7 PASSOS PARA MONTAR UM MINIMERCADO DE SUCESSO

O varejo de alimentos brasileiro está passando por mudanças e o empreendedor brasileiro pode aproveitar o embalo

Caixa de supermercado: ciência desvenda como deixar a fila mais rápida (Foto: ThinkStock)
O perfil do consumidor brasileiro mudou muito nos últimos anos. E isso não foi diferente no varejo de alimentos. Segundo o Sebrae-SP, grande parte das famílias deixou de fazer as tradicionais “compras de mês” nos hipermercados para atender às necessidades do dia a dia com aquisições menores, em mercados de bairro. Esse fenômeno que tem gerado empregos e afetado diretamente setores como a indústria e o agronegócio. De olho nesta tendência, a Feira do Empreendedor deste ano, que acontece entre os dias 18 e 21 de fevereiro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, estruturou pela primeira vez um minimercado-modelo, espaço exclusivo para quem está pensando em investir no setor.Com 225 m², o ambiente contará com as principais seções de um minimercado, oferecendo dicas e recomendações para o empreendedor ter um negócio de sucesso. Os visitantes poderão conferir, na prática, a importância de uma loja bem planejada e a maneira correta de expor seus produtos, fatores que afetam diretamente as vendas da empresa. Segundo Rodrigo Palermo de Carvalho, consultor do Sebrae-SP, o espaço é voltado tanto para os visitantes que querem abrir um minimercado quanto para quem já é dono de negócio. “O espaço dá a base para quem vai começar e novas ideias àqueles que já estão no mercado”, diz.A expectativa é que, ao longo dos quatro dias de evento, mais de 2.500 pessoas passem pelo minimercado-modelo. Para o consultor, a alta procura pelo espaço está ligada a uma tendência para 2017. “O mercado de bairro está ganhando mais espaço porque oferece atrativos que grandes redes não conseguem proporcionar por conta da escala. Atendimento personalizado, relacionamento com a comunidade e produtos de diferenciados estão em alta com os consumidores”, afirma Carvalho.O consultor listou quais são os passos a serem dados para quem está pensando em abrir um minimercado. Confira.1. Localização Segundo o consultor, a escolha da localização é a decisão mais importante para o dono de um minimercado. A partir dessa definição, o empreendedor vai estabelecer toda a sua estratégia, estruturando o modelo de negócio e o mix de produtos baseado no público-alvo da região. “Se o seu negócio estiver em um bairro com maior poder aquisitivo, você deve buscar atender esse público. O mesmo serve se estiver em uma região com menor poder de compra”, diz Carvalho.2. Atendimento personalizado Não é fácil se destacar em relação às grandes redes. Para o consultor do Sebrae-SP, dificilmente um minimercado consegue atrair os clientes por conta do valor dos seus produtos. O setor cresce pela personalização do atendimento, pelo portfólio e pela conveniência. Por isso, Carvalho aponta que o empreendedor deve incentivar seus funcionários a tratar os consumidores de maneira personalizada. “Normalmente, o comprador vai ao estabelecimento com mais frequência. É aí que o atendimento deve se diferenciar, buscando tratá-lo de forma intimista, auxiliando-o durante as compras.”3. Relacionamento com a comunidade Como já apontou o consultor, a escolha da localização define toda a estratégia do negócio. Dentro disso, é importante manter uma relação boa e próxima com a comunidade da região onde o seu minimercado está localizado. Ações que aproximem o empreendedor dos seus possíveis clientes são altamente recomendadas, porque passam uma imagem positiva da empresa. O especialista sugere que, por exemplo, o empreendedor convide uma escola da região para conhecer o seu negócio e mostrar como funcionam os processos dentro da empresa.4. Planejamento visual O planejamento visual de um minimercado deve ser muito bem feito. “É fundamental para quem trabalha neste setor”, diz Carvalho. Para o consultor, é de extrema importância que haja comunicação entre a escolha da fachada, do logotipo e das cores, por exemplo. Também entra no planejamento visual a disposição da loja, que deve seguir uma linha de acordo com as suas características. “Se você vende somente comidas típicas de uma região, o visual deve estar relacionado ao local de origem dos seus produtos”, afirma.5. Limpeza e conservação Essencial para qualquer estabelecimento relacionado à alimentação, o cuidado com a limpeza deve ser muito prezados pelo empreendedor. Mas, segundo o consultor, não basta ter uma equipe de limpeza eficiente, ela também deve tomar cuidado para não atrapalhar o fluxo dentro da loja. “O percurso realizado pelo cliente dentro do mercado não pode ter empecilhos”, diz Carvalho.6. Capacitação de funcionários Uma das principais características dos minimercados é que normalmente são estabelecimentos com poucos funcionários. É exatamente por isso que o empreendedor deve primar pela capacitação da equipe. “É fundamental investir nesses funcionários para que você tenha um time empenhado em fazer o negócio dar certo”, afirma Carvalho.7. Atenção às novas tecnologias Estar atento às inovações tecnológicas pode fazer toda a diferença para o empreendedor. Segundo Carvalho, há tecnologias disponíveis no mercado que já facilitam a vida do empresário, capazes de melhorar a transição de dados do fluxo de caixa, estoque e inventário, além das etiquetas eletrônicas, que agilizam processos e aumentam a produtividade dos funcionários. Outro fator a que o empresário deve ficar atento é em relação às redes sociais. “Há uma geração nova muito ligada às mídias sociais. Estar presente nelas pode ser uma forma de atingir esse público”, afirma o consultor.Fonte: PEGN

Ex-bancário transforma rescisão em um negócio de R$ 18 milhões

Raniery Queiroz foi demitido do banco em que trabalhava. Então, uniu seu conhecimento no ramo com suas reservas para abrir um negócio próprio.

