Grife italiana Versace encerra atividades no Brasil

Última loja da marca, em São Paulo, foi fechada

Loja da Versace na Itália (Foto: Markus Bernet/Wikicommons)

LOJA DA VERSACE NA ITÁLIA

A grife italiana Versace fechou sua última loja no Brasil, localizada no Shopping Iguatemi, em São Paulo, encerrando suas operações no país. A unidade ficou aberta até o Natal e, desde então, tem as portas fechadas.

Segundo a Folha de S. Paulo, a assessoria de imprensa da marca disse que não dará detalhes sobre o motivo da saída, determinada pela matriz italiana, e que não emitirá comunicado oficial sobre o encerramento das atividades no Brasil.

A grife iniciou suas operações no país em 2014, com lojas em diversos shoppings de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, mas os pontos foram fechando conforme o agravamento da crise econômica brasileira.

O fechamento da última loja aconteceu quatro meses depois de a Versace ter sido vendida para a americana Michael Kors, por 1,83 bilhão de euros (R$ 8,4 bilhões), dando origem ao grupo Capri Holdings, na tentativa de se consolidar como um conglomerado de marcas de luxo.


LUCIANO HANG O VERDADEIRO DONALD TRUMP DO BRASIL

BBC
Luciano Hang, dono da Havan

Empresário dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, uma das principais vozes pró-Bolsonaro nas redes sociais, diz que no país as pessoas têm 'ranço' de quem fica rico: 'nos EUA e na Coreia do Sul, ou em Cingapura, se bate palma para quem teve sucesso na vida'.

Quem será, hein? Sapatênis amarelo, de cadarço colorido, calça jeans, moletom verde, antenado no celular...

Parece um torcedor da seleção brasileira, mas é Luciano Hang, 56 anos, que ganhou nas redes sociais o apelido de Véio da Havan.

Um grande apoiador do governo de Jair Bolsonaro, o empresário dono da rede de lojas de departamentos Havan, com 126 estabelecimentos espalhados pelo país, deu entrevista à BBC News Brasil nas roupas que viraram seu uniforme desde o ano passado, quando começou a fazer campanha para o então candidato do PSL.

Com postagens que alcançaram mais de 80 milhões de pessoas em 2018, segundo seus próprios números, ele se tornou uma das principais vozes pró-Bolsonaro. Na internet, Hang foi ganhando popularidade com vídeos bem humorados - o início desta reportagem é uma referência a um deles, em que responde à alcunha de "Véio" dada por seus críticos.

Nas imagens, a câmera vai subindo dos sapatos de Hang até seu moletom, enquanto uma assessora descreve o vestuário peça por peça antes de concluir: "parece um jovem". Então o empresário abaixa o capuz, sorrindo, e completa a frase: "mas é o Véio da Havan!".

"Eu acho o máximo", ele diz sobre o apelido. "Vivo 24 horas pensando em propaganda, então tudo o que fizeram para nós durante a campanha conseguimos inverter."

"De um limão", continua o entrevistado, "fizemos uma limonada". A mesma animação é adotada ao falar da previsão de crescimento de 65% num ano em que a economia "está parada": "a Havan anda na contramão do PIB". E a citar a gestão Bolsonaro: "Tudo o que ele fez até agora eu assino embaixo."

As críticas do empresário ficam por conta da ideologia "comunista" que teria dominado o país - mas que não impediu Hang de entrar na lista de bilionários da Forbes em 2019. Se não fosse um país comunista, diz, o Brasil "deveria ter milhares de bilionários".

Tal ideologia também contaminaria a gestão ambiental brasileira, na qual são usados argumentos como aquecimento global - que ele diz não existir - para justificar a inveja de quem é rico.

"Essa inveja funciona assim: eu não posso ter um helicóptero, então não deixa fazer helicóptero, eu não posso ter um apartamento de frente para o mar, então não deixa fazer prédio de frente para o mar", afirma.

Hang, que recentemente comprou um dos maiores jatos do mundo, no valor de R$ 250 milhões, diz que deveríamos "bater palma quando alguém compra um avião", mas essa postura não é comum por aqui.

"É aquilo que eu te falei para ti na frase do Tom Jobim: fazer sucesso no Brasil é uma ofensa pessoal. A inveja é triste."

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

BBC News Brasil - O senhor recebeu um apelido nas redes sociais, onde é chamado de 'Véio da Havan', e fez até um vídeo no Twitter brincando sobre isso. O que achou do apelido?

Luciano Hang - Eu acho o máximo. Sempre digo que nós, de um limão, fizemos uma limonada. Qualquer problema que a gente encontra, a gente reverte, porque nós adoramos marketing. Eu vivo 24 horas pensando em propaganda, então tudo o que fizeram para nós durante a campanha conseguimos inverter e mostrar a realidade de uma maneira muito espontânea, através de brincadeira. Transformar um limão em uma limonada e ganhar com isso.

BBC News Brasil - Pensa em adotar esse apelido?

Luciano Hang - Olha, nós temos camisa do Velho, agora tem caneca do Velho, daqui a pouco estou vendendo produto do Velho.

Mas, na realidade, as pessoas num primeiro momento acham que, colocando alguma coisa contra a gente, ficaríamos tristes ou iríamos retroceder em alguma coisa. Pelo contrário, nós aproveitamos a bola levantada para chutá-la ainda mais longe.

BBC News Brasil - O senhor foi cotado como vice-presidente na chapa do Bolsonaro e convidado pelo PSL para candidatar-se ao Senado e ao governo de Santa Catarina. Como foram essas conversas, com Bolsonaro especificamente?

Luciano Hang - No dia 5 de janeiro do ano passado, fiz a coletiva de imprensa e aí realmente houve muita fofoca, [de] que eu seria governador, senador e até o presidente [Bolsonaro] ligou para mim. Mas jamais para dizer "Luciano, quer ser meu vice-presidente?". Ele disse: "Luciano, não queres ser governador do Estado, não queres ser senador?". Eu disse que não queria ser nada político, que queria ser ativista político.

[Eu disse]: "Vou conversar com vários candidatos e decidir quem vou apoiar". Um deles foi o Bolsonaro. De janeiro até agosto, fiquei analisando os candidatos, para ter duas coisas que eu queria: liberalismo econômico e conservadorismo nos costumes. A pessoa que eu vi mais próximo disso foi o Bolsonaro e aí assumi a campanha dele a partir do dia 17 de agosto (...).

Quero continuar trabalhando na Havan, mas tendo ótimos políticos tocando o país, que não sejam corruptos, incompetentes e principalmente ideológicos. Essa ideologia que nós tivemos até hoje: comunista, marxista, gramscista.

BBC News Brasil - Quando fala de comunismo, críticos rebatem que o senhor acabou de entrar na lista de bilionários da Forbes, onde tem mais de 50 brasileiros. Como um país comunista consegue ter um número crescente de bilionários?

Luciano Hang - O Brasil, com duzentos e vinte milhões de habitantes, deveria ter milhares de bilionários, milhares de pessoas ricas. Imagina que a China botou, nos últimos cinco anos, 250 milhões de pessoas milionárias.

(Nota da redação: segundo relatório de 2018 do Credit Suisse, a China tem 3,4 milhões de milionários)

Se você olhar para os Estados Unidos, que tem 500 anos, como o Brasil, e pegar uma empresa dos Estados Unidos, ela é mais rica do que todas as empresas que estão no Ibovespa. Então, nós temos muito para fazer. O Brasil é um país comunista e precisa aprender a ser um país capitalista. (...)

Esse Brasil que nós vivemos é um país em que a pessoa nasce querendo ser um funcionário público. Deram tudo para o funcionário público.

Estive agora com o presidente (da Câmara dos Deputados) Rodrigo Maia. As pessoas entram na Câmara de Deputados ganhando um salário talvez de R$ 15 mil, R$ 14 mil, se aposentam com 50 anos, 55, ganhando R$ 33 mil por mês. Vão viver mais trinta anos de aposentadoria, então é um deficit pessoal de R$ 10 milhões por pessoa. Quem paga essa conta é o pobre coitado do desempregado.

BBC News Brasil - Mas o próprio Bolsonaro foi deputado por 28 anos e era funcionário público. Com um salário...

Luciano Hang - Sim, funcionário público. Faz parte do sistema que está errado, que ele quer mudar agora.

BBC News Brasil - Mas ele ficou 28 anos lá...

Luciano Hang - É o que eu digo para você, quando você é jovem, você até pode ser de esquerda. Mas com o decorrer do tempo, quando você vê o erro, tem que mudar. Tenho certeza que...

Quando conversei com Bolsonaro em fevereiro do ano passado, fiquei quatro horas com ele. Comentamos muito que a economia precisa mudar. Por sorte, ele se aliou com Paulo Guedes. E ele batia muito na parte de costumes, do conservadorismo. Nós vivemos hoje uma verdadeira bagunça nesse país. (...)

BBC News Brasil - O senhor diz que o Brasil tem potencial de ter milhares de bilionários, mas um argumento contrário seria a desigualdade de renda no Brasil, que poderia aumentar com essa multiplicação de bilionários. Como o senhor responde a isso?

Luciano Hang - É simples: você só vai tirar o povo da miséria dando emprego para eles. O governo não tem que ficar feliz da vida que aumentou o número de pessoas com Bolsa Família, é um absurdo. (...)

Quem paga a conta do governo? Quem paga essa carruagem lotada de gente ganhando uma fortuna? É eu, você, é o povo, o pobre pagando tudo dez vezes mais caro do que qualquer lugar do mundo.

Nós pagamos essa carruagem cheia de funcionalismo público, de corrupção, de incompetência, de idealismo furado. Nós pagamos isso.

BBC News Brasil - O símbolo desse governo, o presidente Bolsonaro, tem todos os filhos na política, como funcionários públicos.

Luciano Hang - É, mas dissestes bem. Eles estão de funcionário público, ganharam as eleições e não ganharam dinheiro através de corrupção, vendendo algum favor para alguma empresa, diferentemente dos outros presidentes que estiveram lá.

Alguns presidentes estiveram lá, temos os escândalos aí, porque venderam facilidades.

Quando você vai para política e disputa eleições, é o povo que escolhe. Não vejo nenhum filho do Lula que foi para política e disputou eleições, vejo aí escândalos de corrupção baseados em favorecimentos dentro do governo.

BBC News Brasil - Mas há acusações contra Flávio Bolsonaro, o ex-assessor dele não depôs ainda...

