na internet do mundo. Acho que podemos mudar, de fato, a vida das pessoas."Fonte: PEGN
A crise econômica ainda em andamento tem levado trabalhadores a perderem os planos de saúde pagos total ou parcialmente pelas empresas. A recessão, no entanto, vem ampliando a oportunidade de crescimento de novos modelos de negócio na área. É o caso do Hippo Drs. – uma startup de serviços de saúde, que iniciou os trabalhos no interior do estado de São Paulo e, em pouco mais de um ano, vem expandindo sua cobertura pelo país, oferecendo atendimento clínico e exames médicos, sem mensalidade e a preços populares, além de novos postos de trabalho.Nas mais de 15 cidades onde os serviços já estão disponíveis, a empresa se revela uma alternativa para quem perdeu o emprego, ficou sem convênio médico, e não quer esperar meses por uma consulta através do SUS (Sistema Único de Saúde).Para Raulo Ferraz, CEO e fundador da startup, proporcionar uma experiência agradável em serviços de saúde é possível, e essa é a missão, mesmo em meio a crise. “É só abrir os jornais, que logo nos deparamos com matérias sobre o desemprego, recessão econômica, caos na saúde pública e insatisfação dos pacientes de convênios médicos”, observa Raulo. Foi uma excelente alternativa, tanto para a classe médica, como para os pacientes. “Diminuiu o número de pacientes vindos de convênios a aderir a plataforma Hippo Drs.”O Drs. oferece serviços de agendamento de consultas, exames laboratoriais e venda de medicamentos, desde junho de 2014. Em pouco tempo, o plano já cadastrou 500 médicos em 40 especialidades médicas, além de clínicas, óticas e farmácias. Além dos novos postos de trabalho com consultores locais, a remuneração dos médicos por consulta é maior do que as pagas atualmente pelos convênios.O agendamento dos serviços podem ser realizados pelo site, telefone, whatsApp e aplicativo para celular, disponível para os sistemas Android e IOS. hippodrs.com.brFonte: Empreendedor
Dono de uma empresa que vende resíduos recicláveis para a indústria, Júlio César Chagas Santos, de 50 anos, está acostumado a negociar com clientes grandes, como fabricantes de bebidas e redes de supermercados.
Empresário da reciclagem, Júlio Santos empreende desde os 20 anos de idadeFoto: Phil Clarke Hill/BBC Brasil / BBCBrasil.com
Pós-graduado em engenharia ambiental, ele integra o 1% mais rico do Brasil. Mesmo assim, já foi confundido com manobrista em um evento no luxuoso hotel Copacabana Palace.
Casado à época com uma atriz, o empresário vestia um terno de grife e esperava por seu carro quando uma senhora estacionou e, em gesto automático, se dirigiu a ele para entregar as chaves do carro.
"A mulher ficou nitidamente envergonhada ao saber que eu também era um convidado e pior, marido de uma das artistas mais populares do evento."
Mas fatos como esse não lhe causam espanto. "Já fui pobre e também discriminado. Mas ao ascender, nada mudou. Vejo muito poucos negros como eu e, por isso, confundo as pessoas."
Santos é o quarto dos cinco filhos de uma mãe empregada doméstica e um pai sargento da Marinha. Nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro e, aos 13 anos, passou a ganhar a vida como lavador de carros.
Um dia, foi convidado a trabalhar em uma concessionária. Ali nasceu a sua primeira empresa, confirmando o espírito empreendedor do futuro empresário. "Eu tinha uns 20 anos e convidei meus amigos para me ajudar na lavagem. Foi assim que montei minha primeira equipe de trabalho", relembra.
De empregado a empreendedor em série
Pós-graduado, ele diz não estranhar episódios de preconceitoFoto: Phil Clark Hill/BBC Brasil / BBCBrasil.com
Após concluir o equivalente ao atual ensino médio, Santos entrou para a faculdade de Direito. Para pagar a mensalidade, largou o negócio de lavagem e passou a trabalhar como segurança de prédio.
"Mas o emprego não me permitia cursar a faculdade. Para pagar o curso, trabalhava três turnos de 24 horas durante toda a semana. Não tinha folga", relembra. "Por isso, abandonei."
Tudo mudou ao virar segurança particular de uma família rica. "O salário que me pagavam era cinco vezes maior do que eu ganhava no emprego anterior, pois trabalhava em tempo integral e dormia no emprego", afirma.
Durante os seis anos na função, tornou-se encarregado de administrar todos os empregados da casa. Foi aí que teve a ideia de abrir uma empresa de conservação e limpeza, com a qual passou a fazer a manutenção de todas as empresas do patrão.
Os negócios prosperaram. De empregado, passou a ser patrão, mas acabou fechando o negócio após uma série de problemas pessoais.
"Fui embora para a Europa atrás de uma namorada alemã. Lá, tive acesso a um novo mundo, a novas tecnologias e a uma outra língua. Isso abriu minha cabeça. Ao voltar para o Brasil, já tinha mais ideias de negócio e retomei meus estudos", conta.
