O Google quer recrutar os melhores talentos para solucionar problemas da internet e, ao mesmo tempo, fomentar a pesquisa científica na América Latina. Por isso, a partir de 1º de junho, a companhia anunciou que ajudará a bancar projetos acadêmicos na área de ciências da computação e oferecerá 750 dólares mensais para bolsas de mestrado e 1 200 dólares para doutorandos por meio do Google Research Program.Chamado de Research Awards in Latin America, o novo programa disponível para o país é fruto de uma parceria entre a companhia e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e é destinado exclusivamente a projetos de instituições latino-americanas. Nele, os professores orientadores também recebem uma quantia em auxílio (675 dólares para mestrado e 750 dólares para doutorado).Áreas como internet das coisas, tecnologia de cidades inteligentes e convergência nas plataformas de entretenimento (como smart TV) são alguns assuntos de pesquisa com grandes chances de conquistar uma bolsa.Para participar do processo seletivo e concorrer a uma bolsa do Google, os professores orientadores devem preencher um cadastro encaminhar os projetos de seus alunos por meio desta página até 6 de julho. Os resultados com os participantes beneficiados serão divulgados em agosto.Fonte: INFO
Previsão é que, saindo do déficit primário de 0,6% do PIB no ano passado, economia pule para superávit de 1,1% este ano
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, fez uma retrospectiva das medidas de ajuste fiscal adotadas pela nova equipe econômica durante seminário sobre política fiscal na Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele apontou que a meta é que o ajuste fiscal dure dois anos, ou seja, saindo do déficit primário de 0,6% do PIB no ano passado para um superávit de 1,1% este ano e 2% a partir de 2016.— O Brasil está elevando gradualmente seu resultado primário para garantir a estabilidade da macroeconomia e viabilizar a recuperação do crescimento de modo sustentável — reafirmou.Levy se vê forçado a aprender a fazer políticaSegundo ele, a redução do déficit nominal será um pouco mais rápida, com a projeção de que se chegue a um saldo negativo de 2,3% do PIB em 2017.— O esforço fiscal é substancial, mas ainda assim é mais gradual do que o projetado em 2014, e leva pelo menos dois anos. O Brasil já fez isso em outras oportunidades, principalmente de 1997 para 1999 — acrescentou.Marta Sfredo: pílulas de oxigênio no apertoO ministro também disse que o governo vem adotando uma série de iniciativas para complementar a estratégia de reequilíbrio fiscal e promover uma maior recuperação da economia. Para elevar a produtividade, são três eixos básicos: aumento do capital físico por trabalhador; aumento do capital humano; e reformas institucionais.— O primeiro passo é o reequilíbrio macroeconômico, condição necessária, mas não suficiente. Ele está sendo complementado por uma política ativa de maior investimento em infraestrutura, educação e desenvolvimento institucional, para melhorar o funcionamento da economia — afirmou.InfraestruturaBarbosa disse também que há capacidade de engenharia para projetos de infraestrutura com players locais ou novos. Ele foi questionado se o pacote de infraestrutura já estaria todo pronto e se as empresas investigadas na Operação Lava-Jato vão poder participar das licitações.Não estamos aumentando impostos, afirma Dilma— Este tipo de iniciativa fica pronta só quando termina. Na verdade, 99% já está alinhado. Falta alguns aperfeiçoamentos aqui e ali em alguns projetos, mas eu diria que já estão praticamente 100% definidos os principais investimentos — disse.Ele lembrou que são várias iniciativas em portos, aeroportos, rodovias e ferrovias no tempo próprio de cada uma delas.— Tem iniciativa, por exemplo, que é você chamar o setor privado a elaborar projetos que eventualmente vão resultar em concessões no ano a vem. Tem outras iniciativas de realizações de projetos que já foram concluídos e que já estão próximos de fazerem licitações neste ano. Então, há vários projetos em diferentes fases de sua implementação — disse o ministro.Seguro-desemprego encolhe R$ 500 milhões no RSSobre a participação das empresas que estão sendo investigadas pela Operação Lava-Jato, Barbosa disse não ter informações precisas de como será feito.— Eu acho que será no momento de fazer a licitação. Está sendo feito uma análise no momento certo de quem pode participar ou não destas licitações. Nós estamos agora mais dedicados em elaborar os projetos — disse o ministro.Barbosa disse, porém, que não há temor do governo sobre uma possível inviabilização dos projetos caso as empresas investigadas na Lava-Jato sejam impedidas de participar das licitações.Em decisão apertada, Senado aprova MP do seguro-desemprego— Acho que você tem que separar quem vai ser o concessionário, que isso às vezes é um pool de investidores, não necessariamente só de empresas de construção, e quem vai realizar o projeto. Estes dois conjuntos podem ter intercessões. Pode ser que quem for realizar seja parte da concessionária — disse.Barbosa afirmou que tem muita gente interessada em participar das concessões. Ou seja, haverá, segundo o ministro, "pessoas interessadas em participar, assumir a concessão, colocar o capital, colocar o que a gente chama de equity tanto nacional quanto internacional".Leia as últimas notícias de Política— Eu acho que o setor de construção no Brasil tem toda condição de assumir estes investimentos. Há firmas novas e mesmo as firmas que estão enfrentando problemas estratégicos vão poder se reestruturar e executar estes investimentos mais à frente. Ou seja, há interesses de empresas em assumir estes investimentos e há capacidade de engenharia no Brasil para executar estas obras necessárias, seja com os players atuais, seja com novos players ou com a combinação de ambos — afirmou Barbosa.Ele deu como exemplo para confirmar o que disse a recente licitação da Ponte Rio-Niterói, que teve seis ofertas.— E quem ganhou, ganhou com deságio de quase 37%. Então essa é uma prova do dinamismo e da diversificação da economia brasileira — concluiu o ministro.