Luciano Hang - Veja bem, eu não tenho político de estimação nem partido político. Eu não sou PSL, e não vou defender nenhum político que tenha cometido qualquer crime. Se cometeu crime, que pague por ele. Não importa quem for. Jamais vou defender uma coisa errada.

BBC News Brasil - Se houver algum caso de corrupção no governo, envolvendo a família Bolsonaro, como o senhor se colocaria?

Luciano Hang - Que seja esclarecido. Só isso. Que seja esclarecido.

BBC News Brasil - Mas se for comprovado? Por exemplo, esse caso de Flávio Bolsonaro, que foi bastante polêmico.

Luciano Hang - Se o Flávio Bolsonaro cometeu algum caso, que pague por ele. Agora, não junte filho com pai. Eu sou Luciano, tenho três filhos. Eu posso ter educado eles da melhor maneira possível, mas cada um que cometer algo de errado, vai ter que pagar. Não pode dizer que eu tenho de pagar pelo erro do meu filho. O que querem é sacrificar o governo Bolsonaro por causa de alguma coisa do filho. Primeiro, tem que comprovar o que ele fez de errado. Vi recentemente que o Ministério Público do Rio de Janeiro (que investiga as acusações contra o senador) cometeu erros. Que seja solucionado. Agora, não queira misturar o Flávio com o Jair Bolsonaro.

BBC News Brasil - Estamos em seis meses de governo Bolsonaro. Em março, numa entrevista, o senhor disse que o governo estava "100% no caminho certo". Essa porcentagem continua a mesma?

Luciano Hang - 110% hoje, continua. Tudo o que ele fez até agora eu assino embaixo. Diria hoje dez com estrelinha. Bateu na parte de costumes, está batendo lá com Damares, na educação e tudo, e está batendo na economia através do Guedes, fazendo as mudanças, MP da liberdade econômica, tirando o governo do cangote do empresário e deixando nós correr. (...)

BBC News Brasil - O senhor diz que assina embaixo de tudo o que Bolsonaro fez até agora. Ele foi criticado inclusive por colegas de PSL por tirar a multa de motoristas que não usassem a cadeirinha no transporte de crianças. Há estudos que mostram que, sem a cadeirinha, o nível de mortalidade é maior. O senhor apoia até essas medidas?

Luciano Hang - Não, a cadeirinha sou favorável que continue [a exigência]. Não, a cadeirinha não pode ser tirada fora. Agora, radares nas estradas? É mais um imposto.

Aliás, fiz uma campanha na nossa cidade, quando um petista estava lá. Petista adora cobrar imposto. Eles queriam colocar 30 radares na cidade e eu fiz uma campanha assim: radares - é corrupção mais arrecadação, não é educação. (...)

BBC News Brasil - Mas e a parte da cadeirinha?

Luciano Hang - Sou favorável que continue a cadeirinha. Eu vendo cadeirinha, eu tenho cadeirinha. A cadeirinha tem que continuar.

BBC News Brasil - O senhor falaria com o governo sobre isso? Uma deputada do PSL chegou a falar "não sei o valor de uma cadeirinha, mas sei quanto custa um caixão", porque ela perdeu o filho em um acidente de carro.

Luciano Hang - Cadeirinha tem que continuar. Agora sou contra, por exemplo, leis que...Estive agora na Rússia, na Copa. E comecei a entrar nos táxis e cada táxi tinha uma cadeirinha de bebê. E aí não tem espaço para o cliente. Sabe o que ele fazia? Botava aquela baita da cadeirinha no porta mala, só que aí você não consegue carregar mala. Isso é uma lei idiota. (...) Quantas crianças vão pegar táxi? É 1%, 2%? Aí você não pode prejudicar os 99%.

Agora, quem tem um carro, tem que colocar cadeirinha. Eu também tive. Eu sinto que tem necessidade.

BBC News Brasil - O senhor estaria disposto a falar com Bolsonaro sobre isso? Porque é uma questão bastante polêmica.

Luciano Hang - Ô, querida, sabe o que eu sinto? Na minha empresa, a gente chegou onde chegou porque nós erramos e acertamos. Quando você toma uma decisão e errou, volta atrás e resolve. Agora não tem que ficar com aquela picuinhazinha, picuinhazinha, picuinhazinha com aquele probleminha. É simples. Toma decisão. Errou? Volta atrás. Toma outra decisão. Errou? Volta atrás.

E aí assim você segue para frente. Agora, se você não quer errar, fica sentado em casa, você não erra. Tem que tomar a coragem de tomar decisões e, se estiver errado, troca ela, acerta ela.

BBC News Brasil - Colunistas e analistas políticos dizem que esse movimento cria uma sensação de insegurança, de que o governo não sabe o que está fazendo.

Luciano Hang - Quem cria a sensação de insegurança é o próprio jornalista. Eu vejo a Folha de S.Paulo, por exemplo, [dizendo] "consultamos os especialistas". Põem esses especialistas para tocar minha empresa. Sabem nada, sabem nada. Especialista acadêmico, aqueles que vão dar aula, que nunca fizeram nada na vida. Esses especialistas? Valem nada. (...)

BBC News Brasil - O plano do senhor com a eleição do Bolsonaro era de abrir 20 lojas neste ano e de criar 5 mil empregos neste ano. O senhor está conseguindo cumprir essa meta?

Luciano Hang - Nós vamos abrir 25 lojas neste ano, cinco a mais do que eu tinha prometido. Eu tinha falado em R$ 500 milhões de investimento e deve passar para R$ 750 milhões. Abrimos já seis lojas, estamos com 126 lojas, tenho mais uma, duas lojas, em julho e quatro em agosto. Deve ter quatro por mês até dezembro. Então nosso plano de investimento continua normal.

BBC News Brasil - O mercado reduziu a previsão de crescimento do PIB para 2019 pela 15ª vez seguida, para 1%, e num post recente o senhor disse que o "Brasil está parado". O senhor acha que nossa economia está parada?

Luciano Hang - Está. A economia está parada, a inadimplência aumentou, mas a Havan, graças a Deus, anda na contramão do PIB. No ano passado, a gente cresceu 45% e, no ano anterior, 35%. E neste momento estamos crescendo 65%, então a Havan anda sempre descolada do PIB, sempre foi assim.

De 2009 a 2015, nós crescemos 50% ao ano. (...) Então quando as pessoas dizem "ah, você cresceu no governo da Dilma, do Lula...", eu [respondo que] sempre cresci, nunca fiquei olhando qual o crescimento do PIB para tocar minha empresa.

BBC News Brasil - Numa entrevista recente à Veja, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que daria uma nota de 7, 7,5 ao governo e que faltaria articulação política entre a direita e o centro. Que nota o senhor daria? Acha que falta articulação?

Luciano Hang - Na realidade, as pessoas não estão acostumadas a contar a verdade. Quando você trata daquilo que o presidente colocou no Carnaval... Como que chama aquilo? Shoulder, né?

Assessora: Golden?

Luciano Hang - Não, aquela de um homem fazendo xixi no outro lá.

BBC News Brasil - Golden shower?

Luciano Hang - É...Alguns ficaram horrorizados. Tá certo aquilo? Não.

Quando eu vou para a Coreia do Sul, que eu pego uma hora e meia de táxi até o meu hotel, não vejo nada pichado, não vejo uma sujeira na calçada, [é] tudo perfeito e organizado. É esse o país que eu quero.

(...) Quando chego aqui em São Paulo, vejo todos os muros com aqueles lambe-lambes de greve no dia 14, Lula Livre, Fora Temer, É golpe. Quem escreve isso? A esquerda.

E, para eles, é a forma de se comunicar. Para mim, é bandido que tem que ser preso. Quem picha muro dos outros é bandido e temos que colocar o dedo na ferida do que está certo e do que está errado.

Só que as pessoas acham que nosso problema maior é a economia, mas nosso problema maior é cultural, é educação. Só vamos fazer um país de progresso, quando colocarmos a ordem no nosso país. Falta ordem para ter progresso, é o que está escrito na nossa bandeira.

BBC News Brasil - Uma das críticas ao Bolsonaro é que ele está se concentrando muito na agenda de costumes e perdendo o foco para a economia.

Luciano Hang - É o que eu falo, que a imprensa, a grande imprensa, não quer falar de costumes, porque o marxismo cultural, o gramscismo, principalmente, é fazer com que a sociedade seja uma grande balbúrdia (...).

BBC News Brasil - Então para o senhor a base é a mudança de costumes, para depois fazer a economia andar?

Luciano Hang - Por que não podem andar juntos? Por que não posso reformar os costumes e [fazer] a economia andar junto?

Até acho que agora é Previdência, Previdência, Previdência. E a esquerda sabe disso. [Quando] acabar com um deficit de R$ 250 bilhões por ano, um país quebrado, vamos ter dinheiro para resolver os outros problemas. Ela [a esquerda] sabe que, se reformarmos a Previdência, eles não entram no poder pelos próximos 30 anos, por isso que estão desesperados, que estão fazendo bagunça, algazarras, anarquias, greves.

Porque a reforma da Previdência é o sepultamento da esquerda pelos próximos 30 anos.

BBC News Brasil - O senhor é um grande apoiador da Reforma da Previdência, mas foi condenado por sonegação de INSS de funcionários na década de 1990. Portanto, argumenta-se que o senhor teria interesses pessoais ao defender a proposta...

Luciano Hang - Olha só, a Havan vai faturar neste ano R$ 12 bilhões. Nós vamos pagar em impostos e benefícios R$ 3,2 bilhões neste ano. São R$ 250, R$ 270 milhões por mês.

A esquerda diz que eu fiz um refinanciamento de 115 anos e era R$ 168 milhões de INSS. Se eu pegar R$ 168 milhões de INSS e dividir por 1380 meses, me daria R$ 120 mil por mês. Alguém que paga R$ 270 milhões por mês faria o Refis para pagar R$ 115 mil por mês?

Isto é fake news. (...)

BBC News Brasil - Isso não aconteceu, então?

Luciano Hang - Não, claro que não. (...)

Tenho hoje uma CND, chamada Certidão Negativa de Débito, que é difícil um empresário conseguir. Uma empresa desse tamanho conseguiu a Certidão Negativa de Débito atualizada, que nada consta criminalmente, nada consta contra nós, mas ficam batendo para tentar nos amedrontar. Mas quem não deve, não teme. É jogar bola para frente, continuar atacando e fazendo gol.

