Fábrica da General Motors mostra o carro elétrico Bolt

Fábrica da GM em Gravataí recebe certificação ambiental e mostra carro elétrico Bolt

Veículo norte-americano chegará importado ao mercado brasileiro em 2019

Design limpo privilegia a aerodinâmica
Uma das plantas mais modernas da General Motors  no mundo, a fábrica de Gravataí (RS) recebeu nova Certificação Internacional Energy Star. Concedida pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos,  o título global é destinado às empresas que são referência na utilização de recursos naturais. No evento, a GM mostrou o seu carro elétrico, o Chevrolet Bolt produzido nos Estados Unidos.
Diretor da GM Mercosul, Nelson Silveira (E)
A certificação é concedida às empresas que reduzem o consumo energético em 10% num período de cinco anos. Em 2014, planta gaúcha foi destaque pelo período 2009/2013. Agora, repete pelo ciclo 2013/2017, com  redução de 10,2%, economia igual ao consumo de energia de cerca de 9.550 residências durante um ano.
Gilberto Leal
Economia igual consumo de 9.950 casas por ano
Desligamentos programados de energia elétrica, substituição dos queimadores da pintura de veículos, melhorias na iluminação interna e externa e de processos associados à implantação de projetos, entre outras ações, garantiram  atingir a meta.
General Motors / Divulgação
Complexo se prepara para produzir novos carros
No evento, que contou com o diretor de comunicação da GM Mercosul, Nelson Silveira, foi mostrado o Chevrolet Bolt EV. O diretor de Engenharia Elétrica da GM América do Sul, Plínio Cabral Junior, explicou os principais objetivos da corporação - zero acidentes, zero emissões e zero congestionamentos - e o carro elétrico que é referência da corporação.
Priscila Nunes / Especial
Avançadas tecnologia e conectividade
Lançado em outubro de 2016 nos Estados Unidos, o Chevrolet Bolt EV está entre os carros elétricos mais vendidos do mundo. Autonomia de 380 quilômetros, a bateria de íons lítio aproveita a  própria energia dissipada em frenagens e em desacelerações para recarrega. Basta tirar o pé do acelerador para ativar esta função.
Priscila Nunes / Especial
Motor elétrico leva Bolt aos 148 km/h
Com o motor elétrico que gera 203 cv de potência e força (torque) de 36,8 kgfm, o Bolt acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e chega a velocidade máxima de  148 km/h. O carro pesa 1.600 quilos, dos quais, 429 quilos das duas baterias de íon de lito pesam 429 quilos que ficam sob o assoalho plano
Priscila Nunes / Especial
Baterias podem ser recarregadas em casa
As baterias do Bolt podem ser recarregada na garagem de casa. Plugado o cabo de energia na tomada de 240 V, a carga rápida de uma hora dará autonomia para cerca de 40 quilômetros ou nove horas para a recarga toral. Nas estações públicas de alta voltagem, trinta minutos permitirão rodar cerca de 150 quilômetros, e três hora para carga total
Quadro digital de instrumentos
Capô curto, os faróis e as luzes diurnas em LED são separados pela grade ativa. Na traseira lanternas também em LED.  Com 4,16 metros de comprimento e entre-eixos de 2,60 m, o interior do Bolt tem revestimento em couro de duas cores,  o  quadro de instrumentos  tem tela digital de oito polegadas  e mostra diversas informações.
Volante multifuncional, o sistema multimídia MyLink com tela de 10,2 polegadas e sistema de navegação integrado é interativo com Android Auto e Apple CarPlay. Exibe também as operações do carro como carga e recuperação de energia e as imagens das câmeras que geram visão de 360°.
Comandos e instrumentos intuitivos
O  Chevrolet conta com recursos de auxilio a condução e segurança: controle eletrônico de velocidade adaptativo, alertas de  tráfego cruzado e de manutenção de faixa, freios ativos na detecção de pedestres,  dez airbags, câmera 360º, sistema OnStar, freios a disco nas quatro rodas e uma ótima posição de dirigir tornam a vida a bordo confortável.
Imagens no retrovisor da movimentação atrás do carro
No rápido test-drive em no Complexo de Gravataí,foi possível destacar alguns detalhes do carro.  Basta ligar o carro, engatar a marcha para a frente – a outra é a marcha ré – para o carro sair em silêncio. O Bolt arranca fácil, a velocidade acompanha a pressão no acelerador e comportamento é igual ao do carro convencional.
Posição elevada de dirigir e condução fácil
Adaptação rápida, a jornalista Priscila Nunes percorreu cerca de  seis quilômetros em menos de dez minutos.  Chamou a atenção a posição elevada de dirigir como num crossover, a condução foi tranquila, facilitada pelos comandos e instrumentos intuitivos.
Carga da bateria e recuperação de energia
Priscila  destacou  a possibilidade de frear através de uma haste à esquerda do volante para aumentar recuperação de energia para a bateria. Ou câmbio na posição Low, quando basta tirar o é do acelerador para o carro frear rápido.
Revestimento interno em couro de dois rons
O Chevrolet Bolt EV custa 37.500 dólares nos Estados Unidos, mas o comprador tem incentivos que baixam quase dez mil dólares.  O preço no mercado brasileiro só será divulgado na chegada do carro, prevista para 2019.

