ERIC SANTOS QUER TRANSFORMAR A RESULTADOS DIGITAIS EM UM NEGÓCIO GLOBAL

Startup ajuda pequenas empresas a crescer por meio do marketing de conteúdo e negocia aporte para fazer sucesso em países emergente de todo o mundo.

Eric Santos, da Resultados Digitais (Foto: Caio Cezar)

Eric Santos, da Resultados Digitais

Eric Santos pede que o ar condicionado da sala onde recebe a reportagem de PEGN permaneça desligado. Com uma costela quebrada, resultado de um acidente de kart, o empreendedor de 38 anos não quer se arriscar a pegar uma gripe e encarar uma tosse dolorosa na sua volta para Florianópolis.

Em São Paulo, onde acontece a entrevista, Santos é respeitado como um dos principais players do cenário digital brasileiro. Mas em Florianópolis, onde atua, é considerado um guru — exemplo máximo de sucesso, mestre em educação empreendedora e profundo conhecedor do ecossistema de startups.

Sua empresa, a Resultados Digitais (RD), tornou-se um ícone ao crescer 100% ao ano por sete anos seguidos. Seu principal produto, a plataforma RD Station, é utilizada hoje por 13 mil empresas em todo o Brasil. No ano passado, Santos levou sua expertise para o disputado mercado de CRM.

Agora, negocia um aporte milionário (estimativas do mercado falam em R$ 200 milhões). Com os recursos, pretende se consolidar como líder em soluções de marketing digital para pequenas e médias empresas — não só no Brasil, mas também em países da América Latina, Europa, África e Ásia.

Em Florianópolis, você é visto como um guru, uma espécie de Steve Jobs local. Como encara esse papel?
Não acho que eu tenha algo especial, que seja um iluminado, nada disso. Mas fui um dos primeiros empreendedores a atuar no segmento de marketing digital, ainda em 2010. Muito do que eu faço hoje como mentor ou educador está relacionado com esse pioneirismo. Fora isso, na RD estamos sempre à frente das tendências de mercado.

Então, acreditamos que é nosso dever ensinar as pessoas, formar empreendedores. Tem muitos profissionais que passaram pela empresa e hoje estão com projetos próprios bem bacanas. Isso é fomentar o ecossistema. E é isso que a gente faz.

Como vê hoje o ecossistema de startups no Brasil?
Hoje o país está numa situação radicalmente diferente do que quando comecei a RD, em 2010. A gente não tinha investidor-anjo, não tinha venture capital, não tinha nada. E, aos poucos, a coisa começou a se desenvolver, começaram os eventos, apareceram os investidores e o número de empreendedores se multiplicou.

Foi um longo caminho. Teve um pessoal da primeira geração que basicamente capinou, abriu trilha na mata. A segunda geração, a minha, pegou essa trilha e está entregando uma estradinha. Talvez não com o asfalto bonito, mas uma estrada. E quem vier daqui para a frente vai encontrar uma rodovia linda. Mas ainda temos um longo percurso. A Índia tem o mesmo PIB que a América Latina, mas investe 37 vezes mais em tecnologia. Não faz o menor sentido.

Como a tecnologia pode ajudar o Brasil, para além do ecossistema?
Convivo muito com o pessoal das grandes empresas. São todas pessoas de bem, envolvidas com várias missões. Fazem mentoria, educam, fazem investimento-anjo e pensam muito no país. E agora estão começando a pensar em como participar de outras esferas, seja atuando com filantropia, tentando influenciar políticas públicas ou até se envolver em política. Tem gente perguntando como pode ajudar a reforma da Previdência, que vai ser algo importante para o Brasil. Ou então tentando abrir canais com os governos, para conversar sobre simplificação de carga tributária, por exemplo.

Eric Santos (Foto: Caio Cezar)

Entre 2011 e 2017, a RD cresceu acima de 100% ao ano. Qual a receita para conseguir resultados desse tipo?
Tem de ser uma coisa incremental e sustentável ao longo do tempo. Se qualquer negócio, por menor que seja, crescer 10% ao mês, pela regra dos juros compostos irá multiplicar seu tamanho 30 vezes após três anos. Foi o que nós fizemos na RD. Crescemos um pouquinho a cada mês, mas dentro de uma base sustentável. Esse crescimento começa com a geração de demanda, por meio de um trabalho de inbound marketing[estratégia que atrai público por meio de conteúdo relevante].

Então tínhamos 100 leads no primeiro mês, 110 no segundo e assim por diante, até hoje. Outras coisas que ajudam são melhorias pequenas mas contínuas, em várias partes do processo. Não teve um segredo, um pulo do gato, um ano da virada. Se você for olhar nossa receita, ela tem uma curva exponencial, mas cada mês é só um pouquinho melhor do que o outro.

Ouvindo você falar, até parece que o processo é fácil.
O problema é que o empreendedor geralmente é muito ansioso. Poucos conseguem perceber que um caso de sucesso como o nosso não acontece do dia para a noite. É uma história de quase dez anos. Qualquer um que adotar esse approach, de construir um negócio que vai ser um pouquinho melhor a cada mês, vai chegar lá.

É algo que pregamos para nossos clientes: você não está comprando uma solução com um baita resultado logo no primeiro mês, mas é algo que pode mudar a história do seu negócio no longo prazo, desde que se comprometa com essas melhorias contínuas, escaláveis, replicáveis e lucrativas. Ou seja, ele deve medir direito quanto gasta para adquirir um cliente e o quanto este cliente dá de retorno — e fazer com que essa conta feche ao longo do tempo. Chamamos essa metodologia de Máquina de Crescimento.

O que são melhorias contínuas, escaláveis e replicáveis?
Tem gente que acha que escalável é uma empresa que cresce sozinha, sem precisar contratar ou mudar nada. Não é minha leitura. Para mim, escalável significa saber a relação entre a causa e o efeito das coisas. Por exemplo, se eu sei que, ao contratar um vendedor, ele vai conseguir converter um número médio X de lides em clientes, sei que, com esses novos clientes, poderei contratar mais vendedores. Isso é o que entendo por escalabilidade.