(Nota da redação: Procurado, o INSS informou que questionamentos sobre contribuições são de competência da Receita Federal. A Receita, por sua vez, disse que, devido ao sigilo fiscal, não se manifesta sobre casos de contribuintes específicos.)

BBC News Brasil - Durante as eleições, o senhor foi acusado pelo Ministério Público do Trabalho de estar pressionando seus funcionários a votar em Bolsonaro. Se hoje um de seus funcionários chegasse para o senhor e dissesse "Luciano, te respeito, mas votei no Haddad, quero o Lula livre e sou uma pessoa de esquerda", o que o senhor faria?

Luciano Hang - Até vou fazer um negócio. Vou botar um vídeo na internet nessa semana: se o STF, que eu espero que não, mas se o STF der o semiaberto para o Lula, como eu tenho 13 lojas na Grande Curitiba, vou oferecer um emprego para o Lula na Havan, para dizer que não tenho nada contra a esquerda, né? Só não pode pegar o emprego de guarda noturno porque tem que dormir à noite na cadeia. Mas ele pode, por exemplo, trabalhar no caixa, só que não pode fazer nem caixa 2 e eu também não tenho caixa número 13, mas vou oferecer um emprego para o Lula na Havan, para provar que nós não temos nada contra a esquerda. Vou fazer um vídeo público oferecendo para o Lula um emprego na Havan. Como ele vai ficar em Curitiba, no semiaberto, tenho 13 lojas lá, né...

Não tenho nada contra a esquerda, para trabalhar comigo. Então vou oferecer um emprego para o Lula.

https://twitter.com/luciano_hang/status/1137384494707744769

BBC News Brasil - Vamos falar um pouco sobre o que está sendo chamado de "Vaza Jato", com o site The Intercept publicando mensagens entre o então juiz Sérgio Moro e o promotor do MPF Deltan Dallagnol. O senhor já defendeu a Lava Jato e o Moro depois da publicação das matérias, e sempre se mostrou como um grande fã do ministro. Sua imagem dele mudou depois disso?

Luciano Hang - Não. Acho que o Moro e a Lava Jato fizeram a maior limpeza da história de corrupção e de desmantelamento de uma máquina pública podre. Sem a Lava Jato, o Brasil continuaria...Talvez a Dilma tivesse acabado os quatro anos dela, talvez o Lula entrasse como próximo presidente e nós teríamos um país cada vez mais pobre e miserável, cada vez mais sem ética, sem moral. (...)

BBC News Brasil - A BBC Brasil entrevistou juízes e acadêmicos que foram bastante críticos sobre o contato entre Moro e Dallagnol, disseram que era uma interferência...

Luciano Hang - Acho que esse contato existe com advogados, com juízes e com promotores. Sempre houve. Há, hoje...um advogado vai falar com o juiz, vai explicar a tese dele e assim acontece com o promotor.

BBC News Brasil - O senhor não veria problema se esse mesmo contato fosse feito entre o advogado de defesa de Lula e Moro?

Luciano Hang - Tenho certeza que muitas vezes o advogado de defesa foi lá falar com o Moro e assim por diante.

Agora, você vê tudo podre, tudo podre, tudo podre. Nós vamos defender os cupins? Ou o inseticida que vai matar o cupim? Eu defendo o inseticida. Não quero que a casa caia e o Brasil volte à miséria moral que vivemos nesse país. (...)

BBC News Brasil - O senhor disse que há um potencial no Brasil de ter muito mais bilionários...

Luciano Hang - Muito mais. Nós temos que enriquecer toda a nossa população. É muito simples: para você ter emprego, você tem que ter empresas, mas para você ter empresas, precisa ter empresários. Precisamos educar nosso povo a ser empreendedor.

A esquerda mata os empreendedores. Mata automaticamente as empresas e acaba com os empregos. Por que fazem isso? Porque querem que todo mundo dependa de bolsas, de governo, da máquina pública.(...)

E aí, cada vez mais as pessoas que têm cérebro, que podem fazer algo pelo país, vão embora. As cabeças pensantes vão morar em outro lugar e ficamos com um país de idiotas, onde ninguém mais consegue levantar sua voz, porque está tudo dominado, desde as escolas [até] a imprensa.

BBC News Brasil - Existe um argumento semelhante contra os cortes nas universidades, o que o governo chama de contingenciamento, de que essas mudanças seriam feitas para tirar a educação da população e deixá-la mais vulnerável.

Luciano Hang - Não, não. As universidades federais foram alinhadas para serem doutrinadoras por jovens de esquerda. Eu, Luciano Hang, sou favorável a acabar com todas as universidades federais, para privatizar tudo, e da seguinte forma: dar bolsas de estudo somente para pessoas pobres e esforçadas. Quem tem dinheiro, tem que pagar pelo seu estudo. Meus filhos têm que pagar pelo seu estudo.

Nós fizemos um levantamento. Em uma universidade federal, uma universidade pública, 20% são milionários, 50%, 60% tem carro e casa própria e vivem muito bem, classe média alta.

Quem tem acesso às universidades federais são ricos, 70% faz cursinho.

BBC News Brasil - 20% são milionários?

Luciano Hang - Milionários.

BBC News Brasil - Em que universidades?

Luciano Hang - Nós temos aí, fizemos agora... olha...fizemos um post aí nas minhas coisas.

[Nota da redação: A BBC News Brasil não encontrou a fonte desses números. Uma estimativa feita pelo economista Sergio Firpo em 2014 e divulgada em reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que metade dos calouros da USP estava entre os 20% mais ricos do Brasil - ou seja, com rendimento domiciliar per capita acima de R$ 1.200 em 2013, mas não necessariamente milionários]

BBC News Brasil - Em todas as universidades?

Luciano Hang - Não, uma. É...por exemplo, eu fiz universidade paga. Eu trabalhava, minha mãe trabalhava, meu pai trabalhava, como operário, nós três nos unimos para eu conseguir fazer a faculdade. Dei valor a isso.

A grande parte das pessoas que estuda em universidade federal hoje não tem [prazo] para acabar, pode fazer em cinco, seis, até dez anos, pode faltar. (...) Quanto mais tempo ficam lá, ficam sem trabalhar.

Os Estados Unidos não têm universidade pública.

BBC News Brasil - Mas a Europa tem.

Luciano Hang - E eu disse para você copiar a Europa? Por que vou copiar país que dá errado? Por que vou copiar França? Por que vou copiar Portugal? Para que vou copiar Grécia? Não vou copiar quem dá errado, só vou copiar quem dá certo. (...)

BBC News Brasil - Portugal, com um governo socialista, está sendo elogiado por sair da crise que assolou Grécia, Espanha e outros na região. E a França é um país muito admirado por seu avanço cultural...

Luciano Hang - Vou dizer uma coisa para você: país socialista e país comunista, quanto mais passam os anos, vai ficar pior. Daqui a 20, 30 anos, a França vai ser mais pobre do que é hoje. Portugal, eu sei porque estou sempre em Portugal...

O que está acontecendo com Portugal é que muitos brasileiros saíram dessa crise e foram morar lá. Levaram suas fortunas, compraram casas, porque Portugal tem uma carga tributária menor que a nossa.

Quando os brasileiros notaram que o Brasil poderia voltar a ter um governo comunista, foram tudo morar lá, tem muitos amigos meus morando lá, compraram casa, compraram empresa, fazenda de vinhos.

BBC News Brasil - Num governo socialista.

Luciano Hang - É porque lá é um pouco melhor do que aqui. Quer dizer, se eu vejo uma Venezuela pegando fogo, eu vou de repente vir para o Brasil, que é um pouco melhor do que a Venezuela.

BBC News Brasil - Então Portugal está fadado ao fracasso?

Luciano Hang - É...você disse que ele é socialista, eu acho que é também de extrema-esquerda, o primeiro ministro. E eu tenho amigos meus que moram lá, passam muito trabalho.

A economia está parada. É um país de oito milhões de habitantes, nove milhões de habitantes, pequeno, é um Estado nosso, do tamanho de Santa Catarina.

BBC News Brasil - Mas os números mostram recuperação da economia.

Luciano Hang - Uma recuperação porque muitas pessoas saíram de países piores e foram para lá, falam a mesma língua. Eu conheço várias pessoas, amigas minhas, empresários, que foram morar lá e compraram propriedades. Comprando propriedades, montando empresas, o país anda. Não é porque é mil e uma maravilhas, é porque é melhor do que aqui.

BBC News Brasil - Em uma entrevista anterior, o senhor disse que, no Brasil, as pessoas acreditam que quem ganha dinheiro vira um pessoa má e isso seria parte da cultura do país. Você pode explicar esse raciocínio?

Luciano Hang - Tom Jobim dizia que fazer sucesso no Brasil é uma ofensa pessoal. Foi criado esse estigma de que o coitadinho, o tadinho, que Deus quis assim, o conformismo. E nós temos que criar uma outra cultura.

Fui para a Coreia do Sul trinta anos atrás. A Coreia do Sul tinha acabado de sair de uma guerra em 1955, das duas Coreias, e era um dos países mais pobres do mundo. Eu fui lá em 1993 e eles estavam refazendo sua educação, transformando em um país inovador, de tecnologia, de ciência, de matemática.

Quando cheguei lá era meia-noite. Estava eu e um coreano e eu olhava ao longe e estava cheio de luzes vermelhas. Nunca me esqueci porque pensei que era tudo casa noturna. Na época, no Brasil, casa noturna tinha tudo luz vermelha e aí eu disse para o coreano: "poxa, como tem casa noturna aqui. Vou ficar quinze dias aqui, sou solteiro, vou me divertir".

Na brincadeira, né. Aí o coreano falou: "Luciano, são igrejas neopentecostais. Aqui se prega a dedicação, o trabalho, o estudo e quando as pessoas conseguem ficar ricas, ganham uma dádiva de Deus".

Colocavam na cabeça da pessoa, através da religião, que você tem que estudar, que é através do seu esforço que vai transformar sua vida, a da sua família e a do país. E quando você consegue ficar rico, ganha uma dádiva de Deus.

Aí eu disse: "poxa, engraçado, no Brasil é diferente. Lá, a igreja prega que é mais fácil um camelo entrar no buraco da agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". (...)

É essa cultura que quero mudar no país. Saí do zero e não fico me vitimizando, [dizendo] que saí lá da pobreza e me tornei presidente, querendo dividir a sociedade. Onde já se viu dizer para a população que um rico fica triste quando vê um pobre andar de avião? Isso é uma coisa absurda.