Nespresso - Como funciona a coleta e reciclagem de cápsulas

Como funciona a coleta e reciclagem de cápsulas de café na Nespresso

A relação do brasileiro com o café é de longa data. As primeiras mudas chegaram em 1727 em Belém (PA) e o cultivo rapidamente se popularizou. O produto, que era voltado para exportação e atendia principalmente às demandas de outros países, caiu no gosto popular. O café inicia o dia de um brasileiro, arremata seu almoço e, muitas vezes, acompanha um doce ou salgado durante a tarde. Além da relação afetiva e gastronômica, o café faz parte da história econômica do Brasil: foi o produto responsável pela expansão do crescimento econômico brasileiro no final do século XIX e permitiu a acumulação de capital para a industrialização do país. Mesmo após tantos anos, o café continua representando uma parte importante da economia nacional: somos os maior produtor e exportador do mundo. O Brasil também é um dos países que mais consome a bebida: as últimas estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) apontam que o consumo brasileiro é de 81 litros por pessoa.
Um tipo de consumo específico de café vem crescendo nacionalmente. A possibilidade de apreciar diferentes tons e sabores em doses menores cativou o brasileiro: o consumo de café em cápsulas, segundo a ABIC, ainda deve aumentar mais de 100% até 2019. Além disso, para a indústria, os recipientes de alumínio têm diversas vantagens: não oxidam, são leves e são infinitamente recicláveis, o que facilita o transporte e também o trabalho de logística reversa. No caso específico do café, ajudam a preservar a boa qualidade e oferecem uma porção individual para o consumidor, evitando o desperdício do produto: calcula-se que 30% dos alimentos que são produzidos mundialmente são desperdiçados ao longo da cadeia.
No entanto, há uma desvantagem grande nesse processo: o lixo gerado pelo descarte incorreto das cápsulas. No mercado brasileiro desde 2006, a Nespresso criou e desenvolveu seu próprio centro de reciclagem para dar um destino correto às cápsulas da marca, localizado em Barueri (SP). Claudia Leite, Gerente de Cafés e Sustentabilidade da Nespresso, explica que as cápsulas coletadas nos diversos pontos de descarte são recebidas, trituradas por máquinas e separadas mecanicamente (sem uso de água) da borra de café. O metal é encaminhado para parceiros de reciclagem e volta ao ciclo produtivo como matéria-prima e a borra é usada para a produção de adubo orgânico.O centro foi aberto ao público para visitas guiadas no dia 17 de maio, Dia Mundial da Reciclagem. O objetivo da ação é mostrar aos clientes e outros interessados o trabalho de logística reversa da organização e aumentar mais o engajamento em torno da questão. “O que vimos é que, nos últimos anos, o engajamento do consumidor tem aumentado, Passamos de 8,6% de taxa efetiva de reciclagem em 2016 para 13,3% em 2017 e, nesse começo de ano, alcançamos 17%”, explica Leite.

Cápsulas após serem trituradas e separadas do café.

Desafio da coleta

Trazer maior comodidade e facilidade para os consumidores reciclarem é o atual compromisso da área de sustentabilidade da marca. Os pontos de coleta da Nespresso atingem hoje 68% dos consumidores da marca, segundo Leite. O objetivo é chegar a 100% de capacidade até 2020. Uma das ações que a companhia atualmente toma nesse sentido é o de tentar parcerias com cooperativas de reciclagem.“No ano passado, tivemos uma primeira abertura para negociar, entender essa realidade das cooperativas e começamos efetivamente em 2018 a coleta em algumas. Mas, mais do que fazer essa coleta, tem todo um trabalho de sensibilização e entendimento da realidade de cada um deles para mobilizá-los a identificar esse tipo de material. Uma vez que eles fazem essa coleta, nós trazemos para cá, e damos a sequência à reciclagem”, relata Leite.Por enquanto, a companhia trabalha a logística reversa quando realiza a entrega de cápsulas novas. Para isso, usa dois meios que não produzem carbono: o carro elétrico e a bicicleta. O carro elétrico atende empresas com a comodidade da entrega com hora marcada: quando chegam com o produto, os motoristas também recolhem o que foi descartado.Para pessoas físicas, a entrega de novas cápsulas é realizada através de bicicletas. A startup Courrieros entrega em até 24h em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades que concentram grande parte do público consumidor de Nespresso. A vantagem desse meio de transporte, além de não emitir carbono, é que chega a ser mais rápido que motocicletas e carros por não pegar trânsito, segundo Gilberto Avi, Head de Operações da Nespresso. “Ter colocado um serviço sustentável tem a ver com eficiência”, resume.

Coletas sustentáveis são realizadas através de carro elétrico ou bicicletas.

Enquanto entregam os novos pedidos, os courrieros, como são chamados os colaboradores, recolhem as cápsulas usadas dos clientes. O piloto vem sendo montado desde 2016 pelas duas empresas e exigiu muita reestruturação e treinamento da startup, como conta um dos fundadores, Victor Castello Branco.Acostumados a entregar documentos e atender e-commerces menores, a empresa, vencedora do Prêmio Eco de Sustentabilidade de 2017, teve que repensar sua logística e operação para atender uma líder de mercado. Isso passou por adequar o espaço de armazenagem, climatização do galpão e toda a parte de recebimentos de carga para não comprometer o prazo de 24h e nem a qualidade.
“Tem a parte de delicadeza com as cápsulas, aprender a manusear, aprender a pedir a reversa [cápsulas usadas], isso tudo como parte do treinamento com ciclistas”, relata.  Os ciclistas entregam por quase toda a cidade, exceto em endereços considerados de risco.Trabalhar com a logística reversa tem sido um grande desafio, na avaliação de Castello Branco, por depender muito do cliente para que o processo funcione. “Normalmente, não dependemos tanto do cliente para a parte de entrega. Mas dependemos para a parte de coleta, porque ele precisa preparar o pedido. No caso da Nespresso, deixar as cápsulas em um saco, na portaria, avisar o porteiro. Como não é de praxe fazer essa reversa, ainda temos entraves. Falta as pessoas terem a cultura de devolver, de reciclar, e não só clientes, mas também as pessoas que fazem parte da cadeia”, analisa.