O que seria o contrário disso? Crescer queimando ativos da companhia. Um modo de crescer é comprar mídia do Google. Só que, à medida que faço isso, os clientes que eram inicialmente baratos começam a ficar cada vez mais caros. Alguma hora eu vou bater no teto. Agora, se eu fizer algo baseado em conteúdo para atrair os clientes, teoricamente não tenho limites. Vou criando um ativo que vai aumentando com o tempo.

Qual o tamanho da Resultados Digitais hoje?
Eu não posso abrir o faturamento, mas estamos com 13 mil clientes, cerca de 2 mil parceiros — as agências de marketing que vendem o nosso produto — e cerca de 700 pessoas no time.

A maioria fica em Florianópolis, mas temos escritórios em São Paulo, em Joinville, o pessoal que atua remoto e as equipes que ficam no México, Colômbia, Portugal e Espanha. Costumo medir o impacto que temos na economia da seguinte maneira: a soma de nossos clientes e parceiros é de 15 mil companhias. Se ajudarmos cada uma delas a crescer e criar, em média, quatro novos postos de trabalho, são 60 mil empregos diretos.

Eric Santos, 38 anos, fundador da  Resultados Digitais, especializada em estratégias de marketing digital para pequenos e médios negócios (Foto: Caio Cezar)

Eric Santos, 38 anos, fundador da Resultados Digitais, especializada em estratégias de marketing digital para pequenos e médios negócios

Em 2018 a empresa dispensou uma parte da equipe. O que aconteceu?
No ano passado, saíram os resultados de dois estudos que havíamos encomendado, um para a base de clientes e outro para a base de parceiros. Eles mostraram que havia segmentos nessas duas bases onde a conta não estava fechando.

Decidimos não trabalhar mais com esses perfis, e essa decisão afetou o número de funcionários necessários para o nosso modelo. Se você for olhar do ponto de vista percentual, não foi um ajuste tão grande: estamos falando de 6% ou 7% da equipe. Mas, como nosso time é grande, isso representou um número de 50 a 70 funcionários. 

Esse ajuste valeu a pena?
Do ponto de vista do modelo de negócios e da saúde financeira da empresa, sim. Algumas das métricas melhoraram quase instantaneamente. Em cima desse modelo ajustado, já voltamos a contratar e a crescer. Hoje estamos basicamente com um time do mesmo tamanho do ano passado, mas em cima de uma base mais saudável.

Você está negociando uma nova rodada de investimentos. Para que será usado o dinheiro?
Caso os aportes aconteçam, vamos usar esses recursos para consolidar a RD como líder em plataforma de crescimento para pequenas e médias empresas em mercados emergentes. Na prática, isso significa que, por um lado, vamos reforçar nossos dois produtos atuais.

Por outro, também iremos aperfeiçoar toda a parte de inteligência na oferta aos clientes, ou seja, tudo que está associado ao uso de inteligência artificial, big data e machine learning. Temos muitos dados dos nossos clientes, o que pode gerar insights, mas ainda usamos pouco. Isso pode se tornar um grande diferencial em relação aos competidores.

O aporte também poderá ser usado no processo de internacionalização?
Com certeza. Quando me perguntam sobre o tamanho das operações que temos lá fora, eu digo: o tamanho não interessa, o que vale é o crescimento constante mês a mês. Então queremos replicar nesses países em que atuamos — México, Colômbia, Portugal e Espanha — o que fizemos aqui, tanto em educação e geração de mercado quanto em demanda e base de clientes.

Nós temos uma curva projetada de crescimento: em cinco ou seis anos, queremos que cada um desses países esteja em um patamar similar ao Brasil hoje — ou seja, de 10 mil a 12 mil clientes. Hoje, México e Colômbia combinados devem ter algo como uns 600 clientes. Portugal e Espanha ainda estão atrás nesse processo. O investimento vai permitir continuar financiando essas operações e, à medida que o processo se prove, chegar a outros países emergentes, na América Latina, Europa, África e Sudeste Asiático.

A RD, situada fora do eixo Rio-SP, tira gente até de empresas internacionais, como LinkedIn e Google. Como vocês fazem isso?
Estar localizado em Floripa joga a favor. É uma cidade muito atraente para quem é jovem, ainda não está casado ou não tem filho. Tem uma qualidade de vida muito boa, praias lindas e um custo de vida um pouco menor do que em São Paulo ou no Rio. Fora da questão geográfica, acho que o que atrai alguém para uma empresa como a RD é a possibilidade de colocar o seu carimbo pessoal em algo grande, porque o processo ainda está em construção.

Em um LinkedIn, um Google, um Facebook, o playbook já está pronto. A pessoa vira uma executora. Aqui, ainda estamos criando o playbook. É mais difícil, mas também mais estimulante. 

Como criar na prática uma cultura que traga talentos para a empresa?
Se você quer construir uma empresa baseada em pessoas com alto potencial, tem um monte de coisas que são importantes: remuneração, ambiente, infraestrutura. Mas, para mim, tem tudo a ver com desenvolvimento.

Se a pessoa sentir que a empresa é a melhor oportunidade de desenvolvimento para ela naquele momento, é isso que vai fazê-la vir para cá ou ficar aqui. Além disso, temos uma cultura muito forte. Tanto que nossos funcionários são chamados de RDoers. Em tudo o que você faz aqui, você vê a sua marca. Quando fazemos um vídeo, por exemplo, nós filmamos, editamos, produzimos, atuamos. É tudo nosso. Nosso superevento de final de ano, o RD Summit, tem 12 mil pessoas participando, e o staff que produz isso é todo formado por funcionários.

O RD Summit acontece desde 2013 e possui até uma versão itinerante. Qual é a importância do evento para a empresa?
A sua função número 1 é ajudar na missão educacional que a gente tem no mercado, trazendo uma versão física do conteúdo que temos online. O RD Summit acaba sendo a oportunidade de pegar quem é referência no nosso ecossistema e dar um palco para eles. Ao longo do tempo, também percebemos que foi tendo outros efeitos muito positivos para nós. O primeiro deles é a oportunidade de criar redes de clientes, parceiros e fornecedores. Outros pontos são a divulgação da marca e o efeito que isso traz para o time.