São Paulo – Um investimento polpudo não garante um negócio de sucesso. Da mesma forma que grandes investimentos podem evaporar diante de uma má gestão, empreendimentos com pouco capital inicial podem acabar dando muito certo.Esse segundo caso resume bem a trajetória do empreendedor Raniery Queiroz: ele começou seu negócio com 13 mil reais – o dinheiro de sua rescisão, logo após ter sido demitido do seu cargo de gerente de banco. Com um bom conhecimento da concorrência e de quais diferenciais poderia trazer, seu pequeno escritório deslanchou. Saiba mais: Foi demitido? Conheça seus direitos e faça o dinheiro durar Assim nasceu a MTCred: uma rede de pequenos escritórios de crédito consignado (empréstimo descontado diretamente da folha de pagamentos da pessoa física).Só no ano passado, o negócio faturou 18 milhões de reais – e, para o ano que vem, quer dobrar o faturamento e chegar a 100 unidades.

Demissão, mudança de vida e diferenciais

Queiroz trabalhou durante dez anos no setor bancário, em agências de Cuiabá (Mato Grosso). Porém, em 2008, a filial onde trabalhava fechou – e ele perdeu o emprego de gerente. “Tinha de buscar algo para fazer, e não queria mais voltar para as grandes redes de bancos. Acabei virando empreendedor por essa pressão mesmo”, conta.O ex-bancário pensou nas habilidades que havia adquirido na carreira, e optou abrir um empreendimento na área de crédito consignado – com a qual havia trabalhado por um ano. O investimento inicial de 13 mil reais, vindo da rescisão do seu último emprego.“Usei o dinheiro para montar a estrutura do meu escritório, em julho de 2008. Em seis meses, éramos o principal agente pequeno de crédito consignado do estado”, diz Queiroz.Segundo o empreendedor, sua experiência em grandes bancos foi fundamental para fazer o empreendimento, chamado de MTCred, destacar-se no meio da concorrência. Saiba mais: O Mito do Empreendedor– Patrocinado “No lado das pequenas empresas, havia um mercado amador, formado por gente não profissionalizada e sem estrutura para expandir, por exemplo. Viemos com a proposta de realmente ter uma empresa organizada, com fluxo de caixa, processos e setores bem definidos”, defende Queiroz.Ao mesmo tempo, o negócio tem um custo menor do que os grandes bancos e, assim, pode oferecer taxas mais atrativas – e um melhor atendimento, segundo o empreendedor“A gente consegue oferecer os mesmos serviços dos bancos, só que com mais personalização. Eu atendo o cliente em casa, de forma remota e fora do expediente, por exemplo. No começo tínhamos uma jornada de 14 a 15 horas por dia, para realmente fazer acontecer.”A taxa cobrada pela MTCred para o crédito consignado começa em 1,70% ao mês. Segundo a empresa, a média praticada pelo mercado é de 2,34%.

Reestruturação e expansão

Com isso, a MTCred chegou a ter 35 unidades próprias em 15 estados, por meio de parcerias concentradas em alguns sócios regionais. Porém, os planos não foram como esperado e algumas lojas não tinham uma boa operação.“Percebemos que o nosso negócio depende muito do cuidado do dono: é preciso prospectar ativamente os clientes e mostrar segurança, já que lidamos com crédito e dinheiro. Com os sócios, a gestão se perde um pouco: eles têm várias unidades e não podem estar todos os dias em todas”, explica Queiroz.Por isso, em 2011 a empresa adotou um outro modelo de expansão, focado em ter donos mais presentes: o franqueamento. Hoje, a MTCred possui 6 lojas próprias e 24 unidades franqueadas. “A intenção, em longo prazo, é ficar só com a loja-matriz e transformar o resto em franquias.” Saiba mais: Franquias Brasileiras - Estratégia, Empreendedorismo, Inovação e Internacionalização– Patrocinado A reestruturação do negócio, aliada à busca de brasileiros pelo crédito em anos de crise econômica, trouxe frutos ao negócio. No ano passado, a MTCred faturou 18 milhões de reais, e vendeu 156 milhões em crédito.
Unidade da MTCred

Unidade da MTCred, escritório de atendimento (MTCred)

Planos para 2017

Falando em crise, o negócio também resolveu aproveitar não só a procura dos consumidores finais, mas também a de potenciais franquados. Por isso, lançará neste ano o modelo de franquias Smart, que operam em “home office” (trabalho de casa). Saiba mais: 10 segredos para um home office incrivelmente produtivo “É um modelo feito para esse momento de crise, visando profissionais que não conseguem recolocação no mercado e não podem investir em um ponto comercial. Não é preciso ter experiência em crédito, pois fonecemos os materiais de treinamento e o suporte ao longo da operação; mas uma qualidade desejável é ser comercial, saber como vender”, diz Queiroz.Com isso, a MTCred espera chegar a 100 franquias até o fim de 2017. Isso geraria um faturamento anual de 36 milhões de reais e cerca de 300 milhões de vendas em crédito.LojaInvestimento inicial: 60 mil reais Prazo de retorno: 8 a 10 mesesSmartInvestimento: 15 mil reais Prazo de retorno: 6 mesesFonte: Exame

A mulher que comprou a empresa dos chefes aos 18 anos e se tornou a 'rainha dos cereais matinais'

