Feijão, pão de queijo, café e tapioca são alguns produtos dos quais muitos brasileiros sentem falta quando se mudam para outro país. Diante dessa demanda saudosa, alguns conterrâneos transformam a oportunidade em negócio.
De acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores divulgado nesta sexta-feira (7), há cerca de 20 mil micro e pequenos empreendimentos formais de brasileiros no mundo. Os Estados Unidos concentram a maior parte deles, com 9 mil. Em seguida estã o Japão, com 1,5 mil, e a França, com 1.320.O chamado mercado da saudade é o segmento mais tradicional, especializado em comercializar produtos nacionais para as comunidades brasileiras no exterior. Além de alimentos, vestuário e outros bens de consumo, os empreendimentos englobam também serviços como salões de beleza, academias de musculação, de dança e de capoeira.“Esses segmentos estão indo muito bem e têm conquistado também a clientela estrangeira. Temos japoneses em aula de samba, temos americanos em aula de zumba, capoeiristas estrangeiros”, disse a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, ministra Luiza Lopes. “Começamos com mercados seguros dos produtos brasileiros e começamos a expandir bastante.”O Ministério das Relações Exteriores lança os primeiros guias de série Como empreender no exterior, junto com o livro Brasileiros nos Estados Unidos – Meio Século Refazendo a América (1960-2010)O levantamento do Itamaraty levou em conta os micro e pequenos empreendedores formais, mas há muitos outros que não entraram na estimativa. Apenas nos Estados Unidos, a estimativa é que 48,3 mil brasileiros desenvolvam atividades autônomas informais. “Há campos ainda para serem conquistados pelos brasileiros, vemos pelo perfil deles, que há potencial muito grande”, acrescentou a diplomata.Por causa da expansão desse mercado, o Itamaraty terá ações para fomentar e apoiar os micro e pequenos empreendedores no exterior. Hoje, como parte dessas medidas, foram lançados 16 guias, de 13 países, com orientações específicas de como empreender em cada localidade.“Ao fazer o mapeamento, nós nos demos conta que grande parte dos empreendedores brasileiros têm muita dificuldade em conseguir as informações sobre a legislação pertinente”, disse Luiza Lopes. Os guias trazem informações sobre questões como impostos que devem ser pagos, quais são as regras trabalhistas, quais são os benefícios aos quais os empreendedores têm direito em cada localidade, entre outras.“Dá muito trabalho ir atrás dessa informação, ela está disponível em idioma local, dependendo do país, em idioma que os brasileiros ainda não dominam. É difícil buscar essa informação. Temos ainda poucas associações, de modo que cada um, quando decide abrir um empreendimento, tem que trilhar esse caminho inteiro", acrescentou a diretora. Segundo ela, além dos guias, os consulados, que antes não prestavam esse tipo de atendimento, agora poderão dar orientações sobre esses temas.Ao todo, o Brasil tem cerca de 3,1 milhões de cidadãos vivendo em outros lugares do mundo. Os guias têm como foco as localidades onde há mais empreendedores com esse perfil: América, Europa Ocidental e Ásia. Ao todo, devem ser produzidos cerca de 30 guias, não apenas de países, mas de estados e regiões com legislações específicas.As publicações lançadas nesta sexta abrangem informações sobre Alemanha, Bélgica, Chile, Holanda, Luxemburgo, Irlanda, Itália, Japão, Reino Unido, Suíça e Suriname, além de guias específicos para as regiões da Nova Inglaterra e da Flórida, nos Estados Unidos; e do Québec, no Canadá.Fonte: Jornal do Brasil
A estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é que ao final da implantação seja possível tornar os processos de exportação e importação, em média, 40% mais ágeis
Os exportadores que embarcam cargas por meio marítimo e rodoviário podem utilizar, a partir desta quarta-feira (28), o Portal Único do Comércio Exterior, na internet, para simplificar e tornar mais ágil o processo.O serviço vale, inicialmente, para as exportações sujeitas exclusivamente a controle aduaneiro realizadas no Porto de Santos, em São Paulo, que é responsável por um terço das exportações marítimas, e nas unidades aduaneiras em Uruguaiana (RS) e Foz do Iguaçu (PR), que respondem por mais de 50% do que o Brasil exporta por meio rodoviário. A expectativa é de que, até o final do ano, 100% das exportações possam ser feitas por meio do portal único.A estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é que ao final da implantação seja possível tornar os processos de exportação e importação, em média, 40% mais ágeis, reduzindo os tempos médios das exportações brasileiras de 13 para 8 dias e das importações de 17 para 10 dias.Outras vantagens com o uso do portal é a redução do preenchimento de informações, que podem chegar a 60% em alguns casos. Os exportadores passam a contar com a Declaração Única de Exportação (DUE), que substitui os três documentos utilizados até então para registro e declaração dos embarques.O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Abrão Neto, disse que o serviço desburocratiza processos, reduz custos e amplia a competitividade dos produtos brasileiros. “Um objetivo principal é aumentar a competitividade da produção e das exportações brasileiras. Ao se reduzir prazos e custos para operar no comércio exterior, o que o portal único faz é aumentar a competitividade dos nossos operadores”, disse.O secretário citou como exemplo de desburocratização e otimização casos em que operações de importação e exportação exigem que o CNPJ da empresa seja apresentado até 18 vezes e, a partir do uso do portal, esse dado será solicitado uma única vez e depois compartilhado em todos os passos do processo.O Portal Único do Comércio Exterior já funcionava atendendo a exportações por meio aéreo. O portal foi desenvolvido em conjunto pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda. Para usar o serviço o exportador deve acessar o endereço eletrônico http://www.portalsiscomex.gov.br/ .Fonte: Empreendedor