Como você vê os empreendedores brasileiros hoje?
Eles são muito melhores do que a gente era. Muito mais preparados, com mais conhecimento, mais referências e mais bagagem. O ecossistema, bem mais maduro, também ajuda. E estamos começando a ver uma leva de second timers ou third timers [empreendedores que fundam seus segundo ou terceiro negócios].

Esse cara já sabe tudo o que tem de fazer em termos de construção da companhia. Sabe como captar dinheiro, como montar o primeiro time, a infraestrutura. Esses empreendedores já entram com a quinta marcha engatada, e isso é uma coisa linda.

Você mesmo é hoje um second timer. No futuro, se imagina virando um third timer?
Eu não sei, sinceramente. Tenho vontade de me envolver de outras formas, talvez como investidor. Ainda não sei bem como, se vai ser participando de um fundo ou como investidor-anjo. Nesse momento, a melhor coisa que posso fazer é aproveitar a oportunidade que temos na RD para executar e atingir nosso potencial máximo.

Aquilo que eu disse sobre estimular talentos também vale para mim. Eu estou aprendendo, eu estou gostando do que eu faço? Nesse momento, adoro o que faço, aprendo muito e me desafio muito. Então eu vou ficar nessa função enquanto achar que sou a pessoa certa para isso.


Endereço Fiscal para abrir uma Startup

O que é uma Startup?

“É um negócio que lança uma ideia inovadora, atua em condições de grande incerteza e busca se estabelecer no mercado com um modelo de negócio repetível e escalável. Para ser considerada Startup, uma empresa não precisa necessariamente desenvolver um produto ou serviço online. Porém a maioria desses negócios tem como base a tecnologia.” (Fonte: Sebrae)

Hora de formalizar a abertura de uma Startup

a) Efetuar Consulta de Viabilidade do Endereço que servirá de sede da empresa para confirmar se aquela atividade poderá ser exercida no local escolhido. É importante fazer esta consulta antes mesmo de fechar um contrato de locação ou compra para ter certeza que a empresa poderá funcionar naquele endereço;
b) Elaboração do Contrato Social e Registro na Junta Comercial de Santa Catarina. O contrato social designará diversos aspectos a respeito da criação da pessoa jurídica, entre os quais endereço de funcionamento, forma de sua natureza jurídica, atividades que executará, capital social, forma de distribuição de lucros, responsabilidades administrativas e técnicas, entre outras definições.
c) Alvará do Corpo de Bombeiros.
d) Alvará de Funcionamento e conforme a atividade poderá ser exigido o Alvará Sanitário.
e) Se no objeto social contemplar a atividade comercial de revenda ou fabricação de produtos será necessária efetuar a Inscrição Estadual.

Documentos necessários para abrir uma Startup

  • Carteira identidade (RG) e CPF ou CNH do sócio;
  • Será necessário que os sócios adquiram o Certificado Digital do seu CPF, já que todos os contratos sociais são digitais;
  • Qualificação dos sócios com informações sobre profissão, estado civil (sendo casado informar o regime de comunhão dos bens), endereço residencial com CEP;
  • Apresentar o Contrato de Locação do imóvel onde será instalada a empresa, ou escritura pública do proprietário do imóvel (sendo sócio);
  • Informar o número da Inscrição Imobiliária do Imóvel - carnê IPTU
  • Além de informações complementares do imóvel.

Suporte para o crescimento da Startup

Ter o apoio de um contador é essencial em todas as fases de uma Startup – da abertura ao crescimento. Se tiver experiência no setor de tecnologia, ainda melhor.
O contador auxilia no levantamento dos custos e na elaboração do Plano de Negócios, além de cuidar de toda parte burocrática do processo de abertura
das empresas, escolhe a melhor forma de tributação dos impostos, auxilia na contratação de colaboradores, mantém atualizadas todas certidões negativas e a contabilidade sempre em ordem e em dia. Santa Catarina é o estado com maior densidade de startups no Brasil, segundo análise realizada pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e pela empresa de consultoria Accenture.

Etapas na criação de uma Startup

  1. NA FASE DA IDEIA, CONECTE-SE
    Precisa ser original/inovadora e para isso, deve-se pensar fora da caixa.
  2. VALIDE SUAS HIPÓTESES NO MERCADO
    É necessário pesquisar se existem consumidores em potencial para o produto a ser desenvolvido, além de verificar se existem produtos substitutos e concorrentes no mercado.
  3. FORME UM TIME COMPLEMENTAR
    Quem irá desenvolver a ideia? Colocá-la em prática? Quantas pessoas são necessárias, qual o conhecimento técnico estas pessoas precisam
    ter, quanto tempo será necessário para o desenvolvimento do produto e serviço e quanto custará?
  4. TENHA UM ACORDO DE SÓCIOS
    Normalmente os sócios são os principais executores e desenvolvedores da ideia. Porém, existem dois tipos de sócios: aqueles que entram com a ideia, projeto, mão de obra, e os investidores, que “compram a ideia” e entram com o capital.
  5. TESTE SEU MODELO DE NEGÓCIO ATÉ QUE FUNCIONE
    Antes de formalizar a startup (abrir uma pessoa jurídica legalmente) é imprescindível elaborar um Plano de Negócios, e verificar se o mesmo tem viabilidade econômica e financeira.
  6. CONHEÇA AS MEÉTRICAS
    O planejamento serve para acompanhar a execução, além de que pode sofrer alterações durante a execução.
    Fonte: Sebrae
  7. FALE CONOSCO
    A Âncora Offices® é especializada no atendimento a empresas de todos os segmentos e principalmente no setor de tecnologia e está à disposição para atenderas demandas da sua Startup. Aqui temos solução verticalizada, com Endereço Fiscal, para abrigar sua empresa, setor de contabilidade, serviços de logística nacional e internacional, frete expresso e empresa de Trading internacional.
  8. CONSULTE NOSSO TIME DE ESPECIALISTAS
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Santa Catarina - um dos estados mais competitivos do Brasil

Santa Catarina alcança o número de 800 mil empresas ativas

Santa Catarina alcança o número de 800 mil empresas ativas

Para comemorar o feito, o governador Carlos Moisés entregou uma placa aos empresários e irmãos Vanderlei Wagner de Moraes, sócios na WM Serviços Técnicos, de Blumenau.