Depois de passar por uma crise, empresário contou com a ajuda do Sebrae.O faturamento caiu, mas a rentabilidade foi de R$ 30 mil para R$ 400 mil.
Um executivo de São Paulo decidiu abandonar uma carreira promissora em uma multinacional para abrir uma fábrica de cosméticos. Cometeu alguns erros, mas teve a ajuda do Sebrae para alinhar o negócio.A decisão foi tomada em 1999. “Uns amigos que eram do mercado de cosméticos falaram: você é da área comercial sua mulher entende tudo de cosméticos. Porque vcs não lançam uma marca?”, lembra Fábio Mazzon.Ele deixou de lado o salário alto que ganhava em seu emprego e resolveu unir sua experiência em vendas com a da mulher, farmacêutica, e abriu uma fábrica de cosméticos. “Começamos a vender na minha cidade natal, em Jaú (SP), pra amigos.”Em sete anos, foram lançados mais de 200 produtos. Até que veio a primeira crise. “Tudo começou a desmoronar. As operações que tínhamos no interior de São Paulo foram parando até o ponto que eu cheguei e falei: estou eu sozinho aqui!”O empresário teve a ajuda do Sebrae para se reerguer. “O caso do Fabio é o de muitos empreendedores brasileiros, trabalham muito, faz muitas atividades, compra venda, em todas frentes, e não tem tempo de parar para analisar resultados de maneira objetiva", diz Gustavo Carrer, do Sebrae.Fabio descobriu que gastava muito para divulgar a marca. Então, começou a fabricar cosméticos para quem já tinha nome consolidado no mercado e terceirizou a produção. O faturamento mensal caiu, mas a rentabilidade foi de R$ 30 mil para R$ 400 mil.CONTATOS:SEBRAE
Central de Relacionamento: 0800-570-0800
www.sebrae.com.brFLORUS – INDÚSTRIA COSMÉTICOS
Contato: Empresários Fabio Mazzon Sacheto / Maria Erotides
Rua Osvaldo Luiz Da Silva, 149 – Jardim Guaciara
Taboão da Serra/SP – CEP: 06775-200
Telefones: (11) 4685-8888
Site: https://florus.com.br
Email: [email protected] / [email protected] URBANO SÃO PAULO
Contato: Mari Meirelles
Rua Sargento José Spessoto, 27 - Vila Mariana
São Paulo – SP - CEP: 04016-060
Telefone: (11) 4304 9128
Site: www.spaurbanosaopaulo.com.br
Email: [email protected]
Fonte: PME - Executivo troca carreira por negócio próprio de cosméticos
Companhia de Joinville, destacada como uma das mais inovadoras da América Latina, desenvolve sistema para facilitar administração financeira
De cada 100 empresas brasileiras de pequeno porte que iniciam suas atividades, 62 fecham as portas antes de completar cinco anos. Dentre os motivos listados pelo Sebrae para explicar tais números, está a falta de planejamento e de avaliação dos custos e do fluxo de caixa.
