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13 startups brasileiras que fizeram a diferença em 2016
Especialistas listam para EXAME.com alguns negócios inovadores brasileiros que se destacaram neste ano.
1. Contabilizei
A Contabilizei é uma plataforma de contabilidade para micro e pequenas empresas, administrada de forma completamente online e com simplicidade, por meio da computação em nuvem.“A startup está dentro do movimento das fintechs e provavelmente já é a maior empresa de contabilidade do país, em número de clientes”, explica Pegurier. “Em apenas três anos de atividade, esse é um resultado surpreendente.”A startup, diz o mentor, representa um dos negócios inovadores de destaque que se desenvolveu fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo: ela é do Paraná. Além disso, ajudou seus clientes a economizarem 25 milhões de reais neste ano, apenas pela maior eficiência contábil.A Contabilizei já havia atraído grandes investidores no passado – como o fundo KaszeK Ventures. Este ano, recebeu um novo aporte, liderado pelo e.Bricks Ventures. Outros participantes do investimento foram novamente a KaszeK e o fundo internacional Endeavor Catalyst.2. Dr. Cuco
O Dr. Cuco é um aplicativo que funciona como uma “enfermeira digital”: por meio da ferramenta, é possível receber lembretes de medicamentos para doenças como colesterol alto, diabetes e hipertensão, por exemplo. Além de poder criar manualmente seus alarmes, o app permite receber automaticamente a prescrição feita por seu médico, já convertida em lembretes (peça ao seu médico para integrar-se ao Dr. CUCO).Em breve, os usuários poderão compartilhar seu tratamento com familiares e cuidadores, além de receber benefícios pelo tratamento realizado de maneira correta.“Essa solução tem o potencial de reduzir muito a taxa de desistência de tratamentos, o que reduz os custos do setor de saúde também”, explica Rondani. “É um negócio que tomará ainda mais força com o progressivo envelhecimento da população.”O criador do 100 Open Startups destaca que a empresa fechou este ano parcerias com grandes players do mercado de saúde, como o HCor (Hospital do Coração).O Dr. Cuco também foi escolhido como uma das dez startups mais sexy no evento de Rondani, a partir da opinião de 50 grandes empresas e dezenas de investidores. Por fim, a startup foi vencedora do Concurso de Planos de Negócios para Universitários do SEBRAE/SC, na categoria Negócios Digitais.O Dr. Cuco já recebeu um investimento-anjo e hoje está no Cubo, espaço para startups do banco Itaú Unibanco.3. Me Passa Aí
A Me Passa Aí se autodescreve como uma espécie de “Netflix dos estudos universitários”: os estudantes assinam o serviço e acessam videoaulas produzidas por alunos que se destacam, com posterior certificação por professores. O negócio começou em 2014 e tem 25 mil usuários cadastrados.Rondani destaca que o negócio passou este ano por um processo de investimento que pode se popularizar nos próximos anos: o equity crowdfunding. Por meio dele, pessoas físicas podem dar dinheiro a uma startup em troca de participação do negócio. No caso da Me Passa Aí, 250 mil reais foram arrecadados em troca de 12,5% de participação societária, diluída em 54 investimentos.4. Exact Sales
A Exact Sales é uma startup que desenvolveu uma metodologia e um software para gerar eficiência especificamente em vendas complexas.Com um ano e meio de vida, o negócio já atende mais de 500 clientes e faturou 2,1 milhões de reais no primeiro semestre de 2016.Neste ano, o negócio conquistou sua segunda rodada de investimentos. O aporte foi realizado pelo fundo CVentures, no valor de 4 milhões de reais. O valuation é seis vezes maior do que o do primeiro investimento, feito no ano passado.“O que me impressiona é eles chegarem tão rápido neste porte de negócio. Eles conseguem esse resultado atingindo um grande problema das empresas brasileiras: as vendas”, diz Waengertner, da ACE. “Em 2016, eles provaram que já saíram do estágio de startup iniciante, entrando em uma faixa de maior peso.”Vale lembrar que a Exact Sales também está fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, como a Contabilizei: ela foi fundada em Santa Catarina.5. GuiaBolso