"Temos segurança jurídica e um ambiente propício para quem quer investir. É isso que representa esse número”, afirmou o governador. 

A abertura da empresa de Blumenau ocorreu em apenas 24 horas, num processo 100% digital.

Os irmãos deram a entrada no pedido na Junta Comercial  (Jucesc) às 11h45min e no dia seguinte ela já estava aberta.

Vanderlei explica que a empresa dá suporte técnico para equipamentos de prevenção a incêndio, como extintores. Ele elogia a rapidez com que ocorreu o processo e diz que esse é um diferencial para a competitividade:

“Com certeza é um estímulo. Não imaginávamos que seria tão rápido. Até pensamos que poderia ocorrer algum entrave, mas foi justamente o contrário”, diz o empresário, que já conta com seis funcionários e planeja uma expansão da empresa no médio prazo.

Para o secretário Lucas Esmeraldino, do Desenvolvimento Econômico Sustentável, o número de 800 mil empresas ativas demonstra a veia empreendedora do catarinense. Com uma população de 7 milhões de pessoas, o estado tem uma taxa de uma empresa para cada 8,7 moradores, uma das mais altas do país.

“O papel do estado é não atrapalhar o empreendedor. Acredito que estamos fazendo isso bem, até pela autonomia que o governador tem dado a seus secretários”, comemora o secretário. 

Outro dado comemorado pelo governador diz respeito à celeridade para a abertura de novas empresas.

O presidente da Jucesc, Juliano Chiodelli, relatou que a média no estado tem sido de 42 minutos desde maio, com a adoção da Junta Digital e o fim dos processos em papel.

“Foram mais 70 mil empresas novas no primeiro semestre, um aumento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. Acreditamos fortemente na retomada econômica e aqui em Santa Catarina isso já está acontecendo”, finaliza.

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Conheça 5 opções de bancos digitais e livre-se das taxas

Entre as vantagens das contas online está a redução do número de tarifas que o correntista precisa pagar. Veja detalhes sobre os bancos Inter, Nubank, Next, Neon e BS2.

Na mente de muitos brasileiros, a palavra banco é sinônimo de burocracia: longas filas, juros altos e muitas taxas.

Felizmente, esse cenário está mudando! A tecnologia trouxe algumas soluções para estes problemas do sistema financeiro com os chamados bancos digitais

O que é um banco digital?

Os bancos digitais são parecidos com os bancos tradicionais. A maioria deles têm conta corrente, poupança, saque, transferência e empréstimo, por exemplo. Mas não existe a estrutura física de agências, o que deixa seu funcionamento muito mais barato.

Essa economia pode ser repassada para o correntista, que muitas vezes não paga taxas para fazer transações como TED e DOC, não coloca a mão no bolso para abrir uma conta digital e fica livre de algumas obrigações chatas quando o assunto é banco.

Qual a diferença de um banco digital para um banco tradicional?

O novo modelo de conta digital dispensa várias burocracias, como as idas às agências físicas. Você vai abrir a sua conta pelo próprio celular e resolver todos os problemas pela internet.

Por exemplo: muitos bancos tradicionais exigem que o cliente vá até uma das unidades físicas da instituição para ter acesso a uma senha, código ou chave eletrônica que permita ao usuário fazer transações a distância. Nos bancos digitais, nada disso é mais necessário.

E, claro, uma das maiores e mais importantes diferenças entre o banco digital e o banco tradicional é a cobrança de tarifas para algumas transações! A maioria dos bancos digitais também não cobra anuidade para quem quiser ter um cartão de crédito e disponibiliza as compras efetuadas quase que instantaneamente no aplicativo de celular do banco.

Na hora do saque, muitas das instituições bancárias totalmente digitais trabalham apenas com o Banco24Horas e com um número limitado de retiradas de dinheiro por mês. Por isso, ao escolher abrir uma conta digital, lembre-se de verificar qual a melhor opção para você ou para o seu negócio!

5 opções de bancos digitais:

1. Banco Inter

O banco digital tem opções de conta online para pessoas físicas, pessoas jurídicas e microempreendedores individuais. Todas elas são gratuitas. O cartão da conta é da bandeira MasterCard e é liberado na função débito. Para usar o crédito, é preciso passar por uma análise financeira da instituição.

2. Nubank

A chamada NuConta é uma das novidades da empresa, que começou apenas com um cartão de crédito. As transferências de dinheiro são gratuitas e ilimitadas. A startup de tecnologia oferece a portabilidade de salário — que pode feita pelo próprio aplicativo de celular. Também oferece um rendimento maior que a maioria dos bancos tradicionais. Para cada saque, porém, é preciso desembolsar R$ 6,50.

3. Next

Disponível apenas para pessoa física, este banco digital pertence ao Bradesco. Apesar de fazer parte de um banco tradicional, traz algumas opções que se parecem com as dos bancos que já nasceram digitais. A conta chamada “na faixa” tem transferências ilimitadas apenas para outras contas Next e para o Bradesco, saques sem tarifas e anuidade zero em uma das opções de cartão de crédito disponível. No entanto, TED ou DOC só podem ser feitos sem taxas uma vez por mês.

4. Neon

Para abrir uma conta é preciso fazer o cadastro direto no aplicativo do banco, ter um celular com câmera frontal, ser maior de 18 anos e ter documentos como RG ou CNH e CPF. São gratuitos apenas o primeiro saque, transferência e boleto do mês. Depois, são cobradas tarifas a cada uso. Porém, quem é usuário da conta digital pode ter 30 dias de transações grátis sempre que fizer dez compras no mês e ativar a funcionalidade Neon+.