BBC News Brasil - Mas pessoas que postaram coisas como "esse aeroporto está virando uma rodoviária"...

Luciano Hang - Mas isso é aquela pessoa que é demente, aquela pessoa que está errada, não é a maioria. Tenho certeza que todo mundo fica feliz com a felicidade dos outros.

Tem que ficar feliz quando alguém sai do zero e se transforma em alguma coisa. Nós temos que bater palma quando alguém compra um avião, quando alguém compra um iate, um apartamento, um helicóptero, um carro novo, uma casa nova.

BBC News Brasil - Você acha que é um preconceito contra o rico?

Luciano Hang - Eu acho que é uma pregação durante muito tempo, principalmente das pessoas que queriam pegar o poder, de pregar a desunião da sociedade, onde o trabalhador tem que ser contra o patrão. (...)

BBC News Brasil - Mesmo sob o governo Bolsonaro, ainda somos comunistas?

Luciano Hang - Ele está tentando refazer isso tudo, né? Tudo, tudo. Porque o Brasil está virado de cabeça para baixo. Para virar ele de cabeça para cima, tem que fazer uma mudança de 100%. Né? É aí tem alguns traumas nisso. E o pessoal fica berrando.

Deixa o homem trabalhar! Minha empresa é de um dono único, agora imagine se cada coisa que eu fizesse, a imprensa viesse lá e trouxesse os especialistas dela, especialistas de faculdade, que nunca fizeram nada, especialistas de livro.

Eu gosto de ler livro de alguém que escreveu um livro pelo que ele fez ou pelo que ele estudou. Estou lendo um livro agora [chamado] Originais, recomendo para você.

É alguém que escreve o livro baseado em pesquisas de dez, vinte anos. Pesquisas americanas. Gosto de ler livros americanos porque eles têm pesquisas sobre o que estão fazendo. Eles lançam nas faculdades deles lá, mas é pesquisa. Não é filosofia, não é...

BBC News Brasil - O senhor falou, na Câmara de Vereadores do Joinville, que o meio ambiente é o câncer do país. A fala reverberou bastante...

Luciano Hang - (...) Eu saí agora de Milão, com meu avião, [e] olhava para baixo e dizia para minha esposa: "quero ver como é isso daqui". Tudo plantado e construído. Ou vem a plantação ou vem a construção. Nos Estados Unidos, a mesma coisa. Eles deixam as suas reservas ou no deserto ou nas montanhas, onde você não pode fazer nada.

Aí no Brasil, 9% é usado para agricultura, 2% para as cidades, às vezes [em] grandes áreas têm que deixar 80% de preservação. Quando eu vou para o Chile, é a mesma coisa: quando olho lá para baixo, eu vejo tudo ocupado.

Nos Estados Unidos, tem a frase: farm's here, florest there, fazendas aqui e floresta no Brasil. Então as ONGS vêm para cá, as universidades alinham os estudantes dentro dessa filosofia que eu te falei, de comunismo, socialismo, marxismo, entram tudo para o poder público, jogam areia nas engrenagens e nada funciona.

BBC News Brasil - Os números de desmatamento aumentaram durante o governo Bolsonaro, e isso preocupa cientistas...

Luciano Hang - Eu escuto isso a vida toda, eu escuto isso a vida toda! Agora por que eles destruíram toda a Europa, tudo quanto é lugar? (...)

BBC News Brasil - O senhor acredita em mudança climática, aquecimento global?

Luciano Hang - Não, não, não, não. Não acho que é assim do jeito que é.

Vamos dizer que haja. O mundo é uma bola, certo? O mundo é uma bola.

BBC News Brasil - Há gente que questiona, né...

Luciano Hang - Ok, que seja. Não sei. Se é ou não é, não quero saber. Mas vivemos no mesmo ambiente que vive a Europa, a Ásia, a América, no mundo. Por que eu vou viajar num país como a Coreia, onde eu vejo todo ocupado, e aqui no Brasil não pode fazer nada?

Eles que são burros ou nós que somos burros? Eles podem se desenvolver e nós não? Eles podem vender o que querem e nós não?

BBC News Brasil - Mas argumentam sobre a importância para o equilíbrio global...

Luciano Hang - É muita ideologia, é muita ideologia, essa ideologia acabou com o nosso país. Aqui nada pode ser feito, lá pode fazer tudo. Eu estava num hotel agora na Itália e [tinha] um barulho de máquina, um barulho de máquina, aí abri [a janela], [às] seis horas da manhã, e eles estavam aterrando para fazer uma marina no mar. Isso no Brasil é impossível. (...)

Aqui no Brasil vou dizer para ti como é que funciona. Essa inveja funciona assim: eu não posso ter um helicóptero, então não deixa fazer helicóptero, eu não posso ter um apartamento de frente para o mar, então não deixa fazer prédio de frente para o mar.

BBC News Brasil - O senhor acha que é inveja?

Luciano Hang - Muito, muito, muito. Esse ranço que tem na sociedade. Temos que acabar com isso. Porque quando deixo de fazer um heliponto, um aeroporto, uma estrada, uma ferrovia, apartamentos de frente para o mar e tudo aquilo que gere desenvolvimento, eu não gero emprego, querida. (...)

BBC News Brasil - O senhor acha que a inveja faz parte dessa ideologia?

Luciano Hang - Também. É aquilo que eu te falei na frase do Tom Jobim: fazer sucesso no Brasil é uma ofensa pessoal. É uma ofensa pessoal. A inveja é triste. Nos Estados Unidos e na Coreia do Sul ou em Cingapura, se bate palma para quem teve sucesso na vida, para quem ganha dinheiro, para quem constrói sua fortuna com o suor do seu rosto.

Aqui a gente tem inveja.


Forever 21 busca fugir da falência

A companhia contratou uma consultoria de reestruturação para ajudá-la a negociar mudanças nas lojas e o levantamento de um empréstimo

As operações internacionais também estão em dificuldade, mas devem ser reestruturadas separadamente.

Os dias das blusinhas baratas podem estar perto do fim. A Forever 21, varejista voltada ao público jovem, está buscando maneiras de financiar sua operação e evitar a falência. A companhia contratou uma consultoria de reestruturação para ajudá-la a negociar mudanças nas lojas e o levantamento de um novo empréstimo, segundo o Wall Street Journal. Para continuar operando, a empresa precisaria de 150 milhões de dólares.

De acordo com o jornal, o fundador, o sul-coreano Do Won Chang, usou um empréstimo recém tomado do JP Morgan Chase para cobrir as perdas da companhia, mas ficou sem caixa para comprar novos produtos e abastecer suas lojas.PUBLICIDADE 

As operações internacionais também estão em dificuldade, segundo a Bloomberg, mas devem ser reestruturadas separadamente. Em abril, a companhia anunciou que sairia do mercado chinês.

A varejista foi criada em 1984, pelo sul-coreano Do Won Chang, que juntou 11 mil dólares como lavador de pratos e frentista. A rede chegou a mais de 700 lojas pelo mundo, mas está sofrendo com quedas nas vendas depois de uma rápida expansão geográfica.

“A Forever 21, que divulga pouco sobre suas finanças, previu que as vendas subiriam 10% este ano, para US $ 4,7 bilhões”, escreve o Wall Street Journal. “Mas as pessoas familiarizadas com a empresa dizem que suas vendas e lucros diminuíram depois de anos de forte crescimento”.

A dívida soma mais de 500 milhões de dólares que vencem em 2022. A varejista vendeu sua sede em Los Angeles em fevereiro, por 166 milhões de dólares.

A chegada de novos concorrentes, como a H&M, Target e dezenas de varejistas online, pressionou a Forever 21 ainda mais. Com peças a preços muito baixos e de qualidade duvidosa, a marca se baseia em um consumo acelerado, com muitas compras anuais e um enorme desperdício. Concorrentes oferecem peças com uma qualidade ligeiramente maior por alguns dólares a mais.Veja também

Reestruturação do varejo

A Latham & Watkins LLP deverá ajudar a Forever 21 a negociar os termos de aluguel com os proprietários de suas lojas, enquanto a Alvarez & Marshal deve reestruturar as operações da companhia.

A Forever 21 não é a única preocupação dos proprietários dos espaços das lojas. Com os fechamentos recentes do apocalipse financeiro nos Estados Unidos, há muitos espaços vagos.

Com o aumento do comércio eletrônico e menos idas às lojas físicas, diversas varejistas voltadas ao público jovem enfrentam riscos de falência, como Aéropostale, Rue21 e American Apparel.

O “Apocalipse do varejo” já levou ao fechamentos de quase 6 mil lojas nos Estados Unidos esse ano, mais do que as 5,8 mil lojas encerradas no ano passado. Abercrombie & Fitch, Victoria’s Secret, JCPenney e Gap anunciaram o fechamento de centenas de lojas esse ano.

Apesar do cenário devastador, é só o começo. Um relatório do UBS acredita que mais de 75 mil lojas devem fechar na América do Norte entre 2019 e 2026.

O principal vilão das lojas físicas, nos Estados Unidos, é o comércio eletrônico. No Brasil, as lojas físicas impulsionam as vendas online e vice-versa, principalmente a partir da modalidade clique e retire, de retirada na loja do produto comprado pela internet.

No entanto, nem todas as companhias passam pelo mesmo sufoco. A modalidade de fast fashion, com novas coleções constante e grande apelo de moda, continua forte. A rival da Forever 21, H&M, apresentou crescimento de 10% nas vendas no primeiro semestre do ano. A companhia não tem lojas no Brasil.


Natura compra operação da Avon e será a 4ª maior do mundo

Com a Avon, a Natura &Co terá faturamento anual superior a 10 bilhões de dólares, mais de 40 mil colaboradores e presença em cem países

De acordo com comunicado feito pela Natura, a aquisição a torna a quarta maior empresa de beleza do mundo

Natura Cosméticos anunciou que chegou a um acordo para a compra da Avon Products, Inc em uma operação de troca de ações.

Uma nova sociedade, a holding Natura &Co, será criada para controlar todas as ações da Avon e da Natura, como resultado de uma reestruturação societária. A nova sociedade será detida 76% pelos acionistas da Natura e 24% pelos acionistas da Avon. As ações serão listadas no segmento Novo Mercado da bolsa de São Paulo.