Algumas pessoas se deparam com esse cenário e desanimam. Três amigos de Santa Catarina viram que uma demanda clara por ferramentas de gestão voltadas a esse público. Abriram um negócio especializado na área, desenvolveram produtos úteis e receberam reconhecimento – o empreendimento, chamado ContaAzul, foi considerado em 2014 um dos dez mais inovadores da América Latina pela reviste norte-americana Fast Company.Após perceber que muitas pequenas empresas fechavam por dificuldades na gestão, Vinícius Roveda decidiu criar um negócio para preencher a lacunaPresidente e um dos fundadores da empresa, Vinícius Roveda conta que o trio detectou oportunidade em 2009. A avaliação era de que grandes e médias companhias já estavam bem atendidas, mas para micro e pequenas as opções eram softwares ruins ou caros para seu nível de faturamento.“Nosso desafio era desenvolver uma ferramenta simples, que pudesse ser usada por muitos clientes, e ao mesmo tempo barata, para dar lucro. Até chegar a isso, cometemos muitos erros durante dois anos. A situação só mudou em 2011, quando fomos selecionados por uma aceleradora norte-americana.”A oportunidade permitiu a ele e seus colegas passar quatro meses no Vale do Silício, onde tiveram acesso a tecnologias de ponta e puderam aperfeiçoar seu produto e modelo de negócios, além de conseguir investidores. No ano seguinte, quando voltaram ao Brasil, lançaram a ContaAzul, de Joinvile.“É uma plataforma que coloca em nuvem os dados financeiros e aqueles referentes a estoque e venda, permitindo que o empresário os acesse remotamente de qualquer dispositivo com acesso à internet, como smartphones e tablets”, explica Roveda.O sistema facilita o controle de vendas e do fluxo de caixa, e ajuda na emissão de nota fiscal eletrônica. O software é conectado ao internet banking, de modo que alterações no extrato da conta entram diretamente na ContaAzul. “Dedicando muito menos tempo, o empresário passa a ter um controle melhor do negócio e pode se dedicar a outras questões, planejar melhor o crescimento da empresa”, acrescenta.Cerca de 450 mil clientes já experimentaram a ferramenta, e o site recebe 20 mil novos cadastros todo mês. As assinaturas variam de R$ 29 a R$ 199 por mês. O valor depende da quantidade de usuários que terão acesso ao sistema e do número de boletos e notas fiscais emitidas. “Crescemos mais de 200% em 2014, e esperamos manter um ritmo parecido neste ano”, diz o Roveda.
dos dois gaúchos que passaram em concurso federal para magistrado, em total de 58 aprovados
Este 1º de junho será lembrado por Rolando Valcir Spanholo como um dos mais importantes dias de sua trajetória. Aos 38 anos, após ter trabalhado como borracheiro, costureiro e vendedor ambulante em Sananduva, no norte do Estado, ele se torna, hoje, juiz federal substituto em Goiás.
Pelo exemplo de determinação, a história do agora magistrado sensibilizou o país no início do ano, quando ocorreu a posse no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região (Brasília). Após ter participado do Encontro com Fátima Bernardes, na Rede Globo, Spanholo viu sua caixa de e-mail lotar. Eram pedidos e mais pedidos de entrevista — dos quais declinou educadamente.Rolando não é de se expor. Por isso, foi bem claro em relação aos motivos que o levaram a conversar com a ZH: divulgar sua história poderia ser importante para motivar os gaúchos, uma vez que, entre os 58 aprovados no concurso para juiz federal, somente dois eram do Estado.Dias depois, o homem de voz tranquila e sotaque ainda carregado atendia ao telefonema da reportagem. Contou seu percurso desde a infância na pequena Sananduva, município de 15 mil habitantes a cerca de 400 quilômetros de Porto Alegre. Terceiro de cinco irmãos, filhos de pai borracheiro e mãe costureira, Spanholo começou a trabalhar aos nove anos na oficina do pai.Lavava carro, limpava cabine de caminhão e fazia pequenos reparos em pneus. Foi principalmente por necessidade da família que o menino se comprometeu logo cedo com a rotina de gente grande — da qual se lembra com orgulho.
Foto: Reprodução/Arquivo PessoalMais tarde, trabalhando no ramo das confecções junto à mãe, Spanholo seguiu o exemplo dos outros irmãos e, com crédito educativo, também foi fazer Direito na Universidade de Passo Fundo (UPF). Quando tinha 17 anos, seu dia começava às 7h, percorrendo a região oferecendo cortinas e lençóis de porta em porta. Ao fim da tarde, tomava um ônibus rumo à faculdade — percurso de cerca de 250 quilômetros. Retornava após a uma da madrugada.— Sempre fui um aluno mediano. Me esforçava, mas tinha limitações de tempo. Na viagem até Passo Fundo, dormia 15 minutos e depois estudava até chegar na universidade. No retorno, era a mesma coisa. Acho que por isso tenho esses quatro graus e meio aqui em cima do meu nariz: por conta de estudar dentro do ônibus — conta.Novo rumo começou por sugestão de professorPode até ter caído no mundo das leis por seguir os irmãos. Pode só ter dado conta do recado com a ajuda de colegas. Mas foi por esforço próprio que, ao fim da faculdade, foi reconhecido.— Por que não te inscreves no concurso para a Escola Superior de Magistratura (Ajuris) na Capital? Tens o perfil calmo e de raciocínio lógico — disse um professor.Após formado, em 1998, encarou a sugestão do docente como desafio. E foi selecionado. Nesta época, já pai, Spanholo passava a semana na Capital. Na sexta-feira, após o meio-dia, pegava o trecho até Sananduva, onde dividia o tempo entre a mulher, o filho de seis meses e alguns serviços no escritório de advocacia do irmão. Quase desistiu. Estava longe da família, o curso era caro, ele não tinha dinheiro — talvez desculpas para um pensamento que o perseguia:— Fiz a faculdade para ser advogado, nem tinha passado pela cabeça a ideia de que teria condições de um dia ser juiz. Tinha o sentimento de que era preciso uma boa base familiar, em questão financeira.Especialistas dizem como se portar em psicotécnico de concurso públicoConfira as últimas notícias sobre concursosReconhecendo a situação de Spanholo, um colega o convidou para dividir apartamento, sem custo algum. Era o fôlego de que precisava. Concluiu o curso e prestou concurso para ser promotor, juiz do trabalho, procurador, juiz estadual... Acabou sempre no “quase”, virando praticamente um especialista em calcular as notas de cortes das provas objetivas de concursos.Quando a mulher iniciou a faculdade, por questão de tempo e dinheiro, adiou o que havia se tornado sonho: ser juiz. Focou na carreira como advogado em Sananduva, que perdurou os últimos 15 anos — oito deles sem pensar em prestar provas. Até que, em sua cidade, assumiu uma juíza que havia estudado com ele na Ajuris. Ela o motivou a seguir tentando.