5. BS2

O banco começou como Bonsucesso em 1992, mas desde 2017 oferece apenas os serviços digitais para pessoas físicas e também para empresas. Abrir a conta digital não tem custo e não são cobradas taxas para saque na rede do Banco24Horas, transferências entre contas BS2 ou outros bancos e para emissão de boletos.


LOGGI - QUER FROTA DE AVIÕES PARA ENTREGAS

O MAIS NOVO UNICÓRNIO BRASILEIRO, com a ambição de cobrir todo o território nacional, a startup prevê que precisará ir além das aéreas terceirizadas que a atendem hoje.

Arthur Debert, cofundador da startup Loggi (Foto: Divulgação)

Arthur Debert, cofundador da startup Loggi

Entregar qualquer coisa para qualquer um em qualquer lugar. Arthur Debert, brasileiro e cofundador da Loggi, define dessa maneira o maior objetivo da startup. Mais novo unicórnio brasileiro, ela atingiu valor de mercado de US$ 1 bilhão após uma rodada de investimentos. Agora, planeja uma expansão agressiva. Pretende explorar desde o transporte a pé até entregas feitas por barcos. Além disso, mira criar uma frota de aviões para suprir maiores demandas.

A modalidade "compre e retire" é outra que deverá ganhar em breve o logotipo azul e branco da startup. Tudo isso para atender e se adaptar ao que Debert define como um mercado ávido por mais opções e eficiência. "Acreditamos que o grande gargalo está na qualidade das entregas. Por isso, temos muita clareza de onde queremos atuar", disse em entrevista exclusiva à PEGN.

Tudo por agilidade
Se nas ruas de São Paulo era possível ver entregadores até de patinete, não foi graças aos entregadores da Loggi. Durante seis anos, os serviços da startup se mantiveram restritos às motos e, desde o ano passado, aos caminhões e aviões. 

É, segundo Debert, uma questão de logística. Embora também tenha entrado no ramo de entrega de alimentos, a Loggi atende principalmente o e-commerce. "Eu tendo a pensar que ter uma pessoa carregando pacotes em um patinete não é uma ideia inteligente. Acho que é uma moda", afirma o cofundador.

Mas a empresa tem analisado com mais atenção outras possibilidades. Bicicletas, barcos e as próprias entregas a pé são algumas. "No interior e em zonas muito densas, as bicicletas são muito viáveis. E, se precisarmos de barcos para entregar no Amazonas, não tem problema".

Voando mais alto
O uso de aviões será a verdadeira divisora de águas dos planos de expansão. Hoje, a Loggi atende 38 municípios e realiza 3 milhões de entregas por mês. Para o ano que vem, quer chegar a 6 milhões e cobrir 92% do país. A meta fica ainda mais ambiciosa com relação aos prazos de entrega desejados pela startup: um dia para capitais e grandes cidades e dois para as do interior.

"Em metade do país, conseguiríamos atender bem com a malha viária. No restante, não dá para usá-la para entregas rápidas de jeito nenhum", diz Debert. Atualmente, a startup usa o serviço terceirizado de aéreas comerciais. Metade das cidades é atendida pelos aviões.

Mas o crescimento que a empresa busca no longo prazo exigirá mais do que isso. "Temos certeza que a malha aérea atual do Brasil não é suficiente para a gente chegar onde quer. A verdade é que vamos ter que fazer tudo", diz.

Debert diz que ainda é cedo pra efetivamente criar uma companhia aérea, mas que a startup vem tendo conversas para definir alguns caminhos. Aluguéis, arrendamentos e joint ventures são algumas possibilidades que ele cita. "Vamos com certeza criar uma força aérea", diz.

Pontos de entrega
Com o crescimento do e-commerce, cresce também o interesse por compras que são retiradas em lojas ou pontos físicos, como os shoppings. De olho nisso, a Loggi vem trabalhando em dois formatos de entrega desse tipo.

Em um, a startup é responsável por todo o processo de entrega e mantém um espaço, como um quiosque em um shopping, onde as encomendas chegam e podem ser retiradas pelos clientes. Em outro, ela usa estabelecimentos terceiros, como padarias ou bancas, para executar essa última etapa.

"Para uma classe de consumidores, faz muito sentido ir retirar o produto. É o caso de quem mora em casa e não tem quem receber uma encomenda", exemplifica o executivo. Segundo ele, a startup deve ter uma rede "relativamente grande" como essa já no ano que vem.

Expansão
Juntos, todos os planos de se encaixam na própria definição dada por ele para o objetivo da startup: não importa muito o formato, o importante é fazer a entrega. Além dos planos para o ano que vem, a Loggi planeja uma expansão já em 2019: chegar a 220 cidades e cobrir todo o interior de São Paulo e de Minas Gerais.

A empresa não revela seu faturamento, mas Debert afirma que ela vem crescendo de 200 a 300% todos os anos. O status de unicórnio surge para ilustrar ainda mais esse fato. A rodada de investimentos decisiva atingiu valor de US$ 150 milhões e foi feita por SoftBank, Microsoft, GGV, Fifth Wall e Velt Partners.

Segundo a startup, os recursos serão direcionados principalmente para pesquisa e desenvolvimento, construção de centros de expedições e aumento da malha logística – incluindo o transporte aéreo. "Estamos no ponto de inflexão para virar uma empresa de muita, muita escala", descreve Debert.


Site pesquisa orçamentos de transportadoras e gera economia de até 125% em mudanças residenciais

Mudanças Econômicas simplifica e otimiza processo de cotação para quem vai mudar de lar; em 2018, ajudou mais de três mil pessoas.

Mudar de casa ou de apartamento dá trabalho. Além de encaixotar todos os pertences e separar a mobília que irá para o novo lar, também é exaustivo pesquisar inúmeros orçamentos para contratar a transportadora com o melhor custo-benefício e com garantia de que os itens vão chegar em segurança e sem avarias. Foi pensando em facilitar essa etapa que nasceu o Mudanças Econômicas, site que viabiliza gratuitamente a cotação em diversas empresas de transporte a partir de um único formulário.