De acordo com comunicado feito pela Natura, quando concluída, a aquisição a tornará a quarta maior empresa de beleza do mundo. O Brasil já é o maior mercado da Avon. Juntas, as empresas terão a liderança na venda por relações, com mais de 6,3 milhões de representantes e consultoras e presença global com 3,2 mil lojas.Veja também

Com a Avon, a Natura &Co terá faturamento anual superior a 10 bilhões de dólares, mais de 40 mil colaboradores e presença em cem países. A Natura &Co espera que a combinação desses negócios resulte em sinergias estimadas entre 150 milhões de dólares e 250 milhões de dólares anuais, que devem em parte ser reinvestidas para aumentar ainda mais sua presença nos canais digitais e mídias sociais, em pesquisa e desenvolvimento, iniciativas de marca e expansão da presença geográfica do grupo, diz o comunicado.

Para a transação, a Natura obteve financiamento junto com o Banco Bradesco, o Citigroup Global Markets e o Itaú Unibanco S.A. de 1,6 bilhão de dólares. O valor será usado como contrapartida a ser paga aos detentores de Ações Preferenciais Série C da Avon.

Com os primeiros rumores sobre a aquisição, as ações da Natura abriram o dia em queda de 6%. O Financial Times publicou que o negócio avaliava o grupo brasileiro em torno de 2 bilhões de dólares.

Logo em seguida, a brasileira anunciou que negociava a compra da concorrente por meio de troca de ações, provocando uma reviravolta nos papéis, que fecharam o dia em alta de 9,43%.


Walmart encerra vendas online no Brasil

Rede disse que vai manter foco em atacado, clube de compras e varejo físico.


O Walmart Brasil informou nesta sexta-feira (10) que decidiu encerrar as vendas pela internet. Segundo a companhia, o comércio online representa uma "parcela mínima das vendas totais da companhia".

A rede disse que trabalha em uma nova estratégia de negócio, que deve ser anunciada ao mercado - a companhia não precisou uma data.

"O Walmart Brasil anuncia hoje os primeiros passos na reformulação na sua estratégia digital. Inicialmente, será descontinuada a operação de marketplace, que hoje representa uma parcela mínima das vendas totais da companhia", informou a empresa por meio de nota.

Walmart suspende vendas online no Brasil — Foto: Reprodução/Walmart

Walmart suspende vendas online no Brasil — Foto: Reprodução/Walmart

O Walmart também informou que mantém seu foco em atacado, clube de compras e varejo físico, "segmentos em que (...) enxerga enorme potencial de crescimento."

Em junho do ano passado, o fundo de private equity Advent Internacional adquiriu 80% nas operações do Walmart no Brasil.

3º maior varejista no Brasil

Segundo a Euromonitor International, provedora global de inteligência estratégica de mercado, o Walmart era o maior varejista do mundo em 2017, com 3,3% de participação no mercado global, na frente da Amazon (2,4%) e Alibaba (1,3%).

No Brasil, o Walmart era o 3º maior varejista, com 2,6% de participação de mercado em 2017, atrás do Grupo Pão de Açúcar (6,4%) e Carrefour (3,1%).

O Brasil é o 7º maior mercado do Walmart, correspondendo a cerca de 2% das vendas globais da empresa em 2017, ficando atrás dos EUA, Reino Unido, México, Canadá, China e Japão.


O maior evento de inspiração para empreendedores do Brasil

ASSISTA AGORA O DAY1

Fabiana Salles

Fundadora da Gesto & Empreendedora Endeavor. A jornada empreendedora de Fabiana começou cedo: desde pequena, empreendia pequenos negócios -- de aluguel de gibis a venda de figurinhas. Hoje, como fundadora da empresa pioneira em Big Data de saúde no Brasil, a Gesto, já reinventou a empresa mais de quatro vezes, sem nunca chegar a ter sua carteira de trabalho assinada. Os aprendizados que Fabiana teve ao pivotar o negócio e a busca por um modelo escalável fizeram dela uma Empreendedora Endeavor, desde 2017: a primeira apoiada no Brasil do setor de tecnologia.

Ari de Sá

Fundador e CEO da Arco Educação & Embaixador Endeavor Ser o filho do dono tem dois desafios: ou as pessoas pegam muito leve, ou elas pegam muito pesado. No caso de Ari, sua vida inteira seguiu pelo segundo caminho. Filho do dono do colégio onde estudava -- no qual trabalhou mais tarde -- Ari sempre quis construir o próprio legado em educação. Ele enxergava na produção de materiais didáticos, uma oportunidade de gerar mais impacto em escolas do país inteiro. E gerou. Hoje, o SAS atende mais de 1.100 escolas pelo Brasil, levando uma empresa cearense a fazer o IPO em Nasdaq no final do passado.

Max Oliveira

Fundador da MaxMilhas & Empreendedor Endeavor. Max sempre viajou muito pelo Brasil. Um dia, comprando uma passagem aérea para visitar a namorada, o site apresentou um problema. Ele teve que reiniciar a compra, mas, nesse meio tempo, a passagem passou de R$ 100 para R$ 500. Foi aí que veio a ideia: E se existisse uma plataforma em que as pessoas que têm milhas estivessem dispostas a vender a quem precisa viajar? Dessa inquietação, nasceu a MaxMilhas que, em menos de 7 anos, já negociou mais de 20 bilhões de milhas, emitindo 1,5 milhão de passagens aéreas.

Leonardo e Leandro Castelo

Fundadores da Ecoville & Empreendedores Endeavor. Desde pequenos, os irmãos Leandro e Leonardo Castelo ouviam do pai: "Um dia vocês terão um negócio próprio". Essa inspiração fez os dois enxergarem na venda porta a porta de produtos de limpeza, uma grande oportunidade de mercado. O começo não foi nada fácil. Dormindo no pequeno galpão que construíram e trocando o óleo das primeiras kombis a cada três quarteirões para o motor não fundir, os dois irmãos sempre tiveram a resiliência e a humildade que os levariam além. Hoje, a Ecoville conta com mais de 300 unidades espalhadas pelo país, criando um novo conceito de supermercado de produto de limpeza no Brasil.

Daniela Cruz

Fundadora da Vult Cosméticos. Enquanto ainda trabalhava com seu pai na empresa de construção, Daniela tinha uma visão própria do que era liderar um negócio seu. Ao lado do amigo Murilo, ela enxergou uma oportunidade de criar um novo mercado para maquiagens, democratizando o acesso a bons produtos, que pudessem transformar a autoestima das consumidoras. Catorze anos depois dessa empreitada que começou em Mogi das Cruzes com apenas dois funcionários, Daniela vendeu no ano passado a empresa para o Grupo Boticário.

Laercio Cosentino

Fundador e Presidente do Conselho da TOTVSA expertise de aquisição se desenvolveu cedo na carreira de Laércio. Aos 23 anos, o empreendedor criou, ao lado do seu então chefe, a Microsiga. Na mesma década, adquiriu duas importantes empresas para crescer sua participação de mercado. Mas foi só em 2005 que a Microsiga foi rebatizada de Totvs. No ano seguinte, a abertura de capital na bolsa levou a empresa para um novo patamar de amadurecimento, tornando-se referência nacional. Hoje, mais de 50 empresas foram adquiridas pelo grupo, com um faturamento que ultrapassa os 2 bilhões de reais no ano.

https://youtu.be/vQzu1_htLjE

Importação de Mercadorias por Santa Catarina

Hoje em dia podemos encontrar outros vários motivos para importar produtos: inovação, qualidade, custos, novas possibilidades de negócios ou abertura de novos mercados.

Mas, em todos os casos, é necessário elaborar um planejamento da importação, com todas as informações necessárias e este planejamento será o guia do processo. Ele deve incluir tudo, desde a proposta de valor que representa até os detalhes de vantagens competitivas e gerenciamento de distribuição, planejamento de financiamento, política de preços, sistemas de pagamento ou proteção contra flutuações nas taxas de câmbio. Ele é importante para conhecer os regulamentos sobre o produto a ser importado, se existem barreiras para importação, se há contingentes pautais ou de restrições, se deve ser acompanhado por documentação especial, entre outras questões relevantes.

O plano de importação também deve prever o processo logístico global de importação. Nesse ponto é importante contar com um operador logístico internacional. Ele irá assessorá-lo sobre as condições de entrega das mercadorias mais favoráveis, avaliando os possíveis custos na fonte, selecionando a regra de Incoterms e o modo de transporte mais apropriado, além de coordenar todas as operações e os procedimentos alfandegários necessários para que a carga chegue ao seu destino com a maior segurança, no momento certo e com o menor custo possível.

QUEM PODE SER IMPORTADOR

Geralmente as empresas importam materiais e bens para revenda, industrialização e consumo, além de ativos imobilizados.

É possível importar qualquer produto? É proibida a importação de determinados materiais, por exemplo: pneus usados, produtos danosos ao meio ambiente e à saúde, lixo ou carros usados, materiais bélicos, etc. Ainda existem os materiais que necessitam de uma licença especial de importação.

LICENÇA DE IMPORTAÇÃO

Licença de Importação - LI, é um documento eletrônico processado através do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, utilizado para licenciar as importações de produtos cuja natureza ou tipo de operação está sujeita a controles de órgãos governamentais. Serve para obter a autorização/conformidade do órgão que responde pelo controle daquele produto ou operação. Entre os órgãos que realizam esse tipo de liberação, estão:

· Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA

· Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA

· Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA

· Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT

· Departamento de Polícia Federal – DPF · Agência Nacional do Cinema – ANCINE

· Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO

· Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL– Comando do Exército – COMEXE

· Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX

· Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP

· Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM

· Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq

· Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA

· Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT O pedido de licença de importação deverá ser registrado no Siscomex pelo importador ou seu representante legal, ou ainda, por agentes credenciados pelo Decex, da Secex, e pela RFB.

FORNECEDOR ESTRANGEIRO

Existem empresas que trabalham exclusivamente para encontrar os fornecedores mais adequados para cada tipo de negócio. Se a comunicação for diretamente com o fornecedor, algumas informações relevantes devem ser levadas em cota:

• Qual a quantidade desse tipo de produto que você gostaria de importar e quantas unidades de cada variação (tamanho, cores, etc); 

• Qual a quantidade mínima por produto (QMP) que você pode importar; 

• A frequência com a qual você gostaria de fazer essa importação e qual o valor que ele conseguiria te oferecer para ser um fornecedor recorrente; 

• Quais as opções para o pagamento do pedido que ele pode te oferecer; 

• Existe algum custo para o envio de amostra do produto em questão antes de fechar a negociação?