Quando, aos 18 anos, Carolyn Creswell ouviu que poderia perder o emprego, decidiu apostar dar um passo arrojado.A jovem então trabalhava em uma fábrica que produzia musli, um mix de aveia com frutas secas para lojas pequenas e cafeterias. Dessa forma, ela ganhava um dinheiro enquanto estudava na universidade de sua cidade, Melbourne, na Austrália.O ano era 1992 e os proprietários da pequena empresa disseram que tinham de vender o negócio, o que significava que talvez não houvesse trabalho para ela no futuro. Mas Creswell gostava do emprego e decidiu se arriscar sem pensar muito: comprou o negócio falido de seus chefes.Ela reuniu todas as suas economias e convenceu sua colega de trabalho, Manya van Aker, a se juntar à empresa. Elas conseguiram fazer uma oferta de mil dólares australianos (US$ 735), que foi aceita.Como primeiro passo, decidiram mudar o nome da empresa: se chamaria Carman, usando as três primeiras letras de seus nomes.No entanto, apesar do entusiasmo juvenil, as vendas não foram boas e Manya deixou a empresa depois de dois anos.Creswell insistiu e, em 1997, a segunda maior cadeia de supermercados na Austrália começou a comprar o cereal que ela produzia.Hoje, a Carman's Fine Food vale cerca de US$ 60 milhões, enquanto Creswell ganhou o título de "Rainha dos Cereais Matinais" nos meios de comunicação do país.O que começou com produtos para cafeterias é agora uma enorme cadeia que vende para mais de 3 mil lojas na Austrália e exporta para 32 países."Não tinha medo de trabalhar duro, mas os primeiros anos foram muito difíceis. Se pudesse desistir, eu teria desistido", disse Creswell à BBC.

Falência

Durante os três primeiros anos de atividade, ela continuou seus estudos de arte na Universidade de Monash. Entregava os pedidos de manhã, antes de assistir às aulas, e fazia a contabilidade e as vendas no período da tarde.
Divulgação
Os negócios da Carman vão além dos cereais matinais e incluem também granola
Depois de se formar, Carman ainda não era um negócio rentável para sustentar-se sozinho, por isso a empresária teve que ter empregos de meio período, incluindo um como caixa de supermercado.Foram dias difíceis. Creswell lembrou que, às vezes, pedia a seu irmão que tirasse gasolina do carro de sua mãe para poder colocar no seu."Eu estava falida. Lembro que não podia ver saída para o meu negócio", disse.No entanto, aos poucos as vendas começaram a crescer graças ao boca a boca. Sem dinheiro para a publicidade, sua mãe começou a ajudá-la de uma forma incomum, mas eficaz, fazendo uma espécie de marketing: ela ficava na entrada de lanchonetes e dizia em voz alta, de modo que as pessoas ouvissem, quão delicioso e nutritivo era o cereal de sua filha.Sua sorte mudou quando começou a vender seus produtos para Coles, uma enorme cadeia australiana de supermercados.Creswell não tinha empregados e sua única ajuda era a de seu marido, Pete.A empresa tem atualmente 25 funcionários em seu escritório em Melbourne, enquanto outros 160 são responsáveis pela fabricação do produtoAlém de criar seis tipos de cereal à base de aveia, a empresa produz granola e barras de cereais.

'Imatura'

Embora Creswell não se arrependa da decisão de levar adiante a empresa, diz que teria gostado de aproveitar experiências divertidas durante a sua juventude como ir a uma festa ou viajar com amigos.Mas, ao mesmo tempo, ela se pergunta se sua juventude poderia ter jogado contra o seu sucesso quando começou este projeto: "Talvez tivesse acontecido mais rápido se eu fosse mais madura"Ela também acredita que ser uma mulher jovem em frente a um negócio tornou os desafios mais difíceis.
Carolyn Creswell
Carolyn Creswell, dona da Carman, tem quatro filhos
"Ter 20 anos e ser mulher era um problema para que os bancos me emprestassem dinheiro. Sem contar às vezes em que fui sexualmente assediada por alguns fornecedores ou simplesmente não levada a sério.""Agora só digo 'você deve estar brincando, isso é tão inapropriado'. Mas há 20 anos ficava muito nervosa para dizer 'ei, isso não é certo'."Mas nem tudo foi rápido e fácil após a primeira entrega de Carman para a rede de supermercados Coles. Por um curto período de tempo, há oito anos, ela perdeu um contrato com o supermercado por uma queda nas vendas.Para ela, depois de recuperar o contrato, o abalo foi uma das maiores experiências de aprenziado de sua vida."Eu percebi que não poderia viver com paranoia. Eu não iria volta a isso."Nathan Coutland, analista da indústria de alimentos, disse que Carman pode cobrar preços mais elevados do que outros produtores pela qualidade de sua marca."Os consumidores veem Carman como promotora de um estilo de vida saudável, rústico, para o qual as pessoas estão se voltando", disse.Para o analista, os dois principais desafios enfrentados pela empresa no futuro são lidar com os grandes produtores de cereais - que querem fazer o que ela já faz - e expandir sem sacrificar o lado artesanal e o espírito local de seus produtos.Com um plano para entrar no mercado chinês, Creswell baseia sua estratégia em regras para testar seus produtos e medir suas chances de sucesso com grande cuidado."É como escalar o Everest: o que é necessário para chegar ao acampamento base?"Fonte: UOL