O GuiaBolso é um aplicativo que promete melhorar a saúde financeira do brasileiro. A startup aposta na simplicidade da experiência do usuário como diferencial: além de ser gratuito, o app exporta e categoriza automaticamente todos as receitas e despesas da conta bancária do cliente.“O negócio já tem três milhões de usuários e diz que ajudaram seus usuários a economizarem mais de 200 milhões de reais este ano”, afirma Pegurier. “Eles resolveram uma dor enorme, por meio do desenvolvimento tecnológico de uma boa UX [experiência do usuário]. Isso gerou o boca a boca, que se transformou em sucesso para a startup.”A ideia chamou a atenção até mesmo do Banco Mundial em 2016. Em maio, a International Finance Corporation (IFC), ligada ao banco, e outros investidores dos fundos Kaszek Ventures, Ribbit Capital e QED Investors aportaram 60 milhões de reais no negócio.Pegurier analisa que o próximo passo do GuiaBolso será o oferecimento de serviços financeiros, o que poderá dar trabalho até para os grandes bancos – algo em que as fintechs já são especialistas.6. In Loco Media
A startup pernambucana In Loco Media é um exemplo de inovação disruptiva, segundo Pegurier. O negócio, lançado dentro de uma universidade de Recife, desenvolveu uma tecnologia de geolocalização mais preciso que o GPS – útil principalmente em ambientes internos.O negócio está presente na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa e já rastreou mais de 15 milhões de estabelecimentos, diz o mentor. Seu foco é oferecer um serviço de publicidade digital hipersegmentada para empresas.“Uma montadora de veículos pode fazer publicidade específica para pessoas que já estão dentro de suas concessionárias, ou uma universidade consegue lançar publicidade para quem está perto da instituição, por exemplo.”O negócio tem hoje 50 milhões de usuários ativos e trabalha com grandes empresas, como Claro, Coca-Cola, Fiat, LG, Lojas Americanas, Natura e Nestlé.7. Love Mondays
O Love Mondays, lançado em 2014, ajuda profissionais a conhecer 75.000 empresas e candidatar-se a vagas. Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, destaca que é uma startup liderada por uma mulher – Luciana Caletti – e que conseguiu obter êxito com pouco tempo de vida.O principal marco da empresa neste ano foi sua venda para o negócio que os inspirou: o portal Glassdoor. O valor da transação não foi divulgado. “O exit foi um marco importante principalmente no modelo que foi feito: a Luciana continua na operação e na liderança.”8. Méliuz
A Méliuz é um programa de fidelidade que, em vez de dar pontos, devolve parte do seu dinheiro direto na conta.Criada em 2011, a startup vem crescendo exponencialmente: segundo a empresa, 23 milhões de reais já foram repassados às contas bancárias de seus usuários.“Eles estão de fato fazendo diferença no seu setor, que é um mercado bastante novo ainda”, explica Ana Fontes. “Os fundadores foram selecionados como mentores da Endeavor e a Méliuz está bem cotada, com vários prêmios.”O maior deles foi o de startup do ano, no prêmio Startup Awards 2016. No final de 2015, o negócio já havia conquistado um aporte do investidor francês Fabrice Grinda, um dos criadores da OLX. O valor do investimento não foi divulgado.9. Movile
A Movile é uma das maiores startups do Brasil. A empresa paulista de conteúdo para celulares responsável por aplicativos como iFood e PlayKids é o negócio mais cotado para se tornar o primeiro unicórnio brasileiro – negócios avaliados em um bilhão de dólares (ou mais).“O FabrIcio Bloisi, da Movile, é um empreendedor de primeira linha. A Movile entra em setores muito competitivos – o iFood disputa agora com negócios como o UberEats, por exemplo – e se destaca, mesmo fora do país”, explica Waengertner, da ACE. “Essa agressividade e essa urgência torna a Movile um grande exemplo brasileiro de empreendedorismo.”10. Nubank
O Nubank é provavelmente a startup mais popular de 2016: seu nome não saiu da boca dos brasileiros, o que gerou uma fila de sete milhões de pessoais querendo o cartão de crédito da marca – administrado totalmente online e sem taxa de administração.A ameaça de fechamento por conta de uma medida do Banco Central, divulgada há poucos dias, só confirmou o interesse dos brasileiros pelo “roxinho”, apelido do cartão da fintech.“O Nubank se destaca por estar lutando contra gigante e por estar trazendo um nível de qualidade Vale do Silício ao Brasil: a gente sente isso quando visita o negócio, quando conversa com os clientes e com os funcionários e quando colocam o Brasil no alvo de muitos investidores que nunca investiriam em negócios do país antes”, explica Pedro Waengertner, da ACE.“É uma startup de um setor que anda muito popular – as fintechs – e são o exemplo de maior sucesso nesse mercado, cheio de grandes players e super regulamentado”, completa Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. “Não deixo de destacar que uma mulher compõe a liderança: a Cristina Junqueira.”Em 2016, o negócio conseguiu o maior investimento da sua história, de série D. Desta vez, o valor do investimento foi de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 276 milhões, pela cotação atual). Até hoje, o Nubank já arrecadou mais de 600 milhões de reais nas cinco rodadas de investimentos acumuladas. Muitos colocam a startup no mesmo grupo da Movile: o de futuros unicórnios brasileiros.11. Resultados Digitais
