EX-CAMELÔ TEM MARCA DE SAPATOS QUE FATURA R$ 5 MILHÕES

David Gonçalves começou trabalhando nas barracas de sapatos do pai na zona leste de São Paulo

Empreendedor apostou em sapatos para um público exigente.  (Foto: Pexels)
Quando David Gonçalves nasceu, seu pai já administrava quatro barracas de calçados em feiras na zona leste de São Paulo. Durante a infância, Gonçalves aproveitava as férias escolares para trabalhar nos pequenos negócios do pai. Estas experiências foram essenciais para que ele começasse a empreender no ramo, anos depois Formado em administração de empresas, o empreendedor trabalhou no grupo Pão de Açúcar e em outras empresas de varejo até que decidiu abrir o próprio negócio. Em 2007, Gonçalves criou a consultoria de marketing Índice da Moda e conquistou o primeiro cliente, a marca de sapatos Democrata. "Na época, o fornecedor precisava mudar o nome da empresa que, antigamente, era Diplomata, porque já havia um registro deste nome no Rio de Janeiro." A companhia cresceu e passou a atuar em todo o estado de São Paulo sob a gestão de Gonçalves.Com os sapatos sempre presentes em sua trajetória, três anos depois, Gonçalves resolveu voltar às origens e investir na venda de calçados, criando a The Craft. Ao contrário dos modelos vendidos pelo pai nas feiras de rua, a nova marca foi pensada para agradar executivos. Os sapatos masculinos são feitos 100% de couro e confeccionados manualmente. "Queria fornecer produtos que tivessem um estilo global e uma loja onde os executivos de grandes corporações pudessem comprar sem sair do Brasil."Para criar a The Craft, o empreendedor contou com a ajuda dos filhos, Thales e Pedro, para desenvolver projetos e criar modelos, formas e conceitos exclusivos para os produtos da marca. "Atendemos homens de negócios que necessitam estar bem arrumados no dia-a-dia", afirma Gonçalves.  Os sapatos custam de R$ 399 a R$ 598. Atualmente, a empresa tem três lojas em São Paulo.Desde o surgimento da primeira unidade, em 2010, a família já investiu R$ 5 milhões na marca. No ano passado, a The Craft faturou R$ 4,7 milhões e espera aumentar este valor em 2016, investindo em franquias, parcerias com multimarcas no Brasil e no exterior e em uma linha de calçados esportivos.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios

Dono da Ambev ganha R$ 2,26 mi por hora em um ano e fortuna bate R$ 100 bi

A fortuna de Jorge Paulo Lemann ultrapassou os R$ 100 bi, segundo a 'Forbes Brasil'

 

A fortuna de Jorge Paulo Lemann ultrapassou os R$ 100 bi, segundo a 'Forbes Brasil'

 
Jorge Paulo Lemann, 76, é o homem mais rico do Brasil pelo quarto ano seguido e também o que mais ganhou dinheiro no último ano.Segundo a revista "Forbes Brasil", seu patrimônio cresceu 23,76%: passou de R$ 83,7 bilhões, em 2015, para R$ 103,59 bilhões, em 2016 --um salto de R$ 19,89 bilhões. Até então, nenhum brasileiro havia rompido a marca dos R$ 100 bilhões, de acordo com a revista.O enriquecimento de Lemann representa um ganho de R$ 54,34 milhões por dia, ou R$ 2,26 milhões por hora em um ano, considerando um dia a mais em fevereiro. A revista calculou a variação do patrimônio no período de 12 meses anteriores a 15 de julho de 2016.Ex-jogador profissional de tênis, Lemann é sócio da empresa de investimentos 3G Capital Partners, que possui marcas como Budweiser, Burger King e Heinz. No Brasil, ele tem participação na Ambev, fabricante de cervejas como Brahma, Skol e Antarctica.
A maior parte de sua fortuna vem da participação na AB Inbev, maior grupo cervejeiro do mundo. Em outubro do ano passado, a empresa anunciou a compra da rival e vice-líder no mercado de cervejas SABMiller, por mais de US$ 100 bilhões. A conclusão do negócio ainda depende da aprovação de órgãos de concorrência pelo mundo.

Os sócios de Lemann na 3G Capital, Marcel Herrmann Telles, 66, e Carlos Alberto Sicupira, 66, também viram suas fortunas crescer em um ano, segundo a revista.

Telles, o terceiro mais rico do Brasil, aumentou seu patrimônio em R$ 6,43 bilhões, passando de R$ 42,26 bilhões, no ano passado, para R$ 48,69 bilhões, neste ano.Sicupira, o quarto no ranking dos bilionários brasileiros, ganhou R$ 6,23 bilhões. Sua fortuna, estimada em R$ 36,93 bilhões em 2014, subiu para R$ 43,16 bilhões em 2015.Fonte: UOL

De porta em porta, empreendedora chega a franquia de R$ 40 milhões

Mônica Burgos começou vendendo de porta em porta e hoje comanda a Avatim, com 58 lojas pelo país