Spanholo somou 200 kg de cópias durante os quatro últimos anos de estudos
Foto: Reprodução/Arquivo PessoalRetomou a pilha de cópias de material de estudo (que chegou a pesar 200 quilos de papel) e prestou mais de 20 concursos entre 2010 e 2014. A rotina incluía dormir pouco, abdicar de parte da vida social e trabalhar muito. Para superar o esgotamento emocional, o concurseiro passou a assistir a vídeos motivacionais na internet. E foi sentindo que, cedo ou tarde, o objetivo seria cumprido:— Como o processo do levantar e cair, do reprovar e superar, você vai moldando a sua personalidade, tendo serenidade. E começa a sentir que a hora está chegando. Aquele sentimento de incapacidade vai dando lugar a algo mais concreto. Então, quando você finalmente vê o seu nome lá, você acaba se emocionando. Passa um filme das privações. Mas eu faria tudo de novo.No mesmo dia em que soube que havia sido aprovado como juiz, Spanholo acompanhou o filho na matrícula no curso de Direito na UPF — ali onde tudo se iniciou. Foi empossado no TRF1, em Brasília, passou por quase um semestre de formação e hoje passa a decidir como juiz substituto na 1ª vara de Anápolis. Se tem próximos planos? Sim, os mesmos: ser um bom juiz, com toda a bagagem que a vida o emprestou:
— O cidadão forma a sua bagagem intelectual, mas não muda a sua trajetória. E se ele se esquecer dela, pode ser que ele até entre em uma zona perigosa, que oferece brecha para abusos. Todos somos passíveis do erro, mas jamais conseguirei olhar um processo sem ter o raciocínio de quem vivenciou a dificuldade. Quem aprendeu a ser vendedor de porta em porta sabe tratar bem as pessoas. Isso fica.
Acostumado a lidar sob pressão, ex-major da PM Diógenes Lucca já participou de mais de 100 negociações com sequestradores
Diógenes Lucca é um profissional experiente e apto a encaminhar solução para as mais difíceis situações. Ex-comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar de São Paulo, é considerado um dos maiores negociadores do Brasil.Ele está acostumado a atuar sob pressão. Participou de mais de 100 negociações de sequestros – incluindo a do apresentador Silvio Santos, em 2001, em que ele dá mais detalhes no livro O Negociador. Hoje, é professor e palestrante. Em sua apresentação em workshop na Expogestão na sexta-feira, mostrou conceitos e práticas para que uma negociação resulte em acordo entre as partes envolvidas.A Notícia – O senhor trabalhou sob pressão contínua em diferentes situações, mediando sequestradores e reféns. Como é esse trabalho?
Diógenes Lucca – A pressão é inerente ao conjunto das relações humanas e ocorre em qualquer tipo de negociação. Não só em situações extremas, envolvendo sequestradores e sequestrados. Encaro o conflito como algo natural nas relações humanas, nas relações sociais. Nossa cultura judaico-cristã predominante nos ensinou que a harmonia prevalece entre nós. Mas não é assim.AN – O que acontece, então?
Lucca – Acontece que há muitas outras leituras possíveis do mundo, tanto do ponto de vista religioso quanto cultural e sociológico. Quando o negociador compreende que o conflito é um processo comum, ele está a caminho de uma equação para a resolução.AN – Que características deve ter o negociador?
Lucca – Em primeiro lugar, ele precisa identificar como os outros olham e enxergam o cenário e a situação. O negociador tem de preencher dois requisitos: ter a inteligência verbal aguçada para comunicar com clareza e ter conhecimento dos fatos e competência para fazer a análise prospectiva da realidade. Outro ponto fundamental: ele tem de ter uma equipe com retaguarda competente, que o abasteça com informações de qualidade. No caso de negociações entre empresas, precisa dispor de dados de mercado, dos produtos, do que faz o outro lado da mesa.AN – O que breca uma negociação?
