Levantamento realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) mostra que, para 79% das micro e pequenas empresas ouvidas, os preços dos produtos são considerados competitivos em outros países. Contudo, 88% delas informaram que a logística, a distribuição e as finanças são entraves à internacionalização, assim como o planejamento (80%).
Os dados estão na Análise do Comércio Internacional Catarinense, publicação que a entidade lançou nesta quinta-feira (10), durante o “Road Show: promovendo iniciativas de facilitação do comércio”, evento realizado em Florianópolis, em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).“As pequenas empresas devem se qualificar para o mercado internacional, mas por outro lado, precisam de condições de igualdade para competir com os concorrentes estrangeiros. Se quisermos aumentar a parcela de micro e pequenas exportadoras, são necessárias reformas estruturais urgentes”, afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Ele lembra que entre as prioridades destacadas pelo setor empresarial na pesquisa, constam a desoneração tributária, a desburocratização e redução de custos das atividades exportadoras e importadoras, a diminuição de custos logísticos e a ampliação dos acordos internacionais de comércio.“Embora a economia mundial apresente indicadores de crescimento ainda muito frágeis, a exportação tornou-se estratégica para a retomada do crescimento econômico do Brasil devido à conjuntura doméstica desafiadora”, completa Côrte, salientando que a entidade, em parceria com o Sebrae, oferece um programa de internacionalização para micro, pequenas e médias. Ele lembra também que o Encontro Econômico Brasil−Alemanha, que ocorre de 20 a 22 de setembro, é uma oportunidade para que as pequenas e médias estabeleçam contatos internacionais.Levando-se em consideração o total de empresas pesquisadas, quando perguntadas sobre a projeção das exportações para 2015 em relação ao ano passado, 61% delas apontam perspectivas de incremento − 34% esperam que os embarques cresçam de 11% a 30%, enquanto 18% acreditam que vão crescer até 10%. Somente 9% das empresas estimam que aumentarão as exportações em mais de 30% comparativamente a 2014. Por outro lado, 29% das empresas projetam estabilidade nos valores exportados e 10% estimam que suas exportações sofrerão queda em 2015.Ao apresentar a análise, a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, disse que as pequenas e médias empresas têm maior flexibilidade para construir alianças estratégicas com empresas concorrentes em outros mercados, e assim, podem tornar-se fornecedores que complementam um produto maior fabricado em outro país.“Hoje temos startups no Brasil que agregam valor por tecnologia e inteligência”, disse ela, lembrando que as oportunidades para as companhias estão não só nos embarques de produtos acabados, mas nos processos que envolvem inteligência na fabricação. “Efetivamente, as pequenas e médias poderão se constituir na grande sacada das exportações. Elas têm menos custos de operacionalização e facilidade de adaptação dos produtos às exigências dos clientes externos”, concluiu Maria Teresa.O trabalho informa ainda que quase um terço buscará novos mercados, principalmente em países da África. A América do Sul e a América Central foram citadas na sequência, respectivamente com 19% e 12% das respostas.Quanto aos critérios que deverão guiar as empresas, a maioria das respostas foi associada à proximidade geográfica e cultural, a benefícios oriundos de acordos comerciais e a indicadores do potencial de mercado nos países selecionados, tais como crescimento econômico, evolução positiva de determinados setores, aumento do consumo e ampliação do mercado consumidor.Fonte: Pequenas empresas estão preparadas para exportar, aponta estudo - Empreendedor
Nem mesmo a recessão da economia nacional é capaz de frear o crescimento da JadLog, empresa de transporte e logística de cargas expressas fracionadas. Longe da crise, a companhia permanece com o pé no acelerador e reforça a expectativa de elevar em cerca de 10% o faturamento em 2015, atingindo o patamar em torno de R$ 400 milhões.
