O Código de Defesa do Consumidor define o consumidor como sendo aquele que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Atualmente identificamos um movimento no qual cada vez mais “o uso” vêm tomando o espaço “da posse” no mercado de consumo, especialmente entre os jovens.
Hoje em dia busca-se muito mais a felicidade e o prazer em experiências de consumo, tais como passar uma semana em um festival de música, alugar uma casa em algum lugar especial para curtir com os amigos, um jantar em um restaurante estrelado, do que ter o carro do ano, as roupas da moda, o eletrônico mais moderno.
Por esse motivo que aplicativos como Airbnb, Uber, bicicletas compartilhadas, sites de aluguel de vestidos, de financiamento coletivo, carros autônomos (sem motoristas) estão ganhando grande repercussão e ampliando o número de usuários. Em alguns casos vale mais a pena usufruir do que possuir.
Pra que ter um vestido de festa que ficará ocupando lugar no armário se posso alugar um desenhado um grande estilista sempre que tiver uma ocasião para usá-lo?
Uma pesquisa da Morgan Stanley constatou que em média os carros são dirigidos apenas 4% do seu tempo de vida. Se considerarmos os gastos com gasolina, impostos, seguro, estacionamento passamos a entender a razão dessa tendência em compartilhar.
Por que o Uber incomoda tanto os taxistas? Porque o nível de serviço é superior e o valor pago é menor. O consumidor acaba pedindo uma experiência parecida dos taxistas, elevando o nível de serviço.
O Airbnb nos convida a sentir o local que visitamos de uma maneira mais real, nos dando a oportunidade de “morar” na cidade que resolvemos conhecer. Ocupar a casa de alguém durante a nossa estadia é uma forma autêntica de se adaptar aos usos e costumes do lugar.
Mas o que tudo isso tem a ver com o direito do consumidor? Cada vez mais teremos que lidar com os contratos de prestação de serviço e ver se de fato estão adequados aos nossos anseios e buscar informações para saber quando é interessante ter a posse ou quando vale mais a experiência.
Para tomar a decisão, você precisa ter informações precisas daquilo que está adquirindo e entender se para você faz sentido comprar aquele determinado bem. Todo produto deve conter dados claros e precisos quanto a quantidade, peso, composição, preço, riscos que apresenta e modo de utilização. Da mesma forma, antes de contratar qualquer serviço, você deve ter todas as informações que julgar necessárias. Questione sempre os fornecedores e esclareça todas as dúvidas antes de adquirir o produto ou serviço. O melhor guia é estar atento as suas reais necessidades.
Em três anos, estão previstos R$ 7 bilhões em recursos públicos e privados.Ministra anunciou sistema para reduzir tempo de liberação de cargas.
O Governo de Santa Catarina anunciou nesta terça-feira (4), em Florianópolis, a previsão de um total de R$ 7 bilhões em investimentos públicos e privados na economia catarinense. Os recursos deverão ajudar a aumentar a competitividade dos portos do estado nos próximos três anos.Os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, e dos Portos, Edinho Araújo, participaram da assinatura de protocolos de intenção de investimentos no valor de R$ 2,7 milhões. Dez empresas oficializaram a intenção de investir no estado, o que deve gerar 645 empregos diretos. Essas empresas deverão operar pelos portos catarinenses, segundo o governo estadual.Entre as empresas que assinaram os protocolos estão a canadense Bombardier, que está implantando um centro de distribuição em Itajaí para importação de motos aquáticas e quadriciclos.De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Santa Catarina é segundo maior polo portuário do Brasil em total de carga transportada por contêineres. Em 2014, foram movimentadas mais de 18 milhões de toneladas de cargas pelos portos catarinenses – ou 18,6% do total no país.Somando importações e exportações, mais de US$ 24 bilhões em cargas passaram pelos seis complexos portuários catarinenses em Laguna e Imbituba, no Sul, e Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Itapoá, no Norte.Sistema com chips
A ministra Kátia Abreu anunciou um programa para reduzir o tempo de liberação de contêineres de frigoríficos e de soja. O sistema prevê o uso de um lacre eletrônico que tem um chip de identificação por radiofrequência. Assim que o caminhão é lacrado, as informações sobre a carga são enviadas aos computadores da vigilância agropecuária no porto.Durante o trajeto até o porto, os documentos são analisados e a carga segue para o embarque assim que chega. Hoje, a carga fica parada no porto durante dois dias, em média.