Lucca – O negociador tem a obrigação de distinguir desejos de necessidades do outro. Deve estar pronto para ouvir muito. Quando um dos lados está com excesso de desejo, querendo mais do que o razoável, é adequado parar a negociação temporiamente e retomá-la adiante. A negociação se faz baseada em princípios. Aprender a enxergar o que diz e pensa o outro é muito importante.AN – Há diferentes cenários numa negociação...
Lucca – Há três cenários. Primeiro: pode dar certo de pronto. Isso é bem raro. Segundo: pode ser trabalhada e evoluir para o sucesso. E o terceiro é quando há a situação do não engajamento. Nesse caso, não haverá acordo no curto prazo. É a hora de reagendar o diálogo para outro momento.AN – Dizer não em meio a uma negociação é proibido?
Lucca – Isso é um mito. Claro que não é o ideal. Mas há formas de dizer não sem usar a palavra. Na negociação com reféns, a prática é mostrar caminhos. O não seco fecha portas. Deve ser evitado.AN – A pressão do tempo, do relógio correndo, é problema numa negociação?
Lucca – O tempo pode ser um aliado e um inimigo. Uma negociação baseada em princípios, na qual ambas as partes saiam com sentimento positivo, funciona bem.AN – Algum exemplo?
Lucca – Posso oferecer ao sequestrador duas opções: o cemitério ou a cadeia. Optar pela segunda alternativa dá, a ele, a percepção de ter feito um bom negócio. Se há a faca no pescoço por causa do tempo, é melhor parar e retomar a conversa em um nova etapa.AN – Volto ao ponto da importância de ouvir...
Lucca – A verdade é que a gente deixa de aprender a ouvir com um ano de idade, quando começamos a falar. A pessoa incapaz de ouvir gera desprezo no interlocutor. A pessoa deve ter uma escuta ativa, interessar-se, demonstrar interesse verdadeiro naquilo que o outro diz.AN – Algum recado para se negociar bem em tempos de crise?
Lucca – Se uma empresa oferece produto a R$ 1 o quilo e o cliente só está decidido a comprar por até R$ 0,70, há duas possibilidades: o comprador pode fechar o negócio mesmo a R$ 1 – e ter prejuízo imediato – se perceber a garantia de que, a médio e longo prazos, vai conseguir adquirir o produto a preços adequados e em grande quantidade. A outra hipótese é as partes decidirem que não há como fechar contrato agora, mas entenderem que estarão dispostas a renegociarem depois.AN – Como perceber que o outro negociador é fraco?
Lucca – O negociador fraco é aquele que não reúne as informações necessárias para dialogar de igual para igual com o que está sentado em frente. Um dos fatores que mostram o perfil do negociador é o lugar escolhido para a conversa ou onde ele se senta à mesa, por exemplo.AN – E quando um bom negociador erra?
Lucca – Se errou, a regra é dar um passo atrás. Aprender a reconsiderar é importante. E cumprir com o que foi combinado é essencial. Não posso deixar o cliente “tomar bola nas costas”. Se alguma coisa não vai acontecer como estava combinado – problemas de logística, de quantidade de mercadorias –, antecipe-se e o avise logo. Nunca deixe o outro se surpreender negativamente. Ao final do processo, o nome do jogo se chama credibilidade. Ter credibilidade é a mais poderosa arma numa negociação.
Princípios são capazes de transformar originalidade em lucro, explicou professor americano de design
Um cochilo no avião em uma das viagens de cobertura do então repórter de finanças internacionais Bruce Nussbaum o levaram a sentar à cadeira no centro do palco da Expogestão. Era a última palestra do evento e a primeira vez dele no Brasil. Nesta sexta-feira, o professor de inovação e design na Parsons The New School for Design ensinou em Joinville o que ele aprendeu com uma menina, “uma imagem”, que percorria o corredor da aeronave.A mamadeira que a pequena segurava permitiu que ele transformasse a própria criatividade em valor e criasse os conceitos Vuca e Vibe para falar do momento em que vivamos e da vocação criativa de um lugar.Do sono de cansaço, ele acordou com pingos na testa. Graça ao design da garrafa feitas por criadores de Minnesota, nos Estados Unidos, a menina de no máximo três anos conseguia segurar sozinha a própria mamadeira com tal desenvoltura que se divertia jogando leite nos adultos.O recipiente tinha um formato diferente: um furo no meio fazia o papel da alça da xícara. Encantado pela forma, ele procurou as origens daquele projeto e escreveu um pequeno texto para a revista onde trabalhava. Foi sucesso e impulso de uma trajetória acadêmica.O livro “Inteligência Criativa - aproveitando o poder de criar, conectar e inspirar” concentra o que o jornalista e professor aprendeu naquele dia.— A mudança muda. Eu chamo isso de mudança em cascata. Eu chamo isso de Vuca — disse ele, sob o olhar de estranheza da plateia.Vuca é a sigla que ele criou para se referir ao tempo em que vivemos: de volatility (volatilidade), de uncertanty (incerteza), de complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade). Ser criativo nesse mundo de Vuca é algo que ele elabora e define:— Criatividade é originalidade com valor. No mundo dos negócios, o valor é medido pelos lucros.Por meio do que Bruce chama de “inteligência criativa”, é possível transformar a capacidade de criar algo valioso. Ele lista cinco estratégias para aprimorar esse tipo de inteligência.A primeira delas é trocar mineração (mining) por significado (meaning). A segunda é tomar construção por reconstrução. Outra estratégia é se dar ao luxo da brincadeira séria, para então colocar em prática a ideia, fazer. E, enfim, dar à ideia escalabilidade.Em síntese, é preciso criar serviços e objetos que tenham significado para as pessoas, às vezes reconstruindo a narrativa vigente, usando como método o contato despretensioso com aquilo que se deseja aprimorar ou criar. Passado este estágio, chega o momento de fazer e, então, levar ao mundo a criação.— Aqui no Brasil vocês não esqueceram como se faz as coisas. Fazer é muito importante para a criatividade — explica o professor.Mas além de fazer, é preciso ter Vibe. Cidades e empresas podem ter essa caraterística de um ambiente que estimula a criação. Lugares com Vibe têm criadores, curadores e mecenas. Depois da ampla explicação, Bruce disparou:— Qual é a Vibe do Brasil?