O pensamento de Miguel Abuhab

Entrevista: o pensamento de Miguel Abuhab

Miguel Abuhab, empresário e fundador de companhias inovadoras como Datasul e Neogrid e articulador de tecnologias disruptivas, com assento em espaços privilegiados do poder econômico e largo trânsito junto aos meios políticos, concedeu entrevista exclusiva de 70 minutos à coluna, em seu escritório, no dia 11 de maio. A conversa girou em torno de temas variados: desde o empreendedorismo à expansão dos negócios; passando por ambiente econômico e inovação em Joinville e macroeconomia. O seu mais novo projeto é voltado à melhoria da qualidade nas escolas públicas em Joinville, utilizando conceitos da Teoria das Restrições. A seguir, o resumo do pensamento do líder empresarial.EDUCAÇÃOO nosso projeto de educação transformadora se ampara em elementos da Teoria das Restrições, também muito aplicada nas organizações. Os professores aprendem a fazer as crianças a pensar. A ideia parte de quatro peguntas: 1. Como fazer para que todos ganhem? 2. Como você pode mudar o seu mundo? 3. Como você pode agir para seu sonho se realizar? 4. Por que uma pergunta é melhor do que uma resposta? Essa formulação ajuda as pessoas a refletirem, tendo o debate como método. É uma maneira de organizar ideias com causa e efeito. A iniciativa está sendo aplicada em duas escolas municipais de Joinville, estimulada pela Prefeitura, que abraçou o projeto. O modelo prevê treinamento de professores, em horários fora do trabalho regular – já há 30 envolvidos – e também há participação de voluntários replicando os conceitos. O nosso desafio é ter 600 professores engajados, alcançando 17 mil crianças.    JOINVILLEJoinville evoluiu na gestão pública: honesta, séria e está muito bem. Entendo que o prefeito Udo Döhler está pensando em fazer o planejamento estratégico. E Danilo Conti – o secretário de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável – desenvolve bem o seu papel. Joinville está a caminho de ter nova identidade econômica, depois dos ciclos da erva-mate, do ramo têxtil, e mais adiante do metalmecânico. As áreas de tecnologia e serviços crescem mais hoje.    PARQUE TECNOLÓGICOOs investimentos no Ágora Tech Park, no Perini, mostram que os empreendedores confiam na cidade. A ida do campus da UFSC para lá também é muito positiva. O que marcou o crescimento de Joinville foi o estabelecimento das universidades. Elas fixaram os jovens na cidade e muitas novas empresas surgiram. As universidades são importantes para se fazer pesquisa e desenvolvimento científico. Lá trás, a Datasul não teve as facilidades que se tem hoje. Mas valeu a pena. Fomos pioneiros.    INFORMAÇÕES COMPARTILHADASO que vai acontecer nos próximos três anos? A tendência é de que a tecnologia e os conhecimentos estejam, cada vez mais, na nuvem e no Google. De maneira geral, a evolução é tão rápida com a internet das coisas, que os fabricantes de um barco e de um refrigerador saberão quando os equipamentos de ambos estarão ligados, de modo que poderão ajustar os preços de forma dinâmica e se adequar à demanda. As informações serão cada vez mais compartilhadas   NEGÓCIOS DISRUPTIVOSEstive recentemente em Israel. Há três anos, lá havia falta de água potável. Em 2018, Israel exporta água. Esta mudança radical foi possível graças à tecnologia disruptiva da dessalinização da água do mar. Essa tecnologia garante abastecimento à agricultura em regiões de deserto. Água e energia são negócios disruptivos. Tenho motivado lideranças de Joinville a organizar missão a Israel e, nela, incluir equipe da Cia. Águas de Joinville.    EMPREGOSA Neogrid lidera negócios de supply chain networking. Significa: as informações de estoques e ritmo de vendas são compartilhadas para o fornecedor abastecer os clientes de forma rápida e segura. Vamos crescer na Neogrid. Temos 50 vagas de trabalho em aberto no Brasil; 30 delas em Joinville.   ESTOQUES PELA METADEEntão, o que vai acontecer é que os estoques físicos de mercadorias vão se reduzir à metade. Os bancos estão financiando estoques físicos desnecessariamente. O dinheiro poderia ser alocado para novos investimentos. As empresas têm grande parte de suas dívidas alocadas em estoques.    FOCO AMPLIADO A Neogrid faz essa leitura de dados – unindo fornecedores e lojistas de 130 varejos em mais de 25 mil estabelecimentos. Estamos instalando mais de mil pontos por mês em estabelecimentos pequenos do varejo. Queremos atingir 10 mil pontos de venda até o fim do ano. Essa mesma tecnologia é usada em redes de shopping centers – isso é novo.   VANTAGEM DECISIVA O erro mais comum que cometem os empreendedores é ter empolgação sem ter adequada estratégia e planos táticos. A Teoria das Restrições oferece metodologia para identificar, nos projetos, qual é a vantagem competitiva decisiva. Ter vantagem competitiva decisiva acontece quando satisfaz as necessidades do cliente e, simultaneamente, é impossível ser copiada rapidamente pela concorrência. O erro é não ter essa vantagem competitiva decisiva.   ECONOMIA BRASILEIRAPassamos de um momento de reflexão para outro, de inflexão. Todo esse movimento de gente indo para cadeia... isso ajuda a sociedade. O STF está tomando decisões que a população e a economia esperam; está dando o direcionamento que a economia espera. Os fatos da recuperação da Petrobras são indícios de melhora.    SISTEMA TRIBUTÁRIOApresentei proposta de simplificação dos impostos, com criação do imposto de valor agregado. Acredito ser mais fácil controlar a volta do dinheiro do que a ida da mercadoria. A minha proposta prevê que cada CNPJ tenha uma conta de imposto vinculada a um banco e que se faça a compensação como um crédito em conta, à medida que aconteçam as transações até a ponta final.   