Para isso, a JadLog prevê repetir, no segundo semestre, o desempenho alcançado no primeiro, em que faturou R$ 202 milhões (7,87% acima do mesmo período de 2014) e transportou 4,2 milhões de encomendas, resultado 8,16% superior a igual período do ano passado.“Considero que o setor de cargas fracionadas expressas ou rodoviárias é, de certa forma, imune às crises econômicas. Temos registrado muita demanda por parte das áreas de e-commerce, assistência técnica, autopeças e medicamentos, por exemplo, e isso têm incrementado nosso volume de coletas e entregas”, observa o diretor comercial da JadLog, Ronan Hudson.No total de encomendas transportadas no primeiro semestre de 2015, 65% foram expressas aéreas, enquanto os 35% restantes foram entregues pela frota terrestre da empresa.“Acreditamos que a meta de crescimento e de faturamento até dezembro será alcançada e até superada, pois, sazonalmente, o segundo semestre é o período em que nossas movimentações se intensificam, por conta das festas de fim de ano”, destaca Hudson.Segundo ele, a JadLog e a rede de mais de 500 franquias localizadas em todas as regiões do Brasil estão participando ativamente de Bid’s de grandes empresas, que estão buscando novos fornecedores de transportes, e isso vem abrindo novas oportunidades de negócios para a companhia.Além disso, a capilaridade nacional da JadLog, capaz de atender qualquer cidade brasileira, está sendo destacada mais fortemente junto aos atuais e potenciais clientes, especialmente para o transporte das encomendas reversas. “Poucos operadores no Brasil estão capacitados para realizar a reversa e esse diferencial da JadLog também tem colaborado para o incremento de negócios.”Fonte: Franquia de transporte de cargas ignora crise e mantém crescimento - Empreendedor
Divulgamos os resultados completos da pesquisa Freelancer Brasileiro 2015. O infográfico aponta que a maioria são homens residentes em São Paulo. Confira.
Pesquisa: Quem são e o que pensam os freelancers brasileiros
Realização: trampos.coAno: 2015Para debater o panorama atual e entender as principais dificuldades de quem atua como freelancer, o trampos.co realizou um levantamento com mais de 1.126 profissionais de todo o Brasil durante o mês de junho. As questões pretendem apontar respostas de como se movimenta esse mercado, quais são os desafios e o que é possível melhorar.A maioria é motivada a atuar neste modelo pela flexibilidade no horário de trabalho e oportunidades de se desenvolver profissionalmente. Um dado contundente é preferência de local do freelancer para realizar as tarefas diárias: 91% dos respondentes optam pelo home office.A imprevisibilidade pode ser um fator que incomoda os entrevistados, já que 57% apontaram sentir falta do salário fixo e dos benefícios de praxe oferecidos pelas empresas. Não surpreende, portanto, que 19% dizem que aceitariam um emprego tradicional. Em contrapartida, 46% consideram que tem um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.No infográfico abaixo, é possível verificar o perfil e o que pensam os freelas. Confira:
A startup online de viagens customizadas Plot, que atingiu o break-even no terceiro mês de operação, chega ao sexto mês com 400% de ROI, ao oferecer roteiros de viagens e sugestões de destinos personalizados. O casal Raphael Rotta e Manoela Pontual, que criou a consultoria no início do ano, mesmo período em que embarcou para uma viagem pelo sudeste asiático, já traça novos planos para o retorno ao Brasil, como o lançamento de serviços de capacitação em planejamento de viagens e uma roadtrip pelo Brasil.
Com mais de 30 cases em seu portfólio, sendo a maioria fruto de indicação de clientes que usaram e aprovaram o serviço – o que comprova a aceitação do negócio, mesmo em um cenário difícil para agências de viagens tradicionais -, a consultoria encontrou espaço no mercado oferecendo um serviço diferenciado. O planejamento customizado de roteiros tem despertado o interesse inclusive dos clientes que compram passagens e reservam o hotel pela internet, mas não têm tempo ou experiência para planejar o dia a dia da viagem. Além disso, outros fatores que contribuem para o ROI de 400%, são a estrutura enxuta e as parcerias estratégicas com que conta a Plot, desde sua criação, como é o caso da Assessorato Viagens, que faz o serviço de emissão de passagens aéreas, reservas de hotéis, bilhetes de trem etc.Com três opções de roteiros, a Plot traça um perfil aprofundado de cada futuro viajante com base em suas preferências como clima, transporte e