Mônica Burgos, da Avatim: nova vida após o divórcio (Foto: Avatim/Divulgação)
A missão de criar três filhos após o divórcio não impediu que Mônica Burgos decidisse largar a advocacia e mudar de carreira. Aos 30 anos, a baiana foi para o Rio de Janeiro para estudar moda, voltou para seu estado e fundou a Avatim.
Natural de Itabuna, Mônica trabalhou oito anos como advogada antes de se mudar para a capital carioca com os três filhos. Encontrou-se na área de consultoria para lojistas com dicas de como expor os produtos e proporcionar uma melhor experiência aos clientes.
Dentro desse ramo, conheceu os aromatizantes de ambiente. “Vi uma lacuna no mercado que era o de aromas que marcassem a identidade das lojas. Na época, existiam apenas incensos e algumas essências, então, decidi apostar no marketing olfativo”, diz a empreendedora.Mônica voltou para a Bahia com a intenção de prestar os serviços de consultoria e vender os aromatizantes que levou na bagagem para o nordeste. “Depois de seis meses me dei conta de que não havia conseguido prestar uma consultoria sequer, mas já tinha vendido centenas de frascos de aromatizantes”, afirma.O talento para vendas diretas de Mônica chamou a atenção do amigo César Fávero, que a convidou para profissionalizar o serviço, entrando como sócio no negócio e futuramente ajudando a produzir suas próprias fragrâncias.Dessa parceria nasceu há 13 anos a Avatim, rede de franquias presente em 17 estados e que, além de aromatizantes, produz há sete anos cremes e sabonetes para uso pessoal.Hoje, com 48 anos, Mônica confessa que foram os filhos que a motivaram a se aventurar como empreendedora. “Não admito quem diz que não pode se arriscar na carreira, pois têm filhos para criar. Foi justamente por querer um futuro melhor para eles que decidi que precisava mudar”, diz.Das vendas diretas à rede de franquias
Mônica Burgos e Cesar Fávero, sócios da Avatim: faturamento de R$ 40 milhões (Foto: Avatim/Divulgação)
A parceria com Fávero fez Mônica enxergar o real potencial de seu negócio. “Ele impôs uma programação que eu não estava acostumada. A única coisa que me pediu foi que continuasse fazendo o que estava dando certo, que era vender os aromatizantes e treinar novos vendedores”, diz a empresária.Quando o negócio completou quatro anos, o escritório em Salvador mudou-se para Ilhéus, onde foi fundada a primeira fábrica da Avatim. Durante este período, Mônica mobilizou vendedores de diferentes estados e antes mesmo de fundar a primeira loja, em 2009, já havia popularizado os produtos da Avatim do Acre à Porto Alegre.Apenas cinco meses depois da primeira loja física, surgiram os interessados em montar franquias. “Tive que correr para aprender o que era franquia, padronização e o que deveria partir da empresa. Acompanhei de perto as 37 primeiras franquias, viajando pelo Brasil”, afirma.Com 52 franquias e 6 lojas próprias, a meta da empresária é quase triplicar o número de unidades nos próximos anos. “Estamos montando agora as franquias Slim, menores, para atender a cidades do interior. Com elas, pretendemos chegar a 150 lojas até o fim de 2017”.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios

SKATISTA BRASILEIRO CRIA REDE DE LOJAS E FATURA R$ 8 MILHÕES

Cezar Dal Pozzolo é skatista profissional e fundou a rede Matriz Skate Shop, especializada em roupas e acessórios para o esporte

Cezar Gordo: skatista e empreendedor (Foto: Divulgação)
Mais de oito milhões de brasileiros andam de skate no Brasil, segundo dados do Datafolha. E com tanta gente praticando, empreendedores começam a criar negócios para atender os brasileiros fãs do esporte, criado há cerca de 50 anos nas ruas de Los Angeles, nos Estados Unidos.
Um dos empreendedores que se destacam no setor é Cezar Dal Pozzolo, o Cezar gordo. Ele criou a gaúcha Matriz Skate Shop, uma rede de lojas especializada em vender vestuários e peças de skate para quem pratica o esporte. Com cerca de 40 profissionais, a marca opera um e-commerce e tem e lojas no Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. “Nosso faturamento é pouco mais de R$ 8 milhões”, diz.
Cezar, 34 anos, tem uma história com o esporte. Começou a praticá-lo ainda criança pelas ruas de Porto Alegre. Na adolescência, virou skatista profissional e competiu em importantes campeonatos pelo mundo. Em 1997, ele ganhou uma câmera do pai e começou a gravar vídeos de manobras de skate com seus amigos. “Na época, não existia o YouTube e nem as redes sociais. A informação sobre o meio do skate circulava em revistas e vídeos.  Então, eu e um dos meus atuais sócios, Marcus Cida, aproveitamos o presente do meu pai para fazer videos amadores e divulgar o skate gaúcho para o Brasil", diz.O primeiro vídeo, chamado de Matriz, fez muito sucesso. Feliz com o resultado, a dupla gravou mais quatro edições, que eram vendidas em eventos de skate pelo Brasil. Todas elas, afirma Cezar, fizeram um sucesso entre os praticantes do esporte. “Com a procura, eu percebi que o skate, um esporte que sofria muito preconceito e era associado a arruaceiros, estava ganhando adeptos pelo país”, diz.Cezar procurou então seu pai, Marloi Dal Pozzolo, para ajudá-lo na empreitada. “Ele fez o primeiro investimento”, afirma. Em 2001, as portas da primeira loja da Matriz, na Avenida Cristóvão Colombo, em Porto Alegre, foram abertas. “Meu pai viu potencial em mim como empreendedor. Eu não esperava ter chegado onde cheguei”, diz.Atualmente, além do pai, o empreendedor conta com o apoio de dois sócios na gestão do negócio. São eles: Marcus Cida e Rodrigo “TX” Teixeira. Como Cezar, os dois são skatistas profissionais e reconhecidos internacionalmente. “Nós cuidados de tudo na Matriz, mas temos profissionais de mercado nos auxiliando na gestão”, diz.
Cezar durante inauguração da loja de Maringá (Foto: Divulgação)
Superação O skate é um setor bilionário atualmente. O esporte é patrocinado por grandes marcas, entre elas a Nike e a Adidas, e tem competições importantes que rodam o mundo, como o  Street League Skateboarding. O Brasil, inclusive, é um celeiro de ídolos mundiais, como Luan de Oliveira, Letícia Buffoni, Klaus Bohm, Sandro Dias, Felipe Gustavo, Bob Burnquist e Pedro Barros. “O país sempre tem nomes brilhantes no esporte. Seguramente, estamos no rol dos melhores do mundo”, diz Cezar.Apesar do sucesso, o esporte ainda é vítima de preconceito. “São poucas as cidades que têm pistas para a prática do esporte”, diz. “E a falta de estrutura acontece porque órgãos públicos ainda não entenderam o skate como um mercado que  gera empregos, renda e inclusão social”, diz.O setor, diz Cezar, não encontra só essa barreira. O preconceito inibe que o mercado se desenvolva, ou seja, que empreendedores criem produtos nacionais. “Temos algumas iniciativas, como marcas de roupas e de calçados, fabricantes de peças, entre outros produtos. Mas, se o esporte fosse visto com outro olhar, teríamos um mercado mais forte”, diz.Por causa da escassez de produtos nacionais, a maioria das peças (rodinhas, trucks e shapes) e dos vestuários que são vendidos no mercado brasileiro são importados, o que encarece a prática do esporte. “Quando a moeda americana valoriza ante o real, somos afetados imediatamente”, diz.Para não sofrer, Cezar adotou uma nova estratégia: criar e desenvolver uma marca própria.No último ano, ele criou a marca Matriz e confecciona as próprias roupas. “As nossas coleções funcionam bem e vamos aumentar o nosso mix de modelos. É a nossa estratégia para oferecer um preço justo e fomentar a prática do esporte no Brasil”, diz.Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios

Filha assume negócio de alimentação vegana e fatura R$ 2 milhões

Mr. Veggy foi pioneira ao oferecer coxinhas, pastéis e hambúrgueres vegetarianos, pela internet ou em lojas de produtos naturais
Mariana Falcão assumiu, aos 26 anos, a empresa criada por seus pais para solucionar a dificuldade que tinham em encontrar opções de alimentação para a filha, vegetariana. A Mr. Veggy (www.mrveggy.com) foi uma das primeiras marcas de produtos vegetarianos congelados, criada em 2004 com o objetivo de oferecer alimentos práticos e saborosos, sem ingredientes de origem animal. O negócio fatura hoje quase R$ 2 milhões – mais de dez vezes superior ao que era obtido quando Mariana passou a comandar a companhia, em 2008.
A Mr. Veggy surgiu quando o pai, engenheiro, começou a desenvolver produtos à base de soja, e a mãe, que já trabalhava com gastronomia, passou a comercializá-los. Ainda em 2004 foi estabelecida a fábrica em Santana de Parnaíba, nas proximidades de São Paulo. “Ainda hoje são poucas as opções veganas e vegetarianas disponíveis no mercado. Fomos pioneiros nesse segmento”, afirma a empresária.À época que assumiu o negócio, Mariana, formada em administração, ainda tinha pouca experiência profissional – mas encarou o desafio. Ela ampliou o portfólio da empresa, incluindo outras matérias-primas além da soja, tornou a linha vegana e criou uma loja virtual da marca. “O que me motiva é saber que estou fazendo a diferença, facilitando a vida de muitas pessoas que, como eu, optaram por mudar a alimentação em um país que ainda consome muitos produtos de origem animal”, conta a CEO.Comida gostosa e natural Todos os alimentos são feitos de forma artesanal, sem uso de conservantes e com ingredientes in natura. Entre os produtos oferecidos encontra-se, por exemplo, cinco tipos diferentes de hambúrguer, como o de grão de bico, o de lentilha e o de ervilha, último lançamento e exclusividade da marca. Também estão no cardápio coxinhas, pastéis integrais, quibes, entre outros.Os produtos acabam atingindo um público mais amplo do que o esperado inicialmente. Segundo Mariana, pessoas que não são necessariamente veganas ou vegetarianas, mas estão reduzindo o consumo de carne, também procuram a Mr. Veggy. “É uma alternativa prática, natural e saborosa para quem não tem tempo de cozinhar todos os dias”, comenta.Com 600 clientes ativos, a Mr. Veggy está presente em diversas lojas de produtos naturais e vegetarianos em São Paulo, além de atender empresas, como o Hospital Albert Einstein, Mercedes-Benz e Bayer. Para 2016, o principal objetivo da marca é se estabelecer nos supermercados. Com isso, a expectativa é um crescimento de 20%. Também é possível adquirir os produtos da Mr. Veggy por meio do e-commerce www.lojinhaveggy.com, com entrega para a Grande São Paulo.Fonte: Empreendedor

De desempregado a bilionário: a vida do CEO do Airbnb

Com certeza você já ouviu falar da Airbnb, talvez já tenha até utilizado o serviço para se hospedar em algum lugar, mas você sabe a história da empresa? airbnb

