O consultor empresarial Roberto Vilela lista atitudes que ajudam os profissionais da área comercial a melhorar os resultados
Quando o assunto é o setor comercial, o Brasil está longe de ser exemplo. Uma pesquisa da companhia sueca Better Business World Wide com 16 países mostrou que os vendedores brasileiros ocupam a 15ª posição em relação ao bom desempenho de suas funções.
Para quem quer melhorar a atuação e ser mais assertivo nas vendas, Roberto Vilela, consultor da Mega Empresarial, listou cinco dicas fundamentais.1.Comunicação e networking
O primeiro passo é saber se comunicar e criar relacionamento com clientes e prospects. “Você precisa trabalhar o networking para poder vender mais e melhor. Uma rede de contatos bem estabelecida permite que o profissional possa recorrer a essa agenda mesmo em tempos de crise e extrair novos negócios graças ao relacionamento bem sucedido. Quando tiver que comprar, qualquer pessoa opta por aquele vendedor em quem confia”, explica Roberto.2.Saiba trabalhar em equipe
Assim como ter bons contatos de clientes, saber se relacionar com os colegas de trabalho é não só um diferencial, mas uma necessidade. “Quando não puder atender uma demanda urgente, tenha certeza de que vai poder contar com a sua equipe, para que o cliente seja bem atendido. Há uma concorrência interna na área comercial que não pode extrapolar um limite: o da busca pelo resultado comum, que a empresa quer alcançar com o esforço de todos”, salienta o consultor da Mega.3.Saiba o que de fato está vendendo
Roberto enfatiza ainda que antes de se propor a vender é preciso conhecer a fundo os produtos e serviços que vai oferecer. “É um exercício continuo, que exige estudo e atualização. Saber a história da empresa, as políticas que ela adota e levar estas questões para o atendimento é imprescindível”, diz.4.Conheça o cliente e suas necessidades
Não adianta oferecer algo que não fará diferença para quem está comprando. Saber dos gostos, hábitos e opiniões do cliente é um diferencial. “Isso ajuda na hora de realizar um atendimento personalizado. No varejo, por exemplo, é aquela mensagem que você recebe de um vendedor dizendo que recebeu um casaco que tem a ver com você ou as novidades da sua marca preferida”, aponta.5.Treinamento é sempre importante
Por último Roberto destaca que buscar profissionalização por meio de consultorias e treinamentos é fundamental para quem quer ser mais assertivo. “Isso ajuda o vendedor a conhecer melhor o mercado, a ter novas motivações e a refletir sobre o próprio comportamento, identificando pontos de melhorias”, finalizaFonte: Empreendedor
Com certeza você já ouviu falar da Airbnb, talvez já tenha até utilizado o serviço para se hospedar em algum lugar, mas você sabe a história da empresa?
Dois amigos recém-formados da faculdade estavam sem nenhum dinheiro para pagar o aluguel do mês. Decidiram tirar três colchões de ar do armário, inflá-los e cobrar pelo espaço, uma vez que muitos hotéis da cidade estavam lotados por causa de um festival de design. Eles chamaram o projeto de Air Bed & Breakfast, em homenagem aos colchões de ar e um café da manhã de torradas Pop Tarts.
O que era para ser uma forma de esticar o dinheiro até o fim do mês se transformou, 8 anos depois, em uma ideia de US$ 25 bilhões. Foi assim que Brian Chesky, formado em design industrial, e Joe Gebbia, seu colega de faculdade, criaram o Airbnb em San Francisco, em agosto de 2008. Alguns meses depois, Nathan Blecharczyk, engenheiro, se juntou ao grupo.
Atrás de um sonho
Com uma ideia de negócios na mão, muita disposição e nenhum dinheiro no bolso foram atrás de investidores e formas de financiar a startup. Chegaram a vender caixas de cereal personalizadas, inclusive para campanhas presidenciais. Por fim, entraram na incubadora Y Combinator, em San Francisco.No início foi difícil fazer o serviço crescer. Ao investigar por que os apartamentos de Nova York não estavam sendo alugados, os sócios perceberam que a qualidade das fotos era muito ruim. Então foram pessoalmente para a cidade e bateram de porta em porta para tirar fotos mais bonitas dos apartamentos. Na semana seguinte, dobraram o faturamento da cidade para US$ 400 por semana.Hoje, o serviço permite alugar mais de 2 milhões de propriedades, de quartos a casas na árvore, e mais de 1.400 castelos em 34.000 cidades de 190 países. Mais de 60 milhões já se hospedaram com o Airbnb desde seu lançamento, que já fez promoções com quartos na Torre Eiffel, em um aquário de tubarões, além do quarto de Ariana Huffington e da casa da famosa cozinheira Julia Child.
Obsessão
Brian Chesky está acostumado a se dedicar intensamente a qualquer projeto. Seu primeiro hobbie foi o hóquei. Sua próxima obsessão foi o design de brinquedos e, mais tarde, tênis esportivos. Em seguida, se interessou pela arquitetura e organização de cidades. Uma de suas paixões era o parque Disney World e até hoje ele se inspira em Walt Disney como exemplo de design e empreendedorismo.Ele se formou em design industrial na escola de design de Rhode Island e começou a trabalhar em Los Angeles, antes de se mudar para San Francisco. Bastante ansioso, ele passou a noite anterior a sua formatura no palco onde daria seu discurso como representante dos alunos, enquanto observava colocarem mais de 6.000 cadeiras na audiência.