“Muitas vezes as pessoas fecham o orçamento por indicação de conhecidos, sem ter noção dos preços praticados pelas outras empresas, e acabam pagando muito mais caro por isso. Ao fazer uma pesquisa é possível economizar até 125% em São Paulo e 83% no Rio de Janeiro”, exemplifica Wagner Cunha, que fundou a plataforma em 2004. Somente em 2018, ela facilitou a realização de 3.300 contratos.

Os principais fatores que influenciam na diferença de valores são a agenda das transportadoras, idade da frota e tamanho da equipe. Por isso, aquelas que possuem caminhões mais antigos e contam com funcionários ociosos podem apresentar propostas mais vantajosas. É possível, ainda, que diferentes clientes compartilhem o mesmo caminhão quando as origens e destinos são próximos e há flexibilidade nas datas de entrega – o que reduz o custo do frete, já que este será dividido.

A cotação no Mudanças Econômicas é simples: o usuário preenche no site todas as informações pertinentes à mudança, como endereço de saída e chegada, tipo de imóvel, data prevista e os itens a serem levados. Em seguida, o formulário é encaminhado para cerca de dez empresas, e os orçamentos são enviados por e-mail em até 48 horas. A partir daí a negociação é feita diretamente entre o cliente e o contato desejado.

Para garantir a segurança dos usuários, as transportadas parceiras são rigorosamente analisadas. É necessário atuar há no mínimo um ano e meio no mercado e toda a documentação é verificada, assim como a validade do CNPJ do requerente. O site conta com 43 empresas cadastradas em 13 estados do país, dentre eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal.

Sobre o Mudanças Econômicas
Site que facilita a cotação de orçamentos para mudanças com empresas de transporte a partir de um único formulário e possibilita o compartilhamento de caminhão quando os locais de origem e destino são semelhantes. A pesquisa otimizada pode proporcionar economia de até 125%. A plataforma conta com 43 empresas cadastradas e em 2018 contribuiu em mais de três mil mudanças.


Souza Cruz abre as portas para startups que querem transformar grandes mercados

Companhia lança seu primeiro programa de aceleração de empreendedores, reforçando sua centenária trajetória de inovação no setor0

O programa de aceleração Transforma Souza Cruz está buscando startups que usam tecnologia e criatividade para transformar o ambiente social e de negócios da companhia nos próximos anos. Com uma história de 115 anos no mercado e tradição em inovação nos negócios, a empresa traz para dentro de casa, pela primeira vez, novos empreendedores que desejam desenvolver soluções inovadoras para grandes mercados.

“Inovar está no DNA vencedor da Souza Cruz. Ao longo de nossa história de mais de 100 anos nunca nos acomodamos na posição de líderes. Entendemos que liderar é ditar tendências, é desafiar o status quo, é ser incansável na busca de fazer sempre mais e melhor. É este espírito que nos faz, agora, investir nessa parceria com startups”, afirma Cristiano Roth, diretor de Operações da Souza Cruz.

O Transforma Souza Cruz, realizado em parceria com a Liga Ventures – aceleradora especializada em gerar negócios entre startups e grandes corporações -, terá duração de 4 meses e está em busca de 4 startups inovadoras para atuarem em diversas frentes como: logística, gestão, otimização de processos internos, análises financeiras, entre outros. Os empreendedores terão seções exclusivas com os executivos da Souza Cruz,  além de contar com o apoio da rede de mentores da Liga, composta por experts do mercado.

“Com esta parceria buscamos nos aproximar da cultura inovadora, ágil e sem medo de errar das startups.  Queremos trazer visões e abordagens diferentes para o nosso negócio. Isto é fundamental para a nossa agenda de transformação da indústria e também da companhia. Queremos construir um futuro no qual a inovação esteja no dia a dia e em todas as áreas da empresa. Apenas dessa forma seremos capazes de nos reinventar e de oferecer aos nosso consumidores opções diversas de produtos que entregam, além da qualidade, muita inovação”, explica Cristiano.

Como a maior empresa de tabaco do Brasil e parte do maior grupo do mundo – British American Tobacco (BAT), a Souza Cruz espera, com o programa, impulsionar profissionais apaixonados por grandes desafios. Ao final do projeto, a companhia busca incorporar soluções apresentadas pelas startups no seu dia a dia. As inscrições estão abertas até o dia 28 de abril e devem ser feitas pelos site https://transformasouzacruz.liga.ventures

Sobre a Souza Cruz

Uma empresa fundada em 1903 pode ser inovadora?

Estamos investindo na transformação de uma indústria inteira, de forma a endereçar as necessidades de nossos consumidores e consumidoras e sempre lançando tendências de produtos, com marcas globais como Dunhill, Kent e Rothmans. Estamos presentes em todos os cantos do Brasil, com mais de 6 mil colaboradores diretos e 4 mil sazonais, indo de uma ponta da cadeia à outra – são 27 mil produtores plantando e colhendo 181 mil toneladas da nossa matéria prima, que passam pelas nossas três usinas no sul do país, seguem para nossa fábrica em Minas Gerais e se transformam em quase 40 mil unidades de cigarro a serem distribuídas em 200 mil pontos de venda. Cada engrenagem desse sistema é movida por pessoas: o maior ativo da empresa. Esses talentos são responsáveis pelo nosso sucesso e, por isso, priorizamos o desenvolvimento de cada um deles. Em 2017, fomos eleita a melhor empresa para se trabalhar pelo Instituto Top Employers Brasil; em 2018, fomos a segunda colocada. Quando ouvimos quem está aqui dentro, entendemos que estamos no caminho certo, sendo eleita a 8ª empresa mais querida pelos nossos funcionários, de acordo com a Love Mondays.

Nosso diferencial? Atitude para seguir fazendo a diferença.

Se ainda sobrou dúvida, a resposta é sim – inovação não tem idade. Muito prazer! Eu sou a Souza Cruz.