Você conhece a Economia Compartilhada?

Você-conhece-a-Economia-Compartilhada

Modelos de negócios inovadores, sustentáveis e que guardam o princípio do consumo colaborativo são a base da chamada Economia Compartilhada. Uma tendência que existe desde que o mundo é mundo, quando os negócios e acordos eram feitos por meio de trocas, empréstimos de bens e sua garantia era estabelecida na confiança. A possibilidade de gerar conexões, promover interatividade e diminuir fronteiras e barreiras são características do uso que fazemos da internet e aplicativos. Empreendedores ao redor do mundo identificaram oportunidades de alinhar tecnologia e facilitar o intermédio de negócios, serviços e ainda movimentar bilhões.Você provavelmente já usou um Uber ou conhece alguém que se hospedou facilmente em outro país pelo Airbnb. Citamos apenas duas startups que se caracterizam como um modelo disruptivo de negócio e usam bases tecnológicas em favor da colaboração mútua. Numa entrevista a Conexão UNOPAM a professora da FGV, Rossana Pavaneli, explica mais detalhes sobre a Economia Compartilhada e suas características principais.

Economia Compartilhada tem 3 modelos distintos e complementares

Em artigo no blog Consumo Colaborativo são citados 3 tipos possíveis de sistemas na atual economia compartilhada, segundo a especialista Rachel Botsman.
  1. Mercados de redistribuição: ocorre quando um item usado passa de um local onde ele não é mais necessário para onde ele é. Baseia-se no princípio do “reduza, re-use, recicle, repare e redistribua”.
  2. Lifestyles colaborativos: baseia-se no compartilhamento de recursos, tais como dinheiro, habilidades e tempo.
  3. Sistemas de produtos e serviços: ocorre quando o consumidor paga pelo benefício do produto e não pelo produto em si.
Em todos esses modelos o compartilhamento de informação é constante e agrega mais valor a qualquer tipo de negócio. Empresas maiores como a Natura, promove rodas de negócio convidando especialistas em diversas áreas e consumidores também para juntos pensarem e até desenvolverem novas soluções para a empresa. Essa é uma atitude que vem aproximando as pessoas das grandes corporações que se adaptam as tendências de negócios da economia colaborativa e ainda a humanização das marcas nas redes sociais. Aproveitar essa visão e disposição que as pessoas tem em ajudar será uma estratégia que os gestores desenvolveram para levarem suas empresas a um patamar de rentabilidade, sustentabilidade e ainda aumentar o reconhecimento e a percepção positiva da marca aos seus possíveis clientes.

Observe a próxima geração

Não foram apenas os consumidores que mudaram seus hábitos de compra, cada dia mais as transações comerciais são feitas online, buscamos todo tipo de informação no Google, não é mesmo? A mentalidade de cada nova geração se altera e atualmente para um negócio se manter no mercado ele sabe que as pessoas com poder de compra estão conectadas e com informação a apenas um clique. Mas, o que exatamente observar a próxima geração tem a ver com a gestão da minha empresa? Basicamente tudo, considerando que além de futuros compradores serão futuros funcionários e até mesmo donos do seu próprio negócio. Os chamados Millennials são caracterizados como a geração que quer mudar o mundo, que se preocupam cada vez mais com o bem estar social e ambiental, já nasceram conectados e são extremamente questionadores.Prepare-se para aprender a conversar com eles e acostume-se a dividir a atenção com os atrativos do smartphone.Fonte: FGV

Economia compartilhada é o futuro da contabilidade?

O futuro também está chegando rapidamente aos escritórios contábeis.