7 TENDÊNCIAS DO MERCADO DE APLICATIVOS

Conheça as novidades e os segmentos com maior potencial de sucesso em 2017

aplicativo, celular (Foto: Pexels)
O mercado de aplicativos é um dos mais atraentes para empreendedores iniciantes. Afinal, somente no Brasil, há 168 milhões de smartphones, de acordo com dados de 2016 da Fundação Getulio Vargas (FGV).Para Cláudio Carvajal, coordenador dos cursos de gestão de TI e de administração da Fiap, o setor de aplicativos tem oportunidades interessantes para empreendedores. “É possível oferecer soluções para consumidores, para outras empresas e para o poder público”, afirma o professor. Conheça as tendências do mercado de apps.1. Vendas omnichannel Segundo Carvajal, a experiência de compra de usuários de smartphones se caracteriza por uma mescla entre o mundo físico e o mundo virtual. Um consumidor pode, por exemplo, reservar um produto pela internet e buscá-lo na loja. Essa experiência omnichannel (multicanal) surge como oportunidade de negócio para empreendedores. “É possível levar etapas de uma compra para o aplicativo ou até mesmo antecipar a compra pelo smartphone. Uma boa ideia é oferecer soluções do tipo a empresas que já existem”, afirma Carvajal.2. Inteligência artificial Outra novidade é a inteligência artificial, mais exatamente os softwares de atendimento ao cliente e assistente pessoais. “O uso desses robôs deve se tornar mais frequente nos próximos anos”, diz o professor.3. Internet das coisas Produtos do dia a dia, como eletrodomésticos e meio de transporte, que podem ser conectados à internet são outra tendência. Ainda que a internet das coisas não esteja diretamente relacionada aos smartphones, a transformação desses itens em dispositivos inteligentes deve estar no radar de empreendedores da tecnologia, de acordo com o professor.4. Realidade virtual e aumentada As duas novidades, ainda que mais relacionadas ao setor dos games, podem ser interessantes para mercados como o varejo. É possível, por exemplo, usar o smartphone para visualizar como um móvel ficaria em um determinado ambiente. “Tanto a realidade virtual quanto a realidade aumentada podem mudar a experiência de compra dos usuários. Vale a pena criar produtos com base nessas tecnologias”, diz Carvajal.6. Empreendedorismo social Outro segmento que ganha força é o de aplicativos que resolvem problemas sociais. Há plataformas que informam onde estão os ônibus ou que servem para relatar problemas de uma cidade, por exemplo. Carvajal afirma que tais aplicativos têm um desafio de monetização maior, pois a população tem uma maior resistência em pagar por eles. “No entanto, o poder público pode se interessar pela solução e pagar por ela”, diz.6. Plataformas de desenvolvimento Uma dica do professor a quem deseja desenvolver um aplicativo, mas não tem conhecimentos de programação, é o uso de sites de desenvolvimento. Carvajal recomenda dois serviços: a Fábrica de Aplicativos e o Microsoft PowerApp. “As plataformas estão cada vez mais sofisticadas. Além disso, passam uma mensagem de empoderamento, de que todos podem criar um aplicativo.”7. Mercados aquecidos De acordo com Carvajal, há alguns setores da economia que têm mais potencial de crescimento para empreendedores do mercado de aplicativos. “As áreas da saúde, transporte, educação, varejo e finanças têm boas perspectivas”, afirma o professor.Fonte: PEGN

Prazo para adesão ao Simples Nacional e mudança do regime tributário termina dia 31

Donos de micro e pequenas empresas têm até o dia 31 de janeiro para aderir ao Simples Nacional ou alterar seu regime tributário

tributos
Criado em 2006, o Simples Nacional garante o tratamento diferenciado aos pequenos negócios, previsto na Constituição. Seu objetivo é reduzir a burocracia e os impostos pagos por essas empresas e unificar oito tributos em um só boleto – IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição Patronal Previdenciária para a Seguridade Social (CPP). “Até dezembro de 2016, 1,2 mil empreendimentos optou por esse regime tributário, desses, 58% eram MEI”, afirma o analista do Sebrae Minas Haroldo Santos.
As micro e pequenas empresas (já optantes pelo Simples Nacional) que preveem um faturamento menor em 2017 – abaixo de R$ 60 mil -, poderão migrar para o Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos (Simei), que independe da receita bruta mensal. Caso o faturamento anual ultrapasse esse valor em até 20%, a empresa irá pagar sobre o faturamento bruto excedente com base nas tabelas do Simples Nacional. Porém, se o excesso for maior que 20%, a empresa pagará os tributos sobre o faturamento total do ano.“As empresas devem ficar atentas, pois a mudança do regime tributário pode gerar uma redução de impostos, mas se não for bem calculada pode resultar em multas e até sair mais cara para o empresário. Por isso, é importante procurar a ajuda do contador para definir qual a melhor opção de regime tributário”, explica Santos.Quem já é MEI está automaticamente cadastrado no regime Simei, porém, se a previsão do faturamento anual ultrapassar R$ 60 mil, o empreendedor deverá optar pelo desenquadramento e passar a recolher tributos devidos pela regra geral do Simples Nacional. “É importante que o MEI não confunda desenquadramento com exclusão. No primeiro caso, ele será desenquadrado do Simei e continua sendo beneficiado pelo regime tributário do Simples Nacional. Já a exclusão equivale a saída do MEI por quebra das regras estabelecidas para se enquadrar. A exclusão poderá ser por registro de atividade não permitida ou local proibido. Além disso, a exclusão será retroativa a data de registro da empresa”, justifica o analista do Sebrae Minas.AdesãoPara as empresas não cadastradas no Simples Nacional, o prazo de adesão também termina no final de janeiro. O pedido deverá ser feito por meio do site do Simples Nacional. Quem perder o prazo só poderá entrar no sistema em 2018. A empresa que fez o agendamento do Simples no final do ano passado e que não apresentou nenhuma pendência de documentação foi incluída no sistema automaticamente.As empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano e que não desenvolvem atividades impeditivas para esse perfil (como empresas do setor financeiro) podem optar por esse regime de tributação. O pagamento dos tributos é feito por meio de uma guia única e o valor pode variar de acordo com a renda bruta do empreendimento.Outros regimes tributáriosCaso a empresa não se encaixe no Simples Nacional, ela pode optar por outros dois regimes tributários previstos na legislação: Lucro Presumido e Lucro Real.O Lucro Presumido é uma opção para empresas que faturam até R$ 78 milhões por ano, como bancos comerciais, bancos de investimento, arrendamento mercantil e seguradoras. Nessa modalidade, as empresas pagam duas contribuições, PIS de 0,65% e Cofins de 3%, sobre o valor da receita bruta (valor total da nota fiscal), não podendo deduzir nenhuma despesa dessa receita, com exceção das devoluções de venda, abatimentos ou vendas canceladas.Por exclusão, todas as empresas que não estão no perfil do Lucro Presumido ou Simples Nacional são empresas tributadas no Lucro Real, em que o percentual de PIS e Cofins mais que dobra de valor: 1,65% para PIS e 7,60% para Cofins. Porém, para minimizar tal aumento, é permitida a dedução de algumas despesas no cálculo das contribuições, tais como: insumos de produção, alugueis, parcelas de Leasing, depreciação de máquinas, compras de produtos, etc.“O prazo para mudança de regime tributário vai até o dia 31 de janeiro para o Simples Nacional. Já para o Lucro Presumido e Lucro Real, o prazo se dá no pagamento da 1ª guia de vencimento do ano”, reforça Santos.Fonte: Empreendedor