A queda de 4,5% nas vendas do comércio varejista do país em maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2014, reflete as restrições ao crédito e a diminuição da renda do trabalhador, segundo a técnica responsável pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Juliana Vasconcelos.De acordo com ela, a redução das vendas foi puxada, principalmente, pelo setor de móveis e eletrodomésticos, que registrou queda de 18,5% em maio, na comparação com igual mês do ano passado, e acumula recuo de 10,9% nos primeiros cinco meses do ano. Em 12 meses, o setor apresenta queda de 6,1%."Este é um setor que, historicamente, sempre apresenta um desempenho positivo em maio em função do Dia das Mães e que em maio deste ano chegou a fechar em queda de 18,5% na comparação com maio do ano passado", disse.
Consumidor compra menos alimentos ou produtos mais baratos
Ela também ressaltou a redução das vendas no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos, que fechou maio com queda em todas as bases de comparação. Houve recuo de 2,1% em relação a maio do ano passado, de 1,6% no acumulado do ano e de 0,9% em 12 meses."A queda do setor reflete a influência direta da restrição do poder de compra das famílias, que, em função do poder de compra menor, passam também a comprar menos alimentos ou alimentos mais baratos. Reflete, ainda, o fato de que maio deste ano teve um dia útil a menos do que em 2014", explicou.
Queda na venda de veículos
Se consideradas as vendas do comércio varejista ampliado (que inclui também veículos, motos, partes e peças e material de construção), a queda de 10,4% de maio de 2015 em relação a maio do ano passado foi motivada, principalmente, pelo setor de veículos, que registrou queda de 22,2% na mesma base de comparação."É um setor que também está sofrendo com a restrição do crédito, a diminuição da renda e, principalmente, a falta de confiança do consumidor", disse Juliana Vasconcelos.
Produtos de saúde não tiveram queda
O IBGE ressaltou o fato de que a queda nas vendas do comércio só não foi ainda maior em decorrência do comportamento do setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que cresceu 1,8% na comparação com maio do ano passado.Isso acontece, segundo Juliana Vasconcelos, porque é um setor que engloba produtos que apresentam preços favoráveis."Preço é um dos fatores que influenciam o consumo das famílias e, ainda por cima, está abaixo da inflação, favorecendo o consumo. São também produtos considerados bens essenciais [farmacêuticos] e que envolvem a saúde das famílias."Fonte: Menos crédito e menor renda explicam queda nas vendas do comércio, diz IBGE - UOL Economia
A rede de varejo de moda Lojas Renner (LREN3) vai pedir autorização ao Banco Central para criar uma instituição financeira própria, em um momento em que sua área de produtos financeiros é responsável por cerca de um terço da geração de caixa da companhia.A nova empresa será chamada de Realize Crédito, Financiamento e Investimento, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (29) em ata de reunião do Conselho de Administração que aprovou a estratégia.Além da financeira, o Conselho da Lojas Renner também aprovou a rescisão de acordo comercial da empresa com o Banco Indusval, que tinha como objetivo exploração de atividade de emissão de cartões de crédito das bandeiras Visa e Mastercard junto aos clientes da rede de varejo.Segundo a Lojas Renner, o acordo não chegou a ser implementado devido a "impedimentos de ordem operacional, e não teve efeitos entre as partes".No primeiro trimestre, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização da área de produtos financeiros da Lojas Renner correspondeu a 34% do Ebitda total da empresa.Além disso, ao final de março, o total de Cartões Renner emitidos somava 24,7 milhões, tendo atingido uma participação de cerca de 48% sobre as vendas de mercadorias do primeiro trimestre.Fonte: Renner vai pedir aval do BC para criar instituição financeira própria - UOL Economia
Phil Knight criou império de US$ 86 bilhões ao convencer seus clientes de que a Nike não são produtos, mas o próprio espírito esportivo
Sabe quando alguém entra na sua loja para comprar um tênis não porque precisa de um, mas porque viu um atleta fazendo coisas incríveis com ele e sentiu uma vontade irresistível de ter um modelo igual? Pois o grande responsável por esta venda atende pelo nome de Phil Knight. Além de fundar a Nike e criar um modelo de negócios baseado na aquisição de produtos de baixo custo no exterior e na venda dessas mercadorias com altas margens de lucro em seu país, ele revolucionou as estratégias de marketing na década de 1980, fazendo com que seus produtos representassem o ideal do esporte e se tornassem verdadeiros objetos de consumo.