Muitos setores da economia já foram consolidados, e não será diferente com a contabilidade, escritórios pequenos muitas vezes não conseguem competir de igual para igual com grandes
          “O Uber chacoalhou o mundo, não é? Pois bem, o impacto que ele causou não se compara ao tamanho das futuras e avassaladoras transformações que vão ocorrer na sociedade. Há inovações acontecendo em todas as áreas. Muitas já próximas de ganharem escala, outras nem tanto. Todas, porém, indicam claramente para onde o mundo vai. O futuro não será fácil. Indústrias inteiras vão desaparecer enquanto novos padrões vão surgir. Será preciso se adaptar e quem não fizer isso ficará para trás” Trecho do Livro Incansáveis.O futuro também está chegando rapidamente aos escritórios contábeis. Muitos setores da economia já foram consolidados, e não será diferente com a contabilidade, escritórios pequenos muitas vezes não conseguem competir de igual para igual com grandes escritórios e ainda sofrem com a forte concorrência das contabilidades de baixo preço, que recebem aportes milionários para investir em publicidade.E seu escritório contábil está conseguindo competir e crescer nesse cenário? Que tal brigar de igual para igual com os peixes grandes do mercado investindo pouco?Utilizando o conceito de marketing contábil compartilhado através de plataformas digitais para publicidade e captação de novos clientes, o contador Rogerio Fameli se destacou no mercado contábil com a aquisição de mais de 2.500 clientes nos últimos 5 anos. Ele colocou então toda a sua experiência em um novo empreendimento chamado Abertura Simples. O lançamento ocorreu em abril deste ano e, em apenas 6 meses, já associou mais de 150 contadores em diversas cidades e estados do Brasil e já abriu mais de 900 novas empresas este ano. Hoje os contadores associados ao Abertura Simples formam a maior rede de escritórios contábeis do Brasil.Saiba como o projeto Abertura Simples pode te ajudar -> https://aberturasimples.com.br/sou- contador/Três fatores inspiraram e definiram o modelo do Abertura Simples: a exigência para que se entenda, de fato, o negócio de contabilidade, com foco na estratégia e no resultado; a economia compartilhada, com oferta de serviços integrados e com alta eficiência; e a demanda por um novo formato e oferta de serviços de comunicação, seguida de uma remuneração diferenciada. Em cidades com até 50 mil habitantes o valor do investimento para participar do projeto como associado, ter uma unidade exclusiva em sua cidade e acesso a todos os conteúdos e poder compartilhá-los em suas redes sociais é de apenas R$ 199,00 por mês.“Nós entendemos as novas mudanças no mercado contábil com o advento da tecnologia e das contabilidades de baixo preço, definimos uma estratégia adaptada e este novo cenário, o conceito e o caminho criativo na busca de oportunidades para escritórios de contabilidade. O conteúdo produzido é compartilhado com todos os associados do Portal Abertura Simples sempre utilizando os melhores profissionais de cada especialidade. Somos os responsáveis por encontrar a melhor solução e implementá-la, co-criando histórias de sucesso para o empreendedor contábil”, afirma Fameli.“Por mais desconfiado que você seja em relação ao futuro, lembre-se de como era a vida cinquenta anos atrás, sem celular, internet e computadores pessoais. As grandes inovações não parecem fazer muito sentido no início. Muita gente debochou dessas ideias inovadoras quando foram lançadas. O segredo para evitar o pensamento limitado e defasado a respeito dos avanços tecnológicos é ver potencial e oportunidade onde a grande maioria só enxerga pessimismo e desconfiança”, Mauricio Benvenutti.Fonte: Contábeis

L’Occitane - uma verdadeira história da alquimia francesa

Foi a paixão pela Provence, no sul da França, sua natureza e suas histórias que inspiraram Olivier Baussan na criação da L’Occitane en Provence, em 1976.

Uma marca que transmite o estilo de vida do Mediterrâneo e as tradições provençais em produtos de alta-qualidade, para cuidados corporais e fragrâncias elaboradas com ingredientes naturais e emblemáticos da região.Com esse olhar curioso e apaixonado, Olivier Baussan encontrou no Brasil um lugar em que a diversidade da natureza e a paixão por viver são encantadoras. Um país que inspirou o nascimento de uma nova marca, feita no Brasil: L'Occitane au Brésil.A parceria de Olivier Baussan com os artistas brasileiros para a criação das linhas de produtos traduzem a riqueza da cultura local com vasto conhecimento do Grupo L’OCCITANE sobre os cosméticos e a natureza.A união perfeita entre a tradição e alquimia francesa com a brasilidade, refletida em produtos de beleza único e cheios de histórias para compartilhar.Assista, muito bom conhecer!https://youtu.be/-0rPHEZCYzgFonte: Mundo SA

Conheça o microgrid, a solução para um Brasil mais iluminado

Tecnologia de gestão inteligente de energia pode levar eletricidade às regiões remotas ou de baixa densidade demográfica

A falta de acesso à eletricidade é um problema que atinge uma em cada sete pessoas em todo o mundo, segundo dados do Banco Mundial. A situação não é muito diferente no Brasil. Um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), divulgado este ano, revelou que ainda existem 1 milhão de residências sem luz no país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.Isso acontece porque a construção de linhas de transmissão em regiões de baixa densidade demográfica não costuma ser economicamente viável. Dessa forma, a energia produzida nas principais hidrelétricas e termelétricas do país não chega a todos os brasileiros. Para resolver o problema, estabelecer uma produção de energia próximo ao centro de consumo ou nas residências é uma boa alternativa.Fontes renováveis, como a solar ou a eólica, têm ganhado força no mercado. Mas como manter a luz em uma residência em dias sem vento ou sol, por exemplo? Para isso, é preciso ter um microgrid, ou seja, uma rede de distribuição de energia que conta com uma ou mais fontes de geração. A estrutura é capaz de gerir toda a produção de eletricidade. Softwares sofisticados ajudam a coordenar as fontes para evitar variações na tensão e quedas de energia.“Imagine uma rede com equipamentos geradores de energia solar, eólica e de combustão de óleo diesel. De qual fonte as máquinas vão buscar energia? O microgrid examina qual está mais estável, dá preferência às fontes renováveis e faz o fornecimento final com qualidade para o consumidor”, diz José Roberto Soares, professor de engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Se um hospital está em uma região isolada, não dá para depender apenas de energia eólica ou solar. Se não tem sol, usa-se o vento. Caso não haja vento, opta-se pelo diesel.”Além de garantir o fornecimento de energia, o microgrid ajuda a reduzir a emissão de poluentes porque fontes não renováveis, como o óleo diesel, são usadas apenas em momentos de necessidade energética. A mudança na gestão de energia também afeta diretamente os consumidores, que se tornam independentes e passam a ter acesso a uma energia de melhor qualidade.