Santos abriu então uma consultoria e assessoria em aviação - tinha feito um curso de direito aeronáutico na Alemanha. "Por coincidência, meu irmão mais velho, que era militar, estava trabalhando nesta área. E juntos abrimos esta empresa."
Mais uma vez foi bem-sucedido e, com o lucro, iniciou um segundo negócio: a venda de resíduos de lixo.
"Era o ano 2000. Estava assistindo a uma reportagem na TV sobre a vida de uma senhora catadora de lixo. Aquilo me tocou, e me perguntei o que eu poderia fazer para ajudar essas pessoas. Foi aí que criei um projeto sobre este tema e, ao tentar ajudar outros, foi o projeto que acabou me ajudando."
Santos percebeu o enorme potencial daquele negócio ao entender que a grande quantidade de lixo recolhido por aquelas pessoas, se reciclada, poderia ser vendida para a indústria.
"Deu certo. Estou há 16 anos neste mercado, dei formação a inúmeros catadores e domino toda a logística."
Estranhamento
É como empresário que ele se destaca e transita em meio à elite. Viaja constantemente a trabalho e está em contato com diretores de multinacionais.
Ao explicar seu projeto a um alto executivo em um desses encontros, voltou a sentir na pele o estranhamento por ser um negro em posição de comando.
"O tal diretor franzia a testa o tempo todo e, por fim, perguntou como eu era capaz de pensar em tudo aquilo se ele mesmo, com toda a formação que tinha, não conseguia fazer o que eu fazia."
Para Emerson Rocha, sociólogo e pesquisador na Universidade de Brasília (UnB) sobre a presença do negro na riqueza, histórias como a de Santos jogam por terra o mito de que a discriminação no Brasil é mais social do que racial.
"A ideia de que o negro qualificado ou que ascende socialmente é visto como branco é equivocada. Mais do que nunca, ele é um negro e fora do lugar", explica.
"É por isso que é muito comum a ele ser confundido como ladrão de seu próprio carro de luxo, já que não se espera que ele possua um. Ou é muito comum alguém custar a acreditar que aquele negro possa ser engenheiro, juiz, médico ou arquiteto, porque de pessoas negras não se esperam ocupar tais posições. Daí o espanto."
Ainda segundo Rocha, é no espaço do mercado de trabalho privado que a discriminação ocorre mais - principalmente em postos de direção, entre gestores e gerentes. E isso reflete em uma maior desigualdade racial no topo da pirâmide.
"O funcionalismo público já é um segmento com elevada renda média e responsável por inserir muitas pessoas nos estratos mais ricos da sociedade. Não havendo a subjetividade de um recrutador em aceitar ou não um candidato pelo critério da cor, fica mais fácil haver uma maior presença de negros no setor público do que no privado."
Santos chegou ao 1% mais rico pelo empreendedorismo, mas nota a ausência de mais empresários negros no mercado de médio e grande porte.
"Além de mim, conheço apenas mais um. Tenho negócios em Nova York e trato com muitos empresários negros. Mas no Brasil infelizmente isso ainda não acontece", reconhece.
Segundo Rocha, histórias positivas como a do empresário servem muitas vezes a discursos que tentam negar a existência de barreiras e mesmo do racismo. Apesar desse risco, são trajetórias que precisam ser destacadas para mostrar que, sim, a superação é possível.
Esta reportagem faz parte de uma série sobre a vida de negros que fazem parte do 1% mais rico da população brasileira - leia , e aqui os outros textos.
Segundo dados do IBGE, o total de negros nesse grupo aumentou cinco pontos percentuais nos últimos 12 anos (de 12,4% para 17,4%), mas ainda está longe de representar o peso da população declarada negra (pretos e pardos), que corresponde a 53,6% dos brasileiros.
