Serasa - Micro e pequenas empresas com dívidas atrasadas crescem 9,5% em junho
Segundo a Serasa Experian, junho de 2018 registrou 5,174 milhões de micro e pequenas empresas inadimplentes no Brasil. É mais um recorde histórico desde março de 2016, quando teve início a série. Na comparação com o mesmo mês de 2017 (4,727 milhões), o crescimento foi de 9,5%. Na relação com maio deste ano (5,122 milhões), a alta foi de 1,0%.De acordo com os economistas da Serasa Experian, diante da lenta retomada do crescimento da economia brasileira, a dificuldade na geração de caixa das pequenas empresas e o aumento do custo de matérias-primas refletiram na evolução da inadimplência entre as MPEs.
Mês
MPEs Inadimplentes
abr/18
5.079.723
mai/18
5.121.966
jun/18
5.174.137
Apesar dos consecutivos avanços no indicador, as reduções nas taxas de juros, promovidas ao longo do primeiro semestre de 2018, podem contribuir para a sua estabilização. A avaliação é de que oportunidades para renegociações de contas em atraso – entre elas está o serviço Recupera PJ (www.serasarecupera.com.br) – sejam incentivadas, e venham trazer uma consequente recuperação da capacidade de empresas destes portes de usar novamente o crédito para financiarem seu crescimento.Entre os setores de mercado, os índices voltaram a apresentar os referenciais de participação de suas atividades entre os 5,174 milhões micros e pequenas empresas brasileiras com CNPJs negativados no sexto mês de 2018. Serviços respondeu por 46,5% do total, seguido pelo Comércio (44,5%) e pela Indústria (8,6%).Os indicadores por regiões do país também sinalizaram similaridade com patamares observados nos meses anteriores. A maioria absoluta das MPEs que estão vermelho continua concentrada no Sudeste (54,3%). Nordeste (16,1%), Sul (15,8%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (5,2%) repetiram em junho/2018 a sequência já apurada pelo levantamento.
Região
% de MPEs Negativadas em Junho/2018
Sudeste
54,3%
Nordeste
16,1%
Sul
15,8%
Centro-Oeste
8,7%
Norte
5,2%
No topo do ranking estadual de MPEs negativadas, São Paulo figura absoluto e totalizou, em junho deste ano, 1,707 milhão de micros e pequenas empresas inadimplentes, 1,3% superior ao consolidado de maio/2018 (1,686 milhão). A participação paulista permanece equivalente a um terço (33%) de todas as companhias destes portes endividadas no Brasil. As posições seguintes continuam ocupadas por Minas Gerais (11,0%) e Rio de Janeiro (8,3%) – o estado fluminense registrou ainda a maior alta (13,6%) na inadimplência do segmento, na comparação com junho/2017.Conheça os indicadores de participação de todos os estados:
Estado
% de MPEs negativadas
AC
0,23%
AL
0,82%
AM
1,25%
AP
0,22%
BA
4,83%
CE
2,49%
DF
1,88%
ES
2,00%
GO
3,68%
MA
1,57%
MG
10,95%
MS
1,13%
MT
2,01%
PA
1,90%
PB
1,00%
PE
2,96%
PI
0,69%
PR
5,81%
RJ
8,30%
RN
1,12%
RO
0,75%
RR
0,17%
RS
5,93%
SC
4,01%
SE
0,62%
SP
33,00%
TO
0,66%
Veja as grandes dicas que o Samy Dana falou na matéria que saiu na Globo:
Capital de giro: muitos empresários erram no capital de giro. Ele é o quanto você precisa para fazer o descasamento entre pagamentos e recebimentos. O mal dimensionamento desse capital pode ser um problema! Exemplo: recebe em 60 dias mas paga fornecedor em 30.
Maturidade do negócio: nem sempre um negócio se pagará do dia para a noite, dependendo do ramo pode demorar 1 ano ou mais.
Sazonalidade: dentro do ano, existem meses mais tranquilos ou melhores que outros. Atenção aos períodos de vacas magras!
Paixão não é suficiente: ser apaixonado pelo que faz é importante, mas não é o suficiente para ter sucesso. Exemplo: se você é apaixonado por culinária, não garante que terá sucesso abrindo um restaurante
Abril demite 500 jornalistas e praticamente fecha as portas
Veja, Exame e Cláudia resistem ao corte, todas as outras revistas da Editora Abril serão fechadas
Em comunicado interno, o Grupo Abril anunciou na manhã desta segunda-feira (6) o fechamento de 10 títulos: Cosmopolitan, Elle, Boa Forma, VIP, Viagem e Turismo, Mundo Estranho, Arquitetura, Casa Claudia, Minha Casa e Bebe.com. No enxugamento, serão demitidos 500 jornalistas.
As revistas Veja, Exame e Claudia foram poupadas, segundo as informações do site Meio & Mensagem. A decisão foi anunciada em uma reunião com funcionários. Ainda há dúvidas sobre a manutenção de Superinteressante e Quatro Rodas. É o anúncio mais recente após o grupo passar o comando da editora à Alvarez & Marsal.