Energia de sobra

Os microgrids têm ganhado popularidade em indústrias, grandes edifícios comerciais, bases militares ou lugares com infraestruturas críticas, como data centers, que não podem enfrentar grandes variações na tensão da energia. Mas o interesse na independência energética também atinge os usuários finais, que têm procurado sistemas para instalar em suas residências.Veja o caso da Eletrobras Distribuição Acre, que presta serviços públicos de energia elétrica para o estado do Acre e instala equipamentos de gestão inteligente de energia a pedido dos consumidores. A companhia viu a demanda crescer após a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que dá incentivos aos consumidores que se tornaram produtores de energia. “A procura por empresas de engenharia para instalar projetos de energia sustentável tem crescido, e nós da concessionária sentimos um aumento na demanda por informações”, explica André Domingos Klein, gerente do departamento de medição da Eletrobras Distribuição Acre.Se antes era preciso investir muito dinheiro e se desligar da rede principal para ter um painel solar em casa, por exemplo, hoje é possível produzir sua própria energia e continuar conectado à concessionária. “Quando o consumidor gera mais energia do que consome, o microgrid faz com que o excedente seja inserido na rede da concessionária. Essa energia será usada por outras pessoas, e o consumidor que a produziu recebe um desconto nas próximas contas de luz.”Fonte: Exame

O mapa dos Escritórios Virtuais e Coworking no Brasil

O número de escritórios compartilhados no Brasil cresceu 50% entre 2015 e 2016

coworking (Foto: Celso Doni)
O número de escritórios compartilhados que se definem como coworking somam quase 400 no Brasil, um crescimento de mais de 50% entre 2015 e 2016, de acordo com o último censo feito pelo CoWorking Brasil, projeto que reúne informações do setor.Para além da infraestrutura, da comodidade e do custo (geralmente mais baixo do que manter um escritório próprio), outras grandes forças impulsionam esses lugares como o ambiente ideal para multiplicar ideias, contatos e novos negócios: os eventos formais e informais (que estimulam a troca de aprendizado em sessões de mentorias) e o espírito de colaboração entre os residentes (é comum que um futuro parceiro de negócios esteja sentado na mesa ao lado).Para se ter uma ideia do dinamismo encontrado em um ambiente desses, 780 eventos foram feitos durante o primeiro ano de operação do Cubo (um dos maiores do país, em São Paulo, capitaneado pelo banco Itaú e o fundo Redpoint eventures). No Google Campus São Paulo, a lanchonete instalada no local serve mais de 1270 cafés expressos e 700 pães de queijo por mês.Mapa dos escritórios compartilhados
VEJA ABAIXO OS DADOS DIVULGADOS PELO CENSO 2016.

EVOLUÇÃO DE COWORKINGS NO PAÍS

Embora o crescimento deste tipo de espaço esteja crescendo, boa parte ainda está concentrado em grandes cidades das regiões Sudeste e Sul. Faz algum sentindo. Os coworkings tendem a ficar localizados em áreas centrais, onde a diversidade e a densidade de pessoas são naturalmente mais altas, ao contrários de outros clusters que agrupam empresas em zonas industriais ou áreas suburbanas. Por outro lado, o dado mostra uma enorme possibilidade de empreender com esse tipo de negócio em outras regiões do Brasil.

13.800 é o número total de coworkings em todo o mundo

30foi quanto cresceu o número de coworkings no mundo entre 2015 e 2016

52foi quanto cresceu o número de coworkings no Brasil entre 2015 e 2016

R$800 por pessoa/mês. É o preço médio do aluguel nas capitais

VEJA ABAIXO OS DADOS DIVULGADOS PELO CENSO 2016 - 2015POR ESTADO

2015 (AZUL) 20116 (LARANJA)

+10.000 posições de trabalho / 57 usuários, em média, por escritório /494 salas de reuniões

840 salas privadas / 53 Espaços funcionam 24 h por dia / 26são pet friendly

FONTES DE RECEITA

A maioria dos coworkings ganha dinheiro alugando salas e mesas de trabalho para empreendedores, profissionais liberais, freelances e empresas que precisam de espaço flexível. O preço médio cobrado por pessoa nas capitais, fica em R$800 mensais. Em geral, o valor varia conforme o período de contrato (12 meses, seis meses, três meses ou diário). Outros serviços podem estar inclusos, como secretária, limpeza e estacionamento. Alguns ambientes dispõem de salas de reuniões alugadas por hora e de anfiteatro para eventos.

PERFIL DE QUEM TRABALHA NO COWORKING

Os escritórios compartilhados inicialmente foram ocupados por startups e profissionais ligados às áreas de internet, tecnologia e indústria criativa (consultorias, agências de marketing e negócios sociais). Porém, o mercado vem criando nichos de todos os tipos. Já existem coworkings específicos para advogados, dentistas, empresas de moda e negócios que demandam estoque físico de mercadorias (storage).

PERFIL DE QUEM TRABALHA NO COWORKING

ELES VEEM VANTAGENS NO FORMATO...

82acreditam que o ambiente compartilhado oferece ótimas oportunidades de networking

76acreditam que o coworking é o ambiente ideal para o crescimento

...MAS TAMBÉM TÊM QUEIXAS

66acredita que os ambientes não são formais o suficiente para receber clientes

52acreditam que o ambiente não é adequado para reuniões com a equipe

64reclama da pouca privacidade no ambiente compartilhado

60diz que a velocidade da internet é um obstáculo para os negócios

51temem que documentos sensíveis e confidenciais possam ser lidos por outras empresas que trabalham no mesmo ambiente

Fontes: https://coworkingbrasil.org
Fonte: PEGN

De lavador de carros aos 13 anos a empreendedor milionário

Dono de uma empresa que vende resíduos recicláveis para a indústria, Júlio César Chagas Santos, de 50 anos, está acostumado a negociar com clientes grandes, como fabricantes de bebidas e redes de supermercados.

