Guia dos Benefícios Fiscais de Importação em Santa Catarina [atualizado]

Santa Catarina aparece em lugar de destaque pelas iniciativas de fomento à economia, principalmente através de incentivos fiscais

De acordo com um levantamento feito pelo Banco Mundial, o Brasil continua sendo o país onde as empresas gastam mais tempo pagando impostos em todo o mundo. A burocracia excessiva e a enorme quantidade de taxas a serem pagas faz com que as empresas nacionais despendam, em média, 1958 horas ao ano para quitar suas pendências com o fisco.Apesar do cenário não ser dos melhores, o Brasil caminha a passos lentos rumo à simplificação tributária. Alguns estados tomam a frente nesse sentido, apresentando um ambiente muito atrativo para as empresas se instalarem e crescerem. Dentre eles, Santa Catarina aparece em lugar de destaque pelas iniciativas de fomento à economia, principalmente através de incentivos fiscais.Para as empresas que operam diretamente com comércio exterior, há um benefício específico que faz toda a diferença na composição dos custos das importações:Pró-Emprego – Lei Estadual/SC 13.992/07O Programa Pró-Emprego visa promover o incremento da geração de emprego e renda no estado de Santa Catarina, através de tratamento tributário diferenciado do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.O foco do programa é incentivar empreendimentos situados ou que venham a se instalar em território catarinense, desde que sejam considerados de relevante interesse socioeconômico para o estado.Para serem caracterizados como tal e receberem o incentivo, os empreendimentos devem ser considerados prioritários ao desenvolvimento econômico, social e tecnológico do estado e resultarem em geração ou manutenção de empregos, bem como os que consolidem, incrementem ou facilitem exportações e importações.Como aderir?O pedido para receber os benefícios do Programa Pró-Emprego deverá ser dirigido ao Secretário de Estado da Fazenda, contendo um projeto detalhado do empreendimento e outras informações previstas no regulamento.Junto do pedido, deverá ser anexada uma via do comprovante de recolhimento da taxa (DARE/SC – Documento de Arrecadação), cujo acesso para sua emissão será através do site http://www.sef.sc.gov.br, em campo específico DARE/SC, que será pago nos bancos autorizados.Os BenefíciosAs empresas que se enquadram nos requisitos exigidos pelo governo do estado, passam a contar com tratamento tributário diferenciado. Os principais benefícios são:1) Diferimento para a etapa seguinte de circulação à da entrada no estabelecimento importador do ICMS devido por ocasião do desembaraço aduaneiro, na importação realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados neste Estado;2) Diferimento do ICMS relativo à saída de mercadorias, de estabelecimento localizado neste Estado, para utilização em processo de industrialização em território catarinense, por empresas exportadoras;3) Diferimento do ICMS relativo aos materiais e bens adquiridos de estabelecimento localizado neste Estado, para a construção de empreendimento que se enquadre nas regras do Programa, considerando-se encerrada a fase do diferimento na data da alienação do empreendimento;4) Compensação do ICMS devido na importação de bens ou mercadorias com despacho aduaneiro no território catarinense com saldo credor acumulado;5) Transferência de saldo credor acumulado para terceiros, inclusive: a) para pagamento do ICMS na importação de bens ou mercadorias; b) para integralização de capital de nova empresa ou modificação de sociedade existente; c) para pagamento de mercadorias adquiridas por terceiros, em regime de substituição de fornecedores interestaduais;6) Diferimento para a etapa seguinte de circulação do ICMS relativo às saídas internas de mercadorias destinadas a centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste;7) Na hipótese de implantação, expansão ou reativação de atividades de estabelecimento industrial e de centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste, o valor do incremento do ICMS apurado em cada período poderá ser pago, levando-se em consideração a localização regional do empreendimento, com dilação de prazo em até 24 meses, sem juros, a contar do período subsequente ao da ocorrência do fato gerador;8) Tratando-se de instalação, modernização ou ampliação de terminal portuário, poderá ser concedido: a) redução do imposto incidente sobre a energia elétrica consumida nas áreas operacionais do porto, de modo que a tributação seja de, no mínimo, sete por cento; b) diferimento do imposto devido por ocasião do desembaraço aduaneiro na importação de bens destinados à integração do ativo permanente, desde que realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados situados neste Estado.9) Para projetos de implantação e expansão de empreendimentos geradores de energia elétrica e de linhas de transmissão, poderá ser concedido diferimento na aquisição de bens e materiais destinados à integração do ativo permanente, do imposto: a) que incidir nas operações internas; b) devido por ocasião da importação, desde que realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados situados neste Estado; c) relativo ao diferencial de alíquota, quando adquiridos de outras unidades da Federação.Como funciona na práticaAtravés do TTD (Tratamento Tributário Diferenciado) é concedida a redução da alíquota de incidência do ICMS, bem como seu diferimento parcial ou total para mercadorias que entrem no Brasil por Santa Catarina.As mercadorias que ingressam no Brasil por Santa Catarina recebem 1% de tributação efetiva, no entanto, o destaque em nota fiscal será de 4%. Trata-se de um valor muito abaixo do que teria que ser pago nas importações por outros estados do Brasil.Além disso, o estado recolhe, também, uma taxa de 0,4% da base de cálculo do ICMS nas operações de importação como contribuição ao Fundo Estadual de Defesa Civil, Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior do Estado de Santa Catarina, Fundo Pró-Emprego e Fundo de Desenvolvimento Social.Mesmo havendo essas pequenas taxas cobradas pelo estado, importar por Santa Catarina ainda é um excelente negócio para a maioria das empresas. Se você trabalha com importação e deseja reduzir os custos de suas operações, talvez mudar o processo para Santa Catarina seja uma possibilidade bem vantajosa.Conte com os profissionais certos e eles te auxiliarão a analisar qual a melhor forma de crescer, trabalhando com comércio exterior e com o custo mais baixo possível.Contate 47 3028-8808 / 47 3030-2060