Phillip Hampson Knight nasceu na cidade de Portland, nos Estados Unidos, em 1938. Filho de um advogado que virou editor de jornal, ele resolveu seguir os passos do pai e ingressou no curso de jornalismo da Universidade de Oregon. Apaixonado por corridas, ele logo se tornou amigo do treinador da equipe de atletismo, Bill Bowerman, que futuramente viria a se tornar seu sócio.
Depois de se formar em jornalismo, ele partiu para uma segunda graduação e entrou no curso de administração de empresas da Universidade Stanford. Em uma das disciplinas que cursou na instituição, montou um plano de negócios que viria a ser a base para a criação da Nike: a importação de tênis de alta qualidade no Japão para vender nos EUA com uma grande margem de lucro.
Knight se formou em administração em 1962 e resolveu viajar para o Japão para colocar sua ideia em prática. Voltou com 200 pares de tênis, que adquiriu a um preço de US$ 3,33 cada, e vendeu todos rapidamente por US$ 6,95. Percebendo o potencial do negócio, se associou a Bowerman, seu antigo treinador na Universidade de Oregon, para importar uma nova remessa.
Cada um investiu US$ 500 e as unidades renderam US$ 4 mil à dupla, que reaplicou parte do lucro em novos calçados. Nos anos seguintes a Blue Ribbon Shoes (nome inicial da marca) abriu uma série de lojas de varejo para ampliar suas vendas, que em 1969 já chegavam à marca de US$ 1 milhão.
Just do It
Dois anos depois, no entanto, divergências com o fornecedor no Japão fizeram Knight cogitar fabricar seus próprios calçados. No ano seguinte, já sob o nome Nike, a empresa lançava seu primeiro modelo, que rendeu US$ 3 milhões à empresa.
A ascensão continuou até o início da década de 1980, quando a Nike detinha mais da metade do mercado norte-americano. Com o tempo, porém, a empresa passou a sofrer com a ascensão da Rebook, que roubou importantes fatias do mercado de calçados esportivos. Foi neste ponto que Knight teve a grande sacada que viria a revolucionar todo o mercado publicitário.
“Durante anos nos consideramos uma empresa orientada para a produção. Mas agora entendemos que a coisa mais importante que fazemos é divulgar e vender o produto. Passamos a dizer que a Nike é uma empresa orientada para o produto, e o produto é o nosso mais importante instrumento de marketing”, disse, em entrevista ao jornal The Globe and Mail, em 1998.
Na prática, isso queria dizer que a Nike estava deixando de vender meros calçados e passando a vender a ideia de que ela melhorava a vida e a forma física das pessoas pela prática esportiva. E toda esta engenhosa estratégia de marketing para que a Nike passasse a incorporar a magia do esporte passava pela associação da marca à figura de Michael Jordan, principal jogador de basquete na época.