acomodação, além de experiências anteriores, tempo e budget disponíveis. “Acreditamos que a atenção com o briefing fornecido por cada cliente e os cuidados com detalhes, como a própria apresentação do roteiro, são os pontos principais que fizeram nosso trabalho ser reconhecido. Não traçamos apenas roteiros, incluímos também nossas experiências e dicas, como se estivéssemos batendo um papo com os clientes”, finaliza Manoela Pontual.Sobre o casal e Próximos passosAo apostar em um modelo de carreira diferente do tradicional e seguir a vida de nômades digitais, no mesmo mês em que criaram a consultoria, Rapha e Manu iniciaram a Expedição Plot pelo sudeste asiático, onde já percorreram 26 destinos em cinco países diferentes: Tailândia, Malásia, Indonésia, Cingapura e Filipinas. Agora, projetam suas próximas rotas – que incluem países como Laos, Camboja, Vietnã, Butão e Myanmar – e contam o passo a passo da jornada tanto no sitemundoplot.com.br, como nas redes sociais da empresa.Para o próximo ano, o casal pretende lançar um serviço de capacitação em planejamento de viagem, cujo plano de negócio e viabilidade já está em desenvolvimento, além da segunda edição da Expedição Plot, uma roadtrip pelo Brasil. Outra frente em que passam a investir esforços desde já é a criação de parcerias de conteúdo com marcas.ProcessoA startup possui três tipos de serviço customizados: a escolha do destino – no qual entrega um projeto com até três opções de destino e panorama geral do que fazer no local (R$ 120); o diário – com sugestões e dicas sobre o que fazer no dia a dia no destino escolhido (R$ 20); e o roteiro Premium – que se diferencia dos outros pelo plantão oferecido, no qual o casal fica disponível durante a viagem do cliente (R$ 60) para solucionar possíveis problemas que possam acontecer.Fonte: Startup de viagens atinge 400% de ROI em 6 meses de operação - Empreendedores
Dispensado de uma montadora depois de 22 anos trabalhando na empresa, Edilson Gomes se reergueu abrindo uma unidade da franquia Sóbrancelhas
Depois de mais de duas décadas lidando com os operários de uma indústria automotiva, ele agora recebe clientes preocupadas em ajustar suas sobrancelhas. Vítima do aumento da taxa de desemprego no país, Edilson Gomes decidiu pegar o dinheiro da sua rescisão de contrato de trabalho e investir em uma franquia de estética, aproveitando os conhecimento de seu esposa, Cida Galvão, no setor.
Edilson conta que trabalhou como técnico administrativo de uma montadora por 22 anos. Em virtude do tempo que tinha como funcionário, ele jamais imaginou que teria de repensar suas trajetória profissional. Porém, tudo mudou com a crise que atingiu o Brasil em 2015. Em março, não apenas ele, como sua filha, que trabalhava há seis anos na mesma empresa, e seu filho, que era aprendiz no local, perderam os empregos ao mesmo tempo.
“Fiquei como um passarinho quando sai da gaiola, que não conhece o ambiente externo. Faltava pouco para me aposentar e a perspectiva de mudar de área era zero. Alcançar o mesmo patamar em outra empresa, com a idade que tenho, seria impossível”, revela.
A solução para a família começou a aparecer quando sua filha foi convidada para fazer um bico ajudando uma amiga, que era dona de uma unidade da rede de franquias Sóbrancelhas. “Minha esposa tem curso na área de estética, mas ela sempre atendeu em domicílio, como um hobby. Porém, depois de observar o funcionamento da franquia, minha filha veio com a ideia de investirmos em uma unidade”, lembra.
Edilson, então, decidiu unir seus conhecimentos em administração com a experiência da esposa em estética para empreender na área. Para tanto, pegou quase todo o dinheiro que recebeu com a rescisão e investiu em uma unidade da rede em Pindamonhangaba (SP), inaugurada no início de agosto.
Apesar da mudança brusca, ele afirma que tem usado muitos conhecimentos da época em que trabalhava na indústria automotiva. “Sempre cuidei desta parte administrativa, então não muda muita coisa. A maior diferença está na forma de lidar com o público. Agora preciso ter atenção com o atendimento e na apresentação do serviço”, diz.
Por outro lado, ele enxerga algumas vantagens no fato de ser dono do próprio negócio. “Está sendo ótimo para minha autoestima. Antes eu seguia apenas o que era repassado pela direção, mas agora posso implantar os meus conceitos de administração. Tenho muito mais liberdade para colocar em prática novas ideias”, resume, acrescentando que já pretende investir em uma segunda unidade, em São José dos Campos (SP).