Não feche negócio se ainda não estiver totalmente seguro que o fornecedor vai ser capaz de entregar o seu pedido com a mesma qualidade que a amostra.

RADAR
RADAR é a sigla de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros e consiste em um registro obrigatório para todas as empresas que desejem realizar atividades de importação ou de exportação.

RADAR LIMITADO é um limite regulamentar de 150.000 Dólares por semestre para as Importações e ILIMITADO para as Exportações.

RADAR ILIMITADO é para empresas mais experientes que precisam de um limite além de 150.000 Dólares por semestre para as Importações e ILIMITADO para as Exportações.

SISCOMEX
Tem como objetivo orientar exportadores, importadores e outros intervenientes quanto aos procedimentos necessários à habilitação para operar no Sistema Integrado de Comércio Exterior. Este sistema permite o registro de operações de pessoas físicas ou jurídicas que desejem exportar ou importar, tanto por conta própria, quanto por conta e ordem de terceiros ou por encomenda.

PLANEJAMENTO DE CUSTOS NA IMPORTAÇÃO

O primeiro passo é adequar a mercadoria à NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul. Trata-se de um código criado pela Receita Federal para definir a conjuntura tributária do material. Já os impostos sobre importação podem variar entre 0% e 35%, dependendo muito da classe em que o produto se enquadra. Sem falar em tributos recorrentes, que também podem variar de acordo com as características do produto. Impostos como:

· PIS 

· COFINS 

· IPI 

· ICMS 

O importador também pode arcar com seguros e fretes nacionais e internacionais, tarifas bancárias, taxas portuárias, despachantes, entre outros.

ACORDO DE COMPRA INTERNACIONAL É um elemento chave para desenvolver relações comerciais, evitar possíveis controvérsias e por suas funções econômicas e jurídicas. Existem modelos de contrato propostos pela Câmara Internacional de Comércio - CIC, para diferentes tipos de mercadorias e possíveis situações. O contrato deve incluir o conjunto de circunstâncias e condições da operação:

· Identificação das partes envolvidas na venda; 

· Finalidade do contrato e descrição das mercadorias;

 · Preço, meios e prazo de pagamento, possíveis inadimplências, impostos, taxas e tarifas, etc; 

· Data e local de entrega, tipo de transporte, seguro e garantias; 

· Condições de envio e entrega, com indicação da regra acordada dos Incoterms; 

· Documentos comerciais e financeiros exigidos pelo comprador; 

Todos os contratos devem ser baseados em uma oferta comercial anterior da parte vendedora e sua aceitação pelo comprador.

MEIOS DE PAGAMENTO

Dependendo da relação de confiança entre as partes, do risco comercial e do país do qual o pagamento será emitido, um meio de pagamento com garantias maiores ou menores pode ser acordado.

Meios simples de pagamento:

· Cheque pessoal; 

· Cheque bancário; 

· Ordem de pagamento simples e documental; 

· Remessa Simples. Documentário de pagamento: 

· Remessa documental. É um pagamento contra a apresentação de uma série de documentos e pode ser à vista; 

· Crédito documentário. É um instrumento emitido por um banco (o banco emitente), a pedido de um cliente (o tomador do crédito). De conformidade com instruções deste, o banco compromete-se a efetuar um pagamento a um terceiro (o beneficiário), contra entrega de documentos estipulados, desde que os termos e condições do crédito sejam cumpridos.


IMPORTAÇÃO POR CONTA PRÓPRIA
Na importação por Conta Própria, o importador (empresas trading/comerciais importadora), utiliza seus recursos próprios para comprar produtos no exterior, e depois de sua nacionalização os revende no mercado interno para outra pessoa jurídica, respondendo por todos os tributos devidos na importação e na saída dos produtos internamente. Nestas operações, o recolhimento do Imposto de Importação, do IPI, da contribuição ao Pis/ Importação, da Cofins/Importação e do ICMS, diversamente da operação “por conta e ordem de terceiros”, são de inteira responsabilidade da comercial importadora.

IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIROS

O que caracteriza a importação por conta e ordem de terceiros é a realização de operação de comércio exterior com recursos de terceiro. Ela se caracteriza pela vinculação das duas empresas envolvidas, a importadora e a adquirente, para a realização de processo de importação onde ambas são responsabilizadas pela operação da emissão de todos os documentos de importação, inclusive na DI (Declaração de Importação) registrada no SISCOMEX (Sistema da Receita Federal de formalização de importações e exportações).

Neste caso a trading é mera mandatária do adquirente da importação. Portanto, o montante correspondente à mercadoria importada configura, na importadora, ingresso de recursos de terceiros para o cumprimento do mandato atribuído. Neste caso, a incidência da contribuição ao PIS e da COFINS na atividade da importadora deve ocorrer somente sobre o valor dos serviços prestados, valor esse que representa a receita decorrente de sua prestação de serviços. Como dito, a empresa importadora atua, tão somente, como prestadora de serviços, já que a operação é realizada com recursos do adquirente. É importante ressaltar que por disposição legal expressa, o adquirente da mercadoria de procedência estrangeira é responsável solidário pelo pagamento dos tributos, respondendo, inclusive, conjunta ou isoladamente, pelas infrações cometidas na operação. Sendo assim, realizada uma importação por conta e ordem do adquirente, não tendo o importador recolhido os valores referentes aos tributos incidentes na operação, restará ao adquirente a responsabilidade pelo devido recolhimento.

IMPORTAÇÃO POR ENCOMENDA

Configura a importação de mercadorias por empresa importadora, para futura comercialização à empresa encomendante. Este tipo de importação é deflagrada pela encomenda de mercadorias de origem estrangeira por uma empresa encomendante a outra – importadora, que realiza a compra das mercadorias do fornecedor estrangeiro, com o comprometimento de vendê-las à empresa encomendante.

A empresa encomendante, neste modelo de importação, assume a condição de responsável solidária apenas em relação ao imposto de importação (art. 12 da Lei nº 11.281/2006, DL 37/66, art. 32, § único) e pelas infrações . Regimes de importação aduaneiras (DL 37/66, art. 95, VI). É extremamente importante destacar o seguinte requisito: tanto a importadora quanto a encomendante devem ter capacidade econômico-financeira para adquirir as mercadorias encomendadas, sob risco de sofrerem o procedimento especial de fiscalização previsto na IN SRF nº 228/02, cujas principais conseqüências, dentre outras, é a aplicação da pena de perdimento das mercadorias objeto das operações correspondentes na hipótese de:

I – ocultação do verdadeiro responsável pelas operações, caso descaracterizada a condição de real adquirente ou vendedor das mercadorias;

II – interposição fraudulenta, em decorrência da não comprovação da origem, disponibilidade e transferência dos recursos empregados, instauração de procedimento para declaração de inaptidão da inscrição da empresa no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). É válido informar que estes são apenas resumos sobre cada tipo de importação. Antes de determinar qual será o ideal par ao seu negócio, faça um estudo aprofundado das opções.

ALGUNS DOCUMENTOS PARA IMPORTAÇÃO
Juntamente com o documento administrativo único (DAU), dependendo da operação e natureza das mercadorias importadas, os documentos mais comuns que devem ser apresentados para o desenvolvimento do processo aduaneiro são: · Fatura comercial; · Certificado de origem, se houver redução de tarifa, ou documentação que comprove a origem no caso de acordos bilaterais. 

Modelos: FORM-A, EUR-1 ou ATR; 

· Dados de transporte e seguro, de acordo com as condições de entrega acordadas;
· Documentos de transporte, dependendo do modo de transporte utilizado: · Certificações do produto que podem ser necessárias: saúde, veterinária, soberania, farmácia, fitossanitária, baixa voltagem, homologação, etc; · Certificações baseadas na política comercial do país de destino; · Licença de importação ou autorização; 

· Autorização de cotas; · Certificado para importação. 
Excepcionalmente, podem ser necessárias fotografias de inspeção física, catálogos, certificações específicas, e outros documentos.

TRANPORTE INTERNACIONAL
É o deslocamento entre dois países, regido por um contrato internacionalmente aceito entre as partes contratantes.

Para a escolha da modalidade adequada, é importante destacar que alguns fatores devem ser analisados, tais como pontos de embarque e desembarque, urgência na entrega, peso da carga, disponibilidade, custo do serviço e freqüência. As empresas contratadas são especializadas no transporte de cargas, obedecendo a um critério de procedimentos que são exigidos pelos órgãos competentes, como exemplo a Receita Federal do Brasil, que faz todo o monitoramento das mercadorias que são exportadas e importadas, através de um controle rigoroso legal.

TRANSPORTE AÉREO

É utilizado para transportar mercadorias de grande porte como de pequeno porte. Em razão da velocidade utilizada, o transporte aéreo é o que melhor preserva a saúde, integridade e frescor do produto, porém seu custo é muito mais elevado que as demais formas de transporte.

TRANSPORTE MARÍTIMO

Representa a maior parte dos serviços de transporte no comércio exterior, tendo como principal vantagem seu baixo custo.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO OU FLUVIAL

São alternativas para países limítrofes e transporte de curtas ou médias distâncias. Não é apropriado para longas distâncias, tendo em vista as características e dificuldades próprias destes tipos de transportes (passagem por fronteiras físicas de diferentes países, estradas em más condições, conexões e baldeamentos ferroviários, etc.).