Poderoso e inexperiente
A fatia de 10% a 13% no Airbnb garante uma fortuna de US$ 3,3 bilhões para Brian Chesky que, aos 34 anos, é um dos bilionários mais jovens a fazer sua própria fortuna. O crescimento explosivo levou o presidente de desempregado a bilionário em poucos anos. Formado em design, obviamente não tinha nenhuma experiência como CEO antes de se tornar um aos 26 anos. Por isso, precisou aprender muito e muito rapidamente.Para não perder tempo, o seu método era ir direto à fonte mais especializada no assunto. Assim, passou a fazer reuniões com Shreyl Sandberg, COO do Facebook, Jony Ive, diretor de design da Apple, e o investidor Warren Buffet. Depois de uma reunião de aconselhamento com Buffet, Chesky escreveu um relatório de mais de 3.600 palavras para não se esquecer de nada e o enviou para sua equipe, ainda do aeroporto. Ainda que conte com conselheiros de peso e uma grande equipe, ele aprendeu a agir em prol do que acreditava mesmo sem ter unanimidade.Quando a casa de uma anfitriã foi vandalizada pelos hóspedes, em 2011, ele passou por cima de alguns conselhos e fez o que pôde para reparar o dano, segundo a Fortune. Foi quando a empresa instituiu um seguro de US$ 50.000, ainda que isso pudesse prejudicar a empresa financeiramente. Deu certo. Hoje, seu principal desafio é encontrar equilíbrio em sua vida pessoal.Fonte: Exame.com
Vinícius Roveda, criador da startup, é o entrevistado especial da série Pitch
Criada em 2011, a ContaAzul é considerada uma das mais bem sucedidas startups brasileiras. Selecionada pela aceleradora americana 500Startups, ficou quatro meses incubada no Vale do Silício, nos Estados Unidos. A empresa de Joinville (SC) oferece um sistema na nuvem para gestão de pequenas empresas.
O período no exterior ajudou a chamar atenção de investidores, como os fundos Monashees Capital, Ribbit Capital, 500Startups, Napkn Ventures e Tiger Global.
Até hoje, a empresa recebeu quatro rodadas de investimento de seis investidores, com um volume de aportes não revelado. Em 2014, foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras da América Latina pela revista americana Fast Company.Para Vinícius Roveda, fundador e CEO da ContaAzul, o segredo é ter um propósito. “O ponto mais importante é o propósito. Sou movido por coisas que tenham um grande impacto positivo no Brasil ou no Mundo. Na minha opinião, uma empresa sem propósito claro nunca terá sucesso”, diz. Roveda é o entrevistado especial da série Pitch nesta semana. Confira as respostas abaixo:Nome: Vinícius Roveda
Idade: 33 anos
Onde nasceu: Soledade (RS)
Onde mora: Joinville (SC)
Que empresa fundou: A Informant e a ContaAzul.
O que faz: CEO da ContaAzul, marido, pai de duas meninas. Praticante de corrida e futebol.
Quem o inspira no empreendedorismo: O Ayrton Senna, pelo patriotismo, pela capacidade de equilibrar a vida pessoal com a profissional e pela capacidade de foco. O Jorge Paulo Lemman, por me ensinar a sonhar grande. E o Elon Musk, por mostrar que nada é impossível.
Qual negócio queria ter criado: A ContaAzul.
Ser empreendedor é: Acreditar profundamente em um sonho, ter o desejo de mudar o mundo, estar preparado, viver em equilíbrio, ter capacidade de aprender o tempo todo e ter muito persistência.
Como ser um bom chefe: Estando sempre próximo e disposto a ouvir os seus liderados.
Um sucesso: Considero que chegar até onde eu cheguei é um sucesso, mas ainda tenho muito para contribuir. Nosso trabalho na ContaAzul está apenas começando.
Um fracasso: No início do ContaAzul apostamos na estratégia de revendas. Criamos 30 espalhadas por todo Brasil e não foi a melhor decisão. Mudamos o modelo de negócio para o de distribuição pela internet e, quando isso foi feito, passamos a vender em uma manhã o que o que antes se vendia em um ano. Gosto de saber que fracassei o mais rápido possível e isso vira aprendizado.
O que não pode faltar num negócio: O ponto mais importante é o propósito. Sou movido por coisas que tenham um grande impacto positivo no Brasil ou no Mundo. Na minha opinião, uma empresa sem propósito claro nunca terá sucesso.
Já faliu: Tecnicamente, nunca fali uma empresa até agora, mas tive muitos fracassos ao longo da minha carreira e isso foi importante para o meu amadurecimento.
Em qual negócio jamais apostaria: Em nenhum que fosse muito distante de tecnologia e internet, sem possibilidade de escala.
Sua principal inovação: Permitir que pequenas empresas tenham acesso a um sistema de gestão.
Um desafio: Fazer com que todas as pequenas empresas do Brasil, com o mínimo de esforço, tomem melhores decisões e por consequência tenham melhores resultados e contribuam ainda mais para a economia.
Um medo: Perder o equilíbrio entre minha vida pessoal e profissional e a possibilidade de a nossa cultura se enfraquecer diante do crescimento da empresa.
Berenice Freire começou a trabalhar no setor aos 14 anos e comanda desde 1992 a Garden, que fabrica ingredientes para produtos de beleza
Berenice Freire, de 46 anos, é fundadora e presidente da Garden Química. Ela teve uma trajetória de muito esforço e superação antes de levar sua empresa a um faturamento de R$ 30 milhões em 2015.