Trocando clientes por fãs
Graças à publicidade da empresa, Jordan se tornou o primeiro atleta a alcançar uma posição antes só ocupada por atores de Hollywood e astros da música pop. Em seus comerciais, repletos de closes e cenas de salto em câmera lenta, o esporte passava a ser retratado como puro entretenimento, remetendo à ideia de que eram os calçados da Nike que permitiam a Jordan flutuar em quadra.
A fronteira entre patrocinador e atletas também foi quebrada de maneira muito inteligente. Um exemplo foi a louca ideia que a Nike teve de transformar dois atletas quenianos em esquiadores para competir nas Olimpíadas de Inverno de Nagano, em 1998. Para tanto, a empresa investiu US$ 250 mil em treinamentos e equipamentos.
Os resultados esportivos foram desastrosos – um dos atletas sequer se classificou para a competição, e o outro foi o último colocado da prova, chegando 20 minutos após o vencedor - mas o resultado publicitário foi extraordinário. A Nike obteve enorme exposição antes, durante e após a competição, graças a ações como um vídeo que mostrava os quenianos vendo a neve pela primeira vez. Mais do que isso, agora que a Nike tinha seus próprios atletas, ela passava a ter fãs de esporte no lugar de clientes.
Ao mesmo tempo, a marca declarou guerra à corrupção dos dirigentes e contra a exploração de atletas por agentes esportivos que destruíam o espírito puro do esporte, que, obviamente, era representado pela Nike. Para colocar em prática toda esta ousada estratégia, a empresa teve de aumentar seus investimentos em publicidade justamente no período em que ela enfrentava sua maior crise.
Para se ter uma ideia, entre 1987 e 1993 seus gastos em marketing saltaram de US$ 100 milhões para US$ 280 milhões. Porém, graças ao plano de criar um grande culto em torno da marca, o faturamento da Nike passou de US$ 750 milhões para US$ 4 bilhões no mesmo período.
Atualmente, Phil Knight segue como CEO da empresa, mas anunciou no final de junho que deixará o cargo em 2016. E ele deve sair com a sensação de missão cumprida, pois após cinco décadas à frente da empresa, ela deixou de ser uma mera importadora de calçados japoneses para se tornar a 18ª marca mais famosa do mundo, segundo a revista Forbes, avaliada em nada menos do que US$ 86,2 bilhões.
Temas já foram definidos e envolvem desafios e tendências para o desenvolvimento
Foto: Acij,Divulgação / Acij
O 33º Encontro Econômico Brasil-Alemanha foi o tema da reunião do conselho da Associação Empresarial de Joinville (Acij), aberta pelo presidente da entidade, João Joaquim Martinelli, na noite de ontem. Prefeitura e Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) apresentaram a programação do evento. A agenda ainda não contempla as autoridades nacionais e internacionais que estarão no encontro, de 20 a 22 de setembro, na Expoville. A organização aguarda a confirmação dos nomes a partir deste mês.