Palestrante de grandes eventos, Ana Tex também defende que o bom empreendedorismo foi a forma encontrada pelo brasileiro para vencer a corrupção
Começar o próprio negócio é um grande desafio para o empreendedor e o fundamental é concentrar a atenção nas redes sociais. “Se tudo acaba na sua timeline, por que engendrar negócios ignorando essas redes que estão conectando mais de 90 milhões de usuários somente no Brasil?” Esse é o recado que a empreendedora, palestrante e consultora em marketing digital, Ana Tex, tem transmitido em suas conferências pelo país.Como presença constante em grandes eventos, ela é considerada uma das principais autoridades em novas mídias e novas tecnologias. Nesta entrevista, ela afirma que o aumento das iniciativas empreendedoras não decorre só do desemprego, mas principalmente da evolução da internet. Ana comenta a ação inovadora do empreendedor brasileiro e de sua vontade de não depender do governo.O desemprego vem crescendo e as iniciativas empreendedoras também. Isso veio para ficar ou só vai durar até o controle da crise econômica?Ana Tex – Eu acredito que essas iniciativas empreendedoras não surgiram apenas por conta da crise, mas também por conta da evolução da internet. As pessoas estão começando a se dar conta de que, com a internet e as redes sociais, é possível atrair o público certo.Assim como a internet e a cultura das redes sociais vieram para ficar, essa nova forma de se fazer negócio também. Não tem mais volta. Tanto que o Instagram e Facebook, por exemplo, já estão investindo em novas ferramentas para esse tipo de usuário.Então, é uma junção das coisas: tanto a questão da crise, que no caos as pessoas têm de se reinventar, e também porque, intuitivamente, os empreendedores já viram que usar a internet para promover um negócio dá certo. Antes era muito caro fazer marketing e propaganda, mas as novas mídias possibilitam se divulgar de uma forma mais barata e funcional.Qual o perfil do empreendedor que pode dar certo no mercado mais restrito de agora?O perfil do empreendedor que pode dar mais certo hoje é o inovador, perspicaz. Aquele que compreende nos tempos atuais, com a internet e as novas mídias, é preciso reinventar seu negócio e atrair pessoas. Esse é o perfil de inovação. Talvez hoje, para muitas pessoas, a internet não seja uma grande novidade, mas a forma de utilizar para negócio, sim.Nas suas palestras, a senhora tem vinculado o sucesso do negócio ao uso das redes sociais. Como funciona isso?Onde tem público, onde tem pessoas, tem oportunidades. E as redes sociais é uma realidade na qual as pessoas estão ali para conversar, trocar ideias, e até mesmo para tirar dúvidas sobre produtos e serviços. Então, se as pessoas estão trocando ideias com amigos, familiares e outras que eles se identificam e comunidades com as quais fazem parte, as marcas e empresas também devem estar.Eu falo que o sucesso dos negócios não depende 100% das redes sociais, mas elas podem ajudar muito. No marketing de massa, investe-se muito dinheiro para acertar o público. Na internet, é possível realizar um marketing mais direcionado, investindo menos e, consequentemente, atrair as pessoas certas. Nas minhas palestras, cursos e mentorias, eu mostro o caminho para se conquistar esse público-alvo. Ensino técnicas e estratégias para isso.
Qual o segmento de negócio que a senhora aconselharia neste momento econômico?Em minhas palestras e cursos eu costumo dizer que qualquer negócio pode ganhar mais visibilidade com a internet e as redes sociais. O trabalho do marketing digital não está restrito a um segmento específico, mas pode ser adaptado a diferentes nichos do mercado. E foi exatamente isso que eu fiz (e estou fazendo). Estudo cada nicho para ensinar meus clientes e alunos de uma forma mais específica. Comecei com curso mais amplo, mas hoje já ofereço cursos e treinamentos para empreendedores nos segmentos como moda, educação, coach, fotografia, saúde, casamento, arquitetura e design, imobiliário, fitness, beleza, pet e até artesanato. Você tem algo para vender? Então tem alguém para comprar. Com a internet, conecta-se vendedor/serviço ao consumidor. O segredo é estudar cada mercado e o seu consumidor.A superação gradual da crise econômica, prevista já a partir deste ano, pode mudar o perfil do empreendedor que está começando no mercado?O empreendedor que está no mercado, que sobreviveu no mercado em meio a crise, já está com “machado afiado”. Ele teve que ter muito esforço para continuar. Teve de inovar muito, teve que ver, conhecer alternativas para dar certo. Então essa pessoa, com certeza, terá ferramentas e conhecimento para ficar muito bem agora, com a superação da crise. Essa pessoa já passou pelo pior.Agora, para as pessoas que pretendem empreender, terão um “mar” de oportunidades. Porém, será que elas testaram todas as inovações? Será que vão estar tão preparadas quanto um empreendedor que passou pela crise?Como a senhora classifica as startups neste momento em que a abertura de novos negócios vai virando uma tendência de mercado?Eu acredito que a cultura de startups no país tem que evoluir mais. O Brasil está se reerguendo, então, para muitos investidores, investir em empresas inovadoras e de tecnologia pode causar insegurança, até mesmo porque é uma nova cultura de mercado que está se firmando.Tivemos algumas promessas grandes no país que não deram certo, portanto o mercado acaba desconfiando de projetos embrionários.Como o empreendedorismo vai reunir forças para superar o atraso causado pelos maus políticos e pela corrupção?Na verdade, o Brasil é um país que sempre foi difícil para o empreendedor, até mesmo por conta dos impostos e da corrupção. Mesmo assim, é um país muito empreendedor, porque a mente das pessoas é naturalmente empreendedora, criativa. A todo instante, o país tem de se reinventar, tem de reunir forças para se superar. O que aconteceu recentemente com a corrupção no Brasil não é muito diferente com o que já acontecia antes. A única diferença é que foi revelado e está sendo investigado e punido. Ou seja, o brasileiro sempre teve de se reinventar, não tem jeito. Esse perfil empreendedor é característico do brasileiro e é dessa forma que ele consegue se reerguer e crescer. É dessa forma que ele deixa de depender do governo, pois a educação é ruim, a saúde é ruim. Então empreender foi a forma que o nosso povo arrumou para conseguir crescer. Diferente dos países europeus, como Portugal, por exemplo. Lá, a saúde é boa e a educação também. Por isso, as pessoas não têm um perfil tão empreendedor, não se mobilizam tanto para conquistar.Fonte: Empreendedor