O que era para ser uma forma de esticar o dinheiro até o fim do mês se transformou, 8 anos depois, em uma ideia de US$ 25 bilhões. Foi assim que Brian Chesky, formado em design industrial, e Joe Gebbia, seu colega de faculdade, criaram o Airbnb em San Francisco, em agosto de 2008. Alguns meses depois, Nathan Blecharczyk, engenheiro, se juntou ao grupo.
  • Atrás de um sonho
Com uma ideia de negócios na mão, muita disposição e nenhum dinheiro no bolso foram atrás de investidores e formas de financiar a startup. Chegaram a vender caixas de cereal personalizadas, inclusive para campanhas presidenciais. Por fim, entraram na incubadora Y Combinator, em San Francisco.No início foi difícil fazer o serviço crescer. Ao investigar por que os apartamentos de Nova York não estavam sendo alugados, os sócios perceberam que a qualidade das fotos era muito ruim. Então foram pessoalmente para a cidade e bateram de porta em porta para tirar fotos mais bonitas dos apartamentos. Na semana seguinte, dobraram o faturamento da cidade para US$ 400 por semana.Hoje, o serviço permite alugar mais de 2 milhões de propriedades, de quartos a casas na árvore, e mais de 1.400 castelos em 34.000 cidades de 190 países. Mais de 60 milhões já se hospedaram com o Airbnb desde seu lançamento, que já fez promoções com quartos na Torre Eiffel, em um aquário de tubarões, além do quarto de Ariana Huffington e da casa da famosa cozinheira Julia Child.
  • Obsessão
Brian Chesky está acostumado a se dedicar intensamente a qualquer projeto. Seu primeiro hobbie foi o hóquei. Sua próxima obsessão foi o design de brinquedos e, mais tarde, tênis esportivos. Em seguida, se interessou pela arquitetura e organização de cidades. Uma de suas paixões era o parque Disney World e até hoje ele se inspira em Walt Disney como exemplo de design e empreendedorismo.Ele se formou em design industrial na escola de design de Rhode Island e começou a trabalhar em Los Angeles, antes de se mudar para San Francisco. Bastante ansioso, ele passou a noite anterior a sua formatura no palco onde daria seu discurso como representante dos alunos, enquanto observava colocarem mais de 6.000 cadeiras na audiência.
  • Poderoso e inexperiente
A fatia de 10% a 13% no Airbnb garante uma fortuna de US$ 3,3 bilhões para Brian Chesky que, aos 34 anos, é um dos bilionários mais jovens a fazer sua própria fortuna. O crescimento explosivo levou o presidente de desempregado a bilionário em poucos anos. Formado em design, obviamente não tinha nenhuma experiência como CEO antes de se tornar um aos 26 anos. Por isso, precisou aprender muito e muito rapidamente.Para não perder tempo, o seu método era ir direto à fonte mais especializada no assunto. Assim, passou a fazer reuniões com Shreyl Sandberg, COO do Facebook, Jony Ive, diretor de design da Apple, e o investidor Warren Buffet. Depois de uma reunião de aconselhamento com Buffet, Chesky escreveu um relatório de mais de 3.600 palavras para não se esquecer de nada e o enviou para sua equipe, ainda do aeroporto. Ainda que conte com conselheiros de peso e uma grande equipe, ele aprendeu a agir em prol do que acreditava mesmo sem ter unanimidade.Quando a casa de uma anfitriã foi vandalizada pelos hóspedes, em 2011, ele passou por cima de alguns conselhos e fez o que pôde para reparar o dano, segundo a Fortune. Foi quando a empresa instituiu um seguro de US$ 50.000, ainda que isso pudesse prejudicar a empresa financeiramente. Deu certo. Hoje, seu principal desafio é encontrar equilíbrio em sua vida pessoal.Fonte: Exame.com