Empresário da reciclagem, Júlio Santos empreende desde os 20 anos de idade Empresário da reciclagem, Júlio Santos empreende desde os 20 anos de idadeFoto: Phil Clarke Hill/BBC Brasil / BBCBrasil.com

Pós-graduado em engenharia ambiental, ele integra o 1% mais rico do Brasil. Mesmo assim, já foi confundido com manobrista em um evento no luxuoso hotel Copacabana Palace.

Casado à época com uma atriz, o empresário vestia um terno de grife e esperava por seu carro quando uma senhora estacionou e, em gesto automático, se dirigiu a ele para entregar as chaves do carro.

"A mulher ficou nitidamente envergonhada ao saber que eu também era um convidado e pior, marido de uma das artistas mais populares do evento."

Mas fatos como esse não lhe causam espanto. "Já fui pobre e também discriminado. Mas ao ascender, nada mudou. Vejo muito poucos negros como eu e, por isso, confundo as pessoas."

Santos é o quarto dos cinco filhos de uma mãe empregada doméstica e um pai sargento da Marinha. Nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro e, aos 13 anos, passou a ganhar a vida como lavador de carros.

Um dia, foi convidado a trabalhar em uma concessionária. Ali nasceu a sua primeira empresa, confirmando o espírito empreendedor do futuro empresário. "Eu tinha uns 20 anos e convidei meus amigos para me ajudar na lavagem. Foi assim que montei minha primeira equipe de trabalho", relembra.

De empregado a empreendedor em sériePós-graduado, ele diz não estranhar episódios de preconceito
Pós-graduado, ele diz não estranhar episódios de preconceitoFoto: Phil Clark Hill/BBC Brasil / BBCBrasil.com

Após concluir o equivalente ao atual ensino médio, Santos entrou para a faculdade de Direito. Para pagar a mensalidade, largou o negócio de lavagem e passou a trabalhar como segurança de prédio.

Tudo mudou ao virar segurança particular de uma família rica. "O salário que me pagavam era cinco vezes maior do que eu ganhava no emprego anterior, pois trabalhava em tempo integral e dormia no emprego", afirma.

Durante os seis anos na função, tornou-se encarregado de administrar todos os empregados da casa. Foi aí que teve a ideia de abrir uma empresa de conservação e limpeza, com a qual passou a fazer a manutenção de todas as empresas do patrão.

Os negócios prosperaram. De empregado, passou a ser patrão, mas acabou fechando o negócio após uma série de problemas pessoais.

"Fui embora para a Europa atrás de uma namorada alemã. Lá, tive acesso a um novo mundo, a novas tecnologias e a uma outra língua. Isso abriu minha cabeça. Ao voltar para o Brasil, já tinha mais ideias de negócio e retomei meus estudos", conta.

Santos abriu então uma consultoria e assessoria em aviação - tinha feito um curso de direito aeronáutico na Alemanha. "Por coincidência, meu irmão mais velho, que era militar, estava trabalhando nesta área. E juntos abrimos esta empresa."

Mais uma vez foi bem-sucedido e, com o lucro, iniciou um segundo negócio: a venda de resíduos de lixo.

"Era o ano 2000. Estava assistindo a uma reportagem na TV sobre a vida de uma senhora catadora de lixo. Aquilo me tocou, e me perguntei o que eu poderia fazer para ajudar essas pessoas. Foi aí que criei um projeto sobre este tema e, ao tentar ajudar outros, foi o projeto que acabou me ajudando."

Santos percebeu o enorme potencial daquele negócio ao entender que a grande quantidade de lixo recolhido por aquelas pessoas, se reciclada, poderia ser vendida para a indústria.

"Deu certo. Estou há 16 anos neste mercado, dei formação a inúmeros catadores e domino toda a logística."

Estranhamento

É como empresário que ele se destaca e transita em meio à elite. Viaja constantemente a trabalho e está em contato com diretores de multinacionais.

Ao explicar seu projeto a um alto executivo em um desses encontros, voltou a sentir na pele o estranhamento por ser um negro em posição de comando.

"O tal diretor franzia a testa o tempo todo e, por fim, perguntou como eu era capaz de pensar em tudo aquilo se ele mesmo, com toda a formação que tinha, não conseguia fazer o que eu fazia."

Para Emerson Rocha, sociólogo e pesquisador na Universidade de Brasília (UnB) sobre a presença do negro na riqueza, histórias como a de Santos jogam por terra o mito de que a discriminação no Brasil é mais social do que racial.

"A ideia de que o negro qualificado ou que ascende socialmente é visto como branco é equivocada. Mais do que nunca, ele é um negro e fora do lugar", explica.

"É por isso que é muito comum a ele ser confundido como ladrão de seu próprio carro de luxo, já que não se espera que ele possua um. Ou é muito comum alguém custar a acreditar que aquele negro possa ser engenheiro, juiz, médico ou arquiteto, porque de pessoas negras não se esperam ocupar tais posições. Daí o espanto."

Ainda segundo Rocha, é no espaço do mercado de trabalho privado que a discriminação ocorre mais - principalmente em postos de direção, entre gestores e gerentes. E isso reflete em uma maior desigualdade racial no topo da pirâmide.