Exportação supera US$ 1 bilhão pelo segundo ano consecutivo em Joinville

Pelo segundo ano consecutivo o total de vendas de produtos joinvilenses para o exterior passou a marca do bilhão de dólares, e atingiu US$ 1,05 bilhão. Apesar disso, houve queda de 1,32% com relação ao volume de embarques de 2017 - à época de US$ 1,07 bilhão. Na outra ponta da balança, o total de importações alcançou US$ 2,53 bilhões, 48,26% acima do ano anterior, na base de US$ 1,71 bilhão. O déficit entre um ano e o outro também cresceu, passando de US$ 640 milhões para US$ 1,48 bilhão. 

Os números demonstram que a economia começou a reagir. E, quando a economia da cidade, estado e do país onde vive começa a melhorar é um indicativo de que a vida de todos tende a prosperar. 

Convidamos você para saber mais sobre exportações em Joinville, assistindo a matéria abaixo:

https://youtu.be/XPCNngvrj5s

Consórcio Ponta Negra assumirá operações de carga no Aeroporto de Joinville

O Terminal de Logística de Carga (Teca) do Aeroporto de Joinville/Lauro Carneiro de Loyola passará a ser operado, no próximo dia 26 de novembro, pelo Consórcio Ponta Negra em Soluções Logísticas e Transportes Ltda, com perspectiva de aumento de 30% na receita já a partir do mês de dezembro.A transferência das operações faz parte do posicionamento estratégico da INFRAERO, que prevê a concessão da exploração comercial de complexos logísticos situados nos aeroportos que administra à iniciativa privada.O contrato de concessão de uso de área foi assinado em 22 de agosto de 2018 e terá vigência de 300 meses.O investimento total do consórcio vencedor da licitação, que irá realizar a atividade de armazenagem e movimentação de cargas internacionais e nacionais, será de aproximadamente R$ 20 milhões.A concessionária irá manter a equipe atual de funcionários terceirizados, sendo seis deles responsáveis pela carga e descarga e um pela vistoria junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Os equipamentos da INFRAERO instalados no Teca serão disponibilizados à Ponta Negra por meio de termo de comodato.O superintendente do aeroporto, Rones Rubens Heidemann, explica que, para ampliar a movimentação do Teca, o Consórcio Ponta Negra será responsável pela implantação de um novo complexo logístico, com área de 103.103 m², em até 36 meses da assinatura do contrato:“O novo local será composto por terminal de cargas, condomínio industrial, entreposto aduaneiro e aeroporto indústria”.Todos os projetos serão apresentados pela Ponta Negra à INFRAERO e demais órgãos intervenientes para aprovação, antes do início das obras, de acordo com o que determina o contrato.Outras informações podem ser consultadas no edital do processo, disponível na página da INFRAERO. Clique aqui.Rede TecaA Rede de Terminais de Logística de Carga da INFRAERO possui, em seu parque tecnológico, equipamentos de última geração e completa infraestrutura para receber os mais diversos tipos de cargas, garantindo que sejam movimentadas e armazenadas com agilidade e total segurança. Esses terminais contam com câmaras frigoríficas, áreas especiais para cargas valiosas, material radioativo e demais artigos perigosos.A estatal é uma das maiores operadoras de terminais aeroportuários do mundo e movimenta cerca de R$ 40 bilhões em cargas processadas por ano, com carteira de mais de 11 mil clientes. As operações dos TECAs apresentaram crescimento de 19,5%, saltando de 104,5 mil toneladas em 2016 para 124,8 mil toneladas em 2017. O destaque foi o setor de importações, com incremento de 24,6%, chegando a 85,5 mil toneladas.