O serviço pode ser feito em poucos minutos, ao custo de R$ 14,90, e oferece aceitação jurídica em 168 países
O advogado Rudinei Modezejewski trabalha desde 1997 com propriedade intelectual. Em paralelo ao trabalho em um escritório de marcas e patentes, onde se tornou sócio devido ao seu desempenho, em 1999 deu início a um site de projeto de palestras para divulgar informações sobre a área. Em 2005, depois de muita pesquisa de mercado, o e-Marcas passou a existir como empresa.Muito ativo, Modezejewski também já prestou consultoria em marketing jurídico, chegando a montar uma rede de 35 escritórios de advocacia, envolvendo mais de 1 mil advogados, que encerrou por tomar tempo demais, o que estava prejudicando o seu negócio principal. Mas, em 2004, fundou a Avctoris, empresa de inovação voltada a serviços de registro autoral que abrange direitos sobre marcas, imagens, conteúdos e criações artísticas em geral. Diferente do outro caso, “a Avctoris e a e-Marcas são complementares e dentro do mesmo segmento, então não há conflito nem sobreposição de tempo, pelo contrário, há muita sinergia”, afirma o idealizador e CEO das empresas.A ideia surgiu bem antes, em 2008, após uma experiência extremamente desagradável na Biblioteca Nacional, que o pôs em dúvida a segurança dos registros. Com a ajuda de um sócio-desenvolvedor, Guilherme Nunes, responsável pela integração de todas as tecnologias envolvidas, lançaram uma ferramenta em que qualquer pessoa ou empresa pode registrar por e-mail a sua criação, em poucos minutos, ao custo de apenas R$ 14,90, e obter em tempo real as garantias de registro com aceitação jurídica em 168 países. Com este modelo ousado, a Avctoris elimina a enorme burocracia e o alto custo que antes tornavam inviável este tipo de registro para a maior parte dos criadores.Para substituir as formas tradicionais de registro – tais como as utilizadas na Biblioteca Nacional, Escola de Música da UFRJ ou Escola de Belas Artes da UFRJ – a Avctoris lança mão da plataforma on-line Rpost, empresa que detém a patente internacional da tecnologia de e-mail Registrado. Na avaliação de Fernando Neves, presidente da Rpost Brasil, o modelo usado pela Avctoris é uma das formas mais criativas do uso de e-mail Registrado em nível mundial. “Hoje nossa plataforma tem sido usada de várias formas para gerar documentos eletrônicos autônomos que têm níveis de autenticidade e segurança já reconhecidos em praticamente todos os tribunais”, explica Neves.Fonte: Ferramenta permite registrar criações por email - Empreendedor
Há um ano no Brasil, a norte-americana NYS Collection celebra 15 unidades a posta no formato de quiosque para crescer
Fundada em Nova York e com mais de 1.000 pontos de venda em 40 países, a NYS Collection (www.nysbrasil.com.br) comemora um ano de franchising no Brasil com 15 unidades em operação: uma própria e 14 franqueadas. Até 2016, a marca espera chegar a 40 quiosques.
O foco no formato de quiosque é uma opção para driblar a crise. “Em tempos difíceis, eles são interessantes por serem enxutos e terem aluguel reduzido”, afirma Cristiane Capella, diretora da NYS no Brasil, que ressalta o preço acessível dos produtos como outra vantagem. Para ela, esses fatores colaboram para o crescimento da marca no país seguindo o plano de negócios da empresa. “O primeiro ano foi muito importante para nos posicionarmos no mercado brasileiro”, diz.Os óculos vendem em qualquer estação do ano, o que abre o leque de oportunidades para expansão da franquia. Hoje a NYS tem franqueados em São Paulo, Grande São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte e Goiânia. O objetivo é alcançar todo o Brasil.O perfil do franqueado é de quem veste a camisa da companhia. A NYS busca profissionais apaixonados por óculos e que queiram crescer com a marca abrindo novas unidades. “Nossa melhor publicidade é o boca a boca”, afirma a diretora, que investe em treinamento, suporte e visitas regulares aos quiosques.No final deste ano, a marca participará de duas feiras promovidas pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Uma em Campinas – de 21 a 22 de setembro – e outra no Rio de Janeiro – entre os dias 1º e 3 de outubro. A expectativa é prospectar 150 novos interessados. Para 2015, a meta da empresa é ter 20 franqueados no Brasil. O investimento para abrir um quiosque da NYS é de R$ 118,5 mil, incluindo taxa de franquia e estoque de 550 óculos, com previsão de retorno em 20 meses, em média.Fonte: Franquia de óculos planeja dobrar de tamanho em 2016 - Empreendedor
Start Path inclui apoio operacional, parcerias e a possibilidade de investimentos para startups brasileiras. Inscrições vão até dia 18 de setembro.