"O funcionalismo público já é um segmento com elevada renda média e responsável por inserir muitas pessoas nos estratos mais ricos da sociedade. Não havendo a subjetividade de um recrutador em aceitar ou não um candidato pelo critério da cor, fica mais fácil haver uma maior presença de negros no setor público do que no privado."

Santos chegou ao 1% mais rico pelo empreendedorismo, mas nota a ausência de mais empresários negros no mercado de médio e grande porte.

"Além de mim, conheço apenas mais um. Tenho negócios em Nova York e trato com muitos empresários negros. Mas no Brasil infelizmente isso ainda não acontece", reconhece.

Segundo Rocha, histórias positivas como a do empresário servem muitas vezes a discursos que tentam negar a existência de barreiras e mesmo do racismo. Apesar desse risco, são trajetórias que precisam ser destacadas para mostrar que, sim, a superação é possível.

Esta reportagem faz parte de uma série sobre a vida de negros que fazem parte do 1% mais rico da população brasileira - leia e aqui os outros textos.

Segundo dados do IBGE, o total de negros nesse grupo aumentou cinco pontos percentuais nos últimos 12 anos (de 12,4% para 17,4%), mas ainda está longe de representar o peso da população declarada negra (pretos e pardos), que corresponde a 53,6% dos brasileiros.

Fonte: Terra

Compartilhamento de carros começam a operar no país

SERVIÇOS DE COMPARTILHAMENTO DE CARROS ELÉTRICOS COMEÇAM A OPERAR NO PAÍS

Em Fortaleza já são 2 mil usuários; em São Paulo lançamento é no mês que vem

Carro elétrico: Canadá quer popularizar este tipo de veículo (Foto: Reprodução )
Abrir a porta de um carro elétrico, ligar o motor e circular pela cidade pagando um pequeno valor por minuto. Isso com apenas alguns toques no celular. Essa é a proposta de novos serviços de compartilhamento de veículos que começam a ser testados no país. Seguindo conceito já consagrado em outros países, o sistema de transporte público conhecido como carsharing já está em funcionamento em Fortaleza e estreia em São Paulo no início de julho, numa aposta de usar a tecnologia para melhorar o trânsito das cidades e reduzir as emissões de gases poluentes.O VAMO (Veículos Alternativos para Mobilidade) estreou na capital cearense há seis meses, e hoje possui duas mil pessoas cadastradas. Trata-se de um piloto, com apenas 20 carros elétricos, distribuídos por 12 estações espalhadas pela cidade. O modelo é parecido com o de aluguel de bicicletas, presente em várias capitais brasileiras há anos. O usuário faz o download de um aplicativo no celular, cadastra um cartão de crédito e fica apto a alugar um carro.— Nós só fazemos um contato direto, que é para conferir a documentação e oferecer um test drive, para explicar como o carro funciona — explica Simone Varella, diretora de Comunicação e Marketing do Hapvida Saúde, patrocinador do projeto em parceria com a prefeitura.Por ainda ser um programa piloto, o pequeno número de veículos e estações é limitador, mas cerca de 1,5 mil viagens mensais são realizadas pelo serviço. O público é formado principalmente pelos mais jovens, mais adeptos da tecnologia e dos hábitos sustentáveis. O custo inicial é de R$ 20 por 30 minutos, depois desse período é cobrado R$ 0,80 por minuto, sendo que o valor é reduzido caso o tempo seja longo. Para viagens acima de quatro horas, por exemplo, o minuto sai por R$ 0,40.Estão disponíveis dois modelos de veículos, sendo um pequeno, para dois passageiros, e outro maior, com capacidade para até seis pessoas. Toda a frota é elétrica e com câmbio automático. Os carros ficam carregando em pontos de abastecimento, como tomadas gigantes, que são para uso exclusivo do serviço. Por esse motivo, um dos temores era o vandalismo, mas, segundo Simone, em seis meses nenhum caso foi registrado.— Nós percebemos que os usuários estão incorporando o carsharing na vida deles. Dirigem com cuidado, com carinho. Ainda não registramos nenhum acidente — pontua Simone.Carros de luxo em São Paulo Em São Paulo, o Urbano LDSharing será lançado no próximo dia 9. O projeto piloto terá 60 veículos, sendo 30% deles elétricos. Diferente da experiência cearense, o primeiro serviço de carsharing paulista será no modelo free floating. Os carros ficam estacionados e devem ser devolvidos em determinadas áreas, mas sem pontos fixos. O cadastro é feito apenas com a habilitação, foto e um cartão de crédito. Depois disso, bastam três clique no celular para começar a rodar.— Primeiro, o usuário clica para abrir o aplicativo e localizar onde está o carro mais próximo, clica para reservar o carro e tem 15 minutos para chegar até ele. Mais um clique e o carro é destravado. A chave fica dentro, num compartimento — explicou Leonardo Domingos, diretor executivo da LDS Group.Os modelos oferecidos pelo serviço são os luxuosos BMW i3 e Smart ForTwo, da Daimler Mercedes Benz. Os usuários não precisam se preocupar com combustível e seguro, está tudo incluído na taxa de uso. O Urbano é um pouco mais caro que o VAMO, com corrida inicial de R$ 29 por 20 minutos, e R$ 1,20 por minuto adicional, que pode chegar a até R$ 0,60 se o tempo de uso for superior a seis horas.— No início, a pouca cobertura é um entrave, mas nós vamos expandir de acordo com a demanda. A meta é terminar o ano com 100 a 120 carros, e no ano que vem termos 500 — contou Domingos. — É um modelo que funciona em vários países, e temos interesse de expandir por aqui para o Rio, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre.Fonte: PEGN

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