Berenice nasceu em Salvador (BA) e veio para Guarulhos (SP) ainda criança. Filha de uma dona de casa e um caminhoneiro, ela teve uma infância humilde com os 10 irmãos. A casa em que morava, por exemplo, foi construída pela própria família.Desde cedo, Berenice colocou na cabeça que precisava trabalhar para conseguir ter uma vida melhor. Aos 13 anos, meses antes de fazer 14, quis tirar uma carteira de trabalho para poder trabalhar. Naquele tempo, aquela era a idade mínima para ter um emprego pela CLT.
Seu pai, no entanto, a proibiu de ter o documento. “Ele falava que as mulheres tinham que cuidar da casa e não trabalhar fora.” No entanto, aproveitando uma das viagens de seu pai caminhoneiro, Berenice conseguiu a carteira. Anos depois, vendo o progresso da filha, o pai admitiu que seus conceitos eram ultrapassados.Ela conseguiu o primeiro emprego ainda aos 14 anos, como auxiliar de escritório em uma pequena fabricante de cosméticos.Comunicativa, Berenice despertou o interesse de uma indústria química maior, a Verquímica. Lá, começou a trabalhar como representante de vendas. Foi galgando promoções e chegou ao cargo de coordenadora nacional de vendas, comandando uma equipe de 80 pessoas.Enquanto estava na Verquímica, ela conheceu o marido, o químico Waldir Freire. Os dois perceberam que a sintonia do casal também se aplicava aos negócios e, em 1992, abriram a Garden. No começo, a empresa trabalhava somente com vendas, cedendo representantes comerciais a outras indústrias farmacêuticas – a Verquímica, aliás, tornou-se a principal cliente da empresa.Química “de humanas”
Em 1999, aos 29 anos, Berenice começou a fazer faculdade de química industrial. “Decidi estudar porque só sabendo química eu entenderia melhor o que vendia e poderia satisfazer as necessidades dos meus clientes”, afirma.Antes da graduação, a empreendedora já havia feito alguns cursos nas áreas de vendas e gestão de pessoas, mas nada tão aprofundado.Para Berenice, os anos de faculdade foram muito difíceis. “Eu sou uma pessoa ‘de humanas’. Gosto mais de me comunicar do que de fazer cálculos. Por isso, para conseguir passar em todas as matérias, praticamente abdiquei de qualquer vida social.”Em 2004, com Berenice já formada, a Garden entrou em uma nova fase: transformou-se em indústria. Hoje, a terceirização de representantes comerciais não existe mais e o foco está apenas na fabricação de produtos, geralmente utilizados como ingredientes em cosméticos. “Sem investimentos em gente, não há motivação. Por isso, fazemos várias capacitações e nos esforçamos para manter um ótimo clima na empresa”, diz.Berenice também afirma que as portas de sua sala estão sempre abertas a qualquer funcionário. Ela faz questão, aliás, de conhecer todas as pessoas que participam de algum processo seletivo na Garden. “É importante ser acessível. Você pode economizar milhões ao ouvir sua equipe.”Em 2015, a Garden faturou R$ 30 milhões. A meta de faturamento para este ano é chegar a R$ 42 milhões. Outro plano de Berenice é abrir uma nova fábrica na região de Sorocaba (SP) nos próximos dois anos.
O Brasil, mercado número um da Avon desde 2010, ganhará mais relevância.
Após perder 85% do seu valor de mercado em cinco anos, a Avon está executando um plano de reestruturação mundial para tentar se recuperar. Os primeiros passos já foram dados: a companhia separou as operações da América do Norte em uma nova empresa, vendida em dezembro para o Cerberus, famoso por investir em empresas em crise.
Agora o foco é enxugar custos e direcionar investimentos para países emergentes. Com isso, o Brasil, mercado número um da Avon desde 2010, ganhará mais relevância."Estamos focados nas áreas certas e o Brasil é uma delas", ressaltou a presidente mundial da Avon, Sheri McCoy, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, durante visita ao País.
Removidos os resultados da América do Norte, o Brasil respondeu por entre 20% e 25% da receita da Avon entre 2013 e 2015.No processo de reestruturação, a empresa transferiu a sede dos Estados Unidos para o Reino Unido, em busca de custos tributários mais baixos e, com o intuito de alocar as divisões globais da companhia mais perto dos principais mercados, mudou para o Brasil a base dos líderes mundiais de quatro áreas - cuidados pessoais, da linha de maquiagem Color Trend, fragrâncias femininas e masculinas.A ordem é apostar em marketing e na criação de novas ferramentas que ajudem as revendedoras a fechar negócios nas redes sociais.O corte de despesas também é vital. Até 2018, a empresa pretende reduzir US$ 350 milhões em custos anuais e eliminar 2,5 mil empregos no mundo. Sheri não informou o total de demissões no Brasil, mas afirmou que é uma "porção menor", focada nas áreas administrativas.DesafioOs números da Avon dão ideia do tamanho do desafio da empresa. Desde 2012, a companhia divulga prejuízos líquidos, que somam US$ 1,8 bilhão até o primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Economática. A margem líquida está negativa. A receita está em queda, em parte por causa da desvalorização das moedas emergentes em relação ao dólar. Mas, mesmo em real, a empresa vendeu 7% menos no primeiro trimestre.Fragilizada, a Avon se tornou alvo de investidores ativistas, que compram participações minoritárias e depois pressionam a companhia a fazer mudanças para melhorar o resultado. Em dezembro, o fundo Barington Capital, dono de cerca de 3% da Avon, chegou a enviar uma carta ao presidente do conselho da empresa na qual sugeriu uma reestruturação e a troca de liderança da companhia.Cerca de 15 dias