Amazon: criando e inovando de trás para frente

Além de viciada em números, a empresa também se preocupa muito com seus clientes

Amazon (Foto: Reprodução/Endeavor)
Inovação com foco no cliente”, parece clichê, mas é esse o lema que move todos os colaboradores da loja virtual que tinha tudo para dar errado, mas se transformou em uma empresa de nível global. E como a Amazon conseguiu tudo isso? Bem, com base em uma palestra que vimos no Festival Path, aEndeavor tem algumas teorias:
Comece & crie pelo cliente
A Amazon atua em vários segmentos, com os mais diversos tipos  de clientes. A empresa se relaciona com  vendedores, desenvolvedores, consumidores, produtores de conteúdo e até mesmo com outros negócios.E o que isso tem a ver com o foco no cliente? Tudo! A Amazon trabalha o relacionamento com os seus públicos seguindo uma única filosofia: Comece pelo cliente e trabalhe a partir do que ele precisa.Em outras palavras, antes de criar um serviço ou produto, seja ele pra qual público for, a empresa coloca o chapéu de cliente e se pergunta: será que o meu cliente vai gostar desse novo produto? Na verdade, a Amazon não só escuta seus clientes, mas também cria no lugar deles. Sim, pode parecer contraditório no começo, mas faz todo o sentido.O que acontece é que em vez de esperar seus clientes peçam por um produto, a Amazon, por meio de pesquisas e outros métodos, descobre exatamente quais os desejos dos seus públicos, mesmo aqueles mais adormecidos, e cria esse produto.Sabe aquela sensação que você tem quando vai a alguma loja, olha um produto que você nunca viu na vida, fica curioso, descobre o que ele faz e se pergunta “como eu vivi minha vida toda sem saber que isso existia?”. É basicamente esse sentimento que a Amazon desperta ao criar no lugar dos sues clientes. Na verdade, foi com esse pensamento que nasceu o Kindle.A ideia surgiu de uma análise dos hábitos de leitura dos seus consumidores. Enquanto todas as empresas queriam ir para o lado de tablets e outras novas tecnologias, a Amazon aproximou-se o máximo dos livros tradicionais, pois percebeu que seus clientes estavam mais inclinados a um consumo de livros físicos do que online. E o resultado disso? Bem, o Kindle é  um produto utilizado por milhares de pessoas ao redor do mundo e que vem ganhando cada vez mais força.Crie experiênciasMas, como bem sabemos, nem tudo se resume aos produtos e serviços oferecidos por uma empresa. Grande parte da mágica acontece na execução. A Amazon tem princípios muito fortes, mas um dos mais importantes é a criação  de valor para o cliente.E quando falamos de valor não estamos nos referindo aos preços ou lucro da empresa, mas sim em vender o melhor produto para o cliente, com tudo que ele tem direito e mais. Em outras palavras, diferente de muitas empresas, a Amazon não quer apenas entregar o seu produto de forma eficiente.Ela quer fazer com que a compra dos seus consumidores seja uma verdadeira experiência, com direito a vantagens que os façam entender que ali é um lugar diferenciado dos outros. Um lugar onde ele recebe ótimos benefícios, desde frete grátis até a simples devolução de um pedido que chegou atrasado.E para que essa entrega realmente aconteça, toda a equipe está sempre em busca da melhor qualidade de produto, sem que o consumidor tenha que pagar a mais por isso. A empresa se une e trabalha muito para que seus clientes sintam que fazer compras na Amazon é um ótimo negócio.Mas não se engane, tudo isso não nasceu do dia pra noite. A ideia veio como se não quisesse nada, primeiro tomou umas cadeiras, depois algumas mesas e, quando foram perceber, a ideia de criar valor para os clientes já movia um departamento inteiro.Trabalhando de trás pra frenteE se você está se perguntando como a Amazon consegue manter um time engajado com resultados cada vez mais promissores, chegou a hora de conhecer o ingrediente x do negócio: a metodologia working backwards. O termo que, em inglês, significa trabalhar de trás pra frente move a Amazon há alguns anos.Nessa metodologia, você pensa primeiro no que o cliente quer e só depois começa a produzir o produto ou serviço. Lembra aquele papo de criar pelo cliente? É exatamente com essa metodologia que a empresa consegue tirar as suas ideias do papel.Por mais estranho que possa parecer, na Amazon, o time pensa primeiro em onde quer chegar e só depois no que a empresa consegue, de fato, fazer para tornar isso real. A empresa instiga seus funcionários a soltarem a imaginação, focar na entrega final e não nas possíveis barreiras que podem encontrar no caminho desse projeto.E por que eles fazem isso? Bem, se o jeito mais fácil de se matar uma ideia é ter um espaço em que a resposta mais repetida é o famoso “não”, em um ambiente de “sim” as ideias criam raízes mais rápido.E para ajudar nesse processo, a Amazon sempre utiliza o chamado “press release”. Sabe quando você vai apresentar um projeto em alguma reunião e passa o dia inteiro montando um power point com as informações? Na Amazon, em vez disso, eles tem esse press release que nada mais é do que um documento que irá colocar em ordem as ideias que vieram de diversos times sobre algum produto ou serviço. Mas chega de papo, vamos entender um pouco melhor o passo a passo dessa metodologia:1. Elaborando a notíciaNessa parte do processo, todos pensam em qual seria a notícia que a Amazon enviaria para as mídias. Vamos supor que a ideia seja divulgar a nova loja física da Amazon no Brasil. Todo o time se reúne, discute ideias, até que cheguem em um consenso, como: “Amazon lança loja física de livros no Brasil”. A partir do título, que resume o foco da notícia, começa uma análise do conteúdo para criar a melhor comunicação possível da notícia. Qual linguagem será utilizada? Para quais meios vamos divulgar? Será que não é melhor trocar a ordem dos parágrafos?2. Colocando o chapéu do clienteDepois de ter uma linguagem adequada, é hora de vestir o chapéu do cliente e começar a fazer perguntas outros tipos de pergunta: como meu público sabe que isso é verdade? Quais dados podemos usar para provar que as informações são verdadeiras? O intuito aqui é perceber quais gaps o seu produto ou serviço tem e fazer com que o cliente saia sem dúvidas.3. Validação da ideiaCom isso em mente, listam-se as perguntas de negócio, como: temos equipe para tocar esse projeto? Como sabemos se essa é a melhor ideia? E a logística? E por mais arriscado que possa parecer, a equipe, mesmo sem saber se conseguirá um resultado ótimo, inicia o projeto. A Amazon acredita que isso ajuda a manter o foco no cliente e não no lucro.4. Conferindo os resultadosDepois do projeto ser concluído, o time volta para o press release e compara o que estava prometido para o cliente lá trás e o que, de fato, foi cumprido. Essa ação ajuda a entender melhor em quais partes o processo precisa ser melhorado, além de também servir como fonte de consulta para as pessoas que desejam iniciar ou aperfeiçoar uma ideia parecida com essa. E se você acha que isso é um documento super elaborado, com gráficos e anotações, na verdade, nas palavras do diretor de produtos “o documento não passa de um word com mais ou menos umas 20 páginas, nada elaborado.”Nenhum esforço é perdidoMas não se iluda, essa metodologia não é a prova de erros. A Amazon já lançou muitos produtos que foram um fracasso, como o Amazon Oction, que nada mais era do que uma cópia do Ebay. E enquanto muitos empreendedores teriam se descabelado e jogado a toalha, a Amazon fez seu time pensar no que poderia fazer diferente e, para o choque de muitos, foi daí que saiu a ideia de fazer marketplace, em 2000, o que era muito inovador para época.Com altos e baixos, a Amazon cresceu - e muito – nos últimos anos. Os pontos levantados só deixam mais nítidos os pilares que a empresa manteve durante toda a sua trajetória, os quais serviram de mola propulsora para que o negócio ganhasse cada vez mais mercado e a admiração dos seus consumiodres. E aí, depois de ler tudo isso, sua empresa foca no cliente ou em resultados?Publicado em Endeavor Brasil.