INCOTERMS
Incoterms são todas as formas possíveis de distribuir responsabilidades e obrigações entre as duas partes. E isso é importante, pois é essencial que o comprador e o vendedor predefinam essas questões sobre o transporte das mercadorias. Veja abaixo o resumo sobre cada um deles: 
EXW (EX Works) - Neste caso, toda a responsabilidade da carga é do importador. O exportador tem a obrigação apenas de disponibilizar o produto e a fatura em seu estabelecimento. A partir daí, despesas ou prejuízos com danos ficam a carga de quem está comprando. Por causa disso, a modalidade é pouco utilizada, apesar de ser possível para qualquer meio de transporte. 
FCA (Free Carrier) - O importador indica o local onde o exportador entregará a mercadoria, onde cessam suas responsabilidades sobre a carga, que fica sob custódia do transportador. Pode ser utilizada por qualquer meio de transporte, inclusive multimodal. FAS (Free Alongside Ship) - A mercadoria deve ser entregue pelo exportador junto ao costado do navio, já desembaraçada para o embarque. As despesas de carregamento e todas as demais daí por diante seguem por conta do importador. Esse Incoterm é usado para transporte marítimo ou hidroviário. 
FOB (Free on Board) - É a modalidade mais usada. O exportador entrega a carga já desembaraçada a bordo do navio em porto de embarque indicado pelo importador. Dessa forma, todas as despesas no país de origem ficam a cargo do exportador. Os demais gastos, como frete e seguro, além da movimentação da carga no destino, correm por conta do importador. A modalidade também é restrita aos transportes marítimo e hidroviário. 
CFR (Cost and Freight) - Sob esse termo, o exportador entrega a carga no porto de destino, custeando os gastos com frete marítimo. Os riscos, no entanto, cessão a partir do momento em que a mercadoria cruza a amurada do navio, o que faz com que o seguro seja pago pelo importador, assim como o desembaraço no destino. Também está restrito aos modais marítimo hidroviário. 
CIF (Cost, Insurance and Freight) - Essa modalidade é semelhante ao CFR, mas o exportador é responsável também pelo valor do seguro. Portanto, ele tem que entregar a carga a bordo do navio, no porto de embarque, com frete e seguro pagos. A modalidade também é restrita aos modais marítimo e hidroviário. 
CPT (Carriage Paid to) - O termo reúne as mesmas obrigações do CFR, ou seja, o exportador deverá pagar as despesas de embarque da mercadoria e seu frete internacional até o local de destino designado. A diferença é que pode ser utilizado com relação a qualquer meio de transporte. 
CIP (Carriage and Insurance Paid to) - A modalidade tem as mesmas características do CIF, onde o exportador arca com as despesas de embarque, do frete até o local de destino e do seguro da mercadoria até o local de destino indicado. A diferença é que pode ser utilizado para todos os meios de transporte, inclusive o multimodal. 
DAF (Delivered At Frontier) - A carga é empregue pelo exportador no limite de fronteira com o país importador. Este termo é utilizado principalmente nos casos de transporte rodoviário ou ferroviário. 
DES (Delivered Ex Ship) - O exportador coloca a carga a disposição do importador no local de destino, a bordo do navio, arcando com todas as despesas de frete e seguro, ficando isento apenas dos custos de desembaraço. Utilizado exclusivamente para transporte marítimo ou hidroviário. 
DEQ (Delivered Ex Quay) - A mercadoria é disponibilizada ao importador no porto de destino designado, cabendo ao exportador, além de custos de frete e seguro, bancar os gastos com desembarque. O importador é responsável apenas pelos gastos com desembaraço. 
DDU (Delivered Duty Unpaid) - Essa modalidade possibilita o chamado esquema porta-a-porta, uma vez que fica a cargo do exportador entregar a mercadoria no local designado pelo importador, com todas as despesas pagos, exceção apenas para os pagamentos de direitos aduaneiros, impostos e demais encargos da importação. Pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte. 
DDP (Delivered Duty Paid) - Esse sistema é exatamente o oposto do EXW, pois toda a responsabilidade da carga é do exportador. Ele tem o compromisso de entregar a mercadoria no local determinado pelo importador, pagando inclusive os impostos e outros encargos de importação. Ele apenas não arcara com o desembaraço da mercadoria. Pode ser utilizado com qualquer modalidade de transporte.
Desembaraço Aduaneiro
É a liberação de uma mercadoria pela alfândega para a entrada no país, depois de a sua documentação ser verificada. Define-se como sendo o ato final ao despacho aduaneiro, ou seja, é o procedimento pelo qual o órgão federal considera a operação de importação finalizada, e a partir deste momento as mercadorias podem ser liberadas ao importador. No despacho de importação, verificam-se os dados declarados pelo exportador, os documentos apresentados e a conformidade com a legislação específica referente ao produto.

DESPACHANTE ADUANEIRO é o profissional que será seu representante legal perante os órgãos relacionados ao comércio exterior. Suas principais atividades são:

1 – Preparação, entrada e acompanhamento da tramitação e apresentação de documentos relativos ao despacho aduaneiro;

2 – Subscrição de documentos relativos ao despacho aduaneiro, inclusive termos de responsabilidade;

3 – Ciência e recebimento de intimações, notificações, autos de infração, despachos, decisões e outros atos e termos processuais relacionados com o procedimento de despacho aduaneiro;

4 – Acompanhamento da verificação da mercadoria na conferência aduaneira, inclusive da retirada de amostras para assistência técnica e perícia;

5 – Recebimento de mercadorias desembaraçadas; 6 – Solicitação e acompanhamento de vistoria aduaneira.

SISCOSERV
O Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio. A finalidade maior do Siscoserv é controlar os dados referentes a compra e venda de serviços, Intangíveis e outras operações (que são as que não se encaixam em nenhuma das duas anteriores) entre um domiciliado no Brasil e um domiciliado no exterior. É uma obrigação acessória, e o seu não cumprimento implica em multas, segundo o próprio manual informatizado do Siscoserv.

A obrigatoriedade de registro no Siscoserv é sempre da pessoa ou empresa residente no Brasil. A responsabilidade pelos registros no Siscoserv é do residente ou domiciliado no País que mantenha relação contratual com residente ou domiciliado no exterior e que por este seja faturado (na intangível ou realização de outra operação que produza variação no patrimônio, ainda que ocorra a subcontratação de residente ou domiciliado no País ou no exterior.

Para efetuar os registros é necessário que a pessoa possua e-CPF e, em caso de representar uma empresa, possua uma Procuração Eletrônica. O cadastro pode ser feito diretamente no site dos órgãos responsáveis ou por empresas que oferecem este serviço de terceirização de registro, através de transmissão em lote, utilizando sistemas específicos.

DISPENSADOS A FAZER REGISTRO NO SISCOSERV

· Pessoas Jurídicas optantes pelo regime Simples Nacional e microempreendedores individuais (MEI) (desde que não utilizem os mecanismos de apoio ao Comércio Exterior).

· Pessoas Físicas residentes no país, que, em nome individual, não explorem habitual e profissionalmente qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial com o fim especulativo de lucro (Desde que não utilizem mecanismos de apoio ao Comércio Exterior e/ou realizem operações em valor superior a trinta mil dólares ao mês).

E por que é importante mencionar o SISCOSERV? Porque um dos serviços obrigatórios de registro é o frete, e este serviço, deve ser registrado por quem o contratou, em muitos casos, o importador.

NOS TRABALHAMOS COM TODO O PROCESSO DE IMPORTAÇÃO

Dúvidas ou necessidade de importação, junte-se a nós, pois somos especialistas em logística e TTD Tratamento Tributário Diferenciado.

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A Natura quer a Avon. Seus acionistas, nem tanto. Por quê?

Produtos da Avon

Natura está firme em seu plano de se consolidar pelo mundo, mas o apetite por aquisições pode trazer instabilidade para a empresa. A companhia brasileira de cosméticos confirmou que negocia a compra da concorrente Avon, mas o plano não agradou o mercado. As ações da Natura caíram 7,8% no dia 22, após o anúncio, e continuam em queda de 3% hoje, 25. Enquanto isso, os papéis da Avon negociados em Nova York subiram 10% na sexta-feira.

Os primeiros rumores da aquisição surgiram em setembro, mas na época a companhia negou as conversas. A Avon é maior que a Natura e apresentou faturamento de 5,4 bilhões de dólares em 2018, queda de 2%, enquanto a brasileira teve faturamento de 13,3 bilhões de reais em 2018, crescimento de 13,5%. Em número de revendedoras, a diferença se mantém. A brasileira tem 1,7 milhão de consultoras, enquanto a rival tem 6 milhões.

Comprar a concorrente pode ajudar a Natura a aumentar sua participação internacional e a se fortalecer nos Estados Unidos. Também pode ajudar a empresa a se consolidar no topo do mercado. Com 11,7% do mercado de cosméticos no Brasil, está à frente da Unilever e do Grupo Boticário, mas por margens pequenas.

Por outro lado, a aquisição pode adicionar dificuldades ao seu negócio. A descrença do mercado com a estratégia da Natura vem do histórico de dificuldades da Avon pelo mundo. A companhia perdeu parte de seu apelo junto ao público e a credibilidade das representantes. Assim, a Avon, que já chegou a valer 20 bilhões de dólares, hoje o valor de mercado é de cerca de 1,3 bilhão de dólares.

Depois de recusar a proposta de venda para a Coty, em 2012, que avaliava a empresa em quase 10 vezes seu valor atual, a divisão norte-americana da empresa acabou sendo vendida em 2015. O comprador é a Cerberus Capital Management LP, empresa de investimentos privados com sede em Nova York, conhecido como um fundo abutre, interessado em empresas em dificuldade.

Para a Avon, pode ser a solução para seu negócio. Até então, a companhia criava estratégias para recuperar o apelo e o público. “A equipe de gerenciamento da Avon continua focada na estratégia de recuperação que temos articulado para os investidores para gerar valor de longo prazo para nossos acionistas”, escreveu a empresa em comunicado.

Em sua apresentação de resultados do quarto trimestre de 2018, lançada em fevereiro, a companhia expõe um plano até 2021 para recuperar vendas e imagem. Para 2018, o plano era voltar ao básico e melhorar o serviço, a satisfação das representantes, melhorar a competitividade e modernizar os produtos. Para 2019, o projeto era estabilizar as receitas e buscar uma ligeira melhora nas margens, que caíram 4,2 pontos porcentuais no último ano, para 5,7%.

A Avon já tem uma relação importante com o Brasil. O país é o maior mercado para a companhia, responsável por 22% do faturamento, mesmo que as vendas por aqui tenham caído nos últimos quatro trimestres. A operação brasileira da Avon é liderada por um ex-executivo da Natura.

Estratégia internacional

Para manter o topo e ganhar mercado internacionalmente, a Natura foi às compras. A companhia adquiriu a australiana Aesop em 2012 e a britânica The Body Shop em 2017. Com as compras, conquistou um portfólio mais amplo, com produtos mais caros, e uma presença internacional forte com milhares lojas ao redor do mundo.

O mercado também reagiu negativamente com a compra da The Body Shop, que pertencia à L’Oreal. Com a notícia, as ações caíram 11% na época. Desde então, no entanto, se valorizaram 40%. As aquisições ajudaram a empresa a crescer. A The Body Shop viu as vendas crescerem 17,7% em 2018 e a Aesop aumentou as receitas em 50,6%.