Startups brasileiras com soluções dedicadas ao setor financeiro e varejo têm até o dia 18 de setembro para se inscreverem no programa Start Path, da Mastercard.O programa global da companhia consiste em uma parceria exclusiva, que inclui apoio operacional, parcerias e a possibilidade de investimentos para as startups.Com duração de seis meses, o programa virtual também dá acesso imediato a mais de 60 especialistas da companhia, abre portas para programas-piloto na própria MasterCard ou com seus clientes e garante à startup pleno direito de propriedade intelectual (PI) das soluções desenvolvidas.Nos últimos 18 meses, o Start Path apoiou mais de 40 startups do setor, uma estratégia para investir na próxima geração de soluções para o comércio.Conforme o Start Path expande internacionalmente, as startups também se beneficiarão do acesso aos Start Path Partners, um grupo de mais de 20 empresas líderes em serviços bancários, varejo e tecnologia, incluindo a Rakuten, a Samsung Card, TSYS, Bank of Montreal e Santander Innoventures.Como participarA cada três meses o Start Path da MasterCard irá recrutar um novo grupo de startups para o programa virtual com duração de seis meses. Para participar, acesse o link.Até 18 startups serão convidadas a apresentar suas soluções inovadoras de comércio em uma pitch session para a equipe do Start Path da MasterCard em Londres, nos dias 27 e 28 de outubro de 2015.Em seguida, de seis a oito empresas serão selecionadas para a próxima turma global que começa no início de novembro. Os participantes também serão convidados a participar do primeiro Encontro Path Start Partner global a ser realizado em Berlim, nos dias 16 e 17 de novembro, onde terão a oportunidade de interagir com potenciais parceiros do Start Path Partners e líderes da indústria.
O engenheiro mecânico Antônio Torquato, de 51 anos, é um profissional disciplinado. Diretor financeiro da Prati Donaduzzi, de Toledo (PR), trabalha a 1,2 mil km de distância de seus colegas, semana sim, semana não, em São José dos Campos (SP), onde mora a família.O engenheiro mecânico Antônio Torquato, de 51 anos, é um profissional disciplinado. Diretor financeiro da Prati Donaduzzi, de Toledo (PR), trabalha a 1,2 mil km de distância de seus colegas, semana sim, semana não, em São José dos Campos (SP), onde mora a família. Em casa, ele se fecha numa sala e despacha pela internet, como se estivesse no escritório da empresa.Passa horas grudado ao computador, das 7 da manhã às 7 da noite, com um pequeno intervalo para almoço. Não admite interrupções e os três filhos, de 11, 14 e 16 anos, foram avisados disso quando ele adotou o sistema home office, ou teletrabalho, há seis meses. Depois de sete dias isolado no escritório doméstico, Torquato pega um avião para dar expediente na sede da empresa, uma indústria nacional de produtos farmacêuticos.“Sinto falta do contato direto com os colegas, do cafezinho no corredor, porque a interação é importante, mas recupero isso quando estou em Toledo”, diz Torquato, um sujeito expansivo que gosta de trabalhar em equipe. Ele conversa pelo telefone, troca mensagens pela internet e participa de frequentes videoconferências pelo Skype, uma maneira de estar presente.“É como se eu estivesse usando um ramal interno, no mesmo prédio”, observa. A ligação é rápida e permite acesso seguro a todos os dados internos da Prati. O diretor controla o expediente quando está em casa, mas acaba trabalhando mais, porque está sempre de antena ligada para atender os colegas.
Investida paulista: 75% das empresas que permitem que os funcionários trabalhem em casa no Brasil estão localizadas em São Paulo.