História da Abril
Em 1950, Victor Civita, um descendente de italianos nascido em Nova York, resolveu seguir o caminho do irmão César, que já publicava revistas infantis em Buenos Aires, fundou uma editora em um pequeno escritório no centro de São Paulo. No dia 12 de julho era lançada a versão brasileira dos quadrinhos do Pato Donald. Batizada inicialmente como Editora Primavera, uma referência a Editorial Abril, editora argentina do irmão César, a empresa tinha capital de apenas US$ 500 mil.No ano seguinte, a primeira gráfica da Abril foi inaugurada no bairro de Santana. O próprio Civita ia ao encontro dos jornaleiros para oferecer os gibis do Pato Donald. Somente em 1952 surgiram as revistas. A primeira foi Capricho, focada em fotonovelas e reformulada em 1981 para atender adolescentes. Nos anos 1960, a empresa investiu na publicação de enciclopédias e outras obras de referência.Também nos anos 1960, surgiria a Veja, uma das publicações mais relevantes do jornalismo brasileiro nos últimos 50 anos. No auge, a publicação era a segunda maior revista semanal do mundo. Com o crescimento da indústria automobilística e do turismo brasileiros impulsionaram o surgimento das revistas Quatro Rodas e Viagem e Turismo. Futebol e sexo ganharam revistas sobre o assunto com publicações como Placar, Playboy, Vip e Men’s Health.
Manequim foi a primeira revista da Abril voltada ao segmento de moda e Cláudia era focada nas donas de casa. Nas décadas seguintes, surgiriam inúmeros títulos direcionados ao público feminino, entre os quais Nova (atual Cosmopolitan) e Elle. Em maio de 2006 a empresa anunciou a sociedade com o grupo de mídia sul-africano Naspers, que passou a deter 30% do capital da Abril. Em 2008, A Abril trouxe para o mercado brasileiro títulos internacionais no segmento de saúde, como a Women’s Health e Runner’s World.
O fim da Abril no golpe que ela ajudou a gestar
A partir de 2013, a Editora Abril começou a sofrer os efeitos da revolução digital no Jornalismo. Para além disso, a empresa deu forte guinada à direita, na tentativa de ampliar público, surfando na onda do antipetismo. Trouxe dos Estados Unidos o padrão Rupert Murdock que foi testado pela primeira vez na campanha em defesa das armas.
O sucesso da escalada reacionária levou à radicalização da postura por parte da Abril através da Veja. Nesse movimento, a revista adotou posturas controversas, como a aliança com tipos como Carlinhos Cachoeira, para garantir a cota semanal de escândalos. Capas inverossímeis, assunção de boatos como fatos e assassinatos de reputação foram usados no combate ao campo progressista.
A morte de Roberto Civita impediu que fossem feitos ajustes na linha editorial de Veja. Somente à beira do precipício, a revista tentou restaurar o padrão que fez da revista um símbolo do bom jornalismo nos anos 1960 e 1970. Missão impossível: a revista tornou-se refém dos lobos que alimentou. A Veja tornou-se mais um vítima do golpe contra Dilma Rousseff – uma empreitada na qual a editora Abril teve papel ativo e relevante.
Fundo de investimento norte-americano deve assumir controle da Máquina de Vendas
Presidente do SBVC comenta o caso no qual a especializada em socorrer empresas em dificuldade financeira, Starboard, irá injetar recursos e assumir controle da rede varejista
O fundo de investimento norte-americano Starboard Restructuring Partners, especializado em socorrer empresas em dificuldade financeira, irá nos próximos dias assumir o controle da Máquina de Vendas, da qual fazem parte as bandeiras Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar, Eletro Shopping e Salfer. Para formalizar o acordo, a rede varejista irá, no decorrer desta semana, protocolar seu processo de recuperação extrajudicial, isto é, sem envolvimento direto da justiça.A transferência de controle da Máquina de Vendas visa reverter a situação financeira da rede varejista, que acumula dívidas de R$ 2,5 bilhões com credores e fornecedores. No processo de recuperação extrajudicial, a Starboard deverá aplicar R$ 250 milhões na companhia e assumir seu comando. Devem se somar a este aporte inicial recursos provenientes de outros fundos (inclusive de fornecedores interessados na continuidade da empresa), chegando-se a um total previsto de R$ 1,2 bilhão.Para viabilizar a transação, a Máquina de Vendas precisou acordar com os bancos credores o alongamento do prazo de pagamento dos débitos (que chegam a R$ 1,5 bilhão) por cinco anos, além de também ter renegociado as condições de pagamento às suas fornecedoras, com quem a empresa tem dívidas de aproximadamente R$ 1 bilhão.Embora a Máquina de Vendas tenha se recusado a falar sobre o assunto, a assessoria de comunicação da empresa confirmou as informações e antecipou que será emitida um comunicado formal ao mercado tão logo a negociação com a Starboard estiver concluída.