Dono da Havan anuncia megaloja com cinema

O investimento deve ficar entre R$ 30 e R$ 40 milhões.Serão oito mil metros quadrados de área aproximadamente, com previsão para salas de cinema e praça de alimentação, além da loja de departamentos.É para 2017.Hang também anunciou que planeja abrir mais 22 lojas em todo o estado, uma delas em Blumenau.Neste ano a rede deve chegar a 100 lojas em todo país e, segundo o empresário, a meta até 2022 é ter 200 lojas e 25 mil funcionários.As informações foram repassadas pela equipe de jornalismo da Radio Nereu Ramos, de Blumenau, que entrevistou o empresário na manhã desta terça-feira, 10/01/16, durante o programa Preto no Branco.A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Paulo César da Silva e Cristiano Silva.Fonte: Noticenter

10 ideias erradas sobre empreender que só levam ao fracasso

Muitas vezes, o sonho de empreender vem atrelado a ideias erradas. Se não corrigidas a tempo, elas podem até mesmo causar o fim de um negócio promissor.

São Paulo – Muita gente sonha em empreender. O problema é que, muitas vezes, esse sonho vem atrelado a concepções erradas sobre como é o dia a dia do empreendedor.Se não corrigidas a tempo, essas ilusões podem gerar muito estresse e até mesmo o fim de um negócio promissor.Por isso, consultamos especialistas para levantar quais as ideias erradas mais comuns entre aqueles que desejam ter o seu próprio negócio. Será que você acredita em alguma delas?

1 – Síndrome de super-homem

Achar que você, empreendedor, precisa dar conta de todas as necessidades do negócio é um erro bem comum entre os principiantes, e que pode levar à estafa e à falta de eficiência.“O empreendedor não tem que fazer tudo. Ele deve pensar o negócio, mas tem que contar com parceiros, sócios, investidores, funcionários. É preciso distribuir a responsabilidade, caso contrário ele fica sobrecarregado, e o negócio centralizado, muito dependente de sua figura”, explica Marcus Cordeiro, sócio-diretor da consultoria Ba}Stockler.

2 – Empreender para ter sossego

Quem nunca ouviu alguém dizer que vai abrir o próprio negócio para “ser o próprio chefe”, ou “ter mais tempo livre”. Se você pensa assim, saiba que está redondamente enganado – e que há grandes chances de se frustrar com a vida real de um empreendedor.“Isso é totalmente falso. Primeiro porque ele vai continuar respondendo para alguém, seja um sócio, um investidor ou mesmo seus funcionários. Portanto, a vida sem chefe não é como se imagina. Depois, ele precisa saber que vai trabalhar muito mais do que quando era empregado, mesmo que tenha mais flexibilidade de horário”, explica Cordeiro.Na visão do especialista, essa falsa imagem de que o empreendedor trabalha menos vem da ideia de que “a empresa trabalha para o empresário e por isso ele tem mais tempo livre para outras atividades”. Segundo ele, essa ideia só se aplica a empresas maiores. “Numa empresa maior, se o negócio se desenvolver, passa a ser mais fácil ter mais tempo. Mas isso só acontece se ele souber delegar e envolver a equipe e os sócios.”

3 – Esperando a ideia genial

Achar que só é possível empreender se você tiver uma ideia genial. Ou ainda que, como você teve uma ideia genial, seu negócio está garantido. Esses dois equívocos levam muita gente para o buraco.“A ideia representa apenas de 5% a 10% do valor agregado do negócio. O que importante mesmo é como você executa essa ideia e a coloca no mercado. Você pode ter uma grande ideia, mas não saber traduzi-la para os clientes”, explica Cordeiro.O melhor caminho, segundo o especialista, é olhar em primeiro lugar para o cliente, e para quais necessidades dele o empreendedor deseja atender. “Só então ele deve olhar para a ideia. E não precisa ser uma ideia que vai mudar o mundo, pode ser algo que resolve pequenos problemas.”