Disciplina, confiança e controle, como no caso de Torquato, são condições fundamentais para o home office. As empresas que aderem ao teletrabalho selecionam e monitoram com atenção os empregados, sempre voluntários, que aceitam trabalhar em casa. “Tem de haver confiança, pois o chefe sempre vai perguntar se o funcionário está mesmo trabalhando”, adverte a consultora Cristina Nogueira, sócia da Walking the Talk, que fundou há seis anos com Carolyn Taylor, residente em Londres. Com mais dois colaboradores nos EUA e na Austrália, a dupla é especializada em cultura de empresa e presta consultoria em três continentes, quase sempre à distância. “Posso estar num shopping e trabalhando, independentemente da diferença do fuso horário”, diz Cristina. A cada três meses, ela viaja para reuniões sobre o andamento dos negócios.“O home office é uma tendência mundial e envolve 32,5% da população economicamente ativa, com cerca de 1 bilhão de pessoas utilizando esse método”, afirma Álvaro Melo, presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades e da International Telework Academy na América Latina. “Nossa estimativa é de que 12 milhões de brasileiros trabalham em casa”, informa.A tecnologia facilita as tarefas dos funcionários que utilizam dispositivos móveis, acessando aplicativos pela internet. Segundo Melo, a satisfação de quem trabalha em casa é grande e, ao contrário do que se poderia prever, o sistema não está gerando processos trabalhistas. Pesquisa feita em 2014 pela SAP Consultores Associados constatou que 36% das empresas brasileiras adotam práticas de home office – 75,12% delas localizadas em São Paulo.O consultor Carlos Eduardo Altona, da Exec – Executive Performance, que trabalha com recrutamento de executivos, atribui o crescimento do home office, entre outras causas, ao alto custo dos imóveis e à difícil mobilidade nas metrópoles. “O metro quadrado em Alphaville custa metade do preço para montar um escritório em bairros nobres de São Paulo, mas o deslocamento de Alphaville para a capital toma quase duas horas das pessoas”, observa o consultor.
Diante dessas dificuldades, é mais prático o funcionário trabalhar em casa. Contanto que se tomem certos cuidados, adverte Altona, para medir a produtividade e controlar o expediente. Mecanismos paralelos substituem o cartão de ponto tradicional para comprovar o cumprimento da jornada.Lançado em abril como projeto-piloto, o sistema home office do Banco do Brasil começou com nove funcionários da área de tecnologia. Esse número chegará a 150 no fim do ano. Os resultados têm sido excelentes, na avaliação do diretor de Gestão de Pessoas, Carlos Netto. “Constatamos um aumento de 15% na produtividade e alto índice de satisfação entre os colegas envolvidos”, disse o diretor, já planejando a extensão do sistema a outros setores do banco.O quarto da empregada virou escritório.Quando o Banco do Brasil anunciou em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que pretendia adotar o home office, dando prioridades às mulheres, Maria Aparecida Pereira de Souza, 27 anos de casa, se candidatou imediatamente. “Se for verdade, quero ser a primeira”, pensou. Dois meses depois, foi a primeira a ser convocada para a equipe inicial, de nove funcionários. A experiência do projeto-piloto está dando certo e servirá de base para expansão do modelo, até o fim do ano.“É o emprego dos meus sonhos, trabalhando em casa, seis horas por dia, fazendo o que eu gosto”, disse Maria na sala de seu apartamento no bairro de Perdizes, antes de mostrar o escritório montado no quarto de empregada, espaço adaptado, com aprovação do serviço de Medicina do Trabalho do banco, que inspecionou o local.O escritório atende às condições impostas pelo banco: exigência mínima de equipamentos e configurações básicas. Iluminação, nível de ruído, desenho da cadeira e altura da mesa também passaram pelo crivo do pessoal de segurança e medicina do trabalho. É ali que ela cumpre o expediente, das 7h30 às 13h45, ligada aos colegas pela internet.
Mudança: Maria Aparecida faz expediente de seis horas em escritório montado em casa.