A Resultados Digitais foi criada em 2011, explorando um mercado que ainda não existia no Brasil: o de automação de marketing digital.Para obter sucesso, trabalhou para convencer os brasileiros de que era preciso investir na atração de consumidores pela internet. Seu evento de marketing digital, o RD Summit, recebeu em 2016 mais de cinco mil visitantes.“Eles dominam um setor que eles mesmo criaram, estão exportando e seus criadores viraram mentores da Endeavor. É uma startup para ficar de olho”, diz Ana Fontes.Ela também destaca o aporte recebido pela RD neste ano: um investimento série C, no valor de 62 milhões de reais. A injeção de capital foi capitaneada pelo fundo TPG Growth, que já investiu em empresas como Airbnb, Uber e Spotify. Outros investidores foram Redpoint eventures, Endeavor Catalyst e DGF Investimentos.Já Pedro Waengertnet, da ACE, destaca a gestão do negócio. “A equipe tem um nível de execução próximo das empresas do Vale – especialmente na maneira como eles pensam o desenvolvimento do produto e a área comercial. Além de atraírem os principais investidores brasileiros, atraíram fundos americanos neste ano. São um exemplo de empresa de tecnologia no Brasil.”Ao todo, a Resultados Digitais já recebeu R$ 83 milhões em aportes e possui 380 funcionários na sua equipe.12. Sympla
Fundada em 2012, a Sympla é uma plataforma inteligente para venda e gestão de ingressos e inscrições. O negócio é voltado para produtores de eventos de pequeno e médio porte e já totalizou mais de 75 mil eventos feitos pela plataforma.A Sympla foi considerada melhor startup do ano de 2015 pelo Spark Awards. Neste ano, o negócio recebeu um aporte de 13 milhões de reais, liderado pela Movile.“É uma startup bem mineira. Sem fazer muito alarde, mas trabalhando muito e de forma focada, está crescendo muito. Em 2017, pretende faturar 250 milhões”, ressalta Fontes.“A Sympla teve uma trajetória muita agressiva, cercada de mentores bons e parceiros bons, como a Movile. Eles crescem de forma sólida e logo sairão do patamar de pequena e média empresa”, analisa Waengertner. “O negócio também acabou de comprar uma startup acelerada por nós e que era concorrente deles, a Eventick.”13. VivaReal
O VivaReal é uma startup criada em 2009 para bater de frente com outros portais de imóveis do país: o marketplace conecta compradores com vendedores e alugadores de residências.Hoje, são mais de 4,5 milhões de casas ou apartamentos dentro do site. O negócio também já acumulou 245 milhões de reais em investimento.Junto com as startups GuiaBolso e Nubank, o VivaReal foi considerado uma das empresas brasileiras mais inovadoras ao transformar a relação das pessoas com o dinheiro, segundo a consultoria KPMG e a investidora em fintechs H2 Ventures.“É um negócio feito por um empreendedor americano que veio ao Brasil sem conhecer ninguém e criou uma empresa que desafia portais de imóveis já estabelecidos há anos”, explica Waengertner, da ACE. “Ele encara esses concorrentes de forma eficiente e atraiu grandes investidores ao Brasil. É muito parecido com o Nubank, nesse sentido.”Fonte: PEGNEmpreendedor transforma lojas em escolas e supera dívida de R$ 10 milhões
Rogério Gabriel, fundador do Grupo Prepara, viu oportunidade para se livrar de suas dívidas dentro da própria empresa que havia lhe causado prejuízo
O desejo de se tornar empreendedor despertou de maneira hereditária em Rogério Gabriel. "Meu pai tinha uma empresa de comércio de café. Comprava do produtor e vendia. Eu andava com ele nas férias, então desde os oito anos estava ali pendurado. Achava um barato aquilo de começar a negociar, esquentar, não chegar no preço final, mudar de assunto e depois voltar a negociar", conta o fundador do Grupo Prepara, rede responsável por quatro marcas e dona um faturamento de R$ 305 milhões em 2016.