Cerimônia do Top Of Mind Santa Catarina

Cerimônia do Top Of Mind premia as marcas mais lembradas pelos consumidores catarinenses Leo Munhoz / Agência RBS/Agência RBS

Foto: Leo Munhoz / Agência RBS / Agência RBS

Com uma bem-humorada apresentação que relembrou os slogans mais famosos da publicidade brasileira, os comunicadores da RBS TV Laine Valgas e Mario Motta deram as boas-vindas ao público em auditório lotado na noite de ontem na sede da Federação das Indústria de Santa Catarina (Fiesc) em Florianópolis. A performance da dupla lembrou a presença das marcas no imaginário de todos e abriu uma noite que destacou o sucesso das empresas mais lembradas pelos catarinenses.No início da cerimônia, o diretor-geral de Jornais e Mídia Digital, Gabriel Casara, saudou a todos e destacou a sinergia entre os veículos para realizar o evento:— Neste ano, o Top Of Mind, realizado pelo jornal A Notícia desde sua primeira edição, passa a contar ainda com o Diário Catarinense e o Jornal de Santa Catarina. Este movimento, como sempre lembra Mário Neves,  diretor-geral da RBS TV, demonstra a sinergia de nossos veículos, que contribuem para o desenvolvimento do Estado não só editorialmente, mas por meio de ações que movimentam e estimulam o mercado. Na 22a edição do Top Of Mind, foram entregues 75 troféus aos vencedores de 50 categorias. Realizada pelo Instituto Mapa, a pesquisa que definiu o Top Of Mind 2016 incluiu mais de mil entrevistas nas 25 cidades com maior índice de potencial de consumo.Os vencedores das 22 categorias do Top Executivos foram escolhidos com base nas respostas de 150 empresários. O voto popular definiu as 28 categorias do Top População.Os convidados ainda assistiram à palestra da consultora renomada no Brasil e no exterior Martha Gabriel, sobre marketing digital, inovação e educação. A especialista também falou sobre gestão em tempos de crise e os desafios das empresas no momento atual do Brasil. De acordo com ela, as companhias tendem a adotar uma estratégia errada nestes momentos, que é baixar o preço dos produtos e serviços.— Preço é o que você paga, valor é o que você recebe. Quando você compete por preço, você se desgasta. Quando compete por valor, você brilha — afirmou ao auditório lotado.Ela destacou também que vivemos um momento de mudança no mundo dos negócios estimulado pela aceleração das novas tecnologias.— Inovar é agregar valor perceptível para os clientes. Em momento de crise, é preciso comunicar e investir em gestão.Confira a lista dos vencedores do Top Of Mind 2016:TOP POPULAÇÃO ESTADUAL – Marcas mais lembradas no Estado    Banco: Banco do Brasil Carne: Friboi e Seara Companhia de telefonia celular: Tim Cooperativa de crédito: Sicredi Empresa de vigilância e segurança: Orsegups Ensino técnico e profissionalizante: Senai Farmácia: Drogaria Catarinense e Preço Popular Frango: Sadia Leite: Tirol Loja de departamentos: Havan Loja de materiais de construção: Cassol Loja de material elétrico: Milium Plano de saúde: Unimed Pisos e revestimentos cerâmicos: Portobello Supermercado: Angeloni e GiassiTOP POPULAÇÃO REGIONAL – Marcas mais lembradas por região    Colégio de ensino médio (Grande Florianópolis): Energia e Catarinense Colégio de ensino médio (Norte): Bom Jesus IELUSC Colégio de ensino médio (Oeste): Bom Pastor Colégio de ensino médio (Serra): Centro Educacional Vidal Ramos Junior Construtora de imóveis (Grande Florianópolis): AM Construções Construtora de imóveis (Oeste): Nostra Casa Construtora de imóveis (Sul): Fontana Loja de eletrodomésticos (Grande Florianópolis): Koerich Loja de eletrodomésticos (Norte): Salfer Loja de eletrodomésticos (Norte e Vale do Itajaí): Casas Bahia Loja de eletrodomésticos (Oeste): Schumann Loja de eletrodomésticos (Oeste, Serra e Sul): Magazine Luiza Shopping center (Grande Florianópolis): Beiramar e Itaguaçu Shopping center (Norte): Mueller Shopping center (Oeste): Pátio Chapecó Shopping center (Vale do Itajaí): Neumarkt Universidade/Faculdade (Grande Florianópolis): UFSC Universidade/Faculdade (Norte): Univille Universidade/Faculdade (Serra): Uniplac Unmiversidade/Faculdade (Vale do Itajaí): UnivaliTOP POPULAÇÃO – Categorias especiais  Cidade catarinense da indústria: Joinville Cidade catarinense da indústria cerâmica: Criciúma Cidade catarinense da indústria têxtil e vestuário: Brusque Cidade catarinense do agronegócio: Chapecó Cidade catarinense do turismo: Florianópolis Personalidade catarinense de destaque nacional: Guga Kuerten Político catarinense de destaque nacional: Raimundo Colombo Time de futebol catarinense: Chapecoense e JoinvilleTOP EXECUTIVO – Marcas mais lembradas no Estado   Cervejaria artesanal/especial: Eisenbahn e Saint Bier Construção pesada: Sulcatarinense Construtora de imóveis: FG Cooperativa de alimentos: Aurora Eletroeletrônicos: Intelbras Indústria náutica: Schaefer Yachts Máquinas e equipamentos: WEG Metalúrgica e autopeças: Tupy e WEG Móveis: Rudnick Pescados: Gomes da Costa Porto de referência: Porto de Itajaí Pós-graduação ou MBA: FGV/Sociesc Tecnologia da informação: Senior e Totvs Têxtil e vestuário: Hering Vinícola: Villa FrancioniTOP EXECUTIVO – Categorias gerais         Grande empresa catarinense do comércio: Havan Grande empresa catarinense da indústria: WEG Empresa catarinense destaque em inovação: WEG Empresa, instituição ou fundação catarinense destaque em sustentabilidade e responsabilidade ambiental: Malwee e Tractebel Empresa, instituição ou fundação catarinense destaque em sustentabilidade social e projetos sociais: Instituto Guga KuertenTOP EXECUTIVO – Personalidades             Empresário destaque do comércio: Luciano Hang (Havan) Empresário destaque da indústria: Harry Schmelzer Jr. (WEG)    Obs.: Algumas categorias apresentam mais de um vencedor em razão de empate técnico. Nas categorias regionais, algumas regiões não foram contempladas devido a empate entre duas ou mais marcas sem que uma delas tenha alcançado o número suficiente de citações para ser considerada vencedora.Fonte: A Notícia