A baiana Insinuante é uma das bandeiras que compõe a Máquina de Vendas
Efeitos da mudança do controle da Máquina de Vendas
Na visão do presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, a transferência de controle da Máquina de Vendas para a Starboard não é garantia de que a rede varejista irá se recuperar da crise em que se encontra.“Ainda é muito incerta a recuperação total do negócio e muito cedo para prever. O que a empresa precisa é achar viabilidade operacional, gerar bons resultados para então amortizar a enorme dívida que possui. Isso dá uma sobrevida ao negócio, permite que ele funcione e dá uma chance para que recupere uma trajetória ascendente. A Máquina de Vendas precisou fazer isso, senão seria derrotada pela dívida”, comentou. "O que a empresa precisa é gerar bons resultados para amortizar a dívida que possui."Segundo Terra, a situação da Máquina de Vendas tende a afetar menos as indústrias e o comércio varejista do setor moveleiro, uma vez que a atuação da empresa era mais forte no segmento de eletroeletrônicos. Uma soma de fatores, na visão do presidente da SBVC, foi o que levou a rede varejista afundar-se em dívidas e, para não acabar com o negócio, pedir socorro de um fundo de investimento especializado em assumir companhias em situação de risco.“Primeiro fator foi que a Máquina de Vendas retardou seu processo de digitalização, ficando atrás de concorrentes como Magazine Luiza e Via Varejo. Segundo que não foi feita uma integração adequada entre as inúmeras marcas regionais que passaram a constituir o grupo no decorrer dos anos. Para finalizar, a empresa já entrou com estes problemas na crise econômica que afetou o país inteiro. Tudo isso trouxe perda de competividade e de performance, levando a resultados ruins e endividamento”, afirmou.
Ao assumir a presidência executiva da Máquina de Vendas em 2016, Ricardo Nunes (direita) é cumprimentado pela antigo proprietário da Insinuante, Luiz Carlos Batista.
Como fica a Máquina de Vendas
Conforme as informações veiculadas pelo jornal O Globo e revista Exame, o sócio-fundador da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, que está na presidência executiva da Máquina de Vendas, terá sua participação “diluída” no comando do grupo. Ele pode inicialmente manter-se no cargo, mas corre o risco de ser substituído ao longo dos anos.Nunes é o maior acionista da Máquina de Vendas com 55%, seguido de Luiz Carlos Batista, antigo proprietário da Insinuante, com 42%. A companhia é a terceira maior varejista do segmento de eletroeletrônicos, atrás da Via Varejo e Magazine Luiza.A Máquina de Vendas conta atualmente com 650 lojas e emprega cerca de 13 mil funcionários, mas desde 2014 a rede já fechou 500 unidades. Seu faturamento em 2016 foi de 5,5 bilhões de reais, um número 22,2% menor do que os R$ 7,07 bilhões registrados em 2015. Em demonstração auditada pela consultoria PwC, consta que o prejuízo do exercício em 2016 foi de R$ 653 milhões, frente aos R$ 411 milhões do ano anterior.
STONE LANÇA PROGRAMA DE FRANQUIAS PARA AMPLIAR SEU ATENDIMENTO NO PAÍS
Empresa investirá em empreendedores que oferecerão os serviços de tecnologia e máquinas de cartão em centenas de cidades a partir de maio
Com centenas de escritórios próprios atendendo mais de 300 cidades brasileiras, a empresa de soluções de pagamentos Stone inicia a partir de maio uma nova etapa de crescimento com o investimento em um programa de franquias. O objetivo é ampliar ainda mais a presença nacional das máquinas de pagamento da companhia e alcançar consumidores em aproximadamente 130 municípios no primeiro semestre de 2018.Para implementar o projeto, a Stone busca franqueados com perfil empreendedor e o desejo em comum de apostar em algo novo. Fundada em 2012, a Stone é atualmente a maior adquirente independente do país e opera com a maioria das bandeiras de cartões de débito e crédito do mercado. A proposta de franquias surgiu como forma de alcançar mercados mais distantes, em cidades fora do eixo Rio – São Paulo, onde a empresa possui seus principais escritórios.A Stone oferecerá suporte, treinamento e todo o conhecimento e experiência de um modelo de vendas já consolidado no mercado para que os franqueados se tornem donos do seu próprio negócio e representantes da marca Stone em suas regiões. Além de oportunidade a empreendedores, a ideia é que as franquias Stone estimulem comércios e desenvolvimento locais.“Queremos realizar o sonho de empreender das pessoas. Buscamos pessoas na faixa de 25 a 65 anos que tenham energia e vontade para trilhar um caminho inédito em suas vidas. É importante que morem nas regiões das franquias, para que conheçam bem suas cidades e a dinâmica local”, afirma Henrique Bicalho.Para se tornar um franqueado da Stone, o empreendedor interessado deve fazer um investimento inicial de R$ 55 mil, o que garante a estrutura física do escritório na cidade de atuação, custos pré-operacionais, além de treinamento e consultoria de campo. Em alguns municípios selecionados, a empresa irá promover ações para apresentar seu modelo de negócio a candidatos interessados em investir numa franquia da marca. A etapa seguinte do programa de franquias consiste em um processo de seleção conduzido diretamente por times da Stone.Serviço:Para participar do programa de franquia da Stone e esclarecer dúvidas, basta acessar a página https://goo.gl/eTWpcL Os interessados também podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3157-3454.O que está incluído no valor da franquia: Estrutura física completa da sala, material de divulgação e vendas, treinamentos, custos pré-operacionais de abertura da empresa (CNPJ), implantação dos softwares de gestão e suporte da franqueadora.