depois, a Avon anunciou a operação com o Cerberus. O fundo fez um aporte de US$ 605 milhões na empresa, em troca de 80% da divisão da América do Norte e de uma fatia de 16% na Avon. "Eles não conseguiram um bom retorno financeiro. O valor da operação reflete os desafios da empresa", disse o analista do banco UBS da área de bens de consumo, Stephen Powers.Em 2012, a multinacional de cosméticos Coty chegou a fazer uma oferta de US$ 10 bilhões pela Avon, que hoje vale menos de 20% da antiga proposta (cerca de US$ 1,68 bilhão). O analista do UBS ressaltou, no entanto, que a venda da divisão da América do Norte foi uma decisão correta, já que consumia muito esforço de gestão e investimentos. Para ele, a marca não tem grande potencial de crescimento nos EUA.Em março, a Avon fez um acordo com o Barington e aceitou que o fundo ativista indicasse um diretor independente para a empresa. O presidente do Barington, James Mitorotonda, disse que, apesar de estar "desapontado" com o valor da negociação com o Cerberus, vê a entrada do fundo no negócio como positiva. "Nós já vimos significativas mudanças no curto prazo após o investimento, incluindo um plano de redução de custos expressivo e de realocação da sede da empresa", afirmou.Ele ressaltou, no entanto, que espera que a companhia anuncie novas iniciativas de cortes de custo e ganhos de receita.Virada?Sheri reconhece que a empresa errou, mas ressalta que agora ela está no caminho correto. "Sim, nós tivemos momentos desafiadores e eu acho que a divisão da América do Norte era parte do problema. Não estivemos tão focados em algumas regiões e na necessidade de investir nelas", afirmou.No Brasil, enquanto a empresa americana sofria, os concorrentes avançaram. Em 2010, a Avon era a terceira empresa no mercado brasileiro de beleza e cuidados pessoais, com 8,8% de participação, atrás de Natura e Unilever, segundo a Euromonitor. Em 2015, caiu para a sétima posição, com fatia de 5,7%, superada por empresas como O Boticário e LOréal.O analista da Euromonitor Guilherme Machado explicou que a Avon perdeu espaço pelas mudanças de mercado e pelo aumento da competição. "Com o avanço do varejo nas cidades médias, a capilaridade antes exclusivamente alcançada pelas consultoras de vendas diretas foi uma vantagem competitiva que perdeu sua força", disse.Sheri reforçou que as mudanças já começaram e que a empresa voltou a ganhar espaço no País em março - cerca de 1 ponto porcentual, segundo dados da Nielsen. "Nós acreditamos realmente que a Avon está em um momento de virada."Quatro analistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo consideram acertada a decisão da empresa de investir no Brasil, mesmo em tempos de crise, ressaltando que há oportunidades de longo prazo no segmento. Alguns, como Powers, do UBS, até acharam os planos da Avon tímidos por aqui. "Quando você olha o quanto a competição cresceu no Brasil e o quanto a Avon ficou para trás, não estou convencido de que será suficiente."Redes sociaisEnquanto sua maior rival no Brasil, a Natura, inicia a expansão no varejo, a Avon seguirá com foco nas vendas diretas, estratégia usada desde sua fundação, há 130 anos.No seu plano de reestruturação, a Avon quer transformar o "porta a porta" em uma venda digital. "Eu sei que falar em vendas diretas parece antiquado. Mas eu realmente acho que depende de como você pensa nisso", afirmou a presidente mundial da Avon, Sheri McCoy. "Sempre foi um social commerce e existe uma grande oportunidade de usar a tecnologia para criar um porta a porta contemporâneo."A Avon vai investir em tecnologias para ajudar as consultoras a vender. A empresa está criando um arsenal de marketing específico para elas compartilharem no Facebook, Instagram ou Whatsapp. No próximo trimestre, a Avon vai lançar no Brasil um novo sistema para as consultoras, que vai facilitar a integração do conteúdo da Avon com o celular delas. Na Turquia, as consultoras já tem um aplicativo, batizado de "espelho mágico", que simula como fica a maquiagem na foto da cliente.Esse app virá para o Brasil e vai ajudar as consultoras a vender, disse Sheri. A Avon também vai recorrer à ciência. "Temos 200 cientistas na área de desenvolvimento de produtos e 600 patentes, mas nunca usamos isso no marketing", afirmou a vice-presidente de marketing da Avon, Marise Barroso. Resultados de testes cegos com consumidor e detalhes sobre inovação vão entrar no catálogo e nas campanhas para a televisão.LojasQuestionada se a empresa poderá seguir o caminho da Natura e abrir lojas próprias, Sheri refutou a ideia. "Eu olhei as lojas e me pareceu que é mais um espaço para experiência de marca do que para trazer volume de vendas", disse.Ela insiste que recomendação de amigos é o principal fator de escolha de um produto de beleza e que a venda direta dá esse "toque pessoal" às vendas. "Não seria possível se nossas 6 milhões de consultoras estivessem em uma loja de departamentos."Para o consultor Maximiliano Bavaresco, sócio-fundador da Sonne Branding, a Avon está certa em apostar no avanço das vendas diretas nas redes sociais. "É uma nova frente. Mas só a venda direta não atende todas as consumidoras. O mercado é multicanal", disse.Ele lembrou que concorrentes como O Boticário, Natura e LOréal vendem em diferentes canais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.Fonte: PEGN
Faltam menos de 10 dias para que as empresas com mais de 5 funcionários passem a utilizar o Certificado Digital para o envio das informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias por meio da GFIP e do e-Social.