Homem disléxico larga escola e monta império multimilionário

Fundador da loja de brinquedos The Entertainer, o britânico Gary Grant tem mais de 110 filiais no Reino Unido e 4 no exterior
"Números são minha diversão", diz Gary Grant, fundador da loja de brinquedos The Entertainer. Grant nem precisa discorrer sobre sua paixão por números. Em uma hora dentro de sua empresa, nossa conversa é repleta deles: quantos xelins compõem uma libra, quantos anos ele tinha quando eventos importantes aconteceram em sua vida e as datas de fatos históricos. Quando não consegue se lembrar de um número, ele próprio se interrompe e volta ao assunto original até extraí-lo das profundezas de sua mente.Para uma pessoa que não gosta de matemática, todo o processo é exaustivo, mas trata-se de uma olhar apurado sobre como funciona a mente de Grant. Disléxico, ele não demonstrava interesse na escola, mas dizia que a matemática era "muito fácil". Após ter sido reprovado, ele foi estudar em uma escola para alunos repetentes da qual saiu aos 16 anos com uma única qualificação: nota máxima em matemática.Agora ele lê as tabelas e pode falar instantaneamente se algo está errado, faz somas sem usar calculadora e até hoje, apesar de ter um diretor financeiro, checa semanalmente o fluxo de caixa da empresa, assina cheques e aprova ou não as despesas.Sua devoção aos números acabou compensando. A Entertainer – batizada dessa forma na eventualidade de ele precisar mudar de setor e levar o nome consigo caso o negócio fracassasse – abriu sua primeira loja em 1981. Hoje, são mais de 110 lojas no Reino Unido e quatro no exterior. O LAIR (lucro antes do Imposto de Renda) foi de 7,8 milhões de libras no ano encerrado em janeiro, uma alta de quase um terço ante ao período anterior, com as vendas chegando a 130 milhões de libras.Grant anotava fluxo de caixa da empresa no verso de envelope marrom Grant anotava fluxo de caixa da empresa no verso de envelope marrom Foto: The Entertainer ConversãoO sucesso da Entertainer ocorre apesar do gerenciamento atípico do seu negócio. Grant tornou-se cristão em 1991, uma década depois de abrir a primeira loja. Sua fé era tão forte que ele quase desistiu de tudo para se tornar um missionário, mas, em vez disso, decidiu tornar o negócio compatível com suas crenças.Uma das implicações práticas disso é que a loja nunca abre aos domingos, não vende armas de brinquedo ou produtos licenciados de marcas como Harry Potter e doa 10% dos lucros da companhia para caridade: "Só queremos estar confortáveis com o que estamos vendendo", diz ele.Antes de sua conversão, quando uma cliente muito religiosa lhe disse que ele estava "estimulando as crianças a brincar com a escuridão", e que se ele parasse de vender determinados produtos "Deus lhe devolveria em outras formas", Grant admite ter pensando que ela era "maluca". "Eu expliquei que comprava e vendia as coisas para obter lucro e esse era o segredo de todo e qualquer negócio".Agora, como ela, ele diz que o sucesso contínuo da empresa não causa surpresa, assinalando que a Bíblia diz: "Aqueles que me honram eu honrarei" (1 Samuel 2:30)Quando a companhia enfrentou seu pior momento, no auge da crise financeira de 2008, Grant chamou um vigário e convidou seus funcionários a rezar junto com ele. Ficou surpreso com quantas pessoas ─ cerca de 30 ─ apareceram. Eles se encontraram semanalmente por quatro meses – chegando inclusive a orar pela concorrente Woolworths, à época em maus lençóis, por sabedoria e pela saúde financeira. No final, a empresa – que em certo momento parecia que registraria um prejuízo de 1 milhão de libras ─ terminou 2008 sem estar pior do que começou.

"Não tivemos lucro, mas não perdemos nenhum dinheiro e sobrevivemos", resume Grant.

Sobreviver é uma palavra antiga no vocabulário de Grant, antes mesmo de fundar seu próprio negócio. Seus pais se divorciaram quando ele tinha apenas três anos e o dinheiro era escasso. "Se eu quisesse qualquer coisa, eu tinha de ir pra rua e batalhar por ela". Durante o período escolar, ele entregou jornais, coletou garrafas vazias de cerveja e trabalhou em uma leiteria, doceria e loja de bicicletas.