Fábrica da GM em Gravataí recebe certificação ambiental e mostra carro elétrico Bolt
Veículo norte-americano chegará importado ao mercado brasileiro em 2019
Uma das plantas mais modernas da General Motors no mundo, a fábrica de Gravataí (RS) recebeu nova Certificação Internacional Energy Star. Concedida pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, o título global é destinado às empresas que são referência na utilização de recursos naturais. No evento, aGM mostrou o seu carro elétrico, o Chevrolet Bolt produzido nos Estados Unidos.
A certificação é concedida às empresas que reduzem o consumo energético em 10% num período de cinco anos. Em 2014, planta gaúcha foi destaque pelo período 2009/2013. Agora, repete pelo ciclo 2013/2017, com redução de 10,2%, economia igual ao consumo de energia de cerca de 9.550 residências durante um ano.
Desligamentos programados de energia elétrica, substituição dos queimadores da pintura de veículos, melhorias na iluminação interna e externa e de processos associados à implantação de projetos, entre outras ações, garantiram atingir a meta.
No evento, que contou com o diretor de comunicação da GM Mercosul, Nelson Silveira, foi mostrado o Chevrolet Bolt EV. O diretor de Engenharia Elétrica da GM América do Sul, Plínio Cabral Junior, explicou os principais objetivos da corporação - zero acidentes, zero emissões e zero congestionamentos - e o carro elétrico que é referência da corporação.
Lançado em outubro de 2016 nos Estados Unidos, o Chevrolet Bolt EV está entre os carros elétricos mais vendidos do mundo. Autonomia de 380 quilômetros, a bateria de íons lítio aproveita a própria energia dissipada em frenagens e em desacelerações para recarrega. Basta tirar o pé do acelerador para ativar esta função.
Com o motor elétrico que gera 203 cv de potência e força (torque) de 36,8 kgfm, o Bolt acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e chega a velocidade máxima de 148 km/h. O carro pesa 1.600 quilos, dos quais, 429 quilos das duas baterias de íon de lito pesam 429 quilos que ficam sob o assoalho plano
As baterias do Bolt podem ser recarregada na garagem de casa. Plugado o cabo de energia na tomada de 240 V, a carga rápida de uma hora dará autonomia para cerca de 40 quilômetros ou nove horas para a recarga toral. Nas estações públicas de alta voltagem, trinta minutos permitirão rodar cerca de 150 quilômetros, e três hora para carga total
Capô curto, os faróis e as luzes diurnas em LED são separados pela grade ativa. Na traseira lanternas também em LED. Com 4,16 metros de comprimento e entre-eixos de 2,60 m, o interior do Bolt tem revestimento em couro de duas cores, o quadro de instrumentos tem tela digital de oito polegadas e mostra diversas informações.
Volante multifuncional, o sistema multimídia MyLink com tela de 10,2 polegadas e sistema de navegação integrado é interativo com Android Auto e Apple CarPlay. Exibe também as operações do carro como carga e recuperação de energia e as imagens das câmeras que geram visão de 360°.
O Chevrolet conta com recursos de auxilio a condução e segurança: controle eletrônico de velocidade adaptativo, alertas de tráfego cruzado e de manutenção de faixa, freios ativos na detecção de pedestres, dez airbags, câmera 360º, sistema OnStar, freios a disco nas quatro rodas e uma ótima posição de dirigir tornam a vida a bordo confortável.
No rápido test-drive em no Complexo de Gravataí,foi possível destacar alguns detalhes do carro. Basta ligar o carro, engatar a marcha para a frente – a outra é a marcha ré – para o carro sair em silêncio. O Bolt arranca fácil, a velocidade acompanha a pressão no acelerador e comportamento é igual ao do carro convencional.
Adaptação rápida, a jornalista Priscila Nunes percorreu cerca de seis quilômetros em menos de dez minutos. Chamou a atenção a posição elevada de dirigir como num crossover, a condução foi tranquila, facilitada pelos comandos e instrumentos intuitivos.
Priscila destacou a possibilidade de frear através de uma haste à esquerda do volante para aumentar recuperação de energia para a bateria. Ou câmbio na posição Low, quando basta tirar o é do acelerador para o carro frear rápido.
O Chevrolet Bolt EV custa 37.500 dólares nos Estados Unidos, mas o comprador tem incentivos que baixam quase dez mil dólares. O preço no mercado brasileiro só será divulgado na chegada do carro, prevista para 2019.