Logistique 2018 em Joinville

Será entre os dias 23 a 25 de outubro, das 14 às 21 horas, no complexo de exposições da Expoville.Com o slogan “Otimização Logística com a Integração Perfeita entre os Modais”, o evento contará com 80 marcas em exposição, apresentando soluções completas para toda a cadeia logística.De acordo com a organização, os principais players do transporte, comércio exterior, tecnologia da informação (TI) e gerenciamento da cadeia de suprimentos estarão presentes no pavilhão da Expoville.Marcas como Aliança Navegação e LogísticaHamburg SüdVolskwagem Onibus e Caminhos, Arteris Litoral SulInfraeroHeli Empilhadeiras/ Grupo RechLog-In Logística Intermodal, entre outras.Integram a listagem de expositores os quatro portos catarinenses: Porto de ImbitubaPorto de São Francisco do SulPorto de Itajaí Porto de Itapoá.O diretor do evento, Leonardo Rinaldi, destaca que a expectativa é que 15 mil visitantes circulem pelos estandes durante os três dias:“São muitas as novidades, como o novo conceito e posicionamento da feira, incorporando a multimodalidade e a intralogística, contemplando assim todas as interfaces da cadeia logística”.Esta nova proposta da Logistique chega para atender uma demanda do setor, deixando os organizadores ainda mais otimistas quanto ao êxito da feira.“O evento ganhou notoriedade e expressão, posicionando-se como um dos principais do País no segmento; já somos apontados pelo mercado como a segunda maior e mais importante feira do Brasil do setor”, completa Rinaldi.LANÇAMENTOSMuitas das empresas que estarão expondo seus produtos e serviços escolheram a Logistique para apresentar novidades.A área de tecnologia para logística será uma das que contemplará mais lançamentos.A Senior Sistemas, por exemplo, apresentará uma nova solução em seu portfólio: o sistema Gestão de Pátio e Agendamento, que tem como diferencial reduzir o custo com operações de carga e descarga de mercadorias através de melhorias no planejamento e controle dos veículos, desde o trânsito do fornecedor até o cliente.Já a M&O Sistemas, com sede em Joinville e que há mais de 20 anos atua no desenvolvimento de tecnologia para o setor de transporte e logística, apresentará o sistema SMO Frete, desenvolvido para empresas que contratam fretes.Uma outra empresa que apresentará novidades em seu espaço será a Metaro, trazendo dois novos produtos ao mercado: a Niveladora de Doca com sensor de estacionamento.Já a LogComex lançará o “Tracking real time”, produto que faz follow-ups automatizados de forma inteligente, notificando o usuário de cada passo de sua carga, evitando movimentações às escuras.Com mais de 20 anos de atuação, a Gestran levará para a Logistique o Fretefy, uma plataforma própria para integrar negócios no transporte de cargas.PALESTRAS E MESAS REDONDAS Logistique também terá uma programação paralela de palestras e rodas de conhecimento com especialistas.A abertura será com o CEO do BBM Logística, André Prado, que explana, no dia 23 de outubro, às 14h30, sobre “Supply Chain 4.0”.Já na terça-feira, dia 24, um dos destaques será a palestra “Investimentos em Infraestrutura” com o presidente do Porto de Itapoá, Cássio Schreiner, às 15h30.Após as palestras da terça e quarta-feira será realizada uma mesa redonda com todos os participantes, com mediação do Presidente da Abralog, Pedro Moreira.No último dia do evento, outras duas palestras prometem reunir os principais executivos e especialistas do setor: às 15h30, o CEO da Opentech, Duani Reis, fala sobre o Gerenciamento Logístico e de risco integrados no transporte; e às 16h30, a Coordenadora do Departamento de Engenharias da Mobilidade do Centro Tecnológico de Joinville (UFSC), Francielly Staudt, fala sobre as tendências da Logística: Logística 4.0 + Blockchain + Omnichanne.A visitação à Logistique é totalmente gratuita, mediante inscrição no site AQUI