Apesar do sucesso que vive agora, Gabriel nem sempre esteve em situação confortável com suas empresas. O empreendedor precisou superar um prejuízo de R$ 10 milhões que herdou de seu primeiro negócio, um varejo de hardwares e softwares de informática.
"Encontrei uma oportunidade na microinformática. O PC estava chegando no Brasil e nós tivemos um crescimento muito bom. Isso foi em 1990. Estivemos entre as 100 melhores e maiores empresas do segmento no País. Depois o produto virou commodity e foi para as grandes cadeias de loja, como Casas Bahia, Ponto Frio e e-commerces. Com poder de compra maior e mix de produtos diferenciados, que permitia que eles entrassem nesse mercado, fomos perdendo margem e volume de venda", explica. "Meu erro foi insistir muito no negócio. Não tive regra de governança clara para ter um limite de perda. Fui a todos os limites pessoais e fiz dívidas", admite Gabriel sobre os motivos que levaram ao rombo nos cofres da Precisão Informática.
Como sair do buraco?
Depois que os erros já tinham sido cometidos, o que restava para o empresário era buscar formas de se reerguer. A solução veio a partir de um olhar mais profundo para dentro de seu próprio negócio. Percebendo o sucesso da área de capacitação de suas lojas, onde eram oferecidos treinamentos corporativos, Gabriel viu a possibilidade de começar a trabalhar com cursos para pessoas que desejavam entrar no mercado.
"Com essa crise a gente começou a olhar para isso com mais carinho. Vi que o que nos diferenciava do restante era a individualidade. Apesar de um sistema de ensino bem rudimentar na época, conseguimos entregar individualidade para o aluno. Comecei a transformar lojas em escolas e criamos uma marca nova", diz o empresário, referindo-se à Prepara Cursos, inaugurada em 2004.
A resposta do público foi positiva e imediata. Com o sucesso, novas escolas começaram a ocupar as lojas da Precisão Informática, que foi desaparecendo aos poucos. Depois de dois anos, seis unidades da rede já haviam passado pela transformação, concretizando a entrada da Prepara Cursos no mercado.Uma dívida de R$ 10 milhões, no entanto, não se paga de um dia para o outro. Mesmo com o êxito do novo negócio, a conta continuou no vermelho por alguns anos. De acordo com Gabriel, foi necessário negociar com fornecedores e bancos para quitar os débitos. Em alguns casos, a situação precisou ser resolvida na justiça: "Demoramos de três anos e meio a quatro anos para conseguir entrar em um programa de negociação. Depois, demoramos mais uns dois anos para quitar". De acordo com o empresário, a essa altura, a rede já tinha mais de 30 unidades.
Expansão
A partir deste ponto, Gabriel pôde começar a focar na criação de novas marcas. Pela percepção de que os alunos chegavam à Prepara Cursos com certa defasagem nos conhecimentos relativos à interpretação de texto e ao raciocínio, o empresário viu a necessidade de prepará-los com antecedência para os cursos profissionalizantes, utilizando-se das disciplinas de português, inglês e matemática. Assim surgiu a Ensina Mais, rede que utiliza recursos tecnológicos e uma metodologia baseada na interação para ensinar estas matérias às crianças e adolescentes. "A ideia é pegar esse aluno mais atrás, para que ele não chegue aqui com esse problema", esclarece.
Posteriormente, foram incluídas também as redes Pingu's English, que ensina inglês para crianças de três a oito anos, e English Talk, voltada ao público jovem e adulto, assim compondo o Grupo Prepara, que já conta com mais de 800 unidades franqueadas por todo o País.Gabriel compara a missão de empreender às situações capazes de elevar os batimentos cardíacos. "Tem um pouco dessa ousadia, essa adrenalina que roda. É um gosto, uma aptidão, como andar de moto. Mas tem uma dose de risco. Tem que ser calculado, usar capacete e roupa de proteção". Com um investimento de R$ 38 milhões planejado para a restauração dos cursos em 2017, o empreendedor nos dá a entender que, pelo menos por enquanto, deixar de andar de moto não faz parte de seus planos.Fonte: IG