Mas os temas já foram definidos e envolvem desafios e tendências para o desenvolvimento. Estão previstos sete fóruns, que vão discutir inovação, bioeconomia e biotecnologia, digitalização da economia, desafios das cidades, mobilidade, conectividade, saúde, energia e infraestrutura. No último dia, a tarde será reservada para visitas a quatro empresas: Porto Itapoá, Siemens, Perini Business Park e BMW, e, ainda, à unidade do Senai de Inovação e Sistemas de Manufatura.Joinville foi anunciada como sede do evento em setembro do ano passado, em Hamburgo. Será a terceira cidade catarinense a sediá-lo. A primeira foi Florianópolis, em 1994, seguida de Blumenau, em 2007. No ano passado, o encontro aconteceu em Hamburgo, na Alemanha.A realização do evento em SC é vista como uma oportunidade de elevar, principalmente, as exportações. Hoje, SC compra muito mais do que vende para o país europeu. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que, em 2014, as exportações somaram US$ 282 milhões, enquanto as importações , US$ 1 bilhão.De acordo com o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, a Alemanha está incentivando a atuação de pequenas e médias empresas no comércio internacional e este mesmo movimento também é estimulado em SC, o que pode impulsionar novos negócios bilaterais.O encontro também servirá para estreitar relacionamentos. Nesta edição, pela primeira vez, foram abertas inscrições para que empresários alemães indicassem setores e empresas para visita dias antes ou após o evento. Segundo Côrte, até o momento, 38 empresas estão inscritas.CONFIRA A PROGRAMAÇÃO PRÉVIA
DOMINGO, 20 DE SETEMBRO
LOCAL: Harmonia-Lyra
19h/23h- Cerimônia de entrega do Prêmio Personalidades Brasil-Alemanha (evento exclusivo para os associados da Câmara Brasil-Alemanha e convidados).
- Premiado da Alemanha: Heinz Hermann Thiele, dono e presidente do conselho da Knorr-Bremse Group.
- Premiado do Brasil: Weber Porto, CEO da Evonik Degussa
Brasil Ltda.SEGUNDA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO
LOCAL: Expoville.8h/9h – Credenciamento e café
de boas-vindas.
9h/10h30 – Sessão de abertura do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2015: Cooperação para Superar Desafios.
10h30/12h30 – Painel: Políticas Econômica e Comercial.
12h30/14h – Almoço.
14h/14h45 – Cerimônia de lançamento do livro Fiesc/Steinbeis – Qualidade Inovação: O valor do novo sobre qualidade no processo de inovação.
14h45/16h15 – Fórum 1: Inovação para o futuro
Fórum 2: Bioeconomia e Biotecnologia.
16h15/16h45 – Coffee break.
16h45/18h15 – Fórum 3: A digitalização da Economia.
Fórum 4 – Desafios enfrentados pelas cidades.
18h30/20h – Coquetel receptivo com apresentação da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.TERÇA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO
LOCAL: Expoville.8h30/13h30 – Encontros de negócios multissetoriais de alimentos e bebidas, energia, software, metal-mecânico (Apex-Brasil/CNI).
09h/9h30 – Reunião plenária.
9h30/10h45 – Fórum 5: Mobilidade e Conectividade.
9h30/11h – Fórum 6: Saúde.
11h/12h45 – Fórum 7: Energia e Infraestrutura.
11h15/12h45 – Workshop Segurança no Trabalho – Consequências da Norma Regulamentadora nº 12.
12h45/13h15 - Sessão de encerramento e divulgação do EEBA 2016 no Estado de Thuringia, na Alemanha.
13h15/14h15 – Almoço.
14h30 (duração 1h30) – Visitas a quatro empresas e entidades (Porto de Itapoá, Siemens, Perini Business Park, BMW e Instituto Senai de Inovação e Sistemas de Manufatura).ENCONTROS DE NEGÓCIOS- Data: 22 de setembro.
- Horário: das 8h30 às 13h30.
- Projeto da Apex-Brasil e Rede de Centros Internacionais de Negócios -–Rede CIN da CNI.
- Multissetorial com setores focos: Alimentos e bebidas, energia, software e metal-mecânico
- Perfis das potenciais empresas âncoras: distribuidores, investidores e/ou parceiros tecnológicos
e de P&D.
- Encontros pré-agendados de
20 minutos
- Inscrições até 31/8 pelo link: https://www.b2match.eu/brazil-germany-2015.
- Estados colaboradores na iniciativa: AL, AM, BA, ES, PA, PB, RN e RS.