Exportação em Santa Catarina cresce 50,9% em agosto

As exportações de Santa Catarina somaram US$ 1,2 bilhão em agosto.O valor é 50,9% superior ao registrado no mesmo mês em 2017.A causa do aumento foi devido a ampliação dos embarques de carne de aves (aumento de 57,8%), soja (avanço de 202%), farelo de soja (elevação de 1.477%), madeira compensada (crescimento de 44%) e máquinas para aquecimento (aumento de 13.900%).Os dados são do Ministério do Desenvolvimento e foram divulgados pela Fiesc.A produção industrial do estado em julho cresceu 8,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, o quinto melhor resultado do país.O percentual está acima da média nacional, que no período foi de 4%.No acumulado do ano, o estado registra crescimento de 4,6%, valor também acima da média nacional que foi de 2,6% no período.Em relação às importações catarinenses, em agosto totalizaram US$ 1,5 bilhão, o que representa uma ampliação de 29,5% frente ao mesmo mês de 2017.De janeiro a agosto, o estado exportou US$ 6,27 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período no ano anterior.Entre os principais produtos da pauta de embarques estão: carne de aves (alta de 24,6%), soja (crescimento de 10,8%) e partes para motor (avanço de 6%).Com relação aos principais parceiros comerciais no acumulado do ano, China se apresenta como o principal destino dos produtos catarinenses, com 15,5% do total exportado, desempenho 37% superior ao do ano anterior.Na sequência aparecem Estados Unidos (14,6%), Argentina (8,8%), Japão (4%) e México (3,8%).Veja aqui o Relatório Completo

Comércio Exterior em alta - 90% das exportadoras de SC vão vender mais

90% das exportadoras de SC vão vender mais para o exterior neste ano e em 2019

Imagem relacionada

Pesquisa junto a 182 empresas exportadoras feita pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) apurou que 90% estimam expansão de vendas no exterior tanto este ano quanto em 2019. Ano passado, o Estado obteve US$ 8,511 bilhões com exportações, 12% mais que em 2016. A cifra foi a soma de vendas de 2.551 empresas, das quais 1.451 micro e pequenas. Apesar de ser maioria, as pequenas e micro faturaram apenas US$ 205,9 milhões, 2,41% do total. Esse percentual precisa e pode ser maior. 

Nesta reportagem, vamos apresentar oito exemplos de empresas de SC com diferentes portes e  que enfrentaram desafios distintos na hora de conquistar o mercado externo. A WEG, por exemplo, começou exportando via terrestre ao Paraguai. Já a Sadia e a Perdigão - hoje marcas da BRF - fizeram as primeiras vendas ao Oriente Médio; e a Tupy iniciou nos Estados Unidos. A Audaces conseguiu o primeiro cliente na Argentina, a Temasa estreou no México e a Nugali em Dubai. Pequenas e novas, a Ralo Linear foi convidada para vender na Costa Rica e a Biozenthi, na Austrália.

Entidades priorizam incentivos às exportações

Confiante de que SC tem grande potencial no exterior, a nova diretoria da Fiesc elegeu como uma das prioridades dos próximos anos a internacionalização de empresas ao lado do incentivo à inovação e à indústria 4.0. Nessa mesma linha, o Sebrae/SC, a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e algumas prefeituras estão incentivando a expansão de negócios internacionais. Em março a Acate abriu uma filial em Boston, EUA, para dar suporte a negócios no exterior. 

A Fiesc elabora um programa de inserção internacional para difundir da cultura de negócio global, adianta a presidente da Câmara de Comércio Exterior da entidade, Maria Teresa Bustamante, que tem mais de 35 anos de atuação na área internacional. 

– Esperamos que o empresário catarinense consiga dar um passo à frente, se tornar exportador, importador, consiga efetivamente participar da cadeia de valor global porque o nosso Estado precisa ter uma alavancagem de mundo na veia. O empresário, tem que pensar estrategicamente de forma global. Não pode ficar só no mercado brasileiro porque não é único e não é suficiente – alerta Bustamante.