Quer saber mais? Acesse www.souzacruz.com.br

Sobre a Liga Ventures

Criada em 2015, a Liga Ventures é uma das maiores aceleradoras de startups do país e pioneira no mercado de aceleração corporativa e corporate ventures, com parceria com grandes empresas de diversos setor. Além disso, possui mais de 11 mil startups em seu banco de dados. Só em 2017, foram realizadas mais de 3 mil inscrições nos programas de aceleração, na qual a Liga é responsável desde o processo de seleção das startups até o acompanhamento dia a dia com os empreendedores. A Liga também já acelerou mais de 100 startups em seus ciclos de aceleração e criou estudos inéditos por meio do projeto Liga Insights, apontando startups que estão inovando em diversos mercados.


NOTMAYO MAIONESE FEITA SEM OVOS

Startup lança no Brasil a NotMayo, uma maionese amigável aos animais e 
popular até entre quem prioriza o sabor.

Startup lança no Brasil a NotMayo, uma maionese amigável aos animais e  popular até entre quem prioriza o sabor (Foto: Divulgação)

Quando montou a sua primeira empresa de alimentos veganos, o chileno Matias Muchnick não imaginava que, dali a cinco anos, viraria referência mundial em produtos livres de ingredientes de origem animal — nem que chegaria tão brevemente ao Brasil. Até porque começou mal. A maionese que ele lançou na época tinha um sabor horrível, embora tivesse sido desenvolvida por uma empresa conhecida por criar produtos para multinacionais do setor alimentício. “Aí eu vi que muito do P&D [pesquisa e desenvolvimento] de alimentos está baseado em intuição humana”, diz Muchnick, de 30 anos.

Num mundo cada vez mais regido por avanços tecnológicos, era inconcebível para o empresário que o P&D pudesse estar tão atrasado. Formado em economia, ele buscou respostas na Universidade da Califórnia em Berkeley. Lá fez um curso de empreendedorismo e tecnologia, no Sutardja Center, e se aproximou do departamento de bioquímica. Percebeu que, assim como a indústria farmacêutica, a de alimentos também poderia fazer uso da ciência de dados para aprimorar seus produtos.

Com essa convicção, Muchnick foi atrás de gente gabaritada para montar com ele um negócio novo. Primeiro, recrutou em Harvard Karim Pichara, um chileno Ph.D. em ciência da computação que curtia astrofísica. Depois, convidou o também chileno e doutor em biotecnologia Pablo Zamora.

A NotMayo usa composto vegetal no lugar dos ovos

O trio criou a NotCo, uma foodtech que usa I.A. para encontrar em vegetais fórmulas similares às dos alimentos de origem animal. Para substituir o ovo, a startup usa uma mistura de ervilha, grão-de-bico e tremoço, entre outros ingredientes naturais, que está longe de ser insossa. Tem cor, sabor e textura iguais aos de uma maionese comum. “Nossa proposta é que as pessoas comam melhor e sejam sustentáveis sem se dar conta disso”, afirma Muchnick.

Embora o interesse por produtos veganos aumente a cada ano, impulsionado por pesquisas que citam a criação de rebanhos como grande emissora de gases do efeito estufa, ele acredita que a adesão dos consumidores ao veganismo poderia ser muito maior se esses alimentos fossem mais saborosos.

No caso da maionese da NotCo, há mais sabor embutido do que consciência ecológica — tanto que 92% dos seus compradores não são veganos. Ou seja, não estão preocupados com a presença ou não do ovo ou com o impacto da produção do alimento no meio ambiente, mas acham interessante o produto “feito com ingredientes vegetais e ponto”, como diz a embalagem.

A maionese de Muchnick tornou-se um fenômeno no Chile, onde está presente em mais de mil lojas e é a terceira mais vendida, atrás das marcas Hellmann’s e Kraft. A startup produz 85 toneladas por mês e, além do Brasil — que recebeu a primeira leva do produto em dezembro —, exporta para a Argentina e a Colômbia. “Em dois anos, o Brasil será o nosso principal mercado”, espera Muchnick. A empresa planeja iniciar a produção local, no interior de São Paulo, em março.

A maionese não será a única aposta dos chilenos. O laboratório de Muchnick está desenvolvendo leite, sorvete, iogurte, linguiça e hambúrguer veganos. Para dar conta de tantos lançamentos, a startup cresceu de 14 para 60 funcionários no último ano, e passou a funcionar em três turnos, sete dias por semana, respaldada por investimentos recebidos da Kaszek Ventures (US$ 3 milhões) e da aceleradora IndieBio (US$ 250 mil). Prepara-se, agora, para captar um novo aporte milionário que banque a expansão da empresa para os EUA e o México.


Li, da Mobilis, foi selecionado para o programa Living Lab

Modelo de veículo elétrico produzido por startup será testado em Florianópolis

O carro elétrico é inédito e produzido no Brasil, abastecido com bateria de lítio e pode ser acompanhado em tempo real pela fabricante Mobilis, de Florianópolis.

O modelo Li proposto pela startup foi selecionado no programa do Living Lab, para testar a eficiência e tornar cidades mais inteligentes. Erico dos Reis, diretor comercial da Mobilis, detalha a proposta:

Para o projeto Living Lab estaremos cedendo os veículos para setores de segurança em locais de circulação restrita e em períodos pré-definidos. Os agentes de segurança irão realizar os agendamentos através de nossa plataforma on-line chamada TrackLi e terão seu uso liberado através dos cartões de RFID que liberarão os veículos para serem conduzidos. Vale enfatizar que já possuímos um cliente rodando com uma plataforma similar para car sharing interno em uma das maiores distribuidoras de energia elétrica do país”.

PRODUÇÃO EM ESCALA

Perguntado se a empresa projeta uma produção em larga escala a médio prazo, o diretor conta que a demanda do mercado para veículos elétricos no Brasil é alta.

“Acreditamos que podemos atender diversas regiões do Brasil. O produto também foi desenhado para atender diversos perfis de clientes, seja B2B ou B2C”.