Criada como uma empresa de vendas diretas, a Natura tem 45 lojas próprias, produtos em 3,8 mil farmácias e comércio eletrônico. A Aesop tem 227 lojas em 25 países e a The Body Shop está presente em 69 países com 2.935 lojas e 20 mil consultoras.

O Grupo Boticário não ficou atrás. Além da criação de novas marcas, como Quem disse, Berenice? e Eudora, comprou a Vult em março do ano passado.


Ótimos motivos para importar por Santa Catarina

Santa Catarina tem sido foco de investimentos para empresários, e quando o assunto é importação o Estado se torna uma verdadeira referência!

Os vantajosos incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Governo do Estado seriam as principais razões para empresários de vários portes e dos mais diversos segmentos terem se instalado aqui.

A intenção é justamente a oportunidade de usufruir das concessões fiscais asseguradas juridicamente e que com certeza fazem diferença na importação e nos negócios.

Conheça os portos de Santa Catarina

Atualmente Santa Catarina possui 5 portos ativos, e são eles:

  • Itajaí
  • Navegantes
  • Itapoá
  • Imbituba
  • São Francisco

Você sabia que Santa Catarina é o Estado que mais possui portos ativos no Brasil?

E não para por aí.

O estado proporciona um benefício fiscal considerável, que consequentemente reflete na redução de custos, fluxo de caixa e competitividade das vendas, o TTD (Tratamento Tributário Diferenciado).

Uma breve explicação sobre o Tratamento Tributário Diferenciado (TTD)

O Módulo TTD – Tratamento Tributário Diferenciado foi desenvolvido no Sistema de Administração Tributária – SAT para gerenciar a concessão de Regimes Especiais relacionados ao pagamento de imposto, tais como isenção, diferimento, suspensão, ou a dispensas ou adaptações referentes ao cumprimento de obrigações acessórias.

Este benefício é oferecido para setores específicos e possui algumas exigências, como por exemplo, a empresa estar estabelecida em Santa Catarina e o desembaraço aduaneiro ser feito nos portos catarinenses.

Pró emprego (Lei Estadual/SC 13.992/07):

O Programa Pró-Emprego tem como objetivo promover o incremento da geração de emprego e renda no estado de Santa Catarina, através de tratamento tributário diferenciado (TTD) do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.

Tratamentos tributários diferenciados proporcionados às empresas que aderirem ao Programa Pró-Emprego terão os seguintes diferenciais:

1) Diferimento do ICMS relativo à saída das seguintes mercadorias, de estabelecimento localizado neste Estado, para utilização em processo de industrialização em território catarinense, por empresas exportadoras:

a) matéria-prima, material secundário, material de embalagem, energia elétrica e outros insumos;
b) bens destinados à integração ao ativo permanente.
2) Diferimento do ICMS relativo aos materiais e bens adquiridos de estabelecimento localizado neste Estado, para a construção de empreendimento que se enquadre nas regras do Programa, considerando-se encerrada a fase do diferimento na data da alienação do empreendimento.

3) Diferimento para a etapa seguinte de circulação do ICMS relativo às saídas internas de mercadorias destinadas a centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste.

4) Compensação do ICMS devido na importação de bens ou mercadorias com despacho aduaneiro no território catarinense com saldo credor acumulado.

5) Transferência de saldo credor acumulado para terceiros, inclusive:

a) para pagamento do ICMS na importação de bens ou mercadorias;
b) para integralização de capital de nova empresa ou modificação de sociedade existente;
c) para pagamento de mercadorias adquiridas por terceiros, em regime de substituição de fornecedores interestaduais.6) Diferimento para a etapa seguinte de circulação do ICMS relativo às saídas internas de mercadorias destinadas a centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste.
7) Na hipótese de implantação, expansão ou reativação de atividades de estabelecimento industrial e de centros de distribuição que atendam os Estados das Regiões Sul e Sudeste, o valor do incremento do ICMS apurado em cada período poderá ser pago, levando-se em consideração a localização regional do empreendimento, com dilação de prazo em até 24 meses, sem juros, a contar do período subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

Programa Prodec

O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) foi instituído pela Lei Estadual nº 13.342, de 2005. Seu principal objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico e social catarinense, concedendo financiamentos e incentivos fiscais a investimentos empresariais ou para participação no capital de empreendimentos que estejam instalados em Santa Catarina.

O PRODEC concederá incentivo a empreendimentos comerciais ou industriais que atendam, no todo ou em parte, os seguintes requisitos (Lei 14.075/07):

I – gerem emprego e renda à sociedade catarinense;
II – incrementem os níveis de tecnologia e competitividade da economia estadual; e
III – contribuam: a) para o desenvolvimento sustentado do meio ambiente; b) para a desconcentração econômica e espacial das atividades produtivas; c) para o desenvolvimento local e regional (Lei 13.706/06);
IV – sejam direcionados a obras de infra-estrutura, especialmente em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos catarinenses;
V – integrem as cadeias produtivas em nível local e regional, caracterizadas como Arranjos Produtivos Locais (Lei 13.706/06).

Como vimos anteriormente, a importação feita por Santa Catarina tem especificidades que contribuem com reduções de custos, fluxo de caixa e competitividade para sua empresa.

Sabemos que muitas são as dúvidas sobre o exato modelo de utilização do benefício fiscal, e por essa razão criamos uma célula de especialistas denominada TOP – Tributação Otimizada Plena, com o único objetivo de externar a potenciais parceiros e clientes, todas as vantagens da operação através de Santa Catarina sob a ótica tributária.

Vale a pena importar por Santa Catarina?

Se você é um importador e deseja reduzir os custos de suas operações, Santa Catarina é uma possibilidade bem vantajosa.

Conte conosco para lhe orientar neste processo e garanta maior competitividade no mercado.

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Souza Cruz abre as portas para startups que querem transformar grandes mercados

Companhia lança seu primeiro programa de aceleração de empreendedores, reforçando sua centenária trajetória de inovação no setor0

O programa de aceleração Transforma Souza Cruz está buscando startups que usam tecnologia e criatividade para transformar o ambiente social e de negócios da companhia nos próximos anos. Com uma história de 115 anos no mercado e tradição em inovação nos negócios, a empresa traz para dentro de casa, pela primeira vez, novos empreendedores que desejam desenvolver soluções inovadoras para grandes mercados.

“Inovar está no DNA vencedor da Souza Cruz. Ao longo de nossa história de mais de 100 anos nunca nos acomodamos na posição de líderes. Entendemos que liderar é ditar tendências, é desafiar o status quo, é ser incansável na busca de fazer sempre mais e melhor. É este espírito que nos faz, agora, investir nessa parceria com startups”, afirma Cristiano Roth, diretor de Operações da Souza Cruz.

O Transforma Souza Cruz, realizado em parceria com a Liga Ventures – aceleradora especializada em gerar negócios entre startups e grandes corporações -, terá duração de 4 meses e está em busca de 4 startups inovadoras para atuarem em diversas frentes como: logística, gestão, otimização de processos internos, análises financeiras, entre outros. Os empreendedores terão seções exclusivas com os executivos da Souza Cruz,  além de contar com o apoio da rede de mentores da Liga, composta por experts do mercado.

“Com esta parceria buscamos nos aproximar da cultura inovadora, ágil e sem medo de errar das startups.  Queremos trazer visões e abordagens diferentes para o nosso negócio. Isto é fundamental para a nossa agenda de transformação da indústria e também da companhia. Queremos construir um futuro no qual a inovação esteja no dia a dia e em todas as áreas da empresa. Apenas dessa forma seremos capazes de nos reinventar e de oferecer aos nosso consumidores opções diversas de produtos que entregam, além da qualidade, muita inovação”, explica Cristiano.

Como a maior empresa de tabaco do Brasil e parte do maior grupo do mundo – British American Tobacco (BAT), a Souza Cruz espera, com o programa, impulsionar profissionais apaixonados por grandes desafios. Ao final do projeto, a companhia busca incorporar soluções apresentadas pelas startups no seu dia a dia. As inscrições estão abertas até o dia 28 de abril e devem ser feitas pelos site https://transformasouzacruz.liga.ventures

Sobre a Souza Cruz

Uma empresa fundada em 1903 pode ser inovadora?

Estamos investindo na transformação de uma indústria inteira, de forma a endereçar as necessidades de nossos consumidores e consumidoras e sempre lançando tendências de produtos, com marcas globais como Dunhill, Kent e Rothmans. Estamos presentes em todos os cantos do Brasil, com mais de 6 mil colaboradores diretos e 4 mil sazonais, indo de uma ponta da cadeia à outra – são 27 mil produtores plantando e colhendo 181 mil toneladas da nossa matéria prima, que passam pelas nossas três usinas no sul do país, seguem para nossa fábrica em Minas Gerais e se transformam em quase 40 mil unidades de cigarro a serem distribuídas em 200 mil pontos de venda. Cada engrenagem desse sistema é movida por pessoas: o maior ativo da empresa. Esses talentos são responsáveis pelo nosso sucesso e, por isso, priorizamos o desenvolvimento de cada um deles. Em 2017, fomos eleita a melhor empresa para se trabalhar pelo Instituto Top Employers Brasil; em 2018, fomos a segunda colocada. Quando ouvimos quem está aqui dentro, entendemos que estamos no caminho certo, sendo eleita a 8ª empresa mais querida pelos nossos funcionários, de acordo com a Love Mondays.

Nosso diferencial? Atitude para seguir fazendo a diferença.

Se ainda sobrou dúvida, a resposta é sim – inovação não tem idade. Muito prazer! Eu sou a Souza Cruz.

Quer saber mais? Acesse www.souzacruz.com.br

Sobre a Liga Ventures

Criada em 2015, a Liga Ventures é uma das maiores aceleradoras de startups do país e pioneira no mercado de aceleração corporativa e corporate ventures, com parceria com grandes empresas de diversos setor. Além disso, possui mais de 11 mil startups em seu banco de dados. Só em 2017, foram realizadas mais de 3 mil inscrições nos programas de aceleração, na qual a Liga é responsável desde o processo de seleção das startups até o acompanhamento dia a dia com os empreendedores. A Liga também já acelerou mais de 100 startups em seus ciclos de aceleração e criou estudos inéditos por meio do projeto Liga Insights, apontando startups que estão inovando em diversos mercados.


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