Segundo ela, o objetivo é convergir todas as ações e programas visando essa mudança. A Fiesc conta com o Centro Internacional de Negócios e o Observatório da Indústria, este que elaborou um passo a passo para exportar. 

 

Startup ajuda nos primeiros passos para exportar

Mas o incentivo ao comércio exterior não se restringe a entidades. Lançada há cerca de dois anos em Florianópolis, a startup Intradebook orienta os passos para fazer negócios com o exterior, observa o fundador Alfredo Kleper Lavor. 

– Nossa plataforma já tem usuários em 124 países – diz o empreendedor, que firmou convênios com as prefeituras de Florianópolis, São José e Campo Grande e busca parcerias com entidades voltadas a pequenas empresas.  

Hoje as tecnologias facilitam trocas de informações e serviços e há mais redes de apoio. Para os empresários basta determinação, ação e persistência. Mas para os governos, 

Bustamante alerta que é preciso uma reforma tributária para o comércio exterior.

 

Exportações impulsionam economias

Os países com maior crescimento econômico contam com o impulso da internacionalização, especialmente das exportações. O principal exemplo é a China, que alcançou crescimento médio anual de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nas últimas três décadas e projeta ser a maior economia do planeta em 2030. O mercado internacional não é fácil, especialmente para atuar a partir do Brasil.Hoje, enquanto guerra comercial liderada pelos EUA preocupa, o dólar alto devido à crise política interna ajuda exportadores, mas para ser uma empresa global é preciso superar cada crise. 

Santa Catarina quer navegar nessa rota internacional com uma velocidade maior do que a atual para ter receitas mais robustas. Porém, para isso, é preciso que as companhias exportadoras do Estado avancem mais lá fora e milhares de outras empresas de médio e pequeno porte se abram ao exterior.


Em julho ocorreu um aumento de 26,9% nas exportações Catarinenses

Aumento de 26,9% nas exportações Catarinenses

Depois de duas quedas consecutivas, causadas principalmente pela paralisação dos caminhoneiros, as exportações catarinenses voltaram a subir no mês passado. Em julho, as vendas para o exterior cresceram 26,9% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 940,05 milhões. Frente a junho, o incremento foi de 27,3%. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram divulgados nesta semana.De janeiro a julho de 2018, Santa Catarina embarcou  US$ 5,08 bilhões, o que o mantém como oitavo maior Estado exportador do país, respondendo por 3,73% do total. Em relação ao mesmo período de 2017, as vendas catarinenses cresceram 3,32%, enquanto que no cenário nacional o desempenho foi de 7,9%.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Maria Teresa Bustamante, explica que o resultado positivo em julho está relacionado ao câmbio mais favorável, mas principalmente por ser um período de cumprimento contratual, quando as empresas efetuam as vendas:— O primeiro semestre do ano termina com entrega maior de exportações, porque são contratos que começam a ser renovados. O resultado é positivo e continua mostrando a curva de crescimento das vendas, que já está aparecendo desde a comparação de 2017 com 2016.A alta catarinense neste ano foi puxada pela exportação de aves, que registrou crescimento de 18,73% em relação aos sete meses do ano passado. O Estado responde por quase um terço do produto brasileiro vendido ao mercado externo. Já a queda mais acentuada foi o da carne suína (-10%), percentual representativo para Santa Catarina, que detêm metade das exportações do item no país.O diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados em SC (Sindicarne), Ricardo de Gouvêa, afirma que esse decréscimo está relacionado à suspensão da exportação para a Rússia, desde o final do ano passado, país que era destino de cerca de 40% da exportação da carne suína brasileira:— Com a suspensão, nós conseguimos aumentar um pouco a exportação da China, mas em montante menor, então de fato baixou o volume.No entanto, ele reforça que a expectativa é melhorar esse resultado nos próximos meses com a possibilidade de retomada das vendas para Rússia. A exportação de frangos deve continuar no mesmo patamar, apesar do embargo europeu, devido à conquista de outros mercados, como o da China. Diante disso, o país asiático se destaca como o destino com o maior crescimento no acumulado deste ano em relação às exportações catarinenses: 22% (US$ 768,5 milhões).A China só perde para Estados Unidos, que se apresenta como o maior destino dos produtos catarinenses, com 15,64% do total exportado (US$ 793,8 milhões).Importações também sobemAs importações do Estado em julho também tiveram crescimento significativo, de 22,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, somando US$ 1,37 bilhão. Com o resultado, Santa Catarina registrou um déficit da balança comercial de US$ 430 milhões. No acumulado do ano, o déficit é de US$ 3,7 milhões. No Brasil, o resultado foi um superávit  de US$ 34 milhões.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc explica que as importações catarinenses geralmente têm valor mais alto, porque estão muito focadas em insumos e componentes para produção:— O ponto relevante é que as importações são de componentes voltados à produção, o que pode reverter mais tarde para exportações. Significa que o empresariado catarinense está buscando uma matriz de fornecedores e insumos entre fabricantes nacionais e estrangeiros para melhorar a produtividade.Os produtos que mais cresceram em importação no acumulado deste ano em relação ao ano passado foram cobre refinado (31,27%) e fios de filamentos sintéticos (25,74%). (Diário Catarinense)