Último dia do evento, um dos mais importantes do País, tem palestrantes internacionais como John G. Schulman
Primeiro palestrante internacional a subir ao palco no último dia da Expogestão, o especialista em gestão de conflitos e presidente da Alignor, John G. Shulman, apresentou uma visão analítica e estratégica para a prática de negociação. Pregou a construção de relacionamentos fortes e uma visão de longo prazo. Ele condenou o jogo do vai e vem, no qual cada uma das partes tenta chegar ao melhor resultado para si, jogando valores para acima ou para abaixo, partindo de bases fora da realidade.Para ele, esta é uma forma de negociação péssima porque sempre causa dano à relação. Toda modificação que consegue nos valores é uma mentira, diz, muda o número, mas a situação não muda. As partes não saem realmente satisfeitas e, no fundo, nenhum dos dois gosta daquele jogo. Aquele que concedeu mais desconto do que pretendia vai tentar recuperar no ano seguinte, e quem não conseguiu o desconto planejado também vai tentar mais da próxima vez.— Na vida real, a cada jogada, a negociação torna-se cada vez mais difícil. Esta não é uma forma eficiente de negociar. Existem muitos fatores que afetam a negociação, e os números e o dinheiro não são os únicos elementos, existem outros que não são mensuráveis .O modelo apresentado por Shulman parte da premissa de que as pessoas tomam decisões com base em suas próprias necessidades, então o negociador deve conhecer muito bem todas as suas necessidades e a do interlocutor. Ele divide o processo em três partes. A primeira delas é entender com quem está lidando, quais as necessidades e razões subjacentes, tanto as do interlocutor quanto as do grupo que representa. O segundo passo é fazer um brainstorm de possíveis ideias para chegar a uma solução que atenda às necessidades. Não existe um caminho apenas, segundo o especialista. O terceiro passo é realizar a análise de risco, descrevendo todos os interesses que estão por traz para saber o que vai acontecer caso não se chegue a uma solução, ou seja, conhecer as implicações, colocar o processo em perspectiva.Shulman cita uma pesquisa sobre o modo como as pessoas interagem. O estudo indica que em 85% das vezes, a interação é marcada pela ação e reação. Em 15%, pela competição, com um dos lados querendo manipular para ganhar do outro. E somente em 1% dos casos é estratégica, baseada em propósito, nos objetivos de se tomar alguma ação e por que deveria fazer aquilo.— Em toda negociação é preciso pensar no que faz e por que faz. Uma pessoa estratégica consegue controlar a situação.Para ele, há pouquíssimas negociações em que o relacionamento não é importante e observa que os melhores resultados no longo prazo envolvem relacionamentos fortes. O especialista pontua que nem sempre se consegue tudo o que se deseja, hoje menos, amanhã mais, desde que haja reciprocidade. Não havendo reciprocidade, não é um bom relacionamento, afirma.— Se quer mesmo resolver o conflito, viva como uma criança de dois anos, que tem uma empatia verdadeira. É preciso se colocar no lugar do outro, conhecer as necessidades. Para isso, deve ouvir ativamente.Confira alguns outros destaques de Shulman:Emoções— Tenha calma e visão analítica, no lugar de ser emocional. Em situações novas e com desequilíbrio de poder, a emoção acontece. O maior risco é o medo, mas, com a análise de risco, é possível gerenciá-lo. No final, a situação quase nunca é tão ruim quanto se pensou porque a pessoa consegue conceber uma estratégia para lidar com aquilo.Cultura— Já morei na África, Ásia, já negociei na América Latina, América do Norte e Europa. O que aprendi é que não dá para saber tudo em todo lugar. No Japão, você não vai ouvir a palavra "não". No Brasil, você vai ouvir, e isto pode não significar realmente "não". Em uma cultura diferente, é confuso entender as partes interessadas. Na China, o interlocutor com mais idade e que não fala nada em seu idioma é o que vai tomar a decisão. Mas em qualquer lugar do mundo as pessoas querem coisas parecidas.Mudando a chave— Você tem que começar sabendo o ponto final da negociação antes mesmo de começar e inicie explicando para o outro que não quer entrar de novo nesse vai e volta. Explique que o modelo não funciona. O outro possivelmente vai insistir com o modelo antigo. No caso de insistência, pergunte por que aquele percentual alto de desconto proposto faz sentido. Peça de forma íntegra, razoável. Na maior parte das vezes, ele não terá uma resposta para te dar.Poder— Para construir relacionamento de longo prazo quando estou na posição de quem tem mais poder, tenho que ter consciência de que tenho poder e o outro também tem que saber que eu sei que tenho poder. O poder vai migrar de mão. Não existe nenhuma civilização ou empresa que fique por cima para sempre. Com o tempo, quem tem poder vai cair. Com a visão de longo prazo, devo pensar que vou usar parte do meu poder para garantir