Faltam menos de 10 dias para que as empresas com mais de 5 funcionários passem a utilizar o Certificado Digital para o envio das informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias por meio da GFIP e do e-Social. Isso porque o Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou a Resolução CGSN nº 125, que altera alguns pontos da Resolução CGSN nº 94/2011. Entre as mudanças está a alteração do limite de empregados para a obrigatoriedade do uso do Certificado Digital, também chamado de Identidade Digital. As informações foram publicadas no site do Simples Nacional.De acordo com a nova redação, o Certificado Digital passa a ser exigido obedecendo a um cronograma que já incluiu as empresas com mais de 10 e 8 funcionários. No próximo mês, em julho, a obrigatoriedade se estende aos empregadores com mais de 5 funcionários e, em 2017, aos que tiverem mais de 3 empregados.O papel do ContadorOs Contadores que possuem clientes englobados no Simples Nacional com mais de 5 funcionários devem indicar a compra do Certificado Digital, no padrão ICP-Brasil, o quanto antes, pois a validação da Identidade Digital exige a presença do titular, e o prazo está se esgotando.Para os clientes que já têm Certificado Digital a atenção deve voltar-se à validade. Com o Certificado Digital expirado, o empregador não poderá enviar as informações.Certificado pode ajudar o empregador em outras aplicaçõesCertificado Digital pode ser usado, por exemplo, para assinar documentos com validade jurídica na esfera eletrônica, sem a necessidade de papel e autenticação adicional.Fonte: Contábeis
Além de viciada em números, a empresa também se preocupa muito com seus clientes
“Inovaçãocom foco no cliente”, parece clichê, mas é esse o lema que move todos os colaboradores da loja virtual que tinha tudo para dar errado, mas se transformou em uma empresa de nível global. E como a Amazon conseguiu tudo isso? Bem, com base em uma palestra que vimos no Festival Path, aEndeavor tem algumas teorias:
Comece & crie pelo cliente
A Amazon atua em vários segmentos, com os mais diversos tipos de clientes. A empresa se relaciona com vendedores, desenvolvedores, consumidores, produtores de conteúdo e até mesmo com outros negócios.E o que isso tem a ver com o foco no cliente? Tudo! A Amazon trabalha o relacionamento com os seus públicos seguindo uma única filosofia: Comece pelo cliente e trabalhe a partir do que ele precisa.Em outras palavras, antes de criar um serviço ou produto, seja ele pra qual público for, a empresa coloca o chapéu de cliente e se pergunta: será que o meu cliente vai gostar desse novo produto? Na verdade, a Amazon não só escuta seus clientes, mas também cria no lugar deles. Sim, pode parecer contraditório no começo, mas faz todo o sentido.O que acontece é que em vez de esperar seus clientes peçam por um produto, a Amazon, por meio de pesquisas e outros métodos, descobre exatamente quais os desejos dos seus públicos, mesmo aqueles mais adormecidos, e cria esse produto.Sabe aquela sensação que você tem quando vai a alguma loja, olha um produto que você nunca viu na vida, fica curioso, descobre o que ele faz e se pergunta “como eu vivi minha vida toda sem saber que isso existia?”. É basicamente esse sentimento que a Amazon desperta ao criar no lugar dos sues clientes. Na verdade, foi com esse pensamento que nasceu o Kindle.A ideia surgiu de uma análise dos hábitos de leitura dos seus consumidores. Enquanto todas as empresas queriam ir para o lado de tablets e outras novas tecnologias, a Amazon aproximou-se o máximo dos livros tradicionais, pois percebeu que seus clientes estavam mais inclinados a um consumo de livros físicos do que online. E o resultado disso? Bem, o Kindle é um produto utilizado por milhares de pessoas ao redor do mundo e que vem ganhando cada vez mais força.Crie experiênciasMas, como bem sabemos, nem tudo se resume aos produtos e serviços oferecidos por uma empresa. Grande parte da mágica acontece na execução. A Amazon tem princípios muito fortes, mas um dos mais importantes é a criação de valor para o cliente.E quando falamos de valor não estamos nos referindo aos preços ou lucro da empresa, mas sim em vender o melhor produto para o cliente, com tudo que ele tem direito e mais. Em outras palavras, diferente de muitas empresas, a Amazon não quer apenas entregar o seu produto de forma eficiente.Ela quer fazer com que a compra dos seus consumidores seja uma verdadeira experiência, com direito a vantagens que os façam entender que ali é um lugar diferenciado dos outros. Um lugar onde ele recebe ótimos benefícios, desde frete grátis até a simples devolução de um pedido que chegou atrasado.E para que essa entrega realmente aconteça, toda a equipe está sempre em busca da melhor qualidade de produto, sem que o consumidor tenha que pagar a mais por isso. A empresa se une e trabalha muito para que seus clientes sintam que fazer compras na Amazon é um ótimo negócio.Mas não se engane, tudo isso não nasceu do dia pra noite. A ideia veio como se não quisesse nada, primeiro tomou umas cadeiras, depois algumas mesas e, quando foram perceber, a ideia de criar valor para os clientes já movia um departamento inteiro.Trabalhando de trás pra frenteE se você está se perguntando como a Amazon consegue manter um time engajado com resultados cada vez mais promissores, chegou a hora de conhecer o ingrediente x do negócio: a metodologia working backwards. O termo que, em inglês, significa trabalhar de trás pra frente move a Amazon há alguns anos.Nessa