SEBRAE E APEX FIRMAM ESTRATÉGIA PARA DIMINUIR ENTRAVES NAS EXPORTAÇÕES
Durante a assinatura do convênio, presidente do Sebrae destaca que é preciso remover o ‘entulho burocrático’ que atrapalha transações
A união faz a força e, para melhorar o acesso ao comércio exterior para os pequenos negócios, essa máxima não é diferente. Nesse clima de colaboração, o Sebrae realizou por todo o dia de hoje (6) o Seminário Pequenos Negócios e Mercados Internacionais, em que foi firmado um convênio de cooperação técnica entre o Sebrae e a Apex, pelos presidentes Guilherme Afif Domingos e Roberto Jaguaribe, respectivamente. Atualmente, as micro e pequenas empresas respondem por apenas 1% do valor total exportado no Brasil.O convênio tem duração de dois anos e prevê ações conjuntas na promoção e preparação dos pequenos negócios para o comércio internacional. Estudo do Sebrae identificou mais de 140 entraves nas transações de importação e exportação pelos pequenos negócios. “Precisamos remover o entulho burocrático que impede o livre trânsito de mercadorias. Para isso, vamos unir forças não só com a Apex e outros parceiros no Brasil, mas também no exterior – o primeiro será com a Argentina, que servirá de modelo para os demais”, explicou Afif. Jaguaribe complementa: “Esse tipo de parceria visa dar competência e entendimento instrumental para as micro e pequenas empresas operarem com comércio exterior.”Complementaram a programação uma palestra do consultor italiano Nicola Minervini, especialista em comércio exterior, além da apresentação de dois casos de pequenos negócios bem-sucedidos – a brasileira WNutritional, que vende bebidas de nutrição funcional para Estados Unidos e Panamá, e a costa-riquenha Visa, de produtos agropecuários. Para terminar o dia, um workshop apresentou soluções oferecidas por Sebrae, Correios, Banco do Brasil, Apex e BID, entre outros.Daniel Feferbaum, CEO da WNutritional, assinalou que, apesar das dificuldades burocráticas, é o empresário que fará a diferença na hora de exportar. “É difícil, dá trabalho, mas temos de chamar a responsabilidade. A burocracia não pode servir de desculpa para não exportar”, resumiu. Discurso semelhante permeou a aplaudida apresentação de Minervini. Para o consultor, primeiro, o empresário precisa olhar para dentro do seu negócio e, caso siga o caminho da exportação, que o faça pelas razões corretas. “Exportar não é saída para a crise, mas uma forma de crescer”, destacou.Fonte: PEGN
Meta da parceria é inserir pelo menos 100 novas empresas no mercado de exportação
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciaram nesta semana uma parceria para apoiar a inserção de 500 empresas brasileiras no mercado internacional. O prazo de inscrição será aberto em julho para indústrias de todos os portes, setores e unidades da federação.Elas farão parte do programa Rota Global, que oferece consultoria completa para empresas não exportadoras investirem no mercado internacional, com diagnóstico, desenho de estratégia e acompanhamento.A meta é traçar o diagnóstico de 500 empresas, desenvolver planos de negócios para 200 delas e, ao final do projeto, em 2018, ter ao menos 100 novas empresas com operações concretas de exportação. O programa é desenvolvido pela CNI, em parceria com a União Industrial Argentina e o Parque Tecnológico de Extremadura, na Espanha.O investimento de R$ 1,2 milhão da iniciativa vem do AL-Invest, um programa da Comissão Europeia para fomentar a produtividade e competitividade de micro, pequenas e médias empresas na América Latina, como forma de combater a pobreza e a desigualdade social.Presença digitalTambém foi anunciada a parceria entre o MDIC e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para ações de convergência entre o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e a ConnectAmericas.com, uma plataforma virtual de negócios internacionais de empresas da América Latina e Caribe. Em dois anos de operação, mais de US$ 152 milhões em negócios foram fechados por meio da ferramenta.A parceria MDIC-BID vai disponibilizar conteúdo didático sobre ingresso das empresas na atividade exportadora e estimular as empresas da ConnectAmericas.com a participarem do PNCE e vice-versa.Os anúncios foram feitos hoje pelo ministro do MDIC, Marcos Pereira, durante reunião da Coordenação Nacional do PNCE. “As micro e pequenas empresas têm uma participação importante na geração de empregos e fomento da economia nacional. Mas não têm, pelo seu tamanho, uma condição de competitividade. Vamos poder fazer consultorias, apresentar essas empresas de forma mais abrangente no cenário internacional, treiná-las e com isso conseguir vender seus produtos que muitas vezes ficam focados no mercado doméstico”, disse Pereira.O PNCE reúne iniciativas de instituições parceiras nacionais e estaduais, com o objetivo de aumentar a base exportadora, estimulando a inserção de empresas de pequeno porte no mercado externo. Em 2016, o plano contribuiu para que quase 5 mil empresas exportassem pela primeira vez. E para 2017, estão previstas mais de 200 ações de apoio às exportações no âmbito do PNCE.Fonte: Empreendedor