que, quando não tiver poder, o outro vai me tratar da mesma forma pela qual foi tratado quando eu tinha poder. Para que isto aconteça, deve haver uma comunicação clara, o outro tem que saber disso. Sem comunicação, o outro não vai se lembrar que eu peguei leve agora, tenho que deixar claro. Se alguém quiser um favor seu e você não falar nada sobre reciprocidade, não se surpreenda se a pessoa se esquecer ao chegar ao poder e não te devolver o favor.GovernosJá negociei com muitos governos. Tente entender a estrutura, as leis, o processo, e ficar dentro da estrutura da entidade governamental. Às vezes, você chega com uma ideia nova, criativa, mas se não presta atenção à estrutura, nada funciona. A corrupção existe em todo lugar e 90% de quem está no governo quer fazer certo, mas você tem que ficar dentro da estrutura.
Hitendra Patel é especialista em inovação e acredita que ter experiência em várias áreas gera destaque no mundo dos negócios
Nascido no país africano de Zâmbia, com experiências profissionais ao redor do mundo e há mais de 20 anos morando nos Estados Unidos, o especialista em inovaçãoHitendra Patel acumulou vários pontos. O exemplo pessoal serviu para destacar o aspecto que considera mais importante para inovação — conseguir pontos. Ter experiências em áreas diferentes da que o indivíduo atua, aprender sobre muitas coisas, seja por meio da literatura ou se relacionando com pessoas com outros interesses e vivências, tudo isto vai gerando pontos.Conectá-los de maneira diferente e melhor do que os outros resulta em inovação. Portanto, quanto mais pontos, maior a chance de ver aquilo que outros (a concorrência, por exemplo) não conseguem.— O gênio consegue ver uma imagem do futuro antes dos demais, pois viu mais coisas, e ligou tudo isso.A partir do momento em que surge uma ideia, Patel sugere o teste de quatro perguntas para saber se realmente trata-se de uma grande ideia. A primeira delas é: "a proposta é baseada em qual tendência, vai ser relevante no futuro?".Patel diz que a análise das tendências é importante e listou algumas: inovação verde (ligada ao consumo consciente e energias renováveis); conectividade; inteligência preditiva (pela qual é possível prever a partir da análise de dados necessidades ou desejos); saúde (população está envelhecendo e quer viver mais e melhor); e robotização (para objetivos diversos como redução do custo de mão de obra, até assumir tarefas que podem melhorar a qualidade de vida dos idosos).A segunda pergunta no teste de ideias é: "atende a uma necessidade humana?". Água, conveniência, transporte, higiene são apenas alguns exemplos. A terceira pergunta, "qual o modelo de negócio?" diz respeito a como extrair mais dinheiro com menor custo. A quarta questão é:" tem barreira de entrada?".Patel diz que não é a patente que vai proteger a empresa da concorrência e usou o exemplo da Motorola. A companhia para a qual trabalhou administrava 500 patentes por ano ligadas a celular e foi atropelada pela Nokia, que lançou um produto diferente e mais alinhado ao desejo do consumidor. A questão, segundo ele, é encontrar uma forma de fidelizar o cliente, realizar parcerias ou, então, fazer algo tão fantástico que ninguém consiga copiar.Se a ideia passou no teste, o próximo passo não é o protótipo, tão pouco o lançamento do produto. A dica é fazer um folheto e levá-lo repetidas vezes ao cliente, para que após cinco ou seis ciclos de modificações, chegue-se mais próximo do que deve ser. O processo deve ser repetido para chegar à perfeição, enfatiza.— Não fique mexendo no produto, o folheto é o atalho para grande ideia.Patel aconselha às empresas destinar tempo e espaço para experimentação nas equipes. Se a empresa poda aqueles que querem "sair da caixa" ou esta pessoa vai sair da empresa e montar o próprio negócio ou permanece fazendo as coisas do mesmo jeito por anos e não vai inovar nunca. O consultor também defende uma cultura organizacional que permita "abraçar" pessoas que pensam de modo diferente, no lugar de contratar iguais. Por fim, destacou que a inovação não acontece em linha reta.Assemelha-se à jornada de um explorador, em zigue-zague para ultrapassar ou contornar obstáculos pelo caminho. No final, chega-se ao destino. As organizações só devem cuidar para não voltar à maneira antiga de se fazer as coisas. Algo fácil de ocorrer por conta do hábito.Para ele, nunca houve um momento mais fácil para inovar do que agora, e alerta:— Para avançar, fracassos virão, mas fracasso é conhecimento.Patel deixou um conselho aos solteiros — tornar-se empreendedor. Tudo o que precisa para começar já existe, afirma. Alguém para cuidar da logística, conexão com qualquer lugar, pagamento em nuvem, entre outros serviços. Ele cita o exemplo da empresa Uber, que conecta usuários ao serviço de táxi. Por encontrar o cliente e realizar a conexão com o fornecedor cobra 30% do valor do serviço. Em dois anos, já fatura US$ 60 bilhões.