metodologia, você pensa primeiro no que o cliente quer e só depois começa a produzir o produto ou serviço. Lembra aquele papo de criar pelo cliente? É exatamente com essa metodologia que a empresa consegue tirar as suas ideias do papel.Por mais estranho que possa parecer, na Amazon, o time pensa primeiro em onde quer chegar e só depois no que a empresa consegue, de fato, fazer para tornar isso real. A empresa instiga seus funcionários a soltarem a imaginação, focar na entrega final e não nas possíveis barreiras que podem encontrar no caminho desse projeto.E por que eles fazem isso? Bem, se o jeito mais fácil de se matar uma ideia é ter um espaço em que a resposta mais repetida é o famoso “não”, em um ambiente de “sim” as ideias criam raízes mais rápido.E para ajudar nesse processo, a Amazon sempre utiliza o chamado “press release”. Sabe quando você vai apresentar um projeto em alguma reunião e passa o dia inteiro montando um power point com as informações? Na Amazon, em vez disso, eles tem esse press release que nada mais é do que um documento que irá colocar em ordem as ideias que vieram de diversos times sobre algum produto ou serviço. Mas chega de papo, vamos entender um pouco melhor o passo a passo dessa metodologia:1. Elaborando a notíciaNessa parte do processo, todos pensam em qual seria a notícia que a Amazon enviaria para as mídias. Vamos supor que a ideia seja divulgar a nova loja física da Amazon no Brasil. Todo o time se reúne, discute ideias, até que cheguem em um consenso, como: “Amazon lança loja física de livros no Brasil”. A partir do título, que resume o foco da notícia, começa uma análise do conteúdo para criar a melhor comunicação possível da notícia. Qual linguagem será utilizada? Para quais meios vamos divulgar? Será que não é melhor trocar a ordem dos parágrafos?2. Colocando o chapéu do clienteDepois de ter uma linguagem adequada, é hora de vestir o chapéu do cliente e começar a fazer perguntas outros tipos de pergunta: como meu público sabe que isso é verdade? Quais dados podemos usar para provar que as informações são verdadeiras? O intuito aqui é perceber quais gaps o seu produto ou serviço tem e fazer com que o cliente saia sem dúvidas.3. Validação da ideiaCom isso em mente, listam-se as perguntas de negócio, como: temos equipe para tocar esse projeto? Como sabemos se essa é a melhor ideia? E a logística? E por mais arriscado que possa parecer, a equipe, mesmo sem saber se conseguirá um resultado ótimo, inicia o projeto. A Amazon acredita que isso ajuda a manter o foco no cliente e não no lucro.4. Conferindo os resultadosDepois do projeto ser concluído, o time volta para o press release e compara o que estava prometido para o cliente lá trás e o que, de fato, foi cumprido. Essa ação ajuda a entender melhor em quais partes o processo precisa ser melhorado, além de também servir como fonte de consulta para as pessoas que desejam iniciar ou aperfeiçoar uma ideia parecida com essa. E se você acha que isso é um documento super elaborado, com gráficos e anotações, na verdade, nas palavras do diretor de produtos “o documento não passa de um word com mais ou menos umas 20 páginas, nada elaborado.”Nenhum esforço é perdidoMas não se iluda, essa metodologia não é a prova de erros. A Amazon já lançou muitos produtos que foram um fracasso, como o Amazon Oction, que nada mais era do que uma cópia do Ebay. E enquanto muitos empreendedores teriam se descabelado e jogado a toalha, a Amazon fez seu time pensar no que poderia fazer diferente e, para o choque de muitos, foi daí que saiu a ideia de fazer marketplace, em 2000, o que era muito inovador para época.Com altos e baixos, a Amazon cresceu - e muito – nos últimos anos. Os pontos levantados só deixam mais nítidos os pilares que a empresa manteve durante toda a sua trajetória, os quais serviram de mola propulsora para que o negócio ganhasse cada vez mais mercado e a admiração dos seus consumiodres. E aí, depois de ler tudo isso, sua empresa foca no cliente ou em resultados?Publicado em Endeavor Brasil.
Armando Ennes do valle Jr. revela planos da companhia e a importância da unidade de Joinville na expansão dos negócios
Valle Jr. já transitou por postos de liderança em áreas como inovação, sustentabilidade e relações institucionaisFoto: Andre Kopsch / Divulgação
Uma das maiores empresas instaladas em Joinville, a Whirlpool tem planos de fortalecer seus negócios no Brasil. Em entrevista exclusiva ao jornal “A Notícia”, o vice-presidente de novos negócios da Whirlpool Latin America, Armando Ennes do Valle Jr., revelou as prioridades da empresa.Uma delas é a parceria com a Ambev para a produção de cápsulas para bebidas. Valle Jr. também descarta a hipótese de a Embraco, empresa que faz parte do Grupo Whirlpool, deixar Joinville.Com a experiência de quem já transitou por postos de liderança em áreas como inovação, sustentabilidade e relações institucionais dentro do grupo, o executivo que também preside o conselho da Eletros, critica a ideia do governo brasileiro de abrir o mercado para investidores estrangeiros. Confira:A Notícia – A Whirlpool lidera o setor no qual atua. Como é ser líder e de que forma a empresa enxerga a concorrência?
Armando Ennes do Vale Jr. – Sim, somos líderes de mercado no Brasil e temos concorrentes bons. A Electrolux é o principal competidor. A Panasonic é outro, um pouco menor, além de outras mais. Ao todo, há 25 fabricantes. Na linha de fogões, são dez.AN – A sustentabilidade é destaque no vocabulário corporativo contemporâneo. E na Whirlpool?