Maria tem a tarde livre. Os filhos, Rafael e Vítor, gêmeos de 17 anos, passam o dia na escola, o marido chega no fim da tarde, a diarista só trabalha na sexta-feira. O home office eliminou o desconforto de pegar ônibus e metrô para chegar à Avenida Líbero Badaró, no centro, onde funciona a área de informática do banco. “Agora, só vou à minha seção uma vez por semana, na quarta-feira.”Analista de sistemas, Maria e sua equipe desenvolvem aplicativos de alta plataforma. “O trabalho remoto é igual ao que fazia no banco, tenho o mesmo compromisso e a mesma disponibilidade”, diz a bancária. Bate ponto eletrônico pelo computador e se desliga quando o sistema encerra todos os aplicativos, no fim do expediente. Se for necessário executar tarefas extras, após a jornada ou nos fins de semana – o que ainda não ocorreu –, a gerência tem de autorizar o acesso aos equipamentos.Uma das vantagens do home office, na avaliação de Maria, é a redução do estresse. Além de não ter de depender de condução, quase duas horas por dia, há menos interferências. A qualidade de vida é maior. “Faço caminhada três vezes por semana, durmo melhor e sou sustentável, pois não gasto papel e consumo menos combustível.”A produtividade aumentou, alcançando os 15% de ganho estabelecido pelo diretor de Gestão de Pessoas, Carlos Netto. O Banco do Brasil tem ferramentas para medir o crescimento pelo computador. O aumento de produtividade é uma resposta dos funcionários à demonstração da confiança que o banco deposita neles, ao permitir que trabalhem em casa. Daí a satisfação de Maria com o modelo home office. Ligada aos colegas pelas mensagens de voz, áudio e videoconferências, ela se sente alinhada à tecnologia, no conforto de casa, sem perder o contato com a equipe.Trabalho em casa, sete dias por semanaSete dias por semana, sem folga sábado e domingo, o engenheiro eletricista João Páscoa, de 68 anos, especialista em tecnologia da informação, se isola numa sala de seu apartamento, das 9h30 às 19h30, no bairro da Aclimação, seu home office, entre computadores e pilhas de papéis na mesa e no chão.“Uso papéis, porque trabalho com uns 12 projetos ao mesmo tempo”, diz, desculpando-se pelo ambiente meio desordenado. Mas foi essa a melhor maneira que ele encontrou para controlar dezenas de informações que lhe chegam de todas as partes do mundo, nos contatos de teleconferências.
Sem sair de casa: João Páscoa tem reuniões virtuais com colegas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Nova York e Chicago.
“Acabo de participar de uma reunião virtual com colegas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Nova York, Chicago e Denver, sob a coordenação de um indiano do outro lado do mundo”, revela Páscoa, empenhado com esses colegas no desenvolvimento de um projeto da IBM para substituição de máquinas antigas por versões novas. “Isso aqui é apenas parte de um megacomputador, mas representa um investimento de dezenas de milhões de dólares”, observa.Páscoa, que nasceu em Portugal e veio aos 6 anos para Brasil, entrou na IBM em 1967, deixou a multinacional 27 anos depois para ser professor universitário e foi chamado de volta há nove anos, em 2006, para exercer a mesma função de antes, só que trabalhando em casa.Achou ótimo, pois não teria mais de viajar seis horas por dia, ida e volta, à cidade de Sumaré, onde a IBM tem um centro de serviços com 7 mil funcionários, apesar do inconveniente de estar antenado de segunda-feira a domingo.Reunião social. “Agora, só vou a Sumaré uma vez por semana, às quartas-feiras, para reencontrar as pessoas, quase uma reunião social”, disse Páscoa. Uma vez por trimestre, a IBM faz uma pausa de 15 dias, durante os quais Páscoa é proibido de abrir alguns programas do computador, por questão de segurança. As férias anuais são sempre curtas, nunca passam de 20 dias. “Mesmo viajando, carrego o laptop na bagagem”, informa o engenheiro, que não consegue se desligar do trabalho.Casado, mas sem filhos, Páscoa condiciona a vida ao home office, sem problemas e compromissos adicionais, como os dos colegas que têm de levar crianças à escola.Nina, bibliotecária e funcionária pública aposentada, adaptou-se à rotina de isolamento do marido, fazendo o possível para não perturbar o trabalho dele no computador. Páscoa tem recursos para projetar imagens na tela do monitor, mas prefere usar só a voz.“Falamos em inglês, língua que todos dominam, com alguma dificuldade somente para entender os indianos, pois eles têm um sotaque terrível, embora se expressem com correção”, disse o engenheiro. “Somos um grupo pequeno na tecnologia da IBM, que tem 400 mil funcionários no mundo”, acrescenta. Pequeno, mas super organizado, com a responsabilidade de administrar fitas e discos magnéticos que armazenam 700 terabites e custam milhões de dólares.