O primeiro passo da startup é atender as demandas de veículos de vizinhança. Após validação, o objetivo é finalizar o desenvolvimento do veículo Li para vias públicas com todas as necessidades legais, além é claro de estruturar a produção e pós-venda a nível nacional.

“Muito se comenta sobre a falta de infraestrutura para veículos elétricos, porém, algo mais importante que isso já existe: o desejo do brasileiro em ter um veículo elétrico. Possuímos uma fila de interessados próxima a 500 pessoas, as quais vieram de maneira proativa nos buscar. Todos possuem o interesse de ter um veículo mais econômico, conectado e sustentável. Todos parâmetros que estão no DNA do nosso carro, o Li”, ressalta Erico.

Para isso, estão buscando investimentos para acelerar este plano. Interessados em mais detalhes podem enviar um e-mail para [email protected] 

DESAFIOS DA PRODUÇÃO

Os maiores desafios estão na alta carga tributária e na falta de fornecedores locais, de acordo com Erico:

“A primeira faz com que paguemos altíssimas cargas tributárias. Já o segundo, além de impactar o custo, faz com que tenhamos tempos produtivos com baixo giro de inventário e um impacto financeiro considerável na empresa”.

Ele chegou a citar que o plano Rota 2030, que “estimulou a importação de veículos e não a produção local, pois foi zerado o imposto de importação para carros elétricos. Depreciando, assim, as iniciativas locais como a nossa”.

A versão de veículo de vizinhança da Mobilis, sem portas e dedicada a circuitos privados possui preço inicial de R$ 54 mil.

Já a versão para vias públicas com porta, ar condicionado e itens definidos pelo Contran fica entre R$ 65 mil e R$ 69 mil.

A economia anual, de acordo com a startup, ao utilizar o veículo varia entre R$ 12 mil e R$ 15 mil.

Os custos de manutenção são baixíssimos e para rodar 100 km é próximo a R$ 5,00 (praticamente o valor de um litro de gasolina ou diesel).


BNDES Garagem seleciona 60 startups e gestor

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, anunciou nesta quinta-feira, 6, chamada para seleção de 60 empreendedores ou empresas que participarão de seu programa de desenvolvimento de startups BNDES Garagem. Na ocasião, também foi lançado edital para escolha de gestor para o centro de inovação do Banco, que deve ser inaugurado em 2019. Os anúncios foram feitos no escritório da WeWork no centro do Rio de Janeiro, espaço que abrigará os 60 participantes desta primeira edição do programa de criação e aceleração de startups.

Desenvolvimento de startups 

Conduzida pelo consórcio Wayra – Liga Ventures, escolhido por meio de edital para gerir essa primeira edição do programa de desenvolvimento de startups, a seleção de empreendedores priorizará propostas  dos seguintes segmentos: saúde e bem-estar, sustentabilidade social e ambiental, economia criativa, segurança, soluções financeiras e educação. Também serão priorizadas as startups com soluções de Internet das Coisas aplicáveis a cidades, ambiente rural e indústria, além de aplicações que usem a tecnologia de blockchain. Os participantes interessados poderão submeter suas propostas até 27 de janeiro.

A primeira vertente (criação) tem como objetivo apoiar a criação de startups e é voltada tanto para equipes de pessoas físicas como pessoas jurídicas. A meta é identificar ideias que ainda não tiveram a oportunidade de serem transformadas em produtos e apoiar seu desenvolvimento.
O segundo módulo (aceleração) visa apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação de empresas emergentes com alto potencial de crescimento e receita bruta anual de até R$ 16 milhões. A intenção é identificar empresas que já contem com um produto mínimo viável funcional, podendo estar atendendo os primeiros clientes, mas que ainda necessitem alavancar as vendas e/ou ganhar escala.

Centro de Inovação

Com o edital para seleção de gestor do centro de inovação lançado hoje, o BNDES pretende escolher um parceiro (podendo ser uma empresa ou um consórcio) que ajude na implementação e gestão do Centro de Inovação do BNDES. Além da operação do espaço, o gestor deverá, em parceria com o Banco, apoiar a conexão dos empreendedores com a comunidade de inovação e investimento. Futuras edições do programa de desenvolvimento de startups BNDES Garagem deverão ser realizadas dentro do Centro de Inovação.

Previsto para ser inaugurado em novembro de 2019, o espaço deverá se situar a um raio de 3 km da sede do BNDES, no centro do Rio de Janeiro, e contar com mínimo desejável de 1.000 postos de trabalho, em uma área útil de, pelo menos, 4 mil m2 (com possibilidade de expansão para 8 mil m2). A expectativa é que o ambiente seja ocupado por equipes de inovação de grandes e médias empresas, startups, universidades e centros de pesquisa nacionais e internacionais. Essa iniciativa busca fortalecer o ecossistema de inovação e empreendedorismo, com a comercialização de produtos inovadores, o desenvolvimento de novos modelos de negócio e o fortalecimento da cultura empreendedora dos atores do ecossistema.
A expectativa de investimento do BNDES no centro de inovação é de até R$ 20 milhões por ano.

Os interessados em participar da seleção para gestor do centro de inovação podem ser inscrever até o dia 15 de fevereiro de 2019. O selecionado deve ser divulgado até o dia 12 de abril e a expectativa é que o centro seja inaugurado em novembro.

1ª fase do programa BNDES Garagem selecionará 60 startups e empreendedores. Propostas devem ser enviadas até 27 de janeiro 

Serão priorizadas iniciativas em saúde e bem-estar, sustentabilidade social e ambiental, economia criativa, segurança, soluções financeiras, educação, Internet das Coisas e blockchain 

Inscrições para gestor do centro de inovação vão até 15/2/2019. Selecionado deve ser divulgado até 12/4/2019. Centro deve ser inaugurado em novembro 

Mais informações sobre a chamada de empreendedores para o programa de criação/aceleração de startups e para o edital para seleção do gestor do centro de inovação estão disponíveis em www.bndes.gov.br/bndesgaragem.


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