Avctoris pretende acabar com os problemas de uso indevido de textos, fotos, ilustrações e até tatuagens
A startup brasileira Avctoris criou uma ferramenta para ajudar artistas gráficos, publicitários, compositores, arquitetos e até tatuadores a registrar formalmente suas criações e impedir o uso indevido.Com o preenchimento de um pequeno formulário, em poucos minutos o profissional pode obter o registro de direito autoral de sua obra pelo preço de R$ 14,90. O sistema utiliza nove elementos comprobatórios como carimbos do tempo e assinatura digital, que tornam o registro válido em 168 países.Segundo Rudinei Modezejewski, idealizador e CEO da Avctoris, a intenção da ferramenta é evitar os processos judiciais por uso indevido de textos, fotos, ilustrações e logotipos que costumam se estender por anos, além de custar aos autores muito mais do que eles poderiam pagar.“Só para dar início a um processo judicial desse tipo o autor terá que desembolsar de R$ 2 mil a R$ 5 mil, o que o torna distante da realidade da maioria dos profissionais dessa área. Nós queremos equilibrar a balança”, diz Modezejewski.O empreendedor conta que a ideia do negócio surgiu depois que ele mesmo foi vítima deste problema. “Em 1996, eu e meu sócio trabalhamos durante meses em um projeto. Uma empresa a quem havíamos apresentado a ideia a implementou e vendeu por R$ 56 milhões. Caso tivéssemos feito o registro desse projeto, cerca de 20% desse valor seria meu”, afirma.De acordo com uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, 810 mil profissionais estão envolvidos com a indústria criativa no país. A meta de Modezejewski é alcançar 100 mil clientes até o final de 2016, contando que cada um registre em média 6 obras por mês.Atualmente, a empresa conta com 2 mil clientes, sendo 40% autores de livros independentes. De olho nesse mercado e na expansão dos negócios, a Avctoris fará o lançamento oficial da ferramenta fora do país na Feira do Livro de Frankfurt, o maior encontro do setor editorial no mundo.
O HSBC anunciou nesta segunda-feira (3) que vendeu sua subsidiária brasileira para o BancoBradesco em uma operação que movimentou US$ 5,2 bilhões, o equivalente a R$ 17,6 bilhões.
Banco assumirá todas as operações do HSBC no Brasil.Clientes do HSBC passarão a contar com todos os produtos do Bradesco.
De acordo com comunicado do Bradeso, com a aquisição, o banco assumirá todas as operações do HSBC no Brasil, incluindo varejo, seguros e administração de ativos, bem como todas as agências e clientes.O HSBC manterá sua presença no Brasil para as grandes empresas.A venda, que ainda requer aprovação regulatória e foi selada em 31 de julho, pode ser concluída até junho de 2016.Por volta das 12h30, as ações do Bradesco caiam mais de 2%, enquanto o Ibovespa recuava 0,88%.O valor da aquisição ficou acima do esperado pelo mercado. Em relatório, analistas do Credit Suisse consideraram que a transação faz sentido estratégico e financeiro para o Bradesco por implantar de forma mais eficaz o excesso de capital, dada a perspectiva de fraco crescimento do crédito nos próximos anos.Já o BTG Pactual considerou estratégica a operação dado o frágil cenário macroeconômico do país, que tem dificultado cada vez mais manter elevados níveis de retorno, inclusive para o rival Itaú Unibanco, que tem rentabilidade maior.