Fundo Apollo vai pagar R$ 500 milhões e renegociar dívida de R$ 1,28 bilhão
Troca de comando. O fundador Ricardo Nunes deve deixar a presidência, mas continuará na gestão
Quem quiser negociar desconto diretamente com o dono da Ricardo Eletro – jargão usado pelo fundador da empresa, Ricardo Nunes – agora vai ter que falar com o fundo norte-americano Apollo, que vai assumir o controle da Máquina de Vendas, dona da marca fundada pelo mineiro de Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. Fontes ligadas à rede afirmam que o controle vai trocar de mãos até o fim deste mês. Tudo será feito por meio de um plano de recuperação extrajudicial, ou seja, um acordo firmado fora das esferas da Justiça.Não se trata de uma venda, mas, sim, de um aporte de R$ 500 milhões. Além de investir, o fundo está renegociando a dívida de R$ 1,28 bilhão do grupo, junto a bancos e fornecedores. Por enquanto, a participação do novo proprietário não está definida, mas, certamente, será superior a 51%. O empresário Ricardo Nunes deixará a presidência, mas, como minoritário, vai permanecer na gestão dos negócios.Terceira maior do Brasil no ramo de eletrodomésticos, a Máquina de Vendas só perde para o grupo Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e para o Magazine Luiza. Atualmente, o faturamento está na casa dos R$ 5,5 bilhões, mas chegou a R$ 9 bilhões, em 2014. De lá para cá, o número de lojas caiu praticamente pela metade, assim como os empregos: de 23 mil colaboradores para 13,8 mil.Até 2014, a Máquina de Vendas estava em franca expansão e chegou a incorporar marcas como a Insinuante, City Lar, Salfer e Eletro Shopping. Entretanto, com o agravamento da crise econômica, a integração acabou sendo atropelada. Na avaliação do professor de MBA de varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ulysses Reis, o infortúnio da Ricardo Eletro foi coincidir o período de expansão com a crise, que provocou uma grande mudança no perfil de consumo.“A partir de 2015, as pessoas deixaram de lado o modelo de comprar em várias prestações e com juros altíssimos, pois, devido ao alto nível de endividamento, a prioridade passou a ser quitar as dívidas”, justifica o professor.Segundo Reis, outro fator que justifica a queda do faturamento é a mudança na necessidade de consumo. “A maioria das pessoas já comprou TVs, geladeiras e outros produtos da linha branca. O máximo que pode haver é uma reposição”, comenta o professor.As dificuldades financeiras estão rondando a Máquina de Vendas há pelo menos dois anos. No ano passado, os bancos Santander, Itaú e Bradesco chegaram a deter 51% da holding.Máquina de Vendas demitiu pessoas em quatro anosEm quatro anos, a Máquina de Vendas fechou quase 400 lojas e demitiu cerca de 9.000 pessoas. Por meio da assessoria de imprensa, a rede disse que não vai comentar a transição do controle. Entretanto, fontes ligadas ao comando do grupo garantem que não haverá mais cortes. “Trata-se de um processo de reestruturação que vem acontecendo há pelo menos dois anos. As lojas que tinham que ser fechadas já foram. A ideia, agora, é organizar a casa e manter as atuais unidades”, explica a fonte, que preferiu não ser identificada na reportagem.
A Máquina de Vendas, que chegou a ter 1.050 lojas e gerar 23 mil empregos em todo o país, atualmente tem 657 unidades e emprega 13,8 mil pessoas.Embate é ruim para 66% das empresasOs possíveis efeitos da guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta já estão sendo antecipados pela maior parte das companhias em atuação no Brasil. Dos 130 executivos consultados no fim de julho pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), 66% já incluem como riscos aos seus negócios o aumento de custos causado pela imposição de tarifas ou a queda de receitas provocada pela perda de fatias de mercado.Em análises internas, 53% dessas empresas consideram a guerra comercial como uma ameaça de média proporção. Para 13%, esses riscos são altos. “A percepção dos empresários no Brasil seguem em linha com a estimativa que as tarifas aplicadas às exportações brasileiras poderiam subir de 5% para 32%”, afirmou a presidente da organização no Brasil, Deborah Vieitas.“No cenário de guerra comercial, não há vitoriosos, embora alguns setores brasileiros possam ganhar no curto prazo, especialmente no setor de commodities”, complementa a presidente da Amcham. Os participantes da pesquisa acreditam que as perspectivas de médio prazo são de que os países mais atingidos pelo aumento de tarifas dos EUA buscarão outros mercados para suas exportações.A pesquisa ainda aponta que a principal barreira para integração do Brasil no mercado global, para 31% dos entrevistados, é a insegurança jurídica para investimentos. Também foram mencionados custos poucos competitivos e falta de acordos comerciais ou de investimento. Em relação às negociações entre Brasil e Estados Unidos, 56% dos empresários pensam que o governo brasileiro deveria adotar uma postura mais ativa de diálogo.