Empresas de SC estimam crescimento nas exportações em 2018 e 2019

documento, foi lançado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), nesta segunda-feira, dia 30, em Florianópolis.Participaram da pesquisa 182 empresas de pequeno, médio e grande portes dos segmentos de indústria, comércio e serviços.Para 53,4% delas, a expectativa é que o incremento dos embarques ocorra pelo aumento na participação dos mercados em que já atuam, ou seja, pela ampliação do market share.Enquanto isso, para 36,4% das companhias, a ampliação ocorrerá por meio de vendas para novos mercados.Somente 10% não estimam incremento das exportações no período.O presidente da entidade, Glauco José Côrte, observa que os resultados da análise permitem à entidade propor iniciativas e soluções que viabilizam o desenvolvimento do potencial das indústrias catarinenses:“O resultado se traduz em uma maior integração da economia catarinense ao mercado global, um desafio que, vencido, propiciará benefícios significativos em médio e longo prazos”.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, ressalta que a pesquisa mostra claramente que a exportação continua sendo uma bandeira das empresas:“Santa Catarina continua dando demonstração clara de investimento pelas empresas no comércio internacional e a participação das pequenas e médias vem acompanhando esse crescimento”.Ela chamou a atenção para o esforço que é feito para intensificar a internacionalização, especialmente das pequenas e médias empresas:“O foco é na educação empresarial, com a criação de uma cultura voltada ao comércio internacional, tanto de importação quanto de exportação, formação de alianças estratégicas e identificação de mercados que sejam promissores para distribuir produtos e fazer parte de cadeia de valor agregado internacional”.A pesquisa mostra que na comparação dos valores exportados no ano de 2017 com o ano anterior, 61% das companhias ouvidas registraram crescimento.49% aumentaram os embarques acima de 10% e 12% afirmam que tiveram alta de até 10%.Conforme a análise, um fator que possivelmente tenha influenciado este incremento substancial é o câmbio favorável às exportações:“Apesar da forte sensibilidade das operações ao câmbio, há que se considerar a continuidade das vendas internacionais como estratégia de permanência dos negócios das empresas. O câmbio, por si só, não deve ser o único motivador das exportações. Esses resultados de crescimento refletem as projeções estabelecidas pelas empresas exportadoras na pesquisa do ano anterior, no qual a maioria havia indicado a intenção de ampliar suas operações”.Em relação ao percentual de participação dos valores das exportações no faturamento das empresas em 2017:34% informaram que os embarques representaram 5% do faturamento, 20% responderam que as vendas externas geraram entre 11% e 30% do faturamento, outros 20% disseram que as exportações estão acima de 50% do total de vendas.Esses resultados também indicam o grau de internacionalização das empresas, que é elevado para 28% delas, que têm mais de 31% dos valores das exportações compondo seus faturamentos.A publicação destaca que quanto mais elevado o grau de internacionalização, maior o comprometimento da empresa com as exportações e, consequentemente, melhora a continuidade da frequência exportadora.O documento também informa que 70% das companhias consultadas mantiveram regularidade de suas exportações nos últimos cinco anos, dado considerado expressivo e que mostra uma forte cultura exportadora dada a relevância das operações de vendas ao exterior para as empresas.Para 25% das respondentes, ocorreu descontinuidade em seus processos, ou seja, exportaram esporadicamente, com interrupções.Quanto ao número de mercados compradores em 2017, 36% das empresas pesquisadas diversificaram moderadamente suas vendas e indicaram que possuem atuação em até cinco países.Porém, se observados os dados de forma agregada, mais de 50% das empresas tiveram abrangência dos mercados compradores, com presença em mais de cinco países.Apenas 11% dos respondentes concentraram-se em um único país.Isso mostra como resultado geral que as empresas participantes da pesquisa possuem um baixo risco de dependência em um único mercado comprador.