Valle Jr. – Uma das nossas maiores preocupações é com o tratamento da água. É importante notar que não se admite jogar fora nada. A reciclagem é essencial. Você muda de lugar as coisas e todo produto que se coloca no mercado vira um filho. A Lei de Resíduos Sólidos define responsabilidades compartilhadas entre a indústria, o varejo e o consumidor final nesta questão. As empresas passaram a procurar parceiros para a reciclagem.AN – O senhor comanda a área estratégica de novos negócios. O que a Whirlpool está fazendo de novo?
Valle Jr. – A água é um nicho de negócios no qual temos muito a avançar. Estamos abrindo franquia da linha de purificadores e de filtros, além do negócio de aluguel de máquinas.AN – O senhor se refere ao mercado de cápsulas?
Valle Jr. – Estamos fazendo uma fábrica de cartuchos (cápsulas) de bebidas de diferentes tipos em parceria com a Ambev. É no interior de São Paulo e vai ficar pronta em agosto deste ano. A fábrica de cápsulas vai embasar mercadorias como o guaraná zero e energéticos. Atualmente, eles são importados da Alemanha e isso é bem mais caro do que produzir aqui. Tem a questão da logística, dos tributos de importação.AN – No cenário nacional, o que mais lhe preocupa?
Valle Jr. – A instabilidade política desencadeou a crise e, somada à instabilidade econômica, vivemos a desorganização. Hoje, a crise é econômica mesmo.AN – Como o senhor avalia a atividade econômica atual?
Valle Jr. – Verificamos uma discreta melhora em relação a 2015, com crescimento de 3%. Mas, se olharmos com cuidado, veremos que estamos há pelo menos dois anos com quedas significativas. Então, 3% é muito pouco.AN – Qual é a importância da fábrica de Joinville para o Grupo Whirlpool?
Valle Jr. – Sessenta por cento do faturamento da Whirlpool vêm da produção da unidade de Joinville. É significante (dados coletados no balanço do 1º trimestre de 2016 da companhia mostram lucro de R$ 50,4 milhões para uma receita de R$ 1,49 bi).AN – O senhor acredita em melhoria dos negócios?
Valle Jr. – Possivelmente no segundo semestre de 2018 haverá uma melhoria. Se tivermos um Natal de 2017 bacana, 2018 será bom. O ano de 2017 já está perdido porque 2016 não será favorável.AN – O que o senhor espera do governo federal para reanimar a atividade econômica?
Valle Jr. – O governo não tem espaço para elevar impostos. O que tem a fazer é a venda (liberação) de empresas estatais como os Correios.AN – E a política industrial?
Valle Jr. – Falou-se em abrir a economia para o exterior. Se isso acontecer, será um desastre. Antes de abrir, é necessário o governo promover ajustes, fazer reformas e reorganizar as coisas.AN – E o que esperar do governo estadual?
Valle Jr. – Queremos que o Estado nos auxilie nas conversas com a União. Santa Catarina é um Estado equilibrado. Nossa principal fábrica está aqui e nos interessa que o Estado se desenvolva.AN – A companhia continuará investindo aqui?
Valle Jr. – Somos líderes e, se deixarmos de investir, em dois anos deixaremos de ser líderes. Não há como não investir em produtos novos, com pesquisa e desenvolvimento junto com as universidades. A UFSC é vital nesse campo. E em eficiência da fábrica também. Não baixamos em investimentos aplicados na fábrica. Quando o mercado voltar, vamos sair na frente. O índice de eficiência na fábrica de Joinville é 20% maior do que no ano passado. Paramos a produção em fevereiro, instalamos o sistema de gerenciamento de processos (SAP) e trocamos padrões na fábrica. A Whirlpool Eletrodomésticos e a Embraco investiram R$ 1,2 bilhão nos últimos cinco anos.AN – A Whirlpool considera ampliar suas instalações?
Valle Jr. – Sempre consideramos, assim que o mercado virar. Nosso maior direcionamento é aumentar o faturamento. Isso se dará com novos produtos, com a abertura de mercados novos. As lições de casa estão sendo feitas e os acionistas querem saber como o Brasil vai crescer.AN – Há algum tempo, fala-se em Joinville que a Embraco iria fechar a unidade e transferir sua produção para o México. Isso é verdade?
Valle Jr. – Não tem nada disso. Não há a menor razão para a Embraco sair do Brasil. À época, minimizamos os comentários, que chegaram até a instâncias inesperadas na cidade. Isso não faz nenhum sentido. Quarenta por cento dos fornecedores estão em SC e uma das maiores preocupações nossas é mantê-los vivos e fortes. Isso é essencial. Prestar atenção à cadeia produtiva catarinense é importante.
Barbearias e salões de beleza diversificam serviços para conquistar a clientela masculina
Cuidados com imagem pessoal, vaidade e preocupação com a aparência são os motores que movem o segmento de beleza e bem-estar, que, até pouco tempo, era praticamente dominado pelas mulheres. No entanto, os homens estão na mira dos empreendedores do setor, que buscam inovar e agregar novos serviços capazes de atrair e fidelizar o público masculino. A estratégia não é à toa, já que os potiguares devem gastar mais de R$ 1,3 bilhão em 2016 com os serviços de beleza e higiene pessoal, segundo estimativas do estudo Geografia Atualizada do Potencial de Consumo Brasileiro, elaborado pelo IPC Maps. A palavra retração passa longe dos empreendimentos que apostaram nesse nicho e conquistam consumidores cada vez mais regulares.