182 empresas de pequeno, médio e grande portes de indústria, comércio e serviços participaram da pesquisa
O documento, foi lançado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), nesta segunda-feira, dia 30, em Florianópolis.Participaram da pesquisa 182 empresas de pequeno, médio e grande portes dos segmentos de indústria, comércio e serviços.Para 53,4% delas, a expectativa é que o incremento dos embarques ocorra pelo aumento na participação dos mercados em que já atuam, ou seja, pela ampliação do market share.Enquanto isso, para 36,4% das companhias, a ampliação ocorrerá por meio de vendas para novos mercados.Somente 10% não estimam incremento das exportações no período.O presidente da entidade, Glauco José Côrte, observa que os resultados da análise permitem à entidade propor iniciativas e soluções que viabilizam o desenvolvimento do potencial das indústrias catarinenses:“O resultado se traduz em uma maior integração da economia catarinense ao mercado global, um desafio que, vencido, propiciará benefícios significativos em médio e longo prazos”.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, ressalta que a pesquisa mostra claramente que a exportação continua sendo uma bandeira das empresas:“Santa Catarina continua dando demonstração clara de investimento pelas empresas no comércio internacional e a participação das pequenas e médias vem acompanhando esse crescimento”.Ela chamou a atenção para o esforço que é feito para intensificar a internacionalização, especialmente das pequenas e médias empresas:“O foco é na educação empresarial, com a criação de uma cultura voltada ao comércio internacional, tanto de importação quanto de exportação, formação de alianças estratégicas e identificação de mercados que sejam promissores para distribuir produtos e fazer parte de cadeia de valor agregado internacional”.A pesquisa mostra que na comparação dos valores exportados no ano de 2017 com o ano anterior, 61% das companhias ouvidas registraram crescimento.49% aumentaram os embarques acima de 10% e 12% afirmam que tiveram alta de até 10%.Conforme a análise, um fator que possivelmente tenha influenciado este incremento substancial é o câmbio favorável às exportações:“Apesar da forte sensibilidade das operações ao câmbio, há que se considerar a continuidade das vendas internacionais como estratégia de permanência dos negócios das empresas. O câmbio, por si só, não deve ser o único motivador das exportações. Esses resultados de crescimento refletem as projeções estabelecidas pelas empresas exportadoras na pesquisa do ano anterior, no qual a maioria havia indicado a intenção de ampliar suas operações”.Em relação ao percentual de participação dos valores das exportações no faturamento das empresas em 2017:34% informaram que os embarques representaram 5% do faturamento, 20% responderam que as vendas externas geraram entre 11% e 30% do faturamento, outros 20% disseram que as exportações estão acima de 50% do total de vendas.Esses resultados também indicam o grau de internacionalização das empresas, que é elevado para 28% delas, que têm mais de 31% dos valores das exportações compondo seus faturamentos.A publicação destaca que quanto mais elevado o grau de internacionalização, maior o comprometimento da empresa com as exportações e, consequentemente, melhora a continuidade da frequência exportadora.O documento também informa que 70% das companhias consultadas mantiveram regularidade de suas exportações nos últimos cinco anos, dado considerado expressivo e que mostra uma forte cultura exportadora dada a relevância das operações de vendas ao exterior para as empresas.Para 25% das respondentes, ocorreu descontinuidade em seus processos, ou seja, exportaram esporadicamente, com interrupções.Quanto ao número de mercados compradores em 2017, 36% das empresas pesquisadas diversificaram moderadamente suas vendas e indicaram que possuem atuação em até cinco países.Porém, se observados os dados de forma agregada, mais de 50% das empresas tiveram abrangência dos mercados compradores, com presença em mais de cinco países.Apenas 11% dos respondentes concentraram-se em um único país.Isso mostra como resultado geral que as empresas participantes da pesquisa possuem um baixo risco de dependência em um único mercado comprador.