A empresa do maior site de buscas do mundo acaba de revelar ao mundo algumas de suas novidades no mundo tecnológico. A conferência anual do Google, o Google I/O se estende até amanhã.Como de praxe, o vice-presidente de produto do Google, Sundar Pichai, subiu ao palco para apresentar alguns números da empresa antes de iniciar oficialmente aberto o evento. De acordo com o executivo, o Android, YouTube, Google Maps, Gmail e Chrome, possuem mais de um bilhão de usuários ao redor do mundo, cada um.Pichai declarou que mais de quatro mil produtos diferentes estão equipados com o sistema operacional móvel da companhia, revelando ainda que o Google pretende levar o seu sistema em questão para além dos smartphones, bem como para os relógios e carros inteligentes, além destes, a empresa também pretende disponibilizar o mesmo em aparelhos de TVs.Após essa explanação, Sundar Pichai foi direto ao assunto mais aguardado do dia, obviamente que estou me referindo à nova versão do Android, em relação ao assunto, o vice-presidente de produtos da companhia pediu permissão aos presentes para informar que o Android M será de fato o sucessor do Android Lollipop e mais, declarou que está aceitando sugestões de qual sobremesa começa com a letra "M" em inglês.O executivo do Google disse que o Android M está estreando hoje com uma versão de pré-lançamento e que muito provavelmente a versão final deverá chegar ao mercado no final do ano. O Android M, como todos nós já sabemos através de rumores que surgiram nas redes sociais nos últimos tempos, virá cheio de novidades, com novos recursos e atualizações de alto desempenho.Neste setor, entrou em cena o vice-presidente de engenharia do Google, Dave Burke, que trouxe ao público presente alguns dos principais recursos que esta nova versão do Android irá receber, entre elas está à possibilidade do usuário aceitar ou não permissões individuais em aplicativos, onde Burke usou o WhatsApp como exemplo: "Se você quiser gravar uma mensagem de voz, o aplicativo irá pedir permissão para o WhatsApp usar o seu microfone".Além desta novidade, o vice-presidente de engenharia disse que o Google está renovando a experiência de navegação na web com o Chrome, onde dentro da nova versão do Android, o usuário irá encontrar um recurso denominado de "Chrome Custom Tabs", que irá permitir que desenvolvedores possam colocar webviews diretamente em seus apps, dando a eles poder total do navegador, sem a necessidade do usuário ter que mudar de aplicativo.O Google também irá introduzir no Android M o suporte nativo de analise de impressões digitais, assim os fabricantes de dispositivos móveis não precisarão mais ter que aplicar esta funcionalidade aos dispositivos. Outra novidade que chegará na nova versão do sistema móvel é o "Doze", um novo modo especial que será ativado apenas quando vários sensores do dispositivo determinarem que o equipamento não está sendo utilizado. Este modo colocará o smartphone em estado de repouso ainda mais elevado, beneficiando assim no consumo da bateria do aparelho; mesmo ele estando neste modo, o usuário continuará a receber notificações e alarmes prioritários. De acordo com o Google, este modo irá fazer o smartphone aguentar até duas vezes mais o que ele aguenta hoje em "standby".O Google também está trazendo ao sistema Android um novo suporte ao USB-C, isso mesmo, é aquele que não possui lado certo para ser encaixado, permitindo usar o smartphone para carregar outros dispositivos. O Android M está sendo disponibilizado a partir de hoje para desenvolvedores do Nexus 5,6 e 9.Além destes, o Google também anunciou outros serviços e aplicativos, bem como o Android Pay, um reboot do serviço Wallet do Google que pretende competir com o Apple Pay; com ele será possível efetuar pagamentos móveis em lojas através da comunicação com terminais via NFC.Equipe Oficina da Net (@oficinadanet)