O mercado de beleza para homens já é uma realidade e não tem volta. Isso é o que pensa o consultor especialista em gestão de negócios Renato Carvalho, que presta consultorias e ministra treinamentos para salões de beleza. “Hoje, o homem está mais vaidoso e preocupado com a imagem pessoal. Isso acontece em todas as faixas etárias e a tendência é que cresça a cada ano, pois as crianças e adolescentes estão crescendo já com essa cultura do embelezamento”.Com essa evolução do mercado, os empreendedores apostam em criatividade e inovação. Foi o que ocorreu com Antônio Muriel Nogueira, que identificou uma oportunidade nesse setor. Ele percebeu que não havia na cidade de Caicó – distante 282 quilômetros de Natal – um estabelecimento que atendesse às demandas de cuidados de beleza dos homens e abriu a Barbearia Placar, a primeira barbearia temática do município. “Pensei em abrir algo diferente do que já havia no mercado, em inovar. Pesquisei e vi que na cidade não havia nada semelhante”, conta.Em funcionamento há pouco mais de dois meses, a barbearia é toda ambientada para agradar os amantes do futebol e recebe semanalmente uma média de 70 clientes regulares. Essa clientela se cadastra e recebe um cartão fidelidade personalizado que vem com o brasão do time de futebol favorito e dá direito a sorteios.Para abrir o empreendimento, Muriel Nogueira buscou capacitação e informação. Participou do seminário Empretec e oficinas de empreendedorismo promovidos pelo Sebrae no Rio Grande do Norte. “Isso serviu para abrir a mente. Essa busca por informação antes de abrir o negócio é muito importante. Estou muito otimista com o andamento. Meus planos são abrir filiais em outras cidades, como Natal e Mossoró”, revela o empresário.SuporteDevido à importância desse segmento, que registra um crescimento anual médio de 108,8% no número de novos negócios no estado – já são 4.635 estabelecimentos, entre salões de beleza, manicure, pedicure e barbearias -, o Sebrae desenvolveu o Projeto Setorial de Beleza e Bem-Estar para dar suporte a quem decide abrir uma empresa nessa área ou expandir o negócio.O projeto atua de forma a fortalecer os pequenos negócios a partir da melhoria da gestão empresarial, por meio de ações de capacitação, consultoria e acesso a mercados, bem como promovendo o acesso à tecnologia e inovação, por meio do programa Sebraetec, nas áreas de sustentabilidade, produtividade, design, qualidade e serviços digitais.“Surgiu um novo mercado a partir da percepção de que os homens estão mais preocupados com cuidados com a aparência. Em alguns salões de beleza atendidos pelo projeto, já existia espaço reservado para o público masculino, mas, desde 2015, estamos atendendo empreendimentos exclusivamente voltados para homens, onde, além dos serviços de beleza e estética, são oferecidos outros atrativos que proporcionam lazer a esse público”, diz a gestora do projeto, Marília Aranha.Serviço:
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Call Center: 0800 570 0800
Agência Sebrae de Notícias (ASN RN): 84 3616-7873 | 3616-7873Fonte: Empreendedor
O Projeto de Lei 125/2015 foi aprovado pelo Senado e volta para votação na Câmara dos Deputados
Uma rampa de transição para as pequenas empresas brasileiras. A proposta é uma das principais na alteração do Simples Nacional. O Projeto de Lei 125/2015, conhecido como Crescer sem Medo, foi aprovado pelo Senado e volta para votação na Câmara dos Deputados.
De acordo com a proposta, será criada uma faixa de transição de até R$ 4,8 milhões de faturamento anual para as empresas que estourarem o teto de R$ 3,6 milhões.
Para quem é Microempreendedor Individual (MEI), o teto de faturamento passará de R$ 60 mil para R$ 72 mil.“Um dos principais avanços desse projeto é que ele deixa de punir os negócios que crescem mais rápido. Ele evita que as empresas multipliquem os seus CNPJ para não saírem do Simples Nacional. Isso, muitas vezes, provoca a morte súbita dessas empresas pela perda de eficiência", diz Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.As alterações entrarão em vigor apenas em 2018 e promoverão um impacto de R$ 800 milhões para a União. Para estados e municípios, o impacto é quase nulo, já que os impostos sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) continuarão com o teto de R$ 3,6 milhões para usufruírem da alíquota do Simples.O projeto prevê também a ampliação do prazo de parcelamento de débitos do Simples de 60 para 120 meses, com redução de multas e juros. Caso sejam aprovadas ainda neste ano, as regras de parcelamento já começam a valer em 2017. O valor mínimo das parcelas será de R$ 300 para as micro e pequenas empresas e de R$ 150 para o MEI.A nova lei deve diminuir também a burocracia, reduzindo a quantidade de tabelas (de seis para cinco) e de faixas (de 20 para seis). A mudança beneficia principalmente empresas de serviços, que estão na tabela menos favorável.Assim, elas poderão escolher uma alíquota menor, desde que até 35% do faturamento seja com pagamento de pessoal, incluindo o pró-labore do proprietário.Outras duas mudanças relevantes são relacionadas a crédito e investimento-anjo. O texto cria a Empresa Simples de Crédito (ESC), que poderá oferecer empréstimos a empresas locais com juros mais baixos do que os oferecidos no mercado.Para as startups, a vantagem é a regulamentação da figura do investidor-anjo, diminuindo seus riscos em questões trabalhistas, por exemplo, caso ele não participe diretamente da gestão da companhia.Fonte: PEGN