IMPORTAÇÕES DEVEM CRESCER 11,5% E EXPORTAÇÕES, 3,1%, ESTE ANO, PREVÊ ASSOCIAÇÃO
A revisão da balança comercial para 2018, divulgada pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), projeta exportações de US$ 224,445 bilhões, alta de 3,1% em relação aos US$ 217,750 bilhões efetivados no ano passado; as importações deverão atingir US$ 168,130 bilhões, aumento de 11,5%
A revisão da balança comercial para 2018, divulgada nesta terça-feira (24) pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), projeta exportações de US$ 224,445 bilhões, aumento de 3,1% em relação aos US$ 217,750 bilhões efetivados no ano passado. As importações deverão atingir US$ 168,130 bilhões, mostrando expansão de 11,5% em comparação aos US$ 150,749 bilhões registrados em 2017. Com isso, a balança terá superávit de US$ 56,315 bilhões, queda de 15,9% na comparação com o saldo de US$ 67 bilhões gerados no ano passado.O presidente da AEB, José Augusto de Castro, disse que no caso das exportações, o aumento previsto de 3,1% virá, principalmente, de dois produtos. O primeiro é a soja, cujo preço projetado no final de 2017 era US$ 370 a US$ 380 por saca de 50 quilos.O segundo produto que contribuirá para a elevação das exportações este ano é o petróleo que, no final do ano passado, deveria ficar na faixa de US$ 50 a US$ 55 o barril, de acordo com as estimativas e, durante todo o primeiro semestre deste ano, ficou entre US$ 70 e US$ 78 o barril.“São os dois produtos que tiveram peso nesse aumento pequeno de 3,1%”, apontou Castro.Outro dado positivo para as exportações brasileiras foi que a queda de seis milhões de toneladas na safra brasileira, projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não ocorreu. “Em vez de cair seis milhões de toneladas, houve aumento de dois milhões (na safra brasileira)”, disse Castro.O presidente da AEB lembrou ainda que a Argentina, que previa colher uma supersafra, sofreu uma superseca, e colheu 42 milhões de toneladas, experimentando queda de 14 milhões de toneladas em relação previsão de 56 milhões de toneladas. “Isso fez com que os preços subissem, porque a Argentina não tinha soja”. O comércio exterior vai ter um aumento de quantidade em função do crescimento da safra brasileira, o que favorece o Brasil.Castro disse que apesar da queda de preço da soja no mercado internacional, da ordem de 20%, o Brasil não está perdendo. Está recebendo um bônus devido à demanda maior do mercado externo. Explicou que a redução do preço da soja não teve impacto para o Brasil, porque a safra já havia sido vendida antes, na época em que ficou claro que haveria uma superqueda na Argentina. “E o Brasil aproveitou o preço da Argentina”.ImportaçõesEm relação ao aumento de 11,5% projetado para as importações, Castro esclareceu que além de a base de comparação ser muito pequena, a perspectiva de crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) contribuiu para a elevação das importações, especialmente bens de capital. “E também agora o Brasil resolveu importar mais combustível e lubrificantes, aparentemente por conta de um problema hídrico”.Castro disse, contudo, que essa previsão de superávit da balança comercial brasileira de US$ 56,315 bilhões, que, embora robusto, será inferior em 15,9% ao de 2017, deve ser comemorada moderadamente, uma vez que a participação do setor manufatureiro é muito reduzida nas exportações.Apesar do resultado positivo previsto para as exportações, o Brasil continua na 25ª colocação no ranking de países exportadores e na 27ª posição nas importações globais, além de continuar estagnado em 1,1% nas exportações mundiais.De acordo com os dados da AEB, em 1980 o Brasil contribuía com 0,99% das exportações globais e dez anos depois evoluiu para 1%, ou seja, teve aumento de 10%. Enquanto isso, a China passou, na década, de uma participação de 0,88% para 13%; a Coreia do Sul, no mesmo período, subiu de 0,88% para 3,5%. “O Brasil parou no tempo, infelizmente. O Brasil faz parte do G20, mas está fora do ranking dos 10 maiores países exportadores. É o oitavo maior PIB do mundo, mas está fora dos dez maiores países exportadores”.Custo BrasilNa avaliação da AEB, o elevado Custo Brasil continua sendo o principal gargalo para o crescimento da exportação do país. “Enquanto não fizermos reformas estruturais, nosso Custo Brasil não reduz. E ele é condição básica para que o Brasil possa aumentar as exportações de manufaturados e também de commodities, porque abre espaço para uma série de outros produtos serem exportados pelo Brasil”.Outro dado de destaque na revisão divulgada pela AEB é que a corrente de comércio projetada este ano em US$ 392,575 bilhões, será maior que apurada em 2017 (US$ 368,499 bilhões), mas distante ainda do recorde obtido em 2011, que foi de US$ 482,292 bilhões.
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Serviço Âncora Atende
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Como funciona a coleta e reciclagem de cápsulas de café na Nespresso
A relação do brasileiro com o café é de longa data. As primeiras mudas chegaram em 1727 em Belém (PA) e o cultivo rapidamente se popularizou. O produto, que era voltado para exportação e atendia principalmente às demandas de outros países, caiu no gosto popular. O café inicia o dia de um brasileiro, arremata seu almoço e, muitas vezes, acompanha um doce ou salgado durante a tarde. Além da relação afetiva e gastronômica, o café faz parte da história econômica do Brasil: foi o produto responsável pela expansão do crescimento econômico brasileiro no final do século XIX e permitiu a acumulação de capital para a industrialização do país. Mesmo após tantos anos, o café continua representando uma parte importante da economia nacional: somos os maior produtor e exportador do mundo. O Brasil também é um dos países que mais consome a bebida: as últimas estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) apontam que o consumo brasileiro é de 81 litros por pessoa.