4 – Rios de dinheiro

Quem nunca teve uma ideia de negócio, mas desistiu antes mesmo de começar porque não tinha dinheiro para investir? “É um equivoco clássico, achar que precisa de muito dinheiro para começar”, afirma Cordeiro.O especialista explica que o empreendedor deve, em primeiro lugar, testar a sua ideia em pequena escala (portanto, gastando pouco). “O empreendedor pode não ter recurso nenhum no começo. O que ele precisa é testar sua ideia. Uma vez que ele faz isso de forma estruturada, fica fácil conseguir dinheiro”, diz.Isso porque, com um teste da sua ideia em mãos, fica muito mais fácil convencer investidores a colocar dinheiro no negócio, conclui o consultor.

5 – Quero ser rico

Empreender para ficar rico é uma ideia bem errada que pode frustrar muita gente. “Muitos empreendedores de sucesso erram duas ou três vezes antes de acertar. Essa é a realidade e o futuro empreendedor tem que ter esse espírito. Ele precisa estar atento para corrigir rotas, e isso pode significar falir um negócio e começar outro”, afirma Cordeiro.Sendo assim, se você já começa um negócio esperando o dia em que ele vai te deixar rico, talvez seja melhor rever esses planos.

6 – Intuição sem preparo

Confiar na intuição pode ajudar a tomar decisões importantes na vida. Mas você não pode depender apenas dela para ter um negócio de sucesso.“A intuição é um ponto de partida, mas não resolve todas as questões que surgem no empreendedorismo”, afirma Gilberto Braga, professor de empreendedorismo do Ibmec-RJ.Na prática, isso quer dizer que não basta você achar que seu negócio vai dar certo. É preciso testar, conversar com possíveis clientes, estudar a região em que você deseja atuar. Ou seja, fazer a lição de casa e o plano de negócios.

7 – O detalhe das contas

Você entende de um setor de mercado e decide iniciar um negócio naquele ramo. Seu produto é bom, elogiado pelos clientes, e você vai bem nos primeiros meses. Até que descobre que terá de fechar as portas.“Acompanhei um caso de uma pessoa que resolveu montar uma butique. O negócio deu muito certo no início, mas quebrou logo. Isso porque ela não sabia fazer controle de estoque e tirava mais dinheiro do que o negócio suportava. Faltava conhecimento de gestão financeira e administrativa”, conta o professor.Portanto, não adianta achar que o seu conhecimento de um setor será suficiente para manter o negócio de pé. É preciso saber gerir as finanças da empresa. Caso contrário, não há negócio que resista.

8 – Barato que sai caro

Outro erro comum de empreendedores de primeira viagem é querer economizar do jeito errado, improvisando serviços que deveriam ser feitos por profissionais.“Isso é muito comum. O empreendedor não procura uma ajuda técnica e recorre a amigos e conhecidos, pois acha que eles farão de graça ou cobrarão um preço simbólico pelo serviço. Porém, às vezes alguns dos improvisos são responsáveis pelo fracasso ou pela redução da margem de ganhos”, alerta Braga.O professor cita outro caso que conheceu. Uma família que decidiu abrir um bar, mas resolveu não contratar um arquiteto para desenhar o espaço. “Eles mesmos fizeram o projeto do lugar. O resultado foi que a saída dos pratos ficou de frente para o banheiro, gerando transtornos e prejuízos”, conta.

9 – Sonho X Realidade

Muitas vezes, o empreendedor tem um sonho antigo em relação ao seu negócio e faz de tudo para transformar aquilo em realidade quando tem a chance. Porém, é necessário, antes de mais nada, verificar na ponta do lápis se aquele sonho condiz com a realidade do empreendimento que você vai montar.O professor do Ibmec traz mais um exemplo: “Conheci uma moça que montou uma loja de quinquilharias, daquelas que vendem tudo barato. E ela contratou um marceneiro para fazer todas as prateleiras da loja de madeira com pátina. Ficou lindo, mas o custo era muito alto para o retorno que aquele tipo de negócio dava. Resultado: ela demorou muito mais para reaver seu investimento”.Para saber se o seu sonho se encaixa com a realidade do negócio que você escolheu, o segredo é ter um plano de negócios bem feito, indica Braga.

10 – Fórmula mágica da franquia

É comum a pessoa ter o sonho de empreender e decidir comprar uma franquia. Porém, muitas vezes, o empreendedor acha que, ao optar por uma marca que já existe, seus problemas acabaram e o sucesso está garantido. Obviamente, não é bem assim. As franquias não são fórmulas mágicas de sucesso.“É sempre importante o franqueado rever o contrato apresentado pelo franqueador, tanto do ponto de vista jurídico quanto financeiro. Não dá para achar que a franquia é garantia de sucesso”, alerta o professor do Ibmec.Fonte: Exame

Após concluir venda para Verizon, Yahoo mudará de nome

O negócio, no entanto, que chamará Altaba Inc, está ameaçado após o Yahoo ter sido alvo de dois grandes ataques com roubo de dados de seus usuários

Nova York – O Yahoo Inc. informou que a executiva-chefe da companhia, Marissa Mayer, e o cofundador David Filo deixarão o conselho da empresa após a venda dela ser concluída. Além disso, o Yahoo então mudará o nome para Altaba Inc.A companhia informou que essas mudanças ocorrerão após a conclusão da venda por cerca de US$ 4,8 bilhões do núcleo de seus negócios para a Verizon Communications.O negócio, porém, está ameaçado após o Yahoo ter sido alvo de dois grandes ataques com roubo de dados de seus usuários.Também deve deixar o conselho seu presidente, Maynard Webb, bem como o ex-presidente Eddy Hartenstein, Richard Hill e Jane Shaw. Eric Brandt, ex-diretor financeiro da Broadcom Corp., substituiu Webb como presidente do conselho.Mayer tornou-se executiva-chefe do Yahoo vinda do Google, em 2012.Fonte: Dow Jones Newswires.

Dois em cada três jovens brasileiros planejam empreender nos próximos anos

O estudo apontou que, no Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países

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Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) traçou o perfil de jovens empreendedores em nove cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo Jovens Empresários Empreendedores apontou que se tornar empreendedor nos próximos anos está nos planos de dois em cada três jovens brasileiros. As principais motivações são realização de um sonho (76,4%), qualidade de vida (75,6%), altos ganhos financeiros (70%), mercado promissor (66,1%) e não ter chefe (64,5%).
Para o estudo, foram realizadas 5.681 entrevistas com homens e mulheres na faixa etária dos 25 a 35 anos, das classes A B e C, com ensino superior completo ou em andamento. Metade dos consultados já era empreendedor.O estudo apontou que, no Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países. No Brasil, esse índice alcança 68,3%, contra média de 49% das demais sete cidades pesquisadas, que incluem Nova York (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Berlim (Alemanha), Madri (Espanha), Xangai (China), Bombaim (Índia) e Moscou (Rússia). Em Nova York e Londres, por exemplo, a preocupação com o cenário ético é bem menor que no Brasil, atingindo 22%, apontou o gerente de Pesquisa e Estatística da Firjan, Cesar Kayat Bedran.“É uma questão que chama atenção. A gente categorizou esses jovens empreendedores brasileiros como uma geração híbrida. Isso porque eles têm a criatividade do empreendedor e a inquietude do jovem, mas carregam um senso de responsabilidade de gerações anteriores, de pais e avós. Ou seja, eles têm uma preocupação mais considerável com questões socioambientais do que em outros países que, em alguns casos, são mais individualistas, mais preocupados em ganhar dinheiro, sem se preocupar muito até com o material que usam na confecção do seu produto”, explicou.Os resultados  que se aproximam mais do Brasil são os de Moscou e Madri, disse Cesar Bedran. “Nenhum deles é igual ao do Brasil. Mas se eu for olhar uma questão de proximidade, eu tenho a Rússia e a Espanha, com maior correlação”. Questões como ética, apego à família, otimismo, organização para montagem do negócio, gosto pela liderança, objetividade no negócio são algumas delas. Já na área socioambiental, os russos não se preocupam como os brasileiros: são mais individualistas e querem ser os primeiros sempre.Empreender por escolhaO jovem empresário empreendedor brasileiro usa muito tecnologia para fazer networking, ou construir uma rede relacionamentos (57,2%). Esse percentual só é maior em Xangai (69,1%). Em contrapartida, Londres e Nova York têm jovens com perfis mais inovadores e que se arriscam muito em novos negócios. No Brasil, 82% já passaram por um primeiro emprego formal antes de empreender e estão montando seu primeiro negócio. “Não é uma opção para desempregados. Eles escolhem empreender”, destacou o gerente da Firjan.O dado contrasta com outras cidades, como Bombaim, onde a maior parte dos jovens apenas estudava (67%) antes de abrir o próprio negócio. A jornada dupla, isto é, o empreendedor que tem também uma ocupação formal, está presente nas cidades do Brasil e também em Nova York e Berlim. Em Londres, ocorre o contrário: há mais empreendedores sem emprego formal.Em relação à lucratividade do negócio, 40% dos jovens empreendedores no Brasil têm pouco ou nenhum lucro. Já em Berlim, por exemplo, mais da metade dos negócios já dão lucro (55%). Outro dado relevante diz respeito ao endividamento. No Brasil, o jovem empreendedor não contrai empréstimos para abrir o próprio negócio. Somente 18% recorrem a financiamento; 60% afirmaram já ter o dinheiro para investir; e 29% captaram os recursos com amigos ou familiares. Juros altos e burocracia foram os motivos alegados para não se endividar. Além disso, os brasileiros são os que mais citam o cenário econômico e político como um limitador da atividade (67,3%).DesafiosNo Brasil, 81% afirmaram ter montado seu próprio negócio. A situação é similar no resto do mundo, variando entre 72%, em Madri, e 88%, em Londres. A maior parte dos jovens (85%) está no seu primeiro empreendimento e 15% já tiveram uma empresa anteriormente. A maioria dos jovens brasileiros abriu o negócio por motivação própria (44%) ou foi estimulada pela família (35%).Entre os jovens brasileiros não empreendedores, a estabilidade e segurança financeira foram apontadas como principais razões para não abrir o negócio (73,3%) e 69,3% citam a busca por qualidade de vida para não empreender. Curiosamente, disse Bedran, esses são os motivos alegados pelos jovens empreendedores como estimulantes para os novos empreendimentos.Fonte: Empreendedor

Negócio fatura alto e ajuda o ambiente cuidando de lixo tóxico

Químico virou empreendedor com negócio que cuida de resíduos perigosos para empresas. Ele já fatura 650 mil reais e tem margem de lucro de até 70%

Quando funcionário de uma companhia de grande porte especializada em  resíduos perigosos, o químico e gestor ambiental Flávio Bragante era sempre consultado por pequenas empresas interessadas no serviço para o descarte correto de seus rejeitos, devido ao risco da fiscalização. Mas nada podia ser feito, porque o mercado só recebia esses materiais para destinação final em quantidades bem maiores.Até que um dia o químico se viu inspirado a imaginar uma solução capaz de virar negócio e começou a desenhar um caminho. Os anos se passaram e, já trabalhando em uma fábrica de cimento adquirindo resíduos para combustão nos fornos, voltou a ser questionado sobre o assunto. “Foi quando decidi arrendar o galpão de um cliente e me desligar da cimenteira, iniciando uma nova atividade para oferecer alternativa ao lixo tóxico de indústrias menores, diante do grande potencial do segmento”, conta Bragante.Formatada para micros, pequenas e médias empresas, a solução permite um fim mais nobre e ambientalmente correto para materiais poluentes que muitas vezes vinham sendo descartados sem critérios em terrenos baldios, porque não havia quem os recebesse. Em 2010, o negócio finalmente começou a operar, após investimento inicial de R$ 100 mil na compra de equipamentos e nas licenças ambientais, que demoraram três anos para serem expedidas.
Com galpão localizado em São Roque e escritório administrativo em São Bernardo do Campo, ambos na Região Metropolitana de São Paulo, a Faex tem como base um processo que abrange desde o recebimento de resíduos perigosos e sua segregação e armazenamento até o envio para o destino final, principalmente blendeiras que abastecem fornos de cimenteiras. O galpão recebe óleos contaminados, lodos industriais, pós, solventes, lâmpadas fluorescentes e outros produtos tóxicos, com destaque para os líquidos – um diferencial da empresa. Atualmente, são recebidos por mês 40 tambores de 200 litros, vindos de 50 indústrias de menor porte.A capacidade de processamento, no entanto, é dez vezes maior. Apesar do menor ritmo no último ano em consequência da queda da atividade econômica do País, o segmento apresenta expressivo potencial, devido ao impulso da lei que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a obrigação do registro no Cadastro Técnico Federal (CTF), em que o lixo das empresas e sua destinação são especificados. “A tendência é de crescimento do emprego de soluções à medida que a adesão ao cadastro aumenta”, analisa Bragante. Para ele, a maior responsabilidade ambiental e social das corporações, que disseminam regras em suas cadeias produtivas, ajuda a mobilizar pequenos fornecedores e prestadores de serviço para o tema.Além disso, a chegada de uma pequena empresa especializada na gestão de resíduos perigosos é bem-vinda para os gigantes do setor, que “precisam da gente para receber e encaminhar os resíduos, disseminando o tratamento final adequado, que é o principal serviço prestado por eles, na ponta do processo”.O negócio é atraente, com margem de lucro de 50%, podendo chegar a 70%, segundo o empreendedor, animado com a resposta do mercado à estratégia centrada nas empresas de menor porte. Entre 2010 e 2016, a Faex registrou crescimento anual médio de 20% a 30%, com faturamento de R$ 650 mil em 2015.Para melhorar a logística e ampliar a escala, o plano é instalar mais bases no ABC e outras regiões no interior paulista, além da compra de frota própria de caminhões, com investimento de R$ 2 milhões. O modelo de franquia poderá ser o caminho para atingir o restante do País, em polos econômicos de alta demanda, também pressionados pela fiscalização. Mas qualquer expansão, de acordo com Bragante, deverá priorizar a qualificação profissional, porque “a credibilidade é o principal segredo do negócio com resíduos perigosos”.FICHA: FAEX SOLUÇÕES AMBIENTAISMicroempresa Setor: Resíduos Faturamento em 2015: R$ 626 mil Funcionários: 3 Fundação: 2011Principais clientes: Fábrica de Artefatos de Latex Blowtex, Aquapolo Ambiental, Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Wika do Brasil, Anchieta Serviços Educacionais, Ata Indústria e Comércio de Tensoativos.O que faz: Coleta e destinação correta de resíduos sólidos perigosos industriais, voltadas para o atendimento de pequenos volumes. O material é recebido no centro de estocagem e posteriormente enviado para o descarte final.Inovação para a sustentabilidade: Viabiliza a gestão desses resíduos para micros, pequenas e médias empresas industriais e prestadoras de serviço que têm dificuldades em destinar corretamente tais materiais, que geralmente são coletados somente a partir de uma quantidade mínima de 5 toneladas. A empresa atende também grandes corporações que geram um determinado resíduo em pequenas quantidades.Potencial: A empresa atua em nicho com alta demanda e uma escassez de empresas preparadas para o seu atendimento. Para ganhar escala, o negócio prevê a contratação de pessoal qualificado e novas sedes na Região Metropolitana de São Paulo e no interior paulista, além de maior esforço de divulgação junto aos diferentes setores produtivos.Destaques da gestão: Possui sistema de gestão de desempenho baseado em indicadores relacionados a objetivos e metas corporativas, incluindo temas socioambientais em seu planejamento estratégico. O centro de estocagem da empresa segue todas as normas legais. O consumo de energia elétrica é menor com o uso de telhas translúcidas que permitem realizar o trabalho em até 90% do período diurno apenas com luz natural. Possui, também, um sistema de captação de água pluvial.Texto publicado originalmente no Página22, no Guia de Inovação para a Sustentabilidade em MPE 2016.Fonte: EXAME

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