AEB - Importações e Exportações devem Crescer em 2018


A 2Rios Lingerie investe em inovação e fatura R$20 milhões

FÁBRICA DE LINGERIES INVESTE EM INOVAÇÃO E FATURA R$ 20 MILHÕES

A 2Rios Lingerie criou calcinha com tecnologia que impede a passagem de fungos e bactérias pelo tecido

lingerie, 2rios (Foto: Divulgação)
Para Paulo Roberto Fagundes, 51, a inovação é fundamental para ter um destaque no mercado de lingerie. O empresário é fundador da 2Rios Lingerie, fábrica que exporta para 20 países e faturou R$ 20 milhões em 2017.A marca investe em pesquisas e tecnologia para se diferenciar da concorrência e expandir o negócio no exterior. Por causa disso, foi criado grupo de trabalho dentro da empresa que tem a função de pensar em sugestões para implantar inovações.Em uma reunião surgiu a ideia de uma calcinha que impede a passagem de fungos e bactérias pelo tecido por até 100 lavagens. O tecido atrai os micro-organismos e, quando eles entram em contato com o revestimento, são perfurados e destruídos. A linha destas calcinhas foi lançada em 2018.A invenção desta lingerie fez com que a empresa fosse até o South by Southwest (SXSW), evento de tecnologia e inovação realizado em Austin, nos Estados Unidos, em março deste ano. "Nós apresentamos uma tecnologia inovadora e 100% nacional que também abriu portas para o público dos Estados Unidos", diz Matheus Diogo, filho de Fagundes e atual presidente da empresa.Além disso, o empresário afirma que a presença no evento foi importante para conseguir informações sobre inovação. "Como o foco do negócio são os clientes, a empresa precisa estar antenada para saber quais são as demandas no setor de tecnologia e conectividade. É uma forma de se manter atualizado que vai além da questão têxtil", afirma.Origem da marcaNatural de Joinville (SC), Fagundes sempre quis ser dono de seu próprio negócio. Para realizar o sonho, ele se inspirou em sua mãe, que trabalhava em uma fábrica de lingeries. “Eu queria fazer algo e achei que o ideal seria confecção destas peças”, diz o empresário.De acordo com Fagundes, o primeiro passo para criar a 2Rios Lingerie, em 1990, foi observar algumas fábricas concorrentes para entender o que eles estavam fazendo e copiar. Mas, logo no começo do negócio, na década de 1990, ele já enfrentou algumas dificuldades, como a inflação que estava fazendo várias empresas fecharem as portas. “Foi muito difícil continuar e contratar mão de obra.”Na época, eram apenas 4 funcionários que trabalhavam com máquinas de costura em Rio do Sul, Alto Vale do Itajaí (SC). Em 1997, o empresário decidiu transferir a produção para Joinville para ficar mais próximo dos fornecedores e de sua família.Mas Fagundes considera 2001 como o ano em que a fábrica “deslanchou”. “Nós começamos a produzir o nosso tecido, conseguimos preços melhores e nossa qualidade aumentou, diz o empresário”. Com o crescimento da fábrica, Fagundes decidiu começar a exportar a produção em 2003.Para o empresário, vender os produtos em outros países foi uma oportunidade de manter o faturamento em momentos em que o mercado interno costuma vender menos, como em junho e julho.O primeiro país a receber os produtos da 2Rios Lingerie foi o Chile, e logo depois começaram as exportações para países como Uruguai, Paraguai, EUA, Japão, Austrália. Hoje, 20 países de cinco continentes recebem as peças da 2Rios, o que representa 20% do faturamento da fábrica.SustentabilidadeFagundes conta que a sustentabilidade é algo levado em conta durante a produção. “O que nós mais produzimos de lixo são justamente as sobras de tecidos”, afirma. Então, ao invés de descartá-los, a fábrica investe em usos alternativos, como dar para academias encherem sacos de lutas ou para pessoas que produzem tapetes.Além disso, a fábrica faz o aproveitamento de água da chuva e trocou as lixeiras individuais por locais de descarte apropriados para materiais recicláveis e não recicláveis. Por causa dessas ações, a empresa recebeu o prêmio de mérito da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) pelo programa Lixo Zero.

CANAIS DE VENDA ONLINE