Um tipo de consumo específico de café vem crescendo nacionalmente. A possibilidade de apreciar diferentes tons e sabores em doses menores cativou o brasileiro: o consumo de café em cápsulas, segundo a ABIC, ainda deve aumentar mais de 100% até 2019. Além disso, para a indústria, os recipientes de alumínio têm diversas vantagens: não oxidam, são leves e são infinitamente recicláveis, o que facilita o transporte e também o trabalho de logística reversa. No caso específico do café, ajudam a preservar a boa qualidade e oferecem uma porção individual para o consumidor, evitando o desperdício do produto: calcula-se que 30% dos alimentos que são produzidos mundialmente são desperdiçados ao longo da cadeia.
No entanto, há uma desvantagem grande nesse processo: o lixo gerado pelo descarte incorreto das cápsulas. No mercado brasileiro desde 2006, a Nespresso criou e desenvolveu seu próprio centro de reciclagem para dar um destino correto às cápsulas da marca, localizado em Barueri (SP). Claudia Leite, Gerente de Cafés e Sustentabilidade da Nespresso, explica que as cápsulas coletadas nos diversos pontos de descarte são recebidas, trituradas por máquinas e separadas mecanicamente (sem uso de água) da borra de café. O metal é encaminhado para parceiros de reciclagem e volta ao ciclo produtivo como matéria-prima e a borra é usada para a produção de adubo orgânico.O centro foi aberto ao público para visitas guiadas no dia 17 de maio, Dia Mundial da Reciclagem. O objetivo da ação é mostrar aos clientes e outros interessados o trabalho de logística reversa da organização e aumentar mais o engajamento em torno da questão. “O que vimos é que, nos últimos anos, o engajamento do consumidor tem aumentado, Passamos de 8,6% de taxa efetiva de reciclagem em 2016 para 13,3% em 2017 e, nesse começo de ano, alcançamos 17%”, explica Leite.
Cápsulas após serem trituradas e separadas do café.
Desafio da coleta
Trazer maior comodidade e facilidade para os consumidores reciclarem é o atual compromisso da área de sustentabilidade da marca. Os pontos de coleta da Nespresso atingem hoje 68% dos consumidores da marca, segundo Leite. O objetivo é chegar a 100% de capacidade até 2020. Uma das ações que a companhia atualmente toma nesse sentido é o de tentar parcerias com cooperativas de reciclagem.“No ano passado, tivemos uma primeira abertura para negociar, entender essa realidade das cooperativas e começamos efetivamente em 2018 a coleta em algumas. Mas, mais do que fazer essa coleta, tem todo um trabalho de sensibilização e entendimento da realidade de cada um deles para mobilizá-los a identificar esse tipo de material. Uma vez que eles fazem essa coleta, nós trazemos para cá, e damos a sequência à reciclagem”, relata Leite.Por enquanto, a companhia trabalha a logística reversa quando realiza a entrega de cápsulas novas. Para isso, usa dois meios que não produzem carbono: o carro elétrico e a bicicleta. O carro elétrico atende empresas com a comodidade da entrega com hora marcada: quando chegam com o produto, os motoristas também recolhem o que foi descartado.Para pessoas físicas, a entrega de novas cápsulas é realizada através de bicicletas. A startup Courrieros entrega em até 24h em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades que concentram grande parte do público consumidor de Nespresso. A vantagem desse meio de transporte, além de não emitir carbono, é que chega a ser mais rápido que motocicletas e carros por não pegar trânsito, segundo Gilberto Avi, Head de Operações da Nespresso. “Ter colocado um serviço sustentável tem a ver com eficiência”, resume.
Coletas sustentáveis são realizadas através de carro elétrico ou bicicletas.
Enquanto entregam os novos pedidos, os courrieros, como são chamados os colaboradores, recolhem as cápsulas usadas dos clientes. O piloto vem sendo montado desde 2016 pelas duas empresas e exigiu muita reestruturação e treinamento da startup, como conta um dos fundadores, Victor Castello Branco.Acostumados a entregar documentos e atender e-commerces menores, a empresa, vencedora do Prêmio Eco de Sustentabilidade de 2017, teve que repensar sua logística e operação para atender uma líder de mercado. Isso passou por adequar o espaço de armazenagem, climatização do galpão e toda a parte de recebimentos de carga para não comprometer o prazo de 24h e nem a qualidade.
“Tem a parte de delicadeza com as cápsulas, aprender a manusear, aprender a pedir a reversa [cápsulas usadas], isso tudo como parte do treinamento com ciclistas”, relata. Os ciclistas entregam por quase toda a cidade, exceto em endereços considerados de risco.Trabalhar com a logística reversa tem sido um grande desafio, na avaliação de Castello Branco, por depender muito do cliente para que o processo funcione. “Normalmente, não dependemos tanto do cliente para a parte de entrega. Mas dependemos para a parte de coleta, porque ele precisa preparar o pedido. No caso da Nespresso, deixar as cápsulas em um saco, na portaria, avisar o porteiro. Como não é de praxe fazer essa reversa, ainda temos entraves. Falta as pessoas terem a cultura de devolver, de reciclar, e não só clientes, mas também as pessoas que fazem parte da cadeia”, analisa.