O Bradesco informa que os clientes do HSBC continuarão a ser atendidos "da forma habitual" e, após a conclusão da operação, passarão a contar com todos os produtos, serviços e comodidades oferecidos pelo Bradesco."A aquisição proporcionará vários benefícios para os clientes de ambas as instituições, tais como o aumento da cobertura e da rede de atendimento em todo território nacional e acesso aos produtos distribuídos pelas duas instituições", afirma comunicado do Bradesco.A venda ao Bradesco de sua filial "constitui uma etapa importante na execução das medidas anunciadas aos acionistas em 9 de junho", afirma o HSBC em um comunicado.Concentração de mercado
Com o negócio, apenas 5 instituições financeiras do país (Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, Bradesco, Caixa econômica Federal, Santander e BTG Pactual) passam a deter mais de 80% dos ativos no sistema bancário. Em 1995, os 5 maiores bancos concentravam 56% dos ativos no país.Sem definição sobre cortes
Questionado durante teleconferência realizada nesta segunda-feira sobre possíveis cortes de empregos ou de agências, Trabuco Cappi não deu detalhes sobre o assunto.“Você não faz uma aquisição desse porte olhando o corte de agências ou previsão de funcionários, os elementos balizadores é o que isso agrega ao nosso tamanho, nossa eficiência e capacidade de competição no mercado. O processo de integração será primeiramente analisado por um comitê de transação, as autoridades terão de se manifestar sobre a aprovação da operação, e depois teremos condições de comentar algum detalhe sobre essa informação”, disse.No final do ano passado, o número total de empregados do HSBC no Brasil era de cerca de 21 mil trabalhadores.A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finaceiro (Contraf-CUT) solicitou uma reunião com os dois bancos para discutir a manutenção dos empregos.“Vemos com preocupação a venda do banco. Temos mais de 20 mil trabalhadores em todo o país e milhões de clientes. O processo de fusão/aquisição não pode gerar danos ainda maiores para os consumidores, empresas e trabalhadores”, disse Juvandia Moreria, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.Segundo dados da confederação, somente a fusão do Itaú com o Unibanco resultou no fechamento de mais de 15 mil pontos de trabalho no país. Já a compra do Banco Real pelo Santander teria provocado o corte de 2.969 trabalhadores.Foco no mercado doméstico
Trabuco Cappi ressaltou que se trata de um processo de complementariedade, de fortalecimento da franquia.Questionado em relação a planos futuros de investir no mercado externo, Trabuco disse que o mercado doméstico é o foco do banco. “Não temos nada de perspectiva em relação ao mercado externo, o nosso foco é o mercado brasileiro, onde temos nosso maior valor de ativos”, disse.Trabuco Cappi havia anunciado em 17 de junho que o banco faria uma oferta vinculante pela unidade brasileira do HSBC em julho.
HSBC conta hoje com 5 milhões de correntistas e está instalado em 529 cidades (Foto: Reuters)
HSBC
O HSBC Brasil conta hoje com 5 milhões de correntistas e está instalado em 529 cidades. São 851 agências, 464 postos de atendimento, 669 postos de atendimento eletrônico, 1.809 ambientes de autoatendimento e 4.728 caixas eletrônicos. O banco entrou no país há 18 anos, quando comprou o extinto Bamerindus.Em 2014, a filial brasileira do grupo britânico HSBC, segundo maior banco estrangeiro no Brasil,prejuízo líquido de R$ 549 milhões, ante lucro de cerca de R$ 411 milhões no ano anterior.Após vários escândalos e resultados financeiros ruins, o HSBC, principal banco europeu,anunciou em junho a demissão de 50.000 funcionários em um plano de reestruturação global que inclui a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia.No primeiro semestre, o HSBC registrou um lucro líquido de US$ 9,618 bilhões, 1,31% a menos que no mesmo período de 2014. No segundo trimestre, o lucro líquido caiu 3,8%, a US$ 4,359 bilhões. A queda do lucro foi provocada principalmente pelos custos totais de operação, que no primeiro semestre aumentaram 5% na comparação com o mesmo período de 2014, a 19,187 bilhões de dólares.Além disso, os impostos pagos pelo HSBC na Grã-Bretanha alcançaram US$ 2,9 bilhões, um aumento de 44% em ritmo anual.Números do Bradesco
O banco Bradesco atingiu, entre abril e junho, seu maior lucro trimestral na história, segundo levantamento da consultoria Economatica. A instituição financeira anunciou ter registrado lucro líquido contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre de 2015, após atingir R$ 4,244 bilhões nos três meses anteriores – um aumento de 5,4%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro mostrou crescimento de 18,4%.