Origem

Quando saiu da escola, ele passou a trabalhar em uma loja de bicicletas em tempo integral, que se tornou o epicentro local durante o boom dos skates nos anos 70. Quando o mercado de skates implodiu, comprou o excedente para vendê-lo por conta própria. Passar o tempo todo usando o telefone da loja para conversar com clientes potenciais acabou resultando em sua demissão, mas lhe deu dinheiro suficiente para começar a montar a sua própria loja de bicicletas.

Em vez disso, um telefone de um amigo que era agente imobiliário ─ e que tinha uma loja de brinquedos em Amersham (ao noroeste de Londres) em seu portfólio ─ se provou fatídico. Gary e sua mulher, Catherine, compraram o estabelecimento apesar do pouco conhecimento no setor.

Parecia um movimento ambicioso para um homem de então 23 anos. Mas ele disse que a vida já lhe havia ensinado que se um trabalho acaba, outro aparece.

A cada semana, ele anotava as receitas e as despesas da loja no verso de um envelope marrom. "Era como eu administrava o fluxo de caixa", conta.

O 'divisor de águas' na história de sua empresa ocorreria em 1991, com a derrocada da rival Zodiac Toys. Com o concorrente fora do mercado, a Entertainer pôde abrir sua primeira loja em um shopping center ─ algo normalmente impossível para uma pequena varejista ─ e a partir daí teve início a expansão.

História da Entertainer mudou em 1991, quando concorrente faliu
 História da Entertainer mudou em 1991, quando concorrente faliu
Foto: The Entertainer

As lojas físicas ainda são a principal fonte de receita da empresa ─ correspondendo a 80% das vendas. O restante vem do comércio eletrônico. Trata-se de uma divisão que agrada a Grant e ele demonstra irritação quando lhe digo que as pessoas tendem a inevitavelmente ir às lojas para olhar os brinquedos e, feita a escolha, comprá-los na internet por causa do preço mais baixo.

"Se eu não valorizar o serviço ao cliente, a gama de produtos, o ambiente das lojas, o aconselhamento dos vendedores…então compre na Amazon porque eu não vou perder o meu tempo", diz ele. "Tudo é uma questão de equilíbrio. Oferecemos valor agregado e o valor não é só o preço".

O sucesso da companhia ─ o negócio é controlado integralmente por Grant, sua mulher e seus quatro filhos, dois dos quais trabalham na empresa junto com ele ─ lhe trouxe muita felicidade material, mas uma das conquistas das quais mais se orgulha é dar uma chance a certas pessoas.

Atualmente, muitos dos integrantes do Conselho de Administração (CA) da empresa entraram na empresa como jovens aprendizes. A Entertainer também contrata funcionários sem qualificação.

"Se não me tivessem dado oportunidades talvez hoje eu não teria um negócio desse tamanho. Quero que todos tenham oportunidade", diz ele.

Fonte: Homem disléxico larga escola e monta império multimilionário - Terra

Só abriria outra empresa de varejo, diz Luiza Helena Trajano

A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza participa da série Pitch, do site de Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza  (Foto: Divulgação/Magazine Luiza)
Foi a 400 quilômetros de São Paulo, em Franca, que a Magazine Luiza começou a ser criada. Em 1957, a lojinha se chamava A Cristaleira e era comandada pelo casal Pelegrino José Donato e Luiza Trajano Donato. Depois de quase 60 anos, a rede tem 736 lojas em 16 estados.
O grande salto aconteceu em 1976, com a aquisição da rede Lojas Mercantil, permitindo o crescimento da empresa. Abertura em outros estados e inauguração de um novo centro de distribuição mais moderno aconteceram na sequência. Em 1991, uma reestruturação societária marcou a entrada de Luiza Helena Trajano, sobrinha dos sócios.
De lá para cá, Luiza se provou uma empreendedora competente e preparada, ampliando a atuação da rede e liderando momentos importantes, como o aporte dos fundos administrados pela Capital, gestora de private equity, em 2005, e a Oferta Pública Inicial de Ações (IPO), na Bolsa, em junho de 2011.Com fala simples e orgulho de estar sempre acessível aos funcionários, ela ocupa hoje o posto de presidente do Conselho de Administração da empresa. “Não me vejo atuando fora do Magazine Luiza, mas se precisasse iria criar outra empresa de varejo. Sou uma vendedora”, diz. Confira abaixo a entrevista da empresária para a série Pitch, do site dePequenas Empresas & Grandes Negócios. Nome: Luiza Helena Trajano Idade: 64 anos Onde nasceu: Franca (SP) Onde mora: Vivo entre São Paulo (SP) e Franca (SP) Que empresa fundou: Estou à frente do Magazine Luiza, fundada pelos meus tios. O que faz: Sou presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza. Quem o inspira no empreendedorismo: Várias pessoas, mas destaco meus tios, fundadores do Magazine Luiza, Luiza e Pelegrino. Qual negócio queria ter criado: Não me vejo atuando fora do Magazine Luiza, mas se precisasse iria criar outra empresa de varejo. Sou uma vendedora. Ser empreendedor é: Sonhar e fazer acontecer. Como ser um bom chefe: Fazendo as pessoas irem mais longe do que elas iriam sozinhas. Um sucesso: Não destaco um, aprendo muito com os sucessos e rapidamente partimos em busca de outros. Um fracasso: Aprendi mais ainda com os erros e procurei nunca repetir um. O que não pode faltar num negócio: Pessoas. Já faliu: Não. Em qual negócio jamais apostaria: Qualquer um que não fosse ético. Sua principal inovação: O Magazine Luiza fez diversas inovações que revolucionaram o varejo, mas a principal sempre está por vir. Um desafio: Colaborar com o Brasil e com as reformas necessárias. Um medo: Muitos, mas todos encarados com coragem.Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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