Negócios jovens apostam na estratégia de “dividir para multiplicar” para garantir a qualidade dos serviços e atrair talentos
Como se diferenciar em um mercado repleto de fortes concorrentes? Algumas empresas investem em inovação; outras, em preços baixos; e há aquelas que primam pela qualidade nos produtos e serviços. Apostando nesta última opção, duas jovens empresas do ramo de pagamentos, Cappta e Pagar.me, recorreram a uma estratégia ousada para garantir a excelência no atendimento aos clientes: promover os funcionários que mais se destacassem à condição de sócios.
Na Cappta, fornecedora de tecnologia de pagamento por cartões, a ideia surgiu quando a empresa foi fundada, em 2011, conta o sócio-fundador Rodrigo Rasera. Na época, ele e seus dois sócios observaram que o mercado tinha uma carência na prestação de serviços de instalação e manutenção das maquininhas, e criaram uma estratégia para prestar este serviço com excelência.
“Resolvemos propor aos nossos parceiros a possibilidade de se tornarem sócios caso obtivessem um grande desempenho. Está nos nossos valores como empresa, dividimos para crescer. Com essa política, conseguimos atrair talentos e fidelizá-los, para que não migrassem para a concorrência”, diz Rodrigo.
Ele explica que, no ano da fundação, 15% das ações da empresa foram reservadas para serem distribuídas aos funcionários. “Esta cota inicial já foi preenchida, e nos próximos anos esperamos aumentar para até 25% o percentual de ações a serem distribuídas, para que os novos trabalhadores também se sintam motivados” esclarece o sócio-fundador.
Para promover um prestador de serviços à condição de sócio, os donos da Cappta levam em conta três fatores. Em primeiro lugar, a satisfação dos varejistas com o atendimento realizado. Em segundo, a quantidade de clientes atendidos pela pessoa e o número de novos usuários que ela ajudou a incorporar ao sistema. Em terceiro, as contribuições que cada prestador de serviços deu para o negócio, apresentando ideias ou sugerindo novos produtos e formas de fazer as coisas. A avaliação do terceiro ponto é feita todos os anos em uma convenção em que a Cappta reúne seus principais parceiros.
A mesma política adotada com os prestadores de serviços externos também é adotada com os funcionários da empresa. Assim, aqueles que se destacam por vários semestres consecutivos ganham a oportunidade de adquirir uma cota da empresa por um valor simbólico, pois a lei proíbe a doação de ações. Até o momento, a empresa conta com 10 funcionários e 50 prestadores de serviços como sócios.
“Tivemos um faturamento de R$ 22 milhões em 2014 e esperamos crescer 30% este ano graças a esta política. Mais do que isso, quando começamos nós encontramos grandes dificuldades para convencer as pessoas a trabalharem conosco. Hoje, temos uma demanda tão grande que somos obrigados a fazer uma seleção”, afirma Rodrigo.
Dividir para multiplicar
Outra empresa que segue o mesmo caminho é a Pagar.me, startup de tecnologia que oferece soluções de pagamento para e-commerces. Criada em 2013, ela se inspirou nas políticas adotadas por Google e Ambev para transformar seus funcionários em sócios. “Esta possibilidade aumenta a motivação e o engajamento dos funcionários. Na hora de tomar uma decisão, ele não vai pensar no que é melhor para ele, mas sim no que vai fazer a empresa crescer”, resume o sócio-fundador Henrique Dubugras.
A estratégia também está sendo usada pela Pagar.me para atrair talentos. Por ser uma empresa jovem, que cresce rápido, existem boas possibilidades de um funcionário receber ações em pouco tempo. “Até o momento, apenas um dos nossos empregados recebeu ações. Mas já temos 12% de nossas ações reservadas para distribuir entre aqueles que